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Marley & Eu

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surpresa, ele deixou cair a vareta aos meus pés. “Nossa”, pensei, “que<br />

me diz disto?” Olhei de volta para Jenny, sentada num banco debaixo<br />

de um pinheiro australiano, e fiz-lhe um sinal positivo. Mas quando me<br />

abaixei para pegá-la, <strong>Marley</strong> estava preparado. Mergulhou, agarrou-a<br />

com a boca, e correu ziguezagueando pela praia. Corcoveou de volta,<br />

quase se chocando comigo, provocando-me para persegui-lo. Fiz<br />

algumas investidas, mas ficou claro que tanto sua velocidade quanto<br />

sua agilidade eram maiores.<br />

— Você deveria se comportar como um labrador — eu gritei. —<br />

Não como um labrador fugitivo.<br />

Mas o que eu tinha, e meu cão não, era um cérebro evoluído que<br />

excedia pelo menos um pouco a força muscular. Agarrei uma segunda<br />

vareta e comecei a brincar com ela. Segurei-a acima da minha cabeça e<br />

comecei a jogá-la da mão direita para a esquerda. Arremessei-a de um<br />

lado para o outro. Notei que <strong>Marley</strong> mudou de atitude. De repente, a<br />

vareta em sua boca, que havia apenas alguns minutos era o objeto mais<br />

desejado que ele poderia imaginar sobre a face da Terra, perdeu todo o<br />

interesse. A minha vareta arrebatou toda a sua atenção. Ele se<br />

aproximou devagarzinho, até ficar a poucos centímetros de mim.<br />

— Nasce um bobo todo dia, não é, <strong>Marley</strong>? — eu ri, passando a<br />

vareta em frente ao focinho dele e observando-o, enquanto ele ficava<br />

vesgo tentando segui-la.<br />

<strong>Eu</strong> podia ver os miolos funcionando em sua cabeça enquanto ele<br />

pensava como iria pegar a nova vareta sem soltar a primeira. Seu lábio<br />

superior tremia quando ele arriscava agarrar a segunda sem deixar cair a<br />

outra. Logo coloquei minha mão livre firme na ponta da vareta em sua<br />

boca. <strong>Eu</strong> puxava de um lado e ele puxava de outro, rosnando. Pressionei<br />

a segunda vareta contra seu focinho.<br />

— Você sabe que quer esta outra — sussurrei.<br />

E como! A tentação era forte demais para ele agüentar. <strong>Eu</strong> podia<br />

sentir sua boca afrouxando em volta da primeira vareta. E então ele se<br />

moveu. Abriu as mandíbulas para tentar pegar a segunda vareta sem<br />

largar a primeira. Num segundo, puxei as duas acima da minha cabeça.

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