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Marley & Eu

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Fazendo trilha com eles, nadando com eles, brincando com eles,<br />

entrando em fria com eles. Se Jenny apenas queria um cachorro para<br />

despertar seus instintos maternais, eu teria tentado convencê-la do<br />

contrário e talvez tentasse acalmá-la com um peixinho dourado. Mas<br />

como sabíamos que um dia queríamos ter nossos filhos, tínhamos certeza<br />

de que o nosso lar não seria completo sem um cachorro deitado aos<br />

nossos pés. Quando começamos a namorar, muito antes de filhos<br />

surgirem em nossa mente, gastamos horas discutindo os animais de<br />

estimação que tivemos na infância, quanto sentíamos falta deles e<br />

quanto ansiávamos, algum dia — quando tivéssemos uma casa que fosse<br />

nossa e alguma estabilidade em nossas vidas —, ter um cachorro<br />

novamente.<br />

Agora tínhamos as duas coisas. Estávamos juntos num lugar que<br />

não tínhamos planos de deixar em breve. E a casa era muito nossa.<br />

Era uma perfeita casinha em um lote de terreno perfeito de mil<br />

metros quadrados, cercado do tamanho exato para um cachorro. E a<br />

localização também era perfeita, com uma vizinhança urbana<br />

despojada, a um quarteirão e meio de distância da Intracoastal<br />

Waterway, que separava West Palm Beach das mansões elegantes de<br />

Palm Beach. No começo da nossa rua, Churchill Road, uma área verde<br />

linear e trilhas pavimentadas se estendiam por quilômetros à beira<br />

d’água. Era ideal para fazer caminhada, andar de bicicleta e patins. E,<br />

acima de tudo, para levar um cachorro para passear.<br />

A casa havia sido construída na década de cinqüenta, e tinha o<br />

charme da antiga Flórida — uma lareira, paredes rústicas, janelas<br />

grandes, e portas que nos levavam ao nosso canto favorito dentro da<br />

casa: ao jardim de inverno na parte de trás. O quintal era um pequeno<br />

abrigo tropical, cheio de palmeiras, bromélias, abacateiros e plantas<br />

furta-cor. Acima, dominando a propriedade, havia uma mangueira<br />

altíssima; todo verão, ela deixava cair as mangas pesadas com um<br />

barulho surdo que mais pareciam, talvez estranhamente, corpos que<br />

caíam de cima do telhado. Ficávamos deitados na cama, acordados,<br />

ouvindo os baques secos da queda.

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