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Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão

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honestamente, por consi<strong>de</strong>rar o trabalho a maior dádiva da vida. E se bem<br />

analisados os fatos, todos verão que o trabalho está na essência da Vida,<br />

tanto no micro, como no macrocosmo. A Inteligência Universal trabalha,<br />

incessantemente, sem trégua <strong>de</strong> uma fração <strong>de</strong> segundo.<br />

Logo, dar-se algo a alguém para que, po<strong>de</strong>ndo trabalhar não trabalhe,<br />

é alimentar-se nesse alguém um estado vicioso, é <strong>de</strong>turpar-se o sentido da<br />

humanida<strong>de</strong>, é violar-se a lei da natureza.<br />

As instituições que procuram promover a recuperação do homem<br />

marginal, sem segundas intenções, praticam o mais elevado dos atos<br />

humanísticos, e são merecedoras <strong>de</strong> apoio material, moral e espiritual.<br />

Demonstram, ainda, possuir um alto sentimento <strong>de</strong> humanismo<br />

aqueles que, não possuindo filhos, criam e educam seres subtraídos aos<br />

ambientes miseráveis e nocivos; os que distribuem, <strong>de</strong> suas sobras, roupas<br />

e agasalhos aos orfanatos e asilos; os que socorrem os enfermos,<br />

abnegadamente, com o anseio <strong>de</strong> vê-los restituídos ao trabalho; os que,<br />

renunciam a oferendas que a vida dá em beneficio <strong>de</strong> terceiros que<br />

precisam <strong>de</strong> ajuda para vencer, e, finalmente, os que auxiliam a elevar o<br />

estado espiritual do próximo.<br />

A prática do bem exige ação, prestimosida<strong>de</strong>, renúncia e<br />

compreensão; é um dom espiritual, e não po<strong>de</strong> ser comercializado em<br />

nenhum sentido; constitui um crime explorá-lo.<br />

O necessitado, no seu estado <strong>de</strong> profunda carência material, <strong>de</strong>ve ser<br />

olhado com entendimento, compreen<strong>de</strong>ndo-se a razão daquele estado, sem<br />

se procurar penetrar no seu âmago para sofrer, com ele, dolorosamente<br />

uma falsa interpretação da solidarieda<strong>de</strong> humana. O sofrimento é uma<br />

necessida<strong>de</strong> da vida. E o meio <strong>de</strong> se resgatarem dívidas que ficaram no<br />

passado à espera <strong>de</strong>ssa oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem saldadas, e, portanto,<br />

pagá-las <strong>de</strong>ve constituir uma satisfação, um <strong>de</strong>safogo, uma libertação. Sem<br />

essa compreensão, o sofrimento torna-se um peso muito maior.<br />

A lei <strong>de</strong> causa e efeito é natural e imutável. O processo das<br />

reencarnações está intimamente ligado a essa lei. Por tal razão, a<br />

reencarnação, dando ensejo a que os seres paguem as suas dívidas do<br />

passado, na existência presente, os coloca <strong>de</strong>ntro da lei. Diante disso, o<br />

humanismo consiste não tanto em eliminar o sofrimento, como em<br />

amparar o ser, para enfrentá-lo com valor, e o superar. São pois, as<br />

reencarnações que limpam e purificam a alma.<br />

Se não fosse uma realida<strong>de</strong> a lei das reencarnações, e uma gran<strong>de</strong><br />

impostura a absolvição, seria o caso <strong>de</strong> estigmatizar a Força Criadora por<br />

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