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Manual do Budismo - Jardim do Dharma

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Cap. 1: Nascimento de Sidarta Gautama<br />

Obs. Para tornar as informações contidas neste tópico o mais fidedigno<br />

possível consultei várias fontes tradicionais e outras modernas que incluem<br />

comentários de mestres Budistas Japoneses, Chineses e Tibetanos. Quan<strong>do</strong><br />

considero necessário, também incluo minha própria interpretação.<br />

No ano 624 antes de Cristo, num pequeno reino, nascia um menino<br />

especial, que ofereceria ao mun<strong>do</strong> uma <strong>do</strong>utrina capaz de libertar o<br />

ser humano <strong>do</strong> sofrimento. Sidarta Gautama ou Sakyamuni, um<br />

nome composto que significa: “Sakya”, que correspondia ao nome<br />

da família real no seio da qual ele nasceu; e “Muni”, que quer<br />

dizer o Capaz. Seu lugar de nascimento chama-se Lumbini,<br />

situa<strong>do</strong> originalmente ao norte da Índia, hoje território pertence ao<br />

Nepal.<br />

Sua mãe chamava-se Mayadevi, nome composto que significa<br />

Ilusão Luminosa”, e o nome de seu pai era Shud<strong>do</strong>dana.<br />

Mayadevi teve um sonho no qual via que um elefante branco vinha visitá-la, este elefante não vinha<br />

sobre a terra e sim <strong>do</strong> céu. O fato de este elefante ingressar no seu útero, simbolizava que tinha<br />

concebi<strong>do</strong> uma criança pura e poderosa.<br />

Basicamente, na Índia o elefante simboliza a sabe<strong>do</strong>ria, porém a Rainha sabia que ele vinha <strong>do</strong> céu<br />

Tushita, a terra pura onde habita o Buda Maitreya.<br />

Ao compreender que o momento <strong>do</strong> nascimento da criança estava perto, a Rainha pediu para seu<br />

esposo que a levasse à casa de seu pai. O Rei concor<strong>do</strong>u e quan<strong>do</strong> estavam atravessan<strong>do</strong> o <strong>Jardim</strong> de<br />

Lumbini, chegou a hora. Foi prepara<strong>do</strong> então um leito sob uma árvore que (segun<strong>do</strong> conta a tradição<br />

oral) curvou-se para dar sustento à rainha na hora <strong>do</strong> parto.<br />

A tradição oral conta que no momento de dar a luz à criança, a Rainha não sentiu as <strong>do</strong>res <strong>do</strong> parto, e<br />

teve uma visão muito especial e pura, na qual ela estava seguran<strong>do</strong> o galho desta árvore que se curvou<br />

para ajudá-la enquanto Brama e Indra tiravam uma criança de seu la<strong>do</strong> direito.<br />

Também viu que os Lipikas (anjos no misticismo cristão), aqueles que estão associa<strong>do</strong>s com a<br />

reencarnação e o Karma, desceram <strong>do</strong>s seus mun<strong>do</strong>s para segurar os varais <strong>do</strong>s palanquins que o Pai, o<br />

Rei Shuddhodana , tinha manda<strong>do</strong> construir para transportar seu filho até o palácio.<br />

Estes anjos ocultaram seu esplen<strong>do</strong>r, vestiram roupas humildes de carrega<strong>do</strong>res a fim de a<strong>do</strong>rar o<br />

futuro príncipe da humanidade.<br />

Teve também uma visão de que este menino an<strong>do</strong>u sete passos e que a cada passo da<strong>do</strong> nascia uma<br />

flor de lotos, símbolo <strong>do</strong> homem que estan<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> (simboliza<strong>do</strong> pelas raízes na lama) mantém-se<br />

completamente puro e imacula<strong>do</strong> (simboliza<strong>do</strong> pela própria flor, que nascen<strong>do</strong> no meio <strong>do</strong> lo<strong>do</strong>, nas<br />

suas pétalas não pode aderir nenhuma partícula de pó ou qualquer tipo de sujeira). Este é o motivo pelo<br />

qual to<strong>do</strong>s os Budas e Bodhisatwas são sempre representa<strong>do</strong>s descansan<strong>do</strong> seus pés encima de lotos.<br />

Naquele tempo morava perto <strong>do</strong> palácio um Rishi (Vidente da Verdade) chama<strong>do</strong> Asita, que levava<br />

no bosque uma vida de santo eremita. Também era um Sacer<strong>do</strong>te ou Bramam, cujos ouvi<strong>do</strong>s estavam<br />

fecha<strong>do</strong>s para a vida mundana e somente abertos para os sons celestiais. Através de sua profunda<br />

meditação escutou os cânticos <strong>do</strong>s Devas (anjos), a<strong>do</strong>ran<strong>do</strong> o novo ser que tinha nasci<strong>do</strong>.<br />

Por sua idade, pelos intensos jejuns, pelo seu ascetismo e poderes da clarividência era considera<strong>do</strong><br />

muito sábio e fiel interpreta<strong>do</strong>r de sonhos e presságios de homens puros.<br />

Por ter esta fama o Rei o man<strong>do</strong>u chamar para ver o Príncipe Sidarta (nome da<strong>do</strong> pelo pai ao nascer).<br />

Quan<strong>do</strong> o velho o contemplou não pôde conter as lágrimas e suspirou profundamente.<br />

O Rei ao ver este homem santo chorar e suspirar ficou profundamente assusta<strong>do</strong> e perguntou-lhe:<br />

Que vistes em meu filho que te deixou tão magoa<strong>do</strong>?<br />

Mas o velho asceta não estava choran<strong>do</strong> de pena e sim de gozo, porém quan<strong>do</strong> viu a grande<br />

preocupação que tinha causa<strong>do</strong> ao rei disse:<br />

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