Marley & Eu

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Westminster ou da feira do condado. Nós sabíamos disso agora. Nós o aceitávamos como o cão que ele era, e o amávamos ainda mais por isso. — Então, meu velho — eu disse a ele à beira da estrada, naquele dia, no finzinho do inverno, coçando seu pescoço. Nosso objetivo, o cemitério, ainda estava no final da subida. Mas, como na vida, eu pensei, o destino era menos importante que a viagem. Apoiei-me sobre meu joelho, passando a mão pelo lado do seu corpo e disse: casa. — Vamos apenas ficar sentados aqui por algum tempo. Depois que ele descansou, descemos a colina e voltamos para

Capítulo 23 Frangos em desfile Naquela primavera, decidimos testar nossas qualidades adminis- trativas. Agora tínhamos uma propriedade de oito mil metros quadrados; pareceu-nos que seria adequado criar um ou dois animais. Além disso, eu era editor da Organic Gardening, uma revista que há muito celebrava a incorporação dos animais — e de seu estéreo — em uma agricultura saudável e bem equilibrada. — Seria divertido ter uma vaca — Jenny sugeriu. — Uma vaca? — perguntei. — Ficou maluca? Não temos nem um celeiro, como é que podemos ter uma vaca? Onde quer colocá-la, na garagem, ao lado da minivan? — Que tal ovelhas? — ela perguntou. — Ovelhas são bonitinhas. Lancei a ela aquele meu olhar “você-não-está-sendo-prática” que usava toda vez que ouvia algo assim vindo dela. — Uma cabra? Cabras são adoráveis. No final, acabamos optando por galinhas. Para qualquer agricultor que tenha desistido dos pesticidas e fertilizantes químicos, as galinhas faziam toda a diferença. Eram baratas e o custo de manutenção era relativamente baixo. Para serem felizes, elas só precisavam ter um pequeno galinheiro e algumas canecas de milho todo dia pela manhã. E não só forneciam ovos frescos, como também, quando ficavam soltas,

Westminster ou da feira do condado. Nós sabíamos disso agora. Nós o<br />

aceitávamos como o cão que ele era, e o amávamos ainda mais por isso.<br />

— Então, meu velho — eu disse a ele à beira da estrada, naquele<br />

dia, no finzinho do inverno, coçando seu pescoço.<br />

Nosso objetivo, o cemitério, ainda estava no final da subida. Mas,<br />

como na vida, eu pensei, o destino era menos importante que a viagem.<br />

Apoiei-me sobre meu joelho, passando a mão pelo lado do seu corpo e<br />

disse:<br />

casa.<br />

— Vamos apenas ficar sentados aqui por algum tempo.<br />

Depois que ele descansou, descemos a colina e voltamos para

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