Manual do Budismo - Jardim do Dharma
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Avalokiteswara não o praticou sozinho, porém eu também passei por isso. O Ilumina<strong>do</strong> tem<br />
pergunta<strong>do</strong> pelos melhores procedimentos, para aqueles que terminam a idade <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong> e que<br />
desejam escapar <strong>do</strong> Samsara para procurar o coração <strong>do</strong> Nirvana.<br />
O Melhor é meditar sobre o som mundano, to<strong>do</strong>s os outros méto<strong>do</strong>s são auxiliares, usa<strong>do</strong>s por Buda<br />
em casos particulares, para afastar a seus discípulos de distúrbios momentâneos.<br />
Não servem para a prática indiscriminada em homens de diferentes tipos de natureza.<br />
Eu saú<strong>do</strong> o Tesouro <strong>do</strong> Tathagata, que está mais além da corrente <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Bendita sejam as<br />
gerações vin<strong>do</strong>uras a fim de que tenham fé neste simples procedimento.<br />
“Isto é bom para ensinar a Ananda, e a to<strong>do</strong>s os da idade terminal <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong>, que deveriam usar o<br />
órgão <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong><br />
que sobrepassa a to<strong>do</strong>s os demais,<br />
e que concorda com a Mente Única”.<br />
Depois que Buda pronunciou estas palavras oitenta mil seres sensíveis realizaram o Espírito <strong>do</strong> Despertar.<br />
Anuthara Samyak Sam Bodhi !!<br />
O Sutra da Contemplação de Amitayus Buda.<br />
Assim eu ouvi:<br />
Uma vez estava Buda no monte <strong>do</strong> pico <strong>do</strong> Abutre, com uma<br />
assembléia de um mil e duzentos e cinqüenta discípulos, assim<br />
como trinta e <strong>do</strong>is mil Bodhisatwas sob a direção de Manjursi.<br />
Nesse tempo em Rajagrha, o príncipe Ajatasatru empurra<strong>do</strong> pelo<br />
seu mau amigo Devadata, encarcerou seu próprio pai o Rei<br />
Bimbisara, proibin<strong>do</strong> aos seus ministros e oficiais visitarem o rei,<br />
porém a Rainha Vaidehi servia ao rei com grande respeito, e<br />
depois de banhá-lo, o alimentava e confortava assim o rei voltava<br />
seu rosto em direção da montanha de Grdhrakuta, e juntan<strong>do</strong> a<br />
suas mãos ajoelhava-se para rezar desde longe ao Venera<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
Mun<strong>do</strong> falan<strong>do</strong>: “Tomara que meu parente e amigo Maudgalaputra<br />
(conheci<strong>do</strong> pelo seu poderes mágicos) tenha compaixão por mim e<br />
me ensine as oito proibições” (matar, roubar, conduta sexual<br />
desonesta, mentir, se intoxicar, usar perfumes, <strong>do</strong>rmir em camas<br />
luxuosas, e comer depois <strong>do</strong> meio dia).<br />
Então Maudgalaputra foi constantemente a ensinar ao rei. Também o Venera<strong>do</strong> <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> man<strong>do</strong>u seu<br />
discípulo Purna-maitrayaniputra (um <strong>do</strong>s melhores predica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>Dharma</strong>) para que explicasse o<br />
<strong>Dharma</strong> ao Rei.<br />
Assim passaram três semanas e o rei graças aos cuida<strong>do</strong>s que recebera conservara a sua saúde. Um dia<br />
o príncipe perguntou ao carcereiro: “Está vivo ainda o Rei?”, ao que o carcereiro lhe comentou sobre<br />
as visitas que o Rei recebia constantemente. Esta declaração enraiveceu mais ainda ao príncipe, que<br />
tirou a espada de sua bainha com a intenção de matar a sua mãe.<br />
Porém um conselheiro inteligente e sábio ministro e um <strong>do</strong>s melhores médicos da corte fizeram<br />
reverência ao príncipe e assim lhe falaram: “Majestade temos estuda<strong>do</strong> nos Vedas que desde o<br />
principio <strong>do</strong>s tempos ouve 108000 casos de príncipes que mataram aos seus pais para lhe usurpar os<br />
seus tronos, porém nenhum tinha mata<strong>do</strong> ainda a sua mãe, a rainha.<br />
Se você comete este novo ato rebelde que trará a desgraça sobre a casta <strong>do</strong>s Ksatryas, não poderemos<br />
ser testemunhas desta ação, a pior e desprezível de todas, e teremos que marchar”.<br />
Quan<strong>do</strong> o príncipe percebeu que estes <strong>do</strong>is amigos inestimáveis iriam cumprir o seu propósito,<br />
assustou-se perguntan<strong>do</strong> ao médico: “Vais aban<strong>do</strong>nar-me?”, ao qual o seu amigo lhe replicou: “Vossa<br />
majestade procure não matar a sua mãe”. Ainda com muito remorso, o príncipe aban<strong>do</strong>nou a sua<br />
intenção de matar a sua mãe, porém ainda assim man<strong>do</strong>u um oficial confinar a sua mãe num pátio<br />
interior.<br />
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