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Marley & Eu

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tranqüila-mente ao nosso lado. Forcei-o até chegar ao nosso lugar na<br />

pista, evitando que saltasse sobre cada um dos cachorros pelos quais ele<br />

passava. A Sra. Dominatrix entregou-nos uma corrente com um aro de<br />

aço fundido em cada ponta. Ela nos disse que eram enforcadores e que<br />

seriam nossa arma secreta para ensinar aos nossos cães a ficar ao nosso<br />

lado sem esforço. O enforcador tinha um formato simples e bem<br />

projetado. Quando o cão se comportava e andava ao lado do dono como<br />

deveria, o enforcador ficava solto à volta do pescoço. Mas se o cão<br />

avançava, a corrente apertava corno um laço, sufocando o cachorro,<br />

fazendo com que não disparasse à frente. Não demorava muito, garantia<br />

nossa instrutora, e os cães aprendiam a se submeter, senão morreriam<br />

sufocados. Isso é deliciosamente sádico, pensei.<br />

Comecei a passar o enforcador pelo focinho de <strong>Marley</strong>, mas ele<br />

me viu colocá-lo e agarrou-o entre os dentes. Forcei sua mandíbula para<br />

retirá-lo mais de uma vez. Ele o agarrou novamente. Todos os outros<br />

cães estavam com seus enforcadores. Todos esperando. Agarrei seu<br />

focinho com uma das mãos e a outra tentei passar a corrente. Ele<br />

recuou, tentando abrir a boca para atacar a misteriosa cobra de prata<br />

novamente. Enfim, forcei o enforcador sobre sua cabeça e ele caiu no<br />

chão, agitando-se e dando dentadas, movendo as patas no ar, girando a<br />

cabeça de um lado para o outro, até agarrar corrente com os dentes de<br />

novo. Olhei para a instrutora e disse:<br />

— Ele gostou dela.<br />

Como instruído, fiz <strong>Marley</strong> se levantar e retirei o enforcador de<br />

sua boca. Depois, de acordo com as instruções, pressionei seu traseiro<br />

para que se sentasse e fiquei de pé ao lado dele, com minha perna<br />

esquerda encostada no seu ombro direito. Depois de contar até três, eu<br />

deveria dizer:<br />

— <strong>Marley</strong>, junto!<br />

E dar um passo com a perna esquerda — nunca a direita. Se ele se<br />

afastasse, evidente, uma série de pequenas correções — alguns leves<br />

puxões na guia — o trariam de volta à linha.<br />

— Turma, quando eu contar três — exclamou a Sra. Dominatrix.

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