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Marley & Eu

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Ele saltou no ar, latindo e girando, obviamente sem entender como uma<br />

estratégia tão ardilosa da parte dele poderia ter ido água abaixo.<br />

— E por isso que eu sou o dono e você é o cachorro — respondi.<br />

E ao dizer isso, ele jogou mais água e areia sobre o meu rosto.<br />

Arremessei uma das varetas na água e ele correu atrás dela,<br />

latindo loucamente enquanto corria. Ele retornou como um oponente<br />

novo, refrescado. Desta vez ele estava sendo mais cauteloso e se recusou<br />

a se aproximar de mim. Ele permaneceu a cerca de dez metros de<br />

distância, com a vareta em sua boca, olhando para seu novo objeto de<br />

desejo, que era apenas o seu velho objeto de desejo, sua primeira<br />

vareta, que estava agora no alto acima da minha cabeça. <strong>Eu</strong> podia ver<br />

seus miolos funcionando novamente. Ele deveria estar pensando:<br />

“Desta vez, vou só esperar aqui até que ele atire e então ele não terá<br />

nenhuma vareta e eu terei as duas”.<br />

perguntei.<br />

— Você realmente pensa que eu sou burro, não é, cachorro? —<br />

Inclinei-me para trás e com um gemido longo e exagerado,<br />

atirei a vareta com todas as minhas forças. Óbvio que <strong>Marley</strong> zuniu<br />

para dentro d’água com a sua vareta ainda presa entre os dentes. O<br />

único detalhe era que eu não havia atirado nada. Você imagina que<br />

<strong>Marley</strong> sacou isso? Ele nadou até longe até perceber que a vareta ainda<br />

estava em minha mão.<br />

— Você é um sádico! — Jenny gritou sentada no banco e eu olhei<br />

para trás e vi que ela estava rindo.<br />

Quando <strong>Marley</strong> finalmente voltou à praia, ele afundou na areia,<br />

exausto, mas sem soltar a sua vareta. Ele lhe mostrei a minha,<br />

lembrando-lhe o quanto era melhor que a dele, e ordenei:<br />

— Solte!<br />

<strong>Eu</strong> levantei o meu braço para trás como se fosse jogar, e o bobão<br />

se levantava novamente num instante e se virava para se jogar para a<br />

água novamente.<br />

— Solte! — eu repetia assim que ele voltava.<br />

Foram precisas umas três tentativas, mas finalmente ele fez o que

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