18.04.2013 Views

Marley & Eu

Marley & Eu

Marley & Eu

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

enfiar a cabeça através da cortina do boxe do banheiro para tomar um gole<br />

de água enquanto tomávamos banho, e não ia parar de fazer isso agora.<br />

Todas as noites, quando Jenny e eu íamos nos deitar no quarto, ele ficava<br />

aflito junto à escada, gemendo, choramingando, andando, tentando subir<br />

o primeiro degrau com a pata da frente, enquanto se armava de coragem<br />

para subir o que não muito tempo antes ele fazia sem nenhum esforço. Do<br />

alto da escada, eu o encorajava.<br />

— Vamos lá, garoto. Você vai conseguir.<br />

Depois de longos minutos fazendo isso, ele recuava para se<br />

impulsionar de novo, as patas dianteiras praticamente sustentando<br />

todo o corpo. Às vezes, ele conseguia; às vezes, ele estancava no meio e<br />

tinha de descer novamente para tentar mais uma vez. Nas tentativas<br />

mais condoídas, ele perdia completamente o equilíbrio e escorregava<br />

sem pena para trás de barriga. Ele era grande demais para que eu<br />

pudesse carregá-lo, mas cada vez mais eu precisava ajudá-lo para subir<br />

as escadas, levantando seu traseiro a cada degrau, enquanto ia subindo<br />

com as patas dianteiras.<br />

Por causa da dificuldade que as escadas representavam agora,<br />

imaginei que <strong>Marley</strong> iria tentar limitar o número de subidas e descidas.<br />

Mas isso seria acreditar demais em seu bom senso. Não importava quão<br />

trabalhoso fosse galgar as escadas, se eu descesse digamos, digamos,<br />

para pegar um livro ou apagar as luzes, ele correria atrás de mim,<br />

claudicando pesado ao meu lado. Então, pouco depois, ele teria de<br />

repetir a torturante subida. Jenny e eu começamos a passar<br />

furtivamente por trás dele depois que tivesse subido à noite para que ele<br />

não tentasse nos seguir para baixo. Imaginávamos que seria fácil descer<br />

sem que ele percebesse, agora que sua audição estava fraca e ele estava<br />

dormindo por mais tempo um sono mais pesado. Mas ele sempre<br />

parecia saber quando saíamos escondidos dele. <strong>Eu</strong> podia estar lendo na<br />

cama, enquanto ele dormia no chão ao meu lado, roncando<br />

pesadamente. <strong>Eu</strong> punha as cobertas de lado furtivamente, me<br />

empurrava para fora da cama e passava por ele pé ante pé até sair do<br />

quarto, virando-me para ter certeza de que não o incomodara. Pouco

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!