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Marley & Eu

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acreditávamos nela. Nascido sob a maldição da falta de linhagem, ele<br />

era um entre as dezenas de milhares de cães indesejados da América.<br />

Mas por um golpe de sorte praticamente providencial, tornou-se<br />

querido. Ele entrou na minha vida e eu na dele — e como resultado,<br />

ele me deu a infância que todo garoto merece.<br />

Nosso caso de amor durou quatorze anos e, quando ele morreu, eu<br />

não era mais aquele menino que o havia trazido para casa naquela<br />

tarde de verão. <strong>Eu</strong> era um homem crescido e formado, e que já<br />

trabalhava no meu primeiro emprego de verdade do outro lado do<br />

Estado. São Shaun ficou para trás quando me mudei. Aquele era o lugar<br />

dele. Meus pais, que, nessa época, já estavam aposentados, ligaram-me<br />

para me dar a notícia. Minha mãe, mais tarde, me diria:<br />

— Em cinqüenta anos de casamento, só vi seu pai chorar duas<br />

vezes. A primeira quando perdemos Mary Ann — minha irmã,<br />

natimorta. — A segunda, quando Shaun morreu.<br />

São Shaun da minha infância. Ele era um cão perfeito. Pelo<br />

menos, é como sempre me lembrarei dele. Foi Shaun que estabeleceu o<br />

padrão pelo qual eu julgaria todos os outros cães que vierem depois<br />

dele.

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