18.04.2013 Views

Marley & Eu

Marley & Eu

Marley & Eu

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

envergonhado. Nunca o punimos por isso. Como poderíamos? Ele tinha<br />

quase treze anos de idade, praticamente o máximo de idade que os<br />

labradores atingem. Sabíamos que ele não conseguia evitar, e ele<br />

também parecia saber. <strong>Eu</strong> tinha certeza de que, se ele pudesse falar,<br />

reconheceria sua humilhação e nos garantiria que havia tentado<br />

realmente se segurar.<br />

Jenny comprou um “Vaporetto” para limpar o tapete, e<br />

começamos a organizar nossos horários de forma que não ficássemos<br />

longe de casa por mais que algumas horas de cada vez. Jenny vinha para<br />

casa correndo depois da escola, onde trabalhava como voluntária, para<br />

deixar <strong>Marley</strong> sair. <strong>Eu</strong> saía dos jantares entre o prato principal e a<br />

sobremesa para dar uma volta com ele e, naturalmente, <strong>Marley</strong> fazia<br />

esse passeio durar o máximo que conseguia, farejando e andando em<br />

círculos pelo quintal. Nossos amigos nos provocavam brincando sobre<br />

quem seria o verdadeiro senhor na casa dos Grogan.<br />

Com Jenny e as crianças longe, eu sabia que estaria vivendo dias<br />

longos. Era minha chance de sair depois do trabalho, vagar pela região e<br />

explorar as cidades e vizinhanças sobre as quais eu escrevia agora.<br />

Com minha longa jornada diária para o trabalho, eu ficaria longe de casa<br />

por umas dez ou doze horas por dia. Não havia dúvida de que <strong>Marley</strong><br />

não poderia ficar tanto tempo sozinho, nem mesmo por metade desse<br />

tempo. Decidimos enviá-lo para o canil local, para onde ele ia todos os<br />

verões quando saía-mos de férias. O canil estava ligado a uma grande<br />

clínica veterinária que oferecia cuidados profissionais, apesar de não ter<br />

um tratamento muito pessoal. Cada vez que íamos até lá, víamos um<br />

médico diferente que não sabia nada sobre <strong>Marley</strong> além do que estava<br />

anotado em sua ficha. Jamais aprendemos sequer seus nomes. Ao<br />

contrário do nosso querido Dr. Jay na Flórida, que conhecia <strong>Marley</strong><br />

quase tão bem quanto nós e que quando partimos já se tornara<br />

realmente um amigo da família, esses eram estranhos — estranhos<br />

competentes, mas estranhos de qualquer forma. <strong>Marley</strong> parecia não se<br />

importar.<br />

— Waddy vai pro acampamento de cachorro! — Colleen gritou, e

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!