18.04.2013 Views

Marley & Eu

Marley & Eu

Marley & Eu

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

aprender por si só.<br />

Passamos a ligar ambas as travas a um cabo elétrico pesado. Isso<br />

funcionou por algum tempo. Mas um dia, ao ouvir trovejar ao longe,<br />

voltamos para casa para descobrir que o canto inferior da porta da gaiola<br />

estava escancarado como se tivesse sido aberto por um abridor de lata<br />

gigante, e um <strong>Marley</strong> em pânico, com as patas novamente<br />

ensangüentadas, preso pela cintura, com metade do corpo para dentro e<br />

a outra metade para fora por aquela estreita abertura. Coloquei a porta<br />

de aço de volta no lugar do melhor modo que pude, e colocamos fios<br />

elétricos, não só nas travas, mas nos quatro cantos da porta. Logo<br />

estávamos reforçando as quinas da gaiola, pois <strong>Marley</strong> continuava a usar<br />

sua força para conseguir escapar. Dentro de três meses, a gaiola de aço<br />

reluzente que pensamos que fosse inexpugnável, parecia ter sido<br />

vitimado por uma granada. As barras estavam dobradas e torcidas, a<br />

base torta, a porta completamente fora de prumo, os lados capengas.<br />

Continuei reforçando a gaiola o melhor que pude, e ela continuou a<br />

resistir aos assaltos aterradores de <strong>Marley</strong>. Havíamos perdido o falso<br />

sentido de segurança que a gaiola nos proporcionara. Cada vez que<br />

saiamos, mesmo que por meia hora, imaginávamos se esta seria a vez em<br />

que nosso louco prisioneiro escaparia e rasgaria o sofá, romperia a<br />

parede, e comeria a porta. Era demais para a nossa paz de espírito.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!