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VJ JUN 09.p65 - Visão Judaica

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m São Paulo quase 40<br />

pessoas estão sendo<br />

investigadas pela<br />

Delegacia de Crimes<br />

Raciais e Delitos de<br />

Intolerância (Decradi),<br />

suspeitas de integrar o grupo<br />

neonazista liderado por Ricardo<br />

Barollo, preso e acusado de ser o<br />

mandante da morte de um casal de<br />

integrantes do movimento no Paraná.<br />

Segundo a delegada Margarette<br />

Barreto, titular da Decradi, cerca de<br />

25 grupos neonazistas atuam no Estado,<br />

mas o de Barollo, denominado<br />

Neuland, é considerado o mais organizado<br />

ideologicamente, possuindo<br />

inclusive atuação política. Além<br />

de São Paulo, os neonazistas estão<br />

sendo investigados em Minas Gerais,<br />

no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa<br />

Catarina.<br />

O grupo Neuland tem células em<br />

atuação na capital paulista, onde está<br />

o maior número de participantes, e<br />

nas cidades de Campinas, Sorocaba<br />

e Limeira. Além de Barollo, foi indiciado<br />

também por crime ligado à ação<br />

do grupo, Alessandro Martines, 31<br />

anos, preso em 13 de junho de 2008,<br />

em Santo André, no ABC paulista, com<br />

147 itens de armamentos, entre espingardas,<br />

pistolas, carabinas, carregadores,<br />

munição e facas Butterfly.<br />

O recrudescimento da ação do<br />

grupo, com compra de armamentos<br />

em grande quantidade, teria sido, segundo<br />

a polícia gaúcha, a principal divergência<br />

que levou ao assassinato<br />

dos estudantes Bernardo Dayrell Pedroso,<br />

de 24 anos, e de Renata Waechter<br />

Ferreira, de 21 anos, ocorrido<br />

em 21 de abril passado no km 6 da<br />

BR-116, no município de Quatro Barras,<br />

no Paraná.<br />

Os integrantes do Neuland têm<br />

entre 16 e 40 anos, mas não é descartada<br />

a presença de outros mentores.<br />

Barollo, por exemplo, aparece<br />

como financiador de cursos de informática<br />

e compra de computadores a<br />

jovens integrantes do grupo, mas não<br />

há informações de como obteve os<br />

recursos. Funcionário de uma construtora,<br />

ele recebia salário mensal em<br />

torno de R$ 10 mil, segundo o delegado<br />

Paulo César Jardim, responsável<br />

pela investigação.<br />

Investigação Investigação no no RS<br />

RS<br />

A Polícia Civil investiga a compra<br />

de armas por parte de um grupo neonazista<br />

do Rio Grande do Sul. Duas testemunhas,<br />

de dez supostos integrantes<br />

do movimento convocados para depor,<br />

disseram que foram adquiridas entre 30<br />

e 40 armas. Entre o armamento, há revólveres<br />

e pistolas, mas haveria também<br />

duas metralhadoras no arsenal.<br />

As armas estariam com pelo menos<br />

quatro dos cinco proprietários<br />

das residências em que foram encontrados<br />

materiais de apologia ao<br />

nazismo. As apreensões ocorreram<br />

em Cachoeirinha, Viamão, Porto<br />

Alegre, Alvorada, Caxias do Sul e<br />

Bento Gonçalves.<br />

A operação teve como objetivo<br />

detectar uma célula neonazista no<br />

Rio Grande do Sul, de acordo com a<br />

Polícia Civil. Foram apreendidos livros,<br />

camisetas, CDs e DVDs relacionados<br />

à ideologia. Também foram recolhidas<br />

três bombas de fabricação<br />

caseira e facas.<br />

As buscas prosseguiram no interior<br />

do Estado onde se investiga a conexão<br />

desse grupo Neuland com outros<br />

do Uruguai e da Argentina. Segundo<br />

a polícia, Jairo Fischer, apontado<br />

como líder do movimento, foi<br />

preso em Teutônia, no interior do Rio<br />

Grande do Sul, sob suspeita de homicídio.<br />

Ele teria adquirido a arma em<br />

um dos países vizinhos.<br />

Além disso, o grupo teria contatos<br />

com facções do Chile, Inglaterra<br />

e França. A polícia investiga ainda se<br />

Neuland tem envolvimento com outros<br />

dez assassinatos. O grupo também<br />

estaria financiando cursos de<br />

fabricação de bombas caseiras, que<br />

seriam utilizadas no ataque a sinagogas<br />

e homossexuais.<br />

Articulação Articulação política<br />

política<br />

A quadrilha de neonazistas que<br />

começou a ser desarticulada no Rio<br />

Grande do Sul pretendia realizar atentados<br />

a sinagogas no país e pelo menos<br />

50 pessoas estão envolvidas no<br />

movimento apenas em cidades gaúchas.<br />

Segundo o delegado Paulo César<br />

Jardim, titular do 1° DP de Porto<br />

Alegre, responsável pela investigação,<br />

o grupo articula também candidaturas<br />

políticas em pequenas cidades. Para<br />

atrair adeptos entre os que não têm<br />

simpatia pela ideologia nazista, integrantes<br />

do movimento passaram a<br />

colecionar casos de homicídios praticados<br />

por negros em todo o país.<br />

"Não estamos lidando com marginais<br />

ou traficantes comuns. Eles<br />

acreditam que existam sub-raças e se<br />

organizam em torno desta idéia", disse<br />

o delegado Jardim.<br />

Material de propaganda nazista foi<br />

apreendido em residências de cinco<br />

