Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
A Verdade, pois, tem sido causa de espantosas deflagrações do espírito humano, quando fortemente escudados nas suas convicções interesseiras, estribadas em nulos conhecimentos espirituais. Nestas circunstâncias, a criatura costuma fazer um esforço desesperado para manter a capa que abriga o seu ponto-de-vista, e apela para todos os processos, inclusive os indecorosos, a fim de resguardar-se na posição que lhe agrade. As seitas e religiões poderiam dispor - e já não seria sem tempo - de uma parcela maior da Verdade, se os seus dirigentes estivessem dispostos a despojar-se de muitas influências que estimulam a vaidade e lhes dão uma falsa posição na vida que lhes parece cômoda. Assim, tais dirigentes, atendendo ao seu gosto, desfrutam, com certo aparato, de hierarquia terrena e de uma ascendência moral sobre as "ovelhas", que os colocam num enganoso pedestal de autoridade. No entanto, a Verdade é simples, despretensiosa, e, como a água cristalina, mata a sede, por igual, dos que dela se socorrem. Ninguém pode conhecer a Verdade somente por ouvir dizer onde ela está. A verdade se revela, por si mesma, a cada um, de acordo com o anseio purificante da alma, e o esforço que fizer para alcançá-la. Há, para isso, que ser sincero, leal, verdadeiro consigo mesmo, e de manter o desejo de encontrá-la, para cultivar a sua espiritualização. No Racionalismo Cristão apela-se para o emprego do raciocínio como meio de encontrar o caminho certo, à luz da Verdade. Os ensinamentos ali divulgados são submetidos, fraternalmente, à razão criteriosa, com o objetivo de fazer com que cada um veja, com os olhos da alma, a realidade dos fatos. A Verdade sente-se, interiormente, com o poder da lógica, e reflete-se, na vida por estar em toda parte, inclusive nas leis da relatividade, pois que ela própria é a manifestação dessa e das demais leis. A Verdade Sublimada, a Verdade Universal exprime um conceito Superior, que se encontra irmanado ao Supremo Grau da Inteligência. Contrariar essa Verdade, pode não ser mentir, vulgarmente falando, porém, mais do que isso, é violar uma lei, contrapondo-se aos seus desígnios superiores. Quando, com novas demonstrações científicas, uma parcela maior da Verdade for publicamente revelada, de forma insofismável, os incrédulos de hoje se verão obrigados a recuar da sua pirrônica resistência, idêntica à do apóstolo Tomé, e a aceitar a vida, no seu verdadeiro aspecto. 32
Estão neste caso também os religiosos que se dizem cristãos e que, apegados a textos vetustos, de origem duvidosa, se recusam a participar dos novos surtos de espiritualidade. É a verdade que, revelando novos painéis que focalizam a vida espiritual, liberta o ser das peias do materialismo. O indivíduo, nesses quadros, contempla, com a realidade desejada, o panorama que convém seja conhecido, para o seu maior desenvolvimento, sendo necessário, no entanto, não fechar as janelas da alma a essa luz, para que a sombra do desconhecimento seja removida. Tudo quando é material tem duração efêmera, por ter de passar pelo processo das transformações, de onde se conclui que estreitar os laços do materialismo, para se prender a eles, é propositalmente deixar-se levar pelas vagas embriagadoras da irrealidade. A Verdade, que é eterna, está sempre em campo oposto ao do materialismo, e procurá-la é elevar-se acima dos gozos entorpecentes, para atingir o estado apropriado, que é o espiritual. Na tarefa de apontar o rumo da Verdade, emprega o Racionalismo Cristão o melhor dos seus esforços, sem diminuir nem censurar ninguém por não ter seguido o curso que nas Casas Racionalistas Cristãs é ministrado. Nelas são oferecidos exemplos, argumentos, ilustrações, fatos históricos, lições oportunas e demais elementos indispensáveis ao esclarecimento. O trabalho tem de ser lento e perseverante, e muitos são aqueles que só aos poucos, e com muito custo, poderão despir-se das roupagens milenares do convencionalismo e do conservadorismo decadentes, pejadas de adornos condecorativos e nobiliárquicos, para se recomporem com uma leve e simples túnica branca, simbolizadora das virtudes excelsas, em que se reflete a pureza da Verdade, consubstanciada nos ensinos realmente cristãos. 33
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Estão neste caso também os religiosos que se dizem cristãos e que,<br />
apegados a textos vetustos, <strong>de</strong> origem duvidosa, se recusam a participar<br />
dos novos surtos <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>.<br />
É a verda<strong>de</strong> que, revelando novos painéis que focalizam a vida<br />
espiritual, liberta o ser das peias do materialismo. O indivíduo, nesses<br />
quadros, contempla, com a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada, o panorama que convém<br />
seja conhecido, para o seu maior <strong>de</strong>senvolvimento, sendo necessário, no<br />
entanto, não fechar as janelas da alma a essa luz, para que a sombra do<br />
<strong>de</strong>sconhecimento seja removida.<br />
Tudo quando é material tem duração efêmera, por ter <strong>de</strong> passar pelo<br />
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materialismo, para se pren<strong>de</strong>r a eles, é propositalmente <strong>de</strong>ixar-se levar<br />
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A Verda<strong>de</strong>, que é eterna, está sempre em campo oposto ao do<br />
materialismo, e procurá-la é elevar-se acima dos gozos entorpecentes, para<br />
atingir o estado apropriado, que é o espiritual.<br />
Na tarefa <strong>de</strong> apontar o rumo da Verda<strong>de</strong>, emprega o <strong>Racionalismo</strong><br />
<strong>Cristão</strong> o melhor dos seus esforços, sem diminuir nem censurar ninguém<br />
por não ter seguido o curso que nas Casas Racionalistas Cristãs é<br />
ministrado. Nelas são oferecidos exemplos, argumentos, ilustrações, fatos<br />
históricos, lições oportunas e <strong>de</strong>mais elementos indispensáveis ao<br />
esclarecimento.<br />
O trabalho tem <strong>de</strong> ser lento e perseverante, e muitos são aqueles que<br />
só aos poucos, e com muito custo, po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>spir-se das roupagens<br />
milenares do convencionalismo e do conservadorismo <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>ntes, pejadas<br />
<strong>de</strong> adornos con<strong>de</strong>corativos e nobiliárquicos, para se recomporem com uma<br />
leve e simples túnica branca, simbolizadora das virtu<strong>de</strong>s excelsas, em que<br />
se reflete a pureza da Verda<strong>de</strong>, consubstanciada nos ensinos realmente<br />
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