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Manual do Budismo - Jardim do Dharma

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eu sempre emprego minha mente em escutar para distinguir as variedades de pontos de vista que tem<br />

os seres viventes. Se num lugar, separa<strong>do</strong> daqui por um número de mun<strong>do</strong>s incontáveis como as areias<br />

<strong>do</strong> Ganges, um ser vivente pratica os atos de Samantabadra, eu monto no ato sobre um elefante de seis<br />

presas e me reproduzo em cem ou mil aparições para ir na sua ajuda . E se ele é incapaz de me ver,<br />

porque seu Karma o impede, então eu secretamente coloco minha mão sobre sua cabeça para protegerlhe<br />

e confortar- lhe para que tenha êxito. E como agora Buda pergunta pelos melhores méto<strong>do</strong>s de<br />

perfeição, segun<strong>do</strong> minha experiência pessoal falo que consiste em escutar com a mente, o qual<br />

conduz ao discernimento indiscrimina<strong>do</strong>”.<br />

Meditação sobre a percepção pelo olfato.<br />

Sundarananda exclamou: “Quan<strong>do</strong> aban<strong>do</strong>nei o meu lar para seguir o Buda, ainda que estava já<br />

plenamente ordena<strong>do</strong>, errei no intento de conseguir o esta<strong>do</strong> de Samadhi porque minha mente estava<br />

sempre irresoluta, este problema me incapacitou em atingir o esta<strong>do</strong> mais além da corrente de<br />

transmigração. Foi então que o Buda me ensinou a mim e a Kaustila, a fixar a mente na ponta da nariz.<br />

Comecei esta meditação e umas três semanas mais tarde vi que o hálito que saia e entrava pelo meu<br />

nariz era como fumaça, e por dentro, tanto o corpo como a mente eram claros e olhei através <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

externo, que apareceu como vacuidade pura como o cristal. A fumaça desapareceu gradualmente e<br />

minha respiração se fez branca. Quan<strong>do</strong> minha mente abriu-se logrei o esta<strong>do</strong> além da transmigração.<br />

Minhas inspirações e expirações, brilhantes agora, iluminaram as dez direções de mo<strong>do</strong> que atingi o<br />

esta<strong>do</strong> de Arhat. Foi o próprio Buda que profetizou que eu atingiria a Iluminação, e como agora<br />

pergunta sobre os melhores meios de perfeição, segun<strong>do</strong> minha experiência pessoal, falo que é<br />

eliminar a respiração que então se tornará radiante, garantin<strong>do</strong> assim o esta<strong>do</strong> da perfeição além da<br />

transmigração”.<br />

Meditação sobre a percepção pela língua.<br />

Purnamaitrayaniputra assim falou: “Em tempos remotos minha faculdade de falar carecia de<br />

obstáculos, e prediquei a <strong>do</strong>utrina da miséria e da irrealidade, penetran<strong>do</strong> por isso na absoluta<br />

realidade. Também expliquei na assembleia as portas <strong>do</strong> Tathagata <strong>Dharma</strong> que levam à Iluminação,<br />

como inúmeras são as areias <strong>do</strong> rio Ganges, e com isso conquistei a impassibilidade. O Venera<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Mun<strong>do</strong> soube que eu tinha adquiri<strong>do</strong> grande poder da palavra e me ensinou a realizar o trabalho <strong>do</strong><br />

Buda predican<strong>do</strong> assim, na Sua presença, o assisti continuamente e quan<strong>do</strong> pude dar o rugi<strong>do</strong> <strong>do</strong> Leão<br />

atingi o esta<strong>do</strong> de Arhat. Buda selou minha insuperada habilidade para interpretar o <strong>Dharma</strong> e como<br />

agora pergunta sobre a melhor forma de perfeição, segun<strong>do</strong> a minha opinião consiste em empregar a<br />

voz de <strong>Dharma</strong> para subjugar os inimigos de Buda e deter a corrente de transmigração”.<br />

Meditação sobre a percepção de objetos pelo tato.<br />

Upali se levantou de seu assento e exclamou: “Eu pessoalmente acompanhei o Buda na sua saída de<br />

casa. Com meus próprios olhos vi como suportou uma vida dura nos primeiros anos suportan<strong>do</strong> as<br />

<strong>do</strong>res da prática ascética, eu vi como submeteu to<strong>do</strong>s os demônios, venceu os hereges, e se libertou de<br />

to<strong>do</strong>s os desejos mundanos e influxos impuros da mente. Em pessoa me ensinou a disciplina que<br />

incluin<strong>do</strong> as três mil regras e as oitenta mil linhas de conduta que me purificaram de to<strong>do</strong>s meus inatos<br />

e convencionais karmas. Como meu corpo e mente estavam em esta<strong>do</strong> nirvânico, atingi o esta<strong>do</strong> de<br />

Arhat e o Tathagata, selou a minha mente - a causa de minha estrita observância da disciplina e<br />

controle <strong>do</strong> corpo. Agora sou um pilar de disciplina nesta assembleia e se me considera o primeiro<br />

discípulo, e como agora Buda me pergunta pelo melhor méto<strong>do</strong> de perfeição, de acor<strong>do</strong> a minha<br />

experiência o melhor méto<strong>do</strong> consiste em disciplinar meu corpo de mo<strong>do</strong> que possa liberar-se de todas<br />

as restrições e disciplinar a mente para que possa penetrar tu<strong>do</strong>, o qual dá por resulta<strong>do</strong> a liberação <strong>do</strong>s<br />

mesmos corpo e mente.”<br />

Meditação sobre a faculdade da mente (mano - vijnhana).<br />

Maha- Maudgalyayana se levantou de seu assento e assim falou: “Um dia estava eu mendigan<strong>do</strong><br />

alimento na rua e me encontrei com os três irmãos Kasyapa (Uruvilva, Gaya, Nadi) que predicavam a<br />

profunda <strong>do</strong>utrina da causalidade ensinada pelo Tathagata. Subitamente minha inteligência se abriu e<br />

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