Dissertacao Dr. Fabio Maniglia.pdf - Universidade Federal do Paraná
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Com o passar <strong>do</strong>s anos, com a evolução <strong>do</strong>s materiais, <strong>do</strong> en<strong>do</strong>scópio e das<br />
técnicas a dácrio intranasal foi se mostran<strong>do</strong> eficaz e segura.<br />
Saratziotis (2008) mostrou a taxa de sucesso na dácrio en<strong>do</strong>nasal, com uso<br />
de retalhos de mucosa nasal, de 97,8%.<br />
O retalho intranasal aumentou a taxa de sucesso pelo fato de diminuir a neo-<br />
osteogênese, que obstrui o orifício de drenagem no agger nasi. Com o retalho nasal<br />
a patência da via lacrimal fica preservada.<br />
No presente estu<strong>do</strong>, mostramos que a dacriocistorrinostomia intranasal tem<br />
um alto índice de sucesso, mesmo nos casos de dacriocistites e operações<br />
revisionais confirman<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> de Ravazi.<br />
A abordagem en<strong>do</strong>nasal possui eficácia semelhante à externa e isto foi<br />
mostra<strong>do</strong> em nosso trabalho. Porém, <strong>do</strong>is aspectos merecem consideração por<br />
sugerir que o sucesso real da DCR en<strong>do</strong>nasal em nosso serviço, seja ainda maior.<br />
Primeiramente os pacientes que não completaram o seguimento mínimo de 12<br />
meses. Partin<strong>do</strong> da premissa que aqueles casos com recidiva <strong>do</strong>s sintomas pós-<br />
operatórios procuram o ambulatório com maior frequência, em comparação com os<br />
casos bem sucedi<strong>do</strong>s, infere-se que a possível inclusão destes que aban<strong>do</strong>naram o<br />
acompanhamento aumentaria a taxa de sucesso. Outro aspecto é o tempo de<br />
seguimento. Como o seguimento mínimo em nosso estu<strong>do</strong> foi de 12 meses, alguns<br />
casos chegaram a superar 48 meses. Por esse fato, alguns pacientes considera<strong>do</strong>s<br />
recidiva ou falha no tratamento primário poderiam ser ,na verdade, casos com uma<br />
nova causa de obstrução, diversa daquela encontrada primeiramente. Além disso,<br />
se o tempo de seguimento pós-operatório fosse encurta<strong>do</strong>, nos moldes da maioria<br />
<strong>do</strong>s trabalhos publica<strong>do</strong>s, com seguimento de até 12 meses, certamente aumentaria<br />
nosso sucesso cirúrgico consideravelmente.<br />
A DCR externa apresenta resulta<strong>do</strong>s próximos a 90%. Na literatura mundial<br />
esses da<strong>do</strong>s são bastante homogêneos. A DCR en<strong>do</strong>nasal e a DCR externa têm<br />
,respectivamente, em média 80 a 90% de eficácia em metanálise. Cada vez mais se<br />
prefere a técnica en<strong>do</strong>scópica pelo menor trauma cirúrgico, ausência de incisões na<br />
pele, inexistência de retrações cicatriciais decorrentes da dissecção externa e a<br />
preservação <strong>do</strong>s tendões palpebrais e estrutura <strong>do</strong> canto medial da órbita,<br />
conservan<strong>do</strong> assim, os mecanismos fisiológicos da bomba lacrimal. O acesso<br />
en<strong>do</strong>nasal proporciona também a facilidade de corrigir alterações que podem<br />
comprometer o resulta<strong>do</strong> cirúrgico, como desvio septal, concha bolhosa e sinéquias.<br />
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