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Marley & Eu

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Queria esganá-lo. Mas agora era tarde. Além disso, quem não teria<br />

passado mal depois de beber meio litro de água salgada? Como em<br />

muitos de seus infortúnios, este não acontecera por mal nem fora<br />

premeditado. Não aconteceu como se ele tivesse desobedecido a uma<br />

ordem ou se comportado assim para me humilhar. Ele não conseguiu<br />

evitar o que aconteceu. E verdade que acontecera no lugar e na hora<br />

errados, e na frente de todas as pessoas erradas. <strong>Eu</strong> sabia que ele era<br />

uma vítima de sua capacidade mental reduzida. Ele foi o único cão em<br />

toda a praia suficientemente burro para beber água salgada. Meu cão<br />

sofria de deficiência mental. Como poderia condená-lo por isso?<br />

— Pode ir desfazendo essa cara de alegria — eu disse, colocando-o<br />

no banco de trás do carro.<br />

Mas ele se sentia satisfeito. Ele não iria se sentir mais feliz se eu<br />

tivesse comprado uma ilha do Caribe para ele. Mas ele não sabia que<br />

esta seria a última vez que iria colocar suas patas no mar. Seus dias — ou<br />

melhor, suas horas — como vagabundo de praia estavam contadas.<br />

— Bem, Cão do Mar — eu disse, dirigindo de volta para casa, —<br />

você conseguiu desta vez. Se os cachorros forem banidos da Praia dos<br />

Cães, saberemos por quê.<br />

Isso levaria mais alguns anos para ocorrer, mas, no fim, foi<br />

exatamente o que aconteceu.

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