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Marley & Eu

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0 vento, o nariz úmido farejando o ar gelado como se estivesse<br />

medindo a força do inverno. Bati palmas e acenei para chamar sua<br />

atenção, e ele me seguiu, hesitando diante dos degraus da varanda<br />

antes de juntar coragem para se lançar sobre eles, puxando as patas<br />

traseiras.<br />

Dentro de casa, acendi o fogo, enquanto as crianças escolhiam o<br />

filme. As chamas aumentaram e o calor espalhou-se pela sala, levando<br />

<strong>Marley</strong> a escolher, como de hábito, o melhor lugar para ele, exatamente<br />

em frente à lareira. Deitei-me no chão a pouca distância dele e coloquei a<br />

cabeça sobre uma almofada, olhando mais para o fogo do que para o filme.<br />

<strong>Marley</strong> não queria perder seu lugar aquecido, mas também não conseguia<br />

resistir à chance. Seu ser humano favorito estava no mesmo nível do chão,<br />

deitado, totalmente indefeso. Quem era o macho-alfa agora? Ele começou<br />

a abanar o rabo no chão. Então, começou a rastejar em minha direção.<br />

Arrastou a barriga de um lado para outro, as patas traseiras estendidas<br />

para trás, aproximando-se rapidamente de mim, passando a cabeça sobre<br />

meus quadris. No momento em que estendi o braço para fazer um carinho<br />

nele, ele se rendeu. Ele se ergueu apoiando-se nas patas, sacudiu-se com<br />

força, cobrindo-me de pêlo e olhou para mim, colocando a mandíbula<br />

cheia de saliva acima do meu rosto. Quando comecei a rir, ele entendeu<br />

como sinal verde para avançar, e antes que eu percebesse o que estava<br />

acontecendo, ele subiu em cima do meu peito com as patas da frente e,<br />

soltou o corpo, desabando em cima de mim.<br />

frontal!<br />

— Ai! — gritei, debaixo do seu peso. — Labrador em ataque<br />

As crianças gargalharam. <strong>Marley</strong> não podia acreditar na sua sorte.<br />

<strong>Eu</strong> sequer estava tentando tirá-lo de cima de mim. Ele se curvou, salivou,<br />

lambiscou meu rosto inteiro e empurrou meu pescoço com o nariz. <strong>Eu</strong><br />

mal podia respirar com o peso dele e, depois de alguns minutos, empurrei<br />

parte do corpo dele para o lado, onde permaneceu por quase todo o filme,<br />

com cabeça, ombros e uma das patas sobre meu peito, e o resto do corpo<br />

pressionando o lado do meu corpo.<br />

Não disse a ninguém, mas me vi saboreando aquele momento,

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