53 ΚΕΦΑΛΗ ΝΓ O RABDOMANTE Uma volta no prado. Irmão, o galho <strong>da</strong> aveleira abaixou? Duas voltas no pomar. Irmão, o galho <strong>da</strong> aveleira abaixou? Três voltas no curral. Acima, abaixo, astuto, sagrado, abaixa, abaixa, abaixa! Então relinchou o cavalo no curral - e vê! - suas asas. Pois quem descobriu a PRIMAVERA sob a terra, percorre o caminho <strong>da</strong> terra para trilhar os céus. Esta PRIMAVERA é tripla; de água, mas também de aço e de estações. Também este CURRAL é o Sapo que tem a jóia entre seus olhos — Aum Mani Padmen Hum! (Livrai-nos do Mal!) Er
COMENTÁRIO (ΝΓ) Um rabdomante pratica divinação, normalmente, com o objetivo de descobrir água ou minerais através <strong>da</strong>s vibrações de um galho de aveleira. O prado representa a flor <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>; o pomar, seus frutos. O curral, sendo reservado aos animais, representa a vi<strong>da</strong> em si mesma. Quer dizer, a fonte secreta <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> é encontra<strong>da</strong> no lugar <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, resultando que o cavalo, que representa a vi<strong>da</strong> animal ordinária, transforma-se em Pégasus, o cavalo divino. No parágrafo 6, vemos esta primavera identifica<strong>da</strong> com o phallus, pois este é não só uma fonte de água, mas altamente elástico, ao passo que as referências às estações aludem às linhas de Lord Tennyson: “Na primavera, o pássaro mensageiro se transforma no pombo crescido, Na primavera, as fantasias luminosas de um rapaz se transformam em pensamentos de amor” - Locksley Hall. No parágrafo 7, o lugar <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, o universo de almas animais, é identificado com o sapo, o qual “Feio e venenoso, Não obstante usa uma jóia preciosa em sua cabeça” - Romeu e Julieta Essa jóia é a faísca divina no homem, e mesmo em tudo o que “vive, e se move, e tem existência”. Note esta frase, a qual é altamente sugestiva; a palavra “vive” excluindo o reino mineral, a palavra “move” excluindo o reino vegetal, e “existência” excluindo os animais inferiores, inclusive a mulher. Este “sapo” e esta “jóia” são adiante identificados com o Lótus e a jóia do conhecido aforisma Budista, e parece sugerir que este “sapo” é a Yoni; a sugestão é depois reforça<strong>da</strong> pela frase final entre parênteses, “Livrai-nos do mal”, posto que, apesar de ser o lugar <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e o veículo <strong>da</strong> graça, pode ser desastrosa. Er