Manual do Budismo - Jardim do Dharma
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Idade Média quan<strong>do</strong> o monge franciscano Guillaume<br />
de Rubrouck foi envia<strong>do</strong> como embaixa<strong>do</strong>r à corte<br />
mongol de Mongke pelo rei Luís IX de França. O<br />
encontro aconteceu em Cailac (atualmente no<br />
Cazaquistão), ten<strong>do</strong> o monge julga<strong>do</strong> que os budistas<br />
seriam cristãos perdi<strong>do</strong>s. O budismo começou a<br />
despertar um interesse no público ocidental no século<br />
XX, após o fracasso de projetos políticos como o<br />
marxismo. Nos anos setenta um interesse pela<br />
realização pessoal substituiu a importância <strong>do</strong>s<br />
projetos políticos que visavam mudar a sociedade.<br />
Cap. 2: - O Dhammapada<br />
Dhammapada ou O caminho <strong>do</strong>s Ensinamentos de Buda é uma coleção de 423 estâncias, dividida em<br />
26 seções que foi copiada pelos monges nos primitivos Avasas, isto é, a residência onde os monges<br />
observavam o retiro durante a estação das chuvas. O que apresentarei aqui é uma versão resumida,<br />
porém que pode sermos de muita utilidade para nossa vida.<br />
Yamakavaga - Versos gêmeos.<br />
“As condições nas quais nos achamos são o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> que temos pensa<strong>do</strong>, permanecem na mente,<br />
são forja<strong>do</strong>s por ela.<br />
Se um homem fala ou atua com uma mente impura, a <strong>do</strong>r o segue como a roda segue as patas <strong>do</strong> boi<br />
que puxa o carro.<br />
“As condições nas quais nos achamos são o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> que temos pensa<strong>do</strong>, permanecem na mente,<br />
são forja<strong>do</strong>s por ela.<br />
Se um homem fala ou atua com uma mente pura, a felicidade o segue como a sua inseparável sombra”.<br />
“Eu fui engana<strong>do</strong>, fui golpea<strong>do</strong>, fui derrota<strong>do</strong>, fui rouba<strong>do</strong>. Nunca se consome o ódio daqueles que tem<br />
tais pensamentos”.<br />
“Eu fui engana<strong>do</strong>, fui golpea<strong>do</strong>, fui derrota<strong>do</strong>, fui rouba<strong>do</strong>. Está consumi<strong>do</strong> o ódio daqueles que tem<br />
tais pensamentos”.<br />
“Assim como a chuva penetra numa casa mal-telhada, da mesma maneira as paixões <strong>do</strong>minam aquele<br />
cuja mente é in<strong>do</strong>lente”.<br />
“Assim como a chuva não penetra numa casa bem telhada, da mesma maneira as paixões não<br />
<strong>do</strong>minam aquele cuja mente é reflexiva e está bem treinada”.<br />
Appamadavagga - A Vigilância<br />
A Vigilância é o caminho até o Nirvana. A negligência é o caminho até a morte. Aqueles que praticam<br />
a vigilância não morrem, aqueles que são negligentes são como se já estivessem mortos. Ten<strong>do</strong><br />
compreendi<strong>do</strong> este principio os homens sábios se regozijam na vigilância, e se deleitam nos fatores da<br />
iluminação.<br />
Os continuamente meditativos, perseverantes e atentos experimentam o esta<strong>do</strong> livre de laços, o<br />
supremo Nirvana.<br />
Aquele que é diligente, atento, cujos atos são puros, que trabalha com prudência, possui o <strong>do</strong>mínio de<br />
si mesmo, este acrescentará sua glória. Vigilante entre os negligentes, totalmente acorda<strong>do</strong> entre os<br />
sonolentos, o sábio avança como um brioso corcel que deixa atrás de si o débil raciocínio. O sábio que<br />
se regozija na vigilância e desconfia da negligência está livre <strong>do</strong>s renascimentos, pois se aproxima <strong>do</strong><br />
nirvana”<br />
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