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Marley & Eu

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que fiz com Jenny quando concordei em vir aqui foi de que veríamos os<br />

filhotes, faríamos algumas perguntas e verificaríamos se realmente<br />

estávamos prontos para trazer um cão para casa.<br />

— Este é o primeiro anúncio que estamos respondendo — eu<br />

disse. — Não vamos tomar nenhuma decisão precipitada.<br />

Mas depois de passados trinta segundos, pude ver claramente<br />

que eu havia perdido a batalha. Não tive dúvida de que antes do fim da<br />

noite um desses cachorros seria nosso.<br />

Lori era o que se pode chamar de criadora de fundo de quintal.<br />

Éramos novatos para comprar cães de raça, mas havíamos lido o<br />

suficiente para nos mantermos longe das conhecidas fazendas de<br />

filhotes, estas criações comerciais que geram cães de raça como se<br />

fossem modelos novos de carro. Diferentemente de carros produzidos<br />

em larga escala, no entanto, filhotes com pedigree produzidos em massa<br />

podem vir com sérios problemas hereditários, de displasia do quadril a<br />

cegueira precoce, trazidos por mistura de múltiplas gerações.<br />

Lori, por outro lado, fazia isso por hobby, mais motivada pelo amor<br />

pela criação dos cães do que pelo lucro. Ela tinha apenas uma fêmea e<br />

um macho. Eles tinham descendências distintas, e possuía os<br />

documentos para comprová-las. Esta seria a segunda e última ninhada de<br />

Lily antes de se tornar apenas um animal de estimação que vivia no<br />

campo. Com ambos os pais vivendo na casa, o comprador poderia ver, de<br />

primeira mão, a sua linhagem — embora, no nosso caso, o pai estivesse<br />

aparentemente fora de vista.<br />

A ninhada tinha cinco fêmeas e quatro delas já estavam<br />

reservadas e quatro machos. Lori estava pedindo US$ 400 pela última<br />

fêmea e US$ 375 pelos machos. Um dos machos parecia ter-se<br />

apaixonado por nós. Ele era o mais palhaço de todos e avançava sobre<br />

nós, pulando no nosso colo e agarrando-nos com as patas para escalar<br />

pela roupa e lamber nosso rosto. Ele mordiscava nossos dedos com<br />

dentes de leite afiados e andava trôpego em círculos à nossa volta com<br />

patas redondas gigantescas, totalmente fora de proporção quanto ao<br />

restante do seu corpo.

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