Manual do Budismo - Jardim do Dharma
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As Três Raízes:<br />
No Vajrayana, o praticante toma refúgio de forma<br />
extraordinária nas Três Raízes:<br />
Lama, Yidam e Dakini / <strong>Dharma</strong>palas<br />
O Lama é a representação viva das Três Jóias. É preciso<br />
compreender que as Três Jóias e as Três Raízes estão<br />
essencialmente unidas no Lama. É propício considerar dessa<br />
forma o Lama e de devotar um olhar fervoroso a este refúgio<br />
único, a jóia que realiza to<strong>do</strong>s os desejos<br />
O Lama é o Buddha porque ele corporifica Buddhas<br />
imensuráveis a fim de ensinar os seres e de guiá-los até a<br />
iluminação.<br />
Sem o lama, não se pode nem mesmo ouvir o nome <strong>do</strong> Buddha.<br />
Sem o Lama, apesar de haver incontáveis Buddhas, seríamos<br />
incapazes de vê-los.<br />
O Yidam, divindade de meditação, é o refúgio <strong>do</strong> Buddha O Yidam representa o Buddha, o guia. Ele<br />
desvenda o caminho das aparências e <strong>do</strong> vazio por meio <strong>do</strong> Mandala-mudra (que é a aparência da<br />
divindade e os Campos puros das aparências virtuais). E o Yidam a quem nos pedimos os siddhis<br />
[realizações espirituais]<br />
As Dakinis e <strong>Dharma</strong>palas são o refúgio da Sangha. A Sangha são os Dakas e as Dakinis que cercam<br />
a divindade e a quem se pede atividades <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong> é a Sangha, que são as dakinis e os protetores <strong>do</strong><br />
<strong>Dharma</strong> (<strong>Dharma</strong>palas).<br />
Dentro da tradição Tântrica interior <strong>do</strong> veículo resultante afirma que o Yidam, as Dakinis e os<br />
<strong>Dharma</strong>palas são manifestações <strong>do</strong> Lama, o <strong>Dharma</strong>kaya. Aqui, <strong>Dharma</strong> e Sangha são entendi<strong>do</strong>s<br />
como extremamente sublimes, realmente o mesmo com o Lama ou o Buddha. O Lama, o Yidam, a<br />
Dakini e os <strong>Dharma</strong>palas, inseparáveis, são a mandala de sabe<strong>do</strong>ria.<br />
Bodhichitta<br />
Por que desenvolvemos a bodhichitta (compaixão)? Já que as mentes <strong>do</strong>s seres são contínuas, suas<br />
criações dualistas sempre produzem a experiência da morte e renascimento Quan<strong>do</strong> qualquer ser nasce,<br />
ele ou ela tem pais. Os pais sempre são bon<strong>do</strong>sos com seus filhos. Isto é verdade até para os animais.<br />
Os seres humanos são sempre bon<strong>do</strong>sos com seus filhos, exceto nos casos de karma negativo ou de<br />
perturbações psicológicas severas. Já que os pais nos mostraram esta bondade, devemos dela, mas isso<br />
não é suficiente: precisamos sua recompensar sua bondade. Há muitos mo<strong>do</strong>s de tentar fazer isto,<br />
como servi-los durante suas vidas, mas ainda mais importante, devemos impedi-los de cair nos três<br />
reinos inferiores e guiá-los à iluminação.<br />
Como Shantideva disse,<br />
Se os diferentes aspectos da bodhichitta fossem sintetiza<strong>do</strong>s,<br />
Há <strong>do</strong>is aspectos: bodhichitta da aspiração e da aplicação.<br />
Os quatro pensamentos imensuráveis constituem a bodhichitta da aspiração; as seis perfeições<br />
transcendentes constituem a bodhichitta da aplicação [ou da ação].<br />
Os quatro pensamentos imensuráveis são O amor A compaixão A alegria A equanimidade<br />
As seis perfeições transcendentes são generosidade, conduta ética, paciência, diligência,<br />
meditação e sabe<strong>do</strong>ria.<br />
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