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Marley & Eu

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Avenida na Parada do Dia de Ação de Graças da Macy’s.<br />

Mas não nosso cão. <strong>Marley</strong> tinha muitos problemas, mas a<br />

obesidade não estava entre eles. Não importava quantas calorias devorasse,<br />

ele sempre queimava mais. Toda aquela exuberância desenfreada<br />

consumia uma quantidade enorme de calorias. Ele era como um<br />

interruptor elétrico de alta voltagem que convertia instantaneamente toda<br />

a quantidade de combustível em força bruta, pura. <strong>Marley</strong> era um<br />

espécime surpreendente, o tipo de cachorro que as pessoas paravam para<br />

admirar. Ele era grande para um labrador, consideravelmente maior do que<br />

a média dos machos de sua raça, que vai de trinta a trinta e seis quilos.<br />

Mesmo mais velho, seu volume de massa era formado por músculos —<br />

quase quarenta e cinco quilos de músculos vigorosos e praticamente<br />

nenhum grama de gordura. Sua caixa torácica era do tamanho de um<br />

pequeno barril de cerveja, mas as costelas propriamente ditas estavam<br />

logo abaixo do pêlo, sem camada de gordura. Não estávamos preocupados<br />

com a obesidade, muito pelo contrário. Em nossas muitas visitas ao Dr. Jay,<br />

antes de deixarmos a Flórida, Jenny e eu externávamos as mesmas<br />

preocupações: nós lhe dávamos quantidades enormes de comida, mas ele<br />

continuava muito mais magro do que a maioria dos labradores, e estava<br />

sempre com cara de faminto, mesmo depois de ter engolido um prato<br />

imenso que mais parecia destinado a alimentar um cavalo. Será que o<br />

estaríamos matando de fome lentamente? Dr. Jay respondia sempre do<br />

mesmo modo. Passava as mãos pelos lados esguios do corpo de <strong>Marley</strong>,<br />

deixando o nosso labrador, que sempre tentava fugir da exígua sala de<br />

exames, loucamente feliz, e nos dizia que em relação aos atributos físicos<br />

<strong>Marley</strong> era simplesmente perfeito.<br />

— Continuem a fazer exatamente a mesma coisa — dizia Dr. Jay.<br />

Então, enquanto <strong>Marley</strong> se punha a respirar entre suas pernas ou<br />

roubava uma bola de algodão do balcão, Dr. Jay acrescentava:<br />

— É claro que não preciso lhes dizer que <strong>Marley</strong> queima muita<br />

energia nervosa.<br />

Todas as noites, depois do jantar, quando chegava a hora de<br />

alimentar <strong>Marley</strong>, eu enchia sua tigela de ração e depois colocava

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