18.04.2013 Views

Manual do Budismo - Jardim do Dharma

Manual do Budismo - Jardim do Dharma

Manual do Budismo - Jardim do Dharma

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

5) O Khuddaka Nikaya, coleção menor a qual pertencem vários livros como o Dhammapada, Thera<br />

Gatha e Theri Gatha, Jatakas, etc.<br />

Relacionan<strong>do</strong> o Hinayana ou o Pequeno Caminho, a prática <strong>do</strong> ser humano individual, ele se<br />

resume basicamente em <strong>do</strong>is grande princípios:<br />

• 1) A observação de uma ética que evita tu<strong>do</strong> o que possa prejudicar os outros;<br />

• 2) A compreensão da Vacuidade <strong>do</strong> sujeito denomina<strong>do</strong> também “o não-eu <strong>do</strong> indivíduo”.<br />

Através deste caminho, todas as paixões, desejo, raiva, ódio, orgulho, ciúmes etc. desaparecem e a<br />

mente permanece em total absorção da vacuidade.<br />

O Esta<strong>do</strong> mental obti<strong>do</strong> é denomina<strong>do</strong> Arhat, ou seja, o Vence<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s inimigos, toman<strong>do</strong> as paixões<br />

como inimigas. Este esta<strong>do</strong> é realmente um grau de libertação trazen<strong>do</strong> muito bem estar e felicidade à<br />

pessoa que o atinge, porém este não é o despertar Último.<br />

Ainda assim o Arhat pode permanecer muito tempo em um esta<strong>do</strong> de calma e felicidade individual<br />

profun<strong>do</strong>, porém não é definitivo. Chega um dia em que o Buda emite um raio de luz que tocan<strong>do</strong> o<br />

Arhat, desperta nele o sentimento da grande Compaixão motivan<strong>do</strong>-o a continuar seu caminhar até o<br />

perfeito Despertar.<br />

Existem <strong>do</strong>is tipos de Arhats:<br />

• 1) Aquele que não tem ornamentos: ou seja, aqueles que tem a realização pela prática da Calma<br />

Mental chamada em sânscrito “Vipasana” ou “Shine” em Tibetano. Através desta prática todas as<br />

emoções têm si<strong>do</strong> <strong>do</strong>minadas chegan<strong>do</strong> a este esta<strong>do</strong> espiritual de Arhat.<br />

• 2) Aquele que tem ornamentos: são aqueles que têm pratica<strong>do</strong> “Vipasana” ou “Shine”, porém<br />

também praticaram “Samadhi” em sânscrito ou “Lahaktong” em Tibetano, que quer dizer “Visão<br />

Profunda”. Estas duas práticas combinadas lhes permite atingir a realização.<br />

Diz o Sr. Buda: “Para o Arhat, o renascer em cada esta<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong> corta<strong>do</strong>, todas as quatro classes de<br />

existência futuras têm si<strong>do</strong> destruídas, cada reencarnação tem chega<strong>do</strong> a seu fim, as vigas da casa da<br />

vida têm si<strong>do</strong> quebradas, e a casa inteira completamente derrubada. O bem e o mal têm cessa<strong>do</strong>, a<br />

ignorância tem si<strong>do</strong> demolida, a consciência já não inclui mais sementes, to<strong>do</strong> peca<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong><br />

consumi<strong>do</strong>, e todas as condições mundanas têm si<strong>do</strong> vencidas. Portanto nenhum me<strong>do</strong> pode fazer<br />

tremer um Arhat.<br />

O Arhat cuja tranqüilidade já não pode ser mais perturbada por coisa alguma no mun<strong>do</strong>, o puro, o livre<br />

de pesar, o liberto <strong>do</strong> desejo, ele tem cruza<strong>do</strong> o oceano de nascimento e decaimento. Se compenetra<br />

verdadeiramente da causa das sensações, iluminada na sua mente.<br />

E para um discípulo assim liberto, em cujo coração mora a paz, já não há o que mais ponderar sobre o<br />

que tem si<strong>do</strong> feito, e para ele nada fica por fazer. Assim como uma rocha não é chacoalhada pelo<br />

vento, assim também nem formas, nem sons, nem os sabores, nem os contatos de nenhuma classe; nem<br />

o deseja<strong>do</strong> nem o indeseja<strong>do</strong> podem ser causa para ele de vacilação.<br />

Firme é sua mente, conquistada está a Libertação”.<br />

Segun<strong>do</strong> Concílio<br />

Ao contrário <strong>do</strong> primeiro concílio, considera<strong>do</strong> pelos historia<strong>do</strong>res como uma lenda, este concílio é<br />

considera<strong>do</strong> um evento histórico, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> bem <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong> por textos em sânscrito (a versão <strong>do</strong>s<br />

mahasanghikas) e páli (a versão <strong>do</strong>s sthaviravadins).<br />

Os monges de Vaishali quebraram dez regras monásticas, como aceitar ouro e prata de leigos, comer<br />

em horários não permiti<strong>do</strong>s e tomar bebidas alcoólicas. As acusações foram feitas por Yashas, líder<br />

mais velho da comunidade monástica <strong>do</strong> leste da Índia. Yashas foi expulso da comunidade por estes<br />

monges, mas recebeu o apoio de grandes monges de outras regiões.<br />

Então, por volta de 383 a.C., durante o reina<strong>do</strong> de Kalashoka, um concílio com setecentos arhats (ou<br />

de quase dez mil monges) reuniu-se no monastério Valukarama em Vaishali.<br />

36

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!