18.04.2013 Views

Marley & Eu

Marley & Eu

Marley & Eu

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

não poderíamos mais manter aquele sofrimento. Também fizemos um<br />

enterro no quintal de casa, debaixo de um bordo vermelho que será<br />

sempre seu memorial”.<br />

Uma funcionária de um departamento pessoal chamada Mônica,<br />

dona da labradora Katie, escreveu: “Minhas condolências e lágrimas<br />

para vocês. Minha querida Katie tem apenas dois anos e eu sempre me<br />

pergunto: Mônica, como é que você permite que esta criatura<br />

maravilhosa tome conta de seu coração desse jeito?”. De Carmela:<br />

“<strong>Marley</strong> deve ter sido um ótimo cão para ter uma família que o amava<br />

tanto. Só quem tem cães pode entender o amor incondicional que eles<br />

oferecem e a dor imensa quando eles se vão”. De Elaine: “Nossos<br />

animais de estimação têm vida tão curta e, ainda assim, passam a<br />

maior parte do tempo esperando que voltemos para casa todos os dias. É<br />

impressionante quanto amor e alegria eles trazem para nossas vidas, e<br />

quanto nos aproximamos uns dos outros por causa deles”. De Nancy:<br />

“Os cães são uma das maravilhas da vida e enriquecem tanto a nossa”.<br />

De MaryPat: “Até hoje sinto saudade do barulho que Max fazia andando<br />

pela casa farejando tudo; este silêncio enlouquece qualquer um<br />

principalmente à noite”. De Connie: “Amar um cão é a coisa mais<br />

incrível, não é mesmo? Faz com que nossos relacionamentos com as<br />

pessoas pareçam tão chatos quanto um prato de cereal”.<br />

Quando as mensagens finalmente pararam de chegar, vários dias<br />

depois, resolvi contá-las. Cerca de oitocentas pessoas, que amavam<br />

cães, se sentiram compelidas a me escrever. Tamanho<br />

transbordamento foi uma grande catarse para mim. Quando terminei<br />

de ver todas as mensagens — e respondido o máximo que pude — eu<br />

me sentia melhor. <strong>Eu</strong> fazia parte de uma gigantesca rede de apoio<br />

cibernético. Meu sofrimento pessoal havia se transformado em uma<br />

sessão de terapia pública e, no meio dessa multidão, ninguém tinha<br />

vergonha de admitir uma dor verdadeira, pungente, por causa de algo<br />

aparentemente tão sem importância quanto um velho cão fedido.<br />

As pessoas escreveram e telefonaram também por outro motivo.<br />

Queriam questionar o argumento central de minha coluna, a parte em

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!