Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão

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16. A Liberdade Liberdade, têm-na os animais inferiores, nas selvas. No gênero humano, no caso do silvícola, essa liberdade começa a diminuir quando é obrigado a prestar obediência a um chefe, o qual, por sua vez, também dá submissão, como exemplo, aos preceitos estabelecidos. À medida que o ser passa, de grau em grau, a subir a escala da evolução, vai se submetendo aos princípios da moral, deixando de fazer o que não convém, para seguir a voz da consciência, cada vez mais nítida e imperativa. O cerceio da liberdade é um bem, sempre que usado no sentido de conter o mal. E por mal se compreende tudo aquilo que contraria as boas normas de viver, pautadas pelas leis Supremas e Universais. Todos devem, por isto, satisfazer-se com a liberdade relativa que possuem, procurando viver uma existência controlada e pacífica. As leis foram criadas, precipuamente, para regular a liberdade, para impedir que qualquer um tome o freio dela e pratique o que quiser. Um mundo sem leis, seria um mundo selvagem. Logo, uma vez que as leis são indispensáveis, a liberdade tem de ser dosada e limitada nas suas manifestações. Há um estado de elevação espiritual em que as leis terrenas seriam dispensáveis ao indivíduo, em virtude de tal equilíbrio moral já haver conquistado e tal poder de consciência adquirido. Para esse, essas leis poderiam ser consideradas como supérfluas, mas, já aí, ele obedece a outras leis, leis cósmicas, que se aplicam nos planos siderais e que precisam ser rigorosamente observadas, para que o Universo se mantenha na sua marcha normal: são as leis da espiritualidade. Nessa circunstância, o anseio do ser é de tal forma consciente, que a sua liberdade de ação coincide, rigorosamente, com a necessidade, não havendo, pois, desejos contrariados, contenções ou limitações. Enquanto, porém, estiverem os seres sujeitos à evolução terrena, precisam conformar-se com a liberdade relativa que desfrutam. Ela será usufruída por cada pessoa, na medida do seu adiantamento espiritual, da sua capacidade de realização, do seu merecimento e das condições previstas para a sua evolução. As esposas e mães têm a sua liberdade grandemente cerceada, mas em holocausto a uma missão dignificante. Do mesmo modo, as crianças têm a liberdade também limitada, em favor de uma melhor educação e 68

maior estabilidade. Sem exceção, os chefes de família, no seu devotamento ao lar e ao trabalho, subjugam toda e qualquer idéia de liberdade que prejudique essa dedicação. Assim, os seres em evolução na Terra só poderão alcançar uma parcela de liberdade no decorrer da existência, e deverão julgar-se felizes por estarem sujeitos a essa restrição redentora, que opera em favor da coletividade e, particularmente, em benefício de cada um. A opressão é uma medida violenta de supressão da liberdade, e é preciso que um povo tenha errado muito para, ainda que transitoriamente, merecer essa cota de sacrifício. Os erros desse povo não podem ser contados, apenas, pelas ocorrências da encarnação em que se manifestou o fenômeno, mas pelo acúmulo deles, carreados de vidas passadas. Os governos de opressão, despóticos ou ditatoriais, atuam como cataclismos. Ninguém poderá vangloriar-se de que é livre para fazer o que bem entenda, porque essa liberdade mal empregada, ou lhe custará muito cara, ou será reduzida, mais tarde, a expressões mínimas., se não se der o caso de ter de passar pelas duas experiências, concomitantemente. Muito cuidado é necessário tomar com fanfarronices, com jactâncias, porque tudo quanto pensarmos ou dissermos, fica gravado no éter, sem possibilidade de se apagar. Desse modo, o que se disser não poderá ser desdito, e há sempre responsabilidade nas afirmações e nos pensamentos emitidos. Quem tem contas a saldar na Terra - e todos as têm, maiores ou menores - não poderá gabar-se de ser livre ou de gozar de plena liberdade, porque o tempo se incumbirá de provar o contrário. O Racionalismo Cristão ensina que todos deverão ser ponderados e comedidos para não se externarem de modo leviano, e terem de sofrer as conseqüências. Refreando a liberdade, é indispensável que os estudantes desta Doutrina aprendam a dominar principalmente estes três dons: - o da vista, o da audição e o da fala. Às vezes é conveniente, ver e não ver; ouvir e não ouvir; conhecer mas não falar, pois quantas vezes "o silêncio é de ouro", como diz o aforismo! A liberdade plena não faz falta a quem sabe conduzir-se com elevação, entendimento e amor cristão. Todos trazem planejadas as linhas mestras da sua trajetória terrena, da qual não faz parte essa liberdade. Os seres dependem todos uns dos outros e, se assim não fosse, não haveria necessidade da presença no mundo de alfaiates, costureiras, 69

