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Marley & Eu

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Jenny havia deixado duas mensagens na clínica veterinária, e<br />

estava esperando um veterinário ligar de volta, mas estava ficando claro<br />

que a situação era uma emergência. Liguei pela terceira vez. Após<br />

algum tempo, <strong>Marley</strong> lentamente conseguiu equilibrar-se sobre as<br />

pernas trêmulas e tentou expelir alguma coisa de novo, mas não colocou<br />

nada para fora. Foi quando olhei para seu estômago; parecia mais<br />

dilatado do que o normal e muito rijo. Senti dor no coração; eu sabia o<br />

que isso queria dizer. Liguei novamente para a clínica e, desta vez,<br />

descrevi o inchaço do estômago de <strong>Marley</strong>. A recepcionista pediu-me que<br />

aguardasse, então retornou e disse:<br />

— A doutora disse para trazê-lo imediatamente.<br />

Jenny e eu não precisamos dizer nada; entendemos que havia<br />

chegado a hora. Abraçamos as crianças, dizendo-lhes que <strong>Marley</strong> teria<br />

de ir para o hospital, e que os médicos iriam tentar fazer com que ele se<br />

sentisse melhor, mas que ele estava muito doente. Enquanto eu me<br />

aprontava para sair, olhei de volta, e vi Jenny e as crianças à volta dele<br />

deitado no chão, em grande sofrimento, despedindo-se dele. Cada um<br />

lhe fez um carinho e falou-lhe algo especial. As crianças continuavam<br />

otimistas acreditando que esse cachorro, que fora presença constante<br />

em suas vidas, logo estaria de volta, novo em folha.<br />

— Fique bonzinho, <strong>Marley</strong> — disse Colleen com sua voz<br />

pequenininha.<br />

Com a ajuda de Jenny, coloquei-o atrás no carro. Ela o abraçou<br />

rapidamente mais uma vez, e eu saí com ele, prometendo ligar assim<br />

que tivesse alguma notícia. Ele ficou deitado no chão junto ao banco de<br />

trás com a cabeça apoiada sobre o eixo central, e eu dirigi com uma das<br />

mãos no volante e a outra esticada para trás para poder tocar sua<br />

cabeça e os ombros.<br />

— Oh, <strong>Marley</strong>! — eu dizia.<br />

No estacionamento da clínica veterinária, ajudei-o a sair do carro,<br />

e ele parou para farejar uma árvore onde todos os cachorros mijavam —<br />

ainda curioso, apesar de estar tão doente. Esperei um pouco, sabendo<br />

que talvez esta fosse a última vez que ele estaria ao ar livre, que tanto

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