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Marley & Eu

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— Seu bebê está fazendo força para nascer — disse uma das<br />

enfermeiras. — Vamos fazer todo o possível para que ele não saia ainda.<br />

Pelo telefone, o Dr. Sherman pediu-lhes para checar se ela tinha<br />

dilatação. Uma das enfermeiras introduziu um dedo com uma luva<br />

obstétrica e informou que Jenny estava com dilatação de um<br />

centímetro. Até eu sabia que isso não era bom sinal. Com dez<br />

centímetros a cervical está totalmente dilatada, quando, em partos<br />

normais, a mãe começa a fazer força para empurrar. A cada contração, o<br />

corpo de Jenny empurrava-a cada vez mais próximo ao limite.<br />

Dr. Sherman deu ordem para que pusessem nela uma sonda<br />

intravenosa com solução fisiológica e uma injeção de Brethine, um<br />

inibidor de trabalho de parto. As contrações cederam, mas, menos de<br />

duas horas depois, voltaram violentas, precisando de uma segunda<br />

aplicação e depois de uma terceira.<br />

Nos doze dias seguintes, Jenny ficou hospitalizada, e foi<br />

analisada por uma sucessão de perineonatologistas, presa a monitores<br />

e sondas intravenosas. <strong>Eu</strong> tirei um período de férias e fiquei cuidando<br />

de Patrick sozinho, fazendo o que podia para manter tudo funcionando<br />

— a lavanderia, a alimentação, as refeições, as contas, o trabalho de<br />

casa, o quintal. Ah, sim, e aquela outra criatura que vivia em nossa<br />

casa. O pobre <strong>Marley</strong>, de repente, deixou de ser o segundo violino para<br />

sequer fazer parte da orquestra. Mesmo ignorando-o, ele fez sua parte,<br />

nunca me perdendo de vista. Ele me seguia fielmente, enquanto eu<br />

corria pela casa com Patrick em um dos braços, passando o aspirador<br />

de pó, colocando roupa para lavar ou fazendo o jantar. <strong>Eu</strong> passava pela<br />

cozinha para colocar alguns pratos sujos na máquina de lavar louça, e<br />

<strong>Marley</strong> me seguia, andava sempre atrás, uma meia dúzia de vezes<br />

tentando achar o melhor lugar e, então, se atirava no chão. Tão logo ele<br />

se acomodava, eu partia para a lavanderia para tirar a roupa da<br />

máquina de lavar e colocá-las na secadora. Ele ia atrás de mim, andava<br />

em círculos, arrumava as passadeiras com a pata até ficarem do seu<br />

agrado, e deitava-se novamente, apenas para me ver sair mais uma vez<br />

para ir até a sala para pegar os jornais. E assim tudo seguia. Se ele

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