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Manual do Budismo - Jardim do Dharma

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transmigratória desprenden<strong>do</strong>-me ao mesmo tempo <strong>do</strong> interior de meu corpo, de minha mente, e <strong>do</strong><br />

universo exterior, e fui liberta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s três mun<strong>do</strong>s da existência (mun<strong>do</strong> da forma, mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> desejo,<br />

mun<strong>do</strong> além da forma).<br />

Era como um pássaro que escapava da gaiola evitan<strong>do</strong> assim as impurezas e contaminações. Com o<br />

meu olho <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong> agora puro e limpo atingi o grau de Arhat e o próprio Buda selou minha chegada<br />

ao esta<strong>do</strong> além de to<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>. Como pergunta agora sobre o melhor meio de perfeição, falo que é<br />

fazer retroceder o gosto até seu conhece<strong>do</strong>r, segun<strong>do</strong> minha experiência pessoal”.<br />

Meditação sobre o Corpo.<br />

Pilindavatsa falou assim: “Quan<strong>do</strong> segui o Buda muitas vezes escutei falar de que o Mundano não<br />

pode dar nem alegria nem felicidade. Um dia fui a cidade a mendigar alimento e enquanto estava<br />

meditan<strong>do</strong> sobre seu ensinamento, pisei sem perceber numa espinha envenenada que perfuran<strong>do</strong> meu<br />

pé me fez sentir <strong>do</strong>res no corpo to<strong>do</strong>.<br />

Refleti sobre meu corpo que conhecia e sentia esta grande <strong>do</strong>r e ainda que existia este sofrimento;<br />

dirigi minha concentração a minha pura e limpa mente à qual nenhuma <strong>do</strong>r afetava; E pensei: como<br />

pode este corpo meu ter duas maneiras de sentir? E depois de uma breve concentração mental neste<br />

ponto, de repente meu corpo e minha mente pareceram inexistentes, e três semanas depois consegui o<br />

esta<strong>do</strong> mais além da corrente da transmigração e atingi o esta<strong>do</strong> de Arhat. Buda selou em pessoa este<br />

esta<strong>do</strong> que me levou mais além de to<strong>do</strong> estúdio, e agora como ele pergunta pelo melhor meio de<br />

perfeição, eu declaro que a pura consciência que barra a conceitualização de corpo é a melhor forma,<br />

de acor<strong>do</strong> com a minha experiência”.<br />

Meditação sobre o Intelecto (manas).<br />

Subhuti declarou o seguinte: “Como minha mente estava livre de obstáculos desde tempos remotos,<br />

posso agora lembrar minhas previas reencarnações, tão inumeráveis como a areia <strong>do</strong> rio Ganges.<br />

Quan<strong>do</strong> ainda era um feto no útero de minha mãe, despertei já à condição da tranqüila vacuidade, que<br />

depois se foi estenden<strong>do</strong> às dez direções e me deu as possibilidades de ensinar aos seres vivos a<br />

maneira de despertar e de perceber sua natureza absoluta. Graças ao Buda, comprovei a absoluta<br />

vacuidade da consciência nascida de si própria e com a perfeição de minha natureza imaterial atingi o<br />

grau de Arhat, entran<strong>do</strong> subitamente na Preciosa Luz Brilhante <strong>do</strong> Tathagata, que era tão imensa como<br />

o espaço e o oceano, em onde eu parcialmente, logrei o conhecimento de Buda. Este Buda selou meu<br />

logro <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> mais além de to<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, e como Buda pergunta agora pelo melhor méto<strong>do</strong> de<br />

perfeição, segun<strong>do</strong> minha experiência falo que consiste em perceber a irrealidade de to<strong>do</strong>s os<br />

fenômenos, junto com a eliminação de até esta mesma irrealidade, a fim de reduzir a nada todas as<br />

coisas.<br />

Meditação sobre a percepção pela visão.<br />

Então Sariputra falou da seguinte forma: “Em tempos remotos a percepção pela visão de minha mente<br />

era já pura e límpida, e em reencarnações sucessivas tão numerosas como as areias <strong>do</strong> Ganges, olhei<br />

sem obstrução o interior de todas as coisas no plano terreno e no plano supramundano. Um dia<br />

encontrei no caminho os <strong>do</strong>is irmãos Kasyapa que estavam predican<strong>do</strong> a <strong>do</strong>utrina da causalidade (as<br />

quatro nobre verdades) e depois de escutá-los minha mente despertou a verdade e deste mo<strong>do</strong> se fez<br />

extensa, sem limites. Então deixei meu lar para seguir o Buda e adquiri a perfeita perfeição da visão<br />

conseguin<strong>do</strong> a intrepidez, logran<strong>do</strong> o grau de Arhat, e a qualificação de “Filho maior de Buda”,<br />

”Nasci<strong>do</strong> pela boca de Buda e por transformação <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong>” e como agora Buda pergunta sobre o<br />

melhor méto<strong>do</strong> de sabe<strong>do</strong>ria, declaro que de acor<strong>do</strong> com minha experiência pessoal, o melhor é<br />

realizar o conhecimento mais ilumina<strong>do</strong>, por meio da radiante percepção da vista da mente”.<br />

Meditação sobre a percepção pelo ouvi<strong>do</strong>.<br />

Então Samantabhadra Bodhisatwa declarou: “Eu era filho <strong>do</strong> Rei <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong> quan<strong>do</strong> estive<br />

anteriormente com os tathagatas que eram inumeráveis como a areia <strong>do</strong> rio Ganges. To<strong>do</strong>s os Budas<br />

das dez direções que ensinam seus discípulos a plantar raízes de Bodhisatwas, lhes incitam a praticar<br />

os fatos de Samantabadra, chama<strong>do</strong>s assim segun<strong>do</strong> meu nome. Honorável personagem deste Mun<strong>do</strong>,<br />

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