18.04.2013 Views

Marley & Eu

Marley & Eu

Marley & Eu

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

o; <strong>Marley</strong>, porém, não se movia.<br />

— Agüenta aí — eu disse. — Vou colocar as botas e vou até você.<br />

Ocorreu-me que eu poderia colocá-lo sobre o tobogã e arrastá-lo de<br />

volta para casa. Assim que me viu me aproximando com o tobogã, meu<br />

plano foi por água abaixo. Ele ficou de pé, energizado. A única coisa que<br />

consegui pensar foi que ele havia se lembrado do nosso passeio infame<br />

pelos arbustos até a beira do riacho e ele esperava um repeteco. Ele<br />

avançou até a mim como um dinossauro disposto a me encurralar. <strong>Eu</strong><br />

escapei pela neve, abrindo caminho para ele e ele me seguiu. Finalmente,<br />

pulamos o banco de neve e alcançamos a entrada de carro. Ele sacudiu<br />

a neve do corpo e bateu com o rabo nos meus joelhos, andando todo<br />

empinado, com a fanfarronice de um aventureiro que tivesse acabado de<br />

voltar de uma excursão pela selva. E pensar que eu tinha duvidado que<br />

ele fosse conseguir.<br />

Na manhã seguinte, abri para ele um caminho estreito até o<br />

pinheiro mais distante no canto da propriedade, e <strong>Marley</strong> adotou o<br />

espaço como seu banheiro reservado durante todo o inverno. A crise<br />

tinha passado mas surgiram outras questões. Por quanto tempo ele iria<br />

agüentar? E em que momento as dores e os revezes da velhice iriam<br />

superar o simples contentamento que ele encontrava a cada dia<br />

sonolento e preguiçoso?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!