Marley & Eu
Marley & Eu Marley & Eu
quando eu colocava toda a minha mão e massageava a sua cabeça com meus dedos, a batida explodia como uma metralhadora ou um samba elétrico. Tumtumtumtumtumtumtumtum! — Nossa, o seu ritmo é bom! — eu disse. — Você é realmente um cachorro reggae! Ao chegar em casa, levei-o para dentro e soltei a coleira. Ele começou a farejar tudo e não parou até ter cheirado cada centímetro quadrado da sala. Depois se sentou sobre as patas traseiras e olhou para mim virando a cabeça de lado como se dissesse: “Muito bem, mas onde estão meus irmãozinhos e irmãzinhas?”. A realidade de sua nova vida não se assentou até chegar a hora de dormir. Antes de sair para buscá-lo, eu havia arrumado seu quarto na garagem anexa à casa. Nunca estacionávamos o carro ali, usando-a mais como depósito e despensa. A máquina de lavar e a secadora também ficavam ali, junto com a tábua de passar. O quarto era seco e confortável, e tinha uma porta traseira que ia dar no quintal cercado. E com seu chão e parede de concreto, era aparentemente indestrutível. seu quarto. — Marley — eu disse, alegremente, levando-o até lá —, este é o Espalhei brinquedos para ele morder, coloquei jornais no meio da garagem, enchi uma vasilha com água, e transformei uma caixa de papelão forrada com lençóis velhos em uma cama para ele. caixa. E é aqui que você vai dormir — eu disse, colocando-o dentro da Ele estava habituado a dormir numa cama dessas, mas sempre a dividiu com seus irmãos. Agora ele dava voltas do lado de dentro e olhava desconsolado para mim. Para testá-lo, saí da garagem e fechei a porta. Fiquei parado, ouvindo. Num primeiro momento, não houve nenhum ruído. Em seguida, ele começou a ganir baixinho, quase inaudível. E depois cresceu para um choro convulso. Parecia que estava sendo torturado.
Eu abri a porta e assim que me viu ele parou de chorar. Eu me aproximei e acariciei-o por alguns minutos e saí novamente. Do outro lado da porta, comecei a contar. Um, dois, três... Ele esperou sete segundos para começar a ganir e chorar de novo. Repetimos a mesma cena diversas vezes, todas com o mesmo resultado. Eu estava cansado e decidi que era hora de ele chorar até dormir. Eu deixei a luz da garagem acesa para ele, fechei a porta, fui até o outro lado da casa e me deitei na minha cama. As paredes de concreto não conseguiam abafar seus ganidos. Continuei deitado, tentando ignorá-los, imaginando que a qualquer minuto ele desistiria e iria dormir. O choro continuou. Mesmo depois de tapar os ouvidos com o travesseiro, ainda conseguia ouvi-lo. Eu pensei nele lá fora sozinho pela primeira vez na vida, neste lugar estranho, sem um único cheiro de cachorro por perto. Ele não via sua mãe nem seus irmãozinhos. Coitadinho dele. Eu gostaria de estar no lugar dele? Esperei mais meia hora antes de me levantar e ir até ele. Assim que me viu, sua expressão se alegrou e seu rabo começou a bater nos lados da caixa de papelão, como se dissesse: “Venha aqui para dentro, tem lugar de sobra para nós dois!”. Em vez disso, levantei-o dentro da caixa e levei-o para o meu quarto, colocando-o no chão ao lado da minha cama. Deitei-me na beira da cama, e deixei meu braço pendurado para dentro da caixa. Ali, com a mão sobre ele, sentindo o seu peito subir e descer enquanto respirava, desmaiamos de sono.
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<strong>Eu</strong> abri a porta e assim que me viu ele parou de chorar. <strong>Eu</strong> me<br />
aproximei e acariciei-o por alguns minutos e saí novamente. Do outro<br />
lado da porta, comecei a contar. Um, dois, três... Ele esperou sete<br />
segundos para começar a ganir e chorar de novo. Repetimos a mesma<br />
cena diversas vezes, todas com o mesmo resultado. <strong>Eu</strong> estava cansado e<br />
decidi que era hora de ele chorar até dormir. <strong>Eu</strong> deixei a luz da garagem<br />
acesa para ele, fechei a porta, fui até o outro lado da casa e me deitei na<br />
minha cama. As paredes de concreto não conseguiam abafar seus<br />
ganidos. Continuei deitado, tentando ignorá-los, imaginando que a<br />
qualquer minuto ele desistiria e iria dormir. O choro continuou. Mesmo<br />
depois de tapar os ouvidos com o travesseiro, ainda conseguia ouvi-lo.<br />
<strong>Eu</strong> pensei nele lá fora sozinho pela primeira vez na vida, neste lugar<br />
estranho, sem um único cheiro de cachorro por perto. Ele não via sua<br />
mãe nem seus irmãozinhos. Coitadinho dele. <strong>Eu</strong> gostaria de estar no<br />
lugar dele?<br />
Esperei mais meia hora antes de me levantar e ir até ele. Assim<br />
que me viu, sua expressão se alegrou e seu rabo começou a bater nos<br />
lados da caixa de papelão, como se dissesse: “Venha aqui para dentro,<br />
tem lugar de sobra para nós dois!”.<br />
Em vez disso, levantei-o dentro da caixa e levei-o para o meu<br />
quarto, colocando-o no chão ao lado da minha cama. Deitei-me na<br />
beira da cama, e deixei meu braço pendurado para dentro da caixa.<br />
Ali, com a mão sobre ele, sentindo o seu peito subir e descer enquanto<br />
respirava, desmaiamos de sono.