maior estabilida<strong>de</strong>. Sem exceção, os chefes <strong>de</strong> família, no seu <strong>de</strong>votamento<br />

ao lar e ao trabalho, subjugam toda e qualquer idéia <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> que<br />

prejudique essa <strong>de</strong>dicação.<br />

Assim, os seres em evolução na Terra só po<strong>de</strong>rão alcançar uma<br />

parcela <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> no <strong>de</strong>correr da existência, e <strong>de</strong>verão julgar-se felizes<br />

por estarem sujeitos a essa restrição re<strong>de</strong>ntora, que opera em favor da<br />

coletivida<strong>de</strong> e, particularmente, em benefício <strong>de</strong> cada um.<br />

A opressão é uma medida violenta <strong>de</strong> supressão da liberda<strong>de</strong>, e é<br />

preciso que um povo tenha errado muito para, ainda que transitoriamente,<br />

merecer essa cota <strong>de</strong> sacrifício. Os erros <strong>de</strong>sse povo não po<strong>de</strong>m ser<br />

contados, apenas, pelas ocorrências da encarnação em que se manifestou o<br />

fenômeno, mas pelo acúmulo <strong>de</strong>les, carreados <strong>de</strong> vidas passadas. Os<br />

governos <strong>de</strong> opressão, <strong>de</strong>spóticos ou ditatoriais, atuam como cataclismos.<br />

Ninguém po<strong>de</strong>rá vangloriar-se <strong>de</strong> que é livre para fazer o que bem<br />

entenda, porque essa liberda<strong>de</strong> mal empregada, ou lhe custará muito cara,<br />

ou será reduzida, mais tar<strong>de</strong>, a expressões mínimas., se não se <strong>de</strong>r o caso<br />

<strong>de</strong> ter <strong>de</strong> passar pelas duas experiências, concomitantemente.<br />

Muito cuidado é necessário tomar com fanfarronices, com jactâncias,<br />

porque tudo quanto pensarmos ou dissermos, fica gravado no éter, sem<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se apagar. Desse modo, o que se disser não po<strong>de</strong>rá ser<br />

<strong>de</strong>sdito, e há sempre responsabilida<strong>de</strong> nas afirmações e nos pensamentos<br />

emitidos.<br />

Quem tem contas a saldar na Terra - e todos as têm, maiores ou<br />

menores - não po<strong>de</strong>rá gabar-se <strong>de</strong> ser livre ou <strong>de</strong> gozar <strong>de</strong> plena liberda<strong>de</strong>,<br />

porque o tempo se incumbirá <strong>de</strong> provar o contrário.<br />

O <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> ensina que todos <strong>de</strong>verão ser pon<strong>de</strong>rados e<br />

comedidos para não se externarem <strong>de</strong> modo leviano, e terem <strong>de</strong> sofrer as<br />

conseqüências.<br />

Refreando a liberda<strong>de</strong>, é indispensável que os estudantes <strong>de</strong>sta<br />

Doutrina aprendam a dominar principalmente estes três dons: - o da vista,<br />

o da audição e o da fala. Às vezes é conveniente, ver e não ver; ouvir e não<br />

ouvir; conhecer mas não falar, pois quantas vezes "o silêncio é <strong>de</strong> ouro",<br />

como diz o aforismo!<br />

A liberda<strong>de</strong> plena não faz falta a quem sabe conduzir-se com<br />

elevação, entendimento e amor cristão. Todos trazem planejadas as linhas<br />

mestras da sua trajetória terrena, da qual não faz parte essa liberda<strong>de</strong>.<br />

Os seres <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m todos uns dos outros e, se assim não fosse, não<br />

haveria necessida<strong>de</strong> da presença no mundo <strong>de</strong> alfaiates, costureiras,<br />

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