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Marley & Eu

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Capítulo 18<br />

Restaurante ao ar livre<br />

<strong>Marley</strong> não se adaptou a Boca Raton melhor do que eu. Boca<br />

tinha (e com certeza ainda tem) uma quantidade desproporcional dos<br />

menores e mais mimados cães do mundo, o tipo de animais de<br />

estimação que as Bocahontas usavam como acessórios de moda. Eles<br />

eram coisinhas preciosas, em geral enfeitados com laços e perfumados<br />

com água de colônia no pescoço, até unhas pintadas, e você os<br />

encontraria nos lugares mais inusitados — encarando-o de dentro de<br />

uma bolsa de uma desenhista, parado na fila na padaria; dormitando na<br />

toalha de banho de suas donas, na praia; adentrando galhardamente um<br />

antiquário caríssimo com uma coleira cravejada de pedras.<br />

Principalmente, poderiam ser vistos transitando pela cidade em Lexus,<br />

Mercedes-Benz, e Jaguares, reclinados aristocraticamente por trás de<br />

uma direção no colo de suas donas. Eram para <strong>Marley</strong> o que Grace Kelly<br />

era para Buster Keaton. Eram mignons, sofisticados e de gosto bastante<br />

duvidoso. <strong>Marley</strong> era grande, desajeitado e um farejador de partes<br />

íntimas. Ele adoraria ser convidado a integrar mundo deles e eles não<br />

estavam nem aí para ele.<br />

Com o seu certificado de adestramento recém-adquirido no<br />

bolsinho. <strong>Marley</strong> era razoavelmente controlável ao passear na rua,<br />

mas se visse qualquer coisa que ele gostasse, ainda não hesitaria em

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