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Marley & Eu

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Capítulo 26<br />

Um tempo a mais<br />

Nas semanas seguintes, <strong>Marley</strong> ia e voltava da beira da morte. O<br />

brilho brincalhão voltou aos seus olhos, a ponta de seu focinho voltou a<br />

ficar úmida, e ganhou novamente um pouco de peso. Depois de tudo o<br />

que acontecera, ele não poderia estar se sentindo melhor. Ele gostava de<br />

passar o dia tirando sonecas, preferindo um lugar em frente à porta de<br />

vidro da sala de TV onde batia o sol, aquecendo seu pêlo. Com a nova<br />

dieta de pequenas refeições, ele se sentia sempre faminto, implorando e<br />

roubando comida, mais sem-vergonha do que nunca. Uma noite, peguei-<br />

o sozinho na cozinha, apoiado nas patas traseiras, com as dianteiras<br />

sobre o balcão da cozinha, roubando cereais de um prato. Como ele<br />

conseguiu se apoiar em seus frágeis quadris, eu nunca soube. Para o<br />

diabo as doenças; quando o desejo foi mais forte, o corpo de <strong>Marley</strong><br />

respondeu. Senti vontade de abraçá-lo de tanta felicidade de ver aquela<br />

demonstração de força.<br />

O susto daquele verão deveria ter despertado a Jenny e a mim<br />

para que reconhecêssemos que <strong>Marley</strong> estava envelhecendo, mas logo<br />

retornamos à confortável presunção de que a crise havia passado, e ele<br />

continuaria sua eterna marcha em direção ao ocaso de sua vida. Em<br />

parte queríamos acreditar que ele poderia continuar a ser o que ele<br />

sempre foi. Apesar de todas as suas fragilidades, ele ainda era o

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