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Marley & Eu

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lugar enquanto Jenny segurava <strong>Marley</strong>, ainda com os olhos fixos no<br />

objeto do seu desejo, com força total.<br />

garçom.<br />

— Deixe-me pegar um novo jogo de mesa para vocês — disse o<br />

— Isso não será necessário — Jenny disse, sem se abalar. —<br />

Vamos pagar por nossas bebidas e ir embora.<br />

Pouco depois de nossa fantástica excursão ao restaurante ao ar livre<br />

em Boca, encontrei um livro na biblioteca chamado Não há cães maus,<br />

escrito pela conhecida treinadora de cães inglesa Barbara Woodhouse.<br />

Como o título dizia, o livro defendia a mesma tese que a primeira instrutora<br />

de <strong>Marley</strong>, a Sra. Dominatrix, acalentava — que a única diferença entre um<br />

cão incorrigível e outro maravilhoso era um dono fraco, indeciso, que não<br />

sabia o que fazer. Os cães não eram o problema, sustentava a autora; as<br />

pessoas, sim. Dito isso, o livro continuava, descrevendo capítulo depois de<br />

capítulo, alguns comportamentos caninos mais inimagináveis. Havia cães<br />

que uivavam, cavavam, brigavam, transavam e mordiam sem parar. Havia<br />

cães que odiavam homens, e outros que odiavam mulheres; cães que<br />

fugiam de seus donos e outros que atacavam crianças indefesas por ciúmes.<br />

Havia até cães que comiam as suas próprias fezes. Graças a Deus, pensei,<br />

pelo menos ele não come as próprias fezes.<br />

A medida que eu lia, comecei a me sentir melhor em relação ao<br />

nosso labrador incorrigível. Aos poucos, havíamos chegado à firme<br />

conclusão de que <strong>Marley</strong> era de fato o pior cão do mundo. Agora eu<br />

estava sendo levado a crer que existiam todos os tipos de<br />

comportamentos horrendos que ele não tinha. Ele não era malvado. Ele<br />

não latia muito. Ele não mordia. Ele não atacava outros cães, a não ser<br />

que estivesse apaixonado. Ele considerava qualquer pessoa seu melhor<br />

amigo. O melhor de tudo, ele não comia e nem chafurdava em sujeira.<br />

Além disso, eu percebi, não há cães maus, apenas donos ineptos e<br />

desavisados como Jenny e eu. Era nossa culpa que <strong>Marley</strong> tivesse se<br />

tornado o que se tornou.<br />

Então, cheguei ao capítulo 24, “Vivendo com um cão

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