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Marley & Eu

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Capítulo 17<br />

Na terra de Bocahontas<br />

Um mês após as filmagens de A Ultima Jogada terem terminado,<br />

dissemos adeus a West Palm Beach e a todas as suas lembranças.<br />

Houve mais dois assassinatos a um quarteirão de casa, mas acabou<br />

sendo a confusão e não o crime o que nos tirou de nosso pequeno<br />

bangalô na Churchill Road. Com duas crianças e toda a tralha que se<br />

carrega junto com elas, estávamos literalmente atulhados até o teto. A<br />

casa havia adquirido o pálido brilho de um outlet da fábrica de<br />

brinquedos Toys “R” Us. <strong>Marley</strong> pesava 44 quilos, e não conseguia se<br />

mover sem derrubar alguma coisa. A casa tinha dois quartos e<br />

acreditamos, ingenuamente, que os meninos poderiam dividir o<br />

segundo quarto. Mas, quando um começou a acordar o outro,<br />

duplicando nossas aventuras noturnas, transferimos Conor para um<br />

espaço entre a cozinha e a garagem. Oficialmente, aquele era o meu<br />

“escritório de casa”, onde eu tocava violão e pagava contas. Para<br />

qualquer pessoa, no entanto, não tinha desculpa: havíamos colocado o<br />

nosso bebê no corredor. Isso parecia horrível. O corredor estava apenas<br />

um pouco acima da garagem, o que, por sua vez, era quase um sinônimo<br />

para celeiro. E que tipo de pais poria seu filho em um celeiro? O<br />

corredor soava como um local inseguro: um lugar onde passava uma<br />

correnteza de ar — e tudo o mais que viesse com ela. Sujeira, alergias,

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