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Manual do Budismo - Jardim do Dharma

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Eu cuspo na minha vida!!!<br />

Morte na batalha seria melhor <strong>do</strong> que, se derrota<strong>do</strong>, eu sobrevivesse.<br />

Alguns brâmanes e contemplativos, não são vistos aqui se esforçan<strong>do</strong>, tão imersos eles estão no<br />

mun<strong>do</strong>. Eles não conhecem o caminho trilha<strong>do</strong> por aqueles com a conduta perfeita.<br />

“Ven<strong>do</strong> o exército que me cerca pronto para a luta com Mara monta<strong>do</strong> no seu elefante, eu vou para a<br />

luta de mo<strong>do</strong> que ele não me mova da minha posição. Esse seu exército, que o mun<strong>do</strong> com os seus<br />

anjos é incapaz de subjugar, Eu esmagarei com a sabe<strong>do</strong>ria, igual a uma cerâmica que não foi cozida<br />

por uma pedra. Ten<strong>do</strong> <strong>do</strong>mestica<strong>do</strong> a mente, a atenção plena bem estabelecida, eu irei, de reino em<br />

reino, treinan<strong>do</strong> muitos discípulos. Diligentes e energéticos na prática <strong>do</strong>s meus ensinamentos, os<br />

ensinamentos daqueles desprovi<strong>do</strong>s de desejos sensuais, eles irão aonde, ten<strong>do</strong> i<strong>do</strong>, não há<br />

sofrimento.”<br />

Após escutar as palavras <strong>do</strong> Bendito, Mara responde:<br />

“Por sete anos, segui de perto os passos <strong>do</strong> Abençoa<strong>do</strong>, mas não tive uma oportunidade para derrotar<br />

esse plenamente atento. Perfeitamente Ilumina<strong>do</strong>”.<br />

E cantou: “Um corvo sobrevoa uma pedra com a cor da gordura. Ele pensa: ‘Talvez tenha encontra<strong>do</strong><br />

algo tenro ali. Talvez seja algo para comer. Mas não encontran<strong>do</strong> nada comestível, o corvo vai<br />

embora’.<br />

“Igual ao corvo e a pedra, eu deixo Gotama, desalenta<strong>do</strong>.”<br />

Toma<strong>do</strong> pela tristeza, o alaúde caiu <strong>do</strong> seu braço. E aquele espírito<br />

deprimi<strong>do</strong>, exatamente ali desapareceu.<br />

Após ter venci<strong>do</strong> o chefe <strong>do</strong>s demônios, Sidarta Gautama<br />

continuou meditan<strong>do</strong> até o amanhecer, nesse momento ele<br />

contemplou seus anteriores nascimentos, sua causa e seu<br />

consecutivo sofrimento.<br />

Esqueceu o eu egoísta que amarra o homem aos seus caprichos,<br />

elevou sua consciência ao último degrau onde somente permanece<br />

a Luz que está mais além de to<strong>do</strong> pensamento, de toda construção<br />

conceitual, de toda dualidade.<br />

Ao fim, estan<strong>do</strong> toda a terra silenciosa no momento da lua cheia,<br />

realiza o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> completamente Aberto e Desperto.<br />

Sua mente torna-se completa e livre de qualquer obstrução.<br />

Acordan<strong>do</strong> <strong>do</strong> sono da ignorância, eliminan<strong>do</strong> as obstruções da<br />

mente, ele passa a conhecer tu<strong>do</strong> <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, <strong>do</strong> presente e <strong>do</strong> futuro, espontaneamente,<br />

simultaneamente, diretamente.<br />

Além disso, ele desenvolveu a compaixão, que é inteiramente imparcial e abarca to<strong>do</strong>s os seres sem<br />

discriminação. Após quarenta e nove dias de sua Iluminação os deuses Brama e Indra solicitam que<br />

Sidartha inicie seus ensinamentos:<br />

“Oh Buddha tesouro de Compaixão, há seres que somente possuem um pouco de pó nos seus olhos,<br />

eles estão ameaça<strong>do</strong>s de cair nos reinos inferiores.<br />

Não há outro protetor que vós neste mun<strong>do</strong>. Assim, por favor, emersa de sua profunda meditação e<br />

gire a roda <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong>.<br />

Foi assim que Sidarta Gautama o Buddha inicia seu apostola<strong>do</strong> em prol da liberação <strong>do</strong> gênero<br />

humano fazen<strong>do</strong> girar a Roda <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong> por três vezes.<br />

Os três giros da Roda <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong><br />

O Budha apresentou a "Visão <strong>do</strong> Caminho <strong>do</strong> Meio" muitas vezes de maneiras diferentes, as quais se<br />

acham sumarizadas nos "Três Giros da Roda <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong>". Ele ensinou primeiramente em Sarnath,<br />

pouco após sua iluminação, a um grupo de seres que não tinham nem grande energia, nem mentes<br />

expansivas. Ministrou-lhes as "Quatro Nobres Verdades": ensinou que toda existência comum é<br />

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