municípios gaúchos. Entre as cerca de<br />

300 peças e documentos apreendidos<br />

foi achado o plano de ataques a sinagogas,<br />

além de identificada a compra<br />

de pelo menos 40 armas, incluindo<br />

metralhadora e submetralhadora. Os<br />

neonazistas são ainda suspeitos de 10<br />

mortes nos últimos 60 dias.<br />

A primeira cidade em que os par-<br />

tidários do neonazismo pretendia lançar<br />

candidato fica em Santa Catarina.<br />

Segundo Jardim, dois grupos neonazistas<br />

estão identificados nos quatro<br />

estados. O mais antigo deles é o<br />

Blood & Honor (Sangue e Honra),<br />

acompanhado há cerca de oito anos<br />

pela polícia gaúcha. O outro é o Neuland<br />

(terra nova, em alemão), cuja<br />

criação é atribuída ao economista<br />

paulista Ricardo Barollo, de 33 anos.<br />

Segundo Jardim, os dois jovens<br />

mortos no Paraná foram assassinados<br />

porque discordaram dos atentados<br />

que começaram a ser planejados pelas<br />

pessoas ligadas ao grupo Neuland.<br />

A polícia gaúcha não descarta a possibilidade<br />

de envolvimento de empresários<br />

e executivos.<br />

O braço político, além de organizar<br />

candidaturas, tem como objetivo<br />

cooptar novos participantes, a quem<br />

chamam de "soldados". Boa parte dos<br />

novos adeptos são jovens. O líderes,<br />

como o Barollo, alugam sítios e convidam<br />

pessoas de seu relacionamento,<br />

que por sua vez convidam outras.<br />

Nesta reunião, a doutrina é divulgada.<br />

Os que aceitam participar, porém,<br />

são submetidos a testes de coragem<br />

e enfrentamento. E fazem juramento<br />

similar ao da máfia, diz o delegado.<br />

Fazem ainda juramento de lealdade:<br />

"Se tu me traíres, só tem um destino:<br />

a morte" .<br />

VISÃO JUDAICA junho de 2009 Tamuz / Av 5769<br />

Grupos neonazistas desmantelados e<br />

investigação prossegue em 5 Estados<br />

Três hotéis de Alexandria,<br />

a segunda maior cidade do Egito,<br />

se recusaram a receber um<br />

evento organizado pelo consulado<br />

israelense que celebraria<br />

os 61 anos da criação de Israel,<br />

comemorado em maio.<br />

Segundo a imprensa egípcia,<br />

os hotéis tomaram a decisão<br />

por temer um boicote por<br />

parte de seus turistas árabes,<br />

seus maiores clientes.<br />

A imprensa também especulou<br />

que a realização do<br />

evento em Alexandria poderia<br />

provocar uma reação negativa<br />

em membros de facções<br />

palestinas que devem participar<br />

de um evento no Cairo<br />

para promover o diálogo e a<br />

reconciliação desses grupos.<br />

"Uma celebração israelense<br />

no Egito poderia desagradar alguma<br />

facção palestina e prejudicar<br />

os esforços do governo<br />

egípcio para este encontro", disse<br />

um jornal em seu editorial.<br />

Integrantes de grupos neonazistas presos no Paraná<br />

Armas e muita propaganda foi encontrada<br />

nas casas dos neonazistas gaúchos<br />

Jardim afirmou que o trabalho de<br />

acompanhamento destes grupos é<br />

permanente e os estados envolvidos<br />

têm trocado informações. Segundo<br />

ele, o crime só pode ser punido em<br />

fase de execução, não de planejamento,<br />

se não houver provas.<br />

Hotéis egípcios recusam<br />

evento de aniversário de Israel<br />

Um deputado egípcio teria<br />

inclusive enviado uma carta ao<br />

Parlamento do país agradecendo<br />

publicamente os três hotéis<br />

por terem tomado a decisão.<br />

Alexandria é um grande<br />

destino de turistas de várias<br />

partes do mundo, especialmente<br />

do Oriente Médio.<br />

O Egito foi o primeiro país<br />

árabe a assinar um acordo de<br />

paz com Israel, em 1979, mas a<br />

relação entre os dois países<br />

sempre foi fria.<br />

Além de Egito, a Jordânia<br />

também possui relações diplomáticas<br />

com Israel, que<br />

possui embaixadas nos dois<br />

países árabes.<br />

O cônsul de Israel em Alexandria,<br />

Hassan Ka'bia, um árabe-isralelense,<br />

ficou frustrado<br />

em não poder levar adiante a<br />

celebração, viajando ao Cairo<br />

para protestar contra a decisão<br />

do governo egípcio.<br />

17<br />

No ano passado, Ka'bia organizou<br />

a celebração pelos 60<br />

anos do Estado de Israel e contou,<br />

inclusive, com a presença<br />

de políticos de Alexandria.<br />

O próprio presidente do<br />

Parlamento se viu envolvido em<br />

outra polêmica recentemente<br />

quando recebeu um convite<br />

para visitar o Parlamento israelense,<br />

o Knesset, mas jornais revelaram<br />

que ele não pretendia<br />

aceitar o convite.<br />

Sorour negou que tivesse<br />

recusado o convite, mas disse<br />

que só visitaria Israel se isso<br />

lhe fosse pedido pelo Parlamento<br />

do Egito.<br />

"Mas acho isso impossível<br />

porque o Parlamento condena<br />

as ações contra a paz feitas por<br />

Israel", declarou ele aos jornais.<br />

Ele explicou que só visitaria<br />

Israel se a paz fosse atingida<br />

e um Estado palestino fosse<br />

criado, com Israel desocupando<br />

os territórios ocupados.

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