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Marley & Eu

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e meio-fios. Nós deveríamos fazer um belo trio toda manhã, <strong>Marley</strong><br />

seguindo na frente, conduzindo-nos como um cão-guia, eu atrás,<br />

protegendo os dois, e Patrick no meio, agitando os bracinhos no ar como<br />

um guarda de trânsito. Quando entrávamos de novo em casa, Jenny já<br />

estaria de pé e teria feito o café. Colocávamos Patrick em seu cadeirão,<br />

servíamos-lhe cereais em sua bandeja, que <strong>Marley</strong> roubava no instante<br />

em que olhávamos para o outro lado, pondo sua cabeça ao lado da<br />

bandeja, e usando a língua para pescá-los um a um. Roubando comida<br />

de um bebê, pensávamos, aonde ele vai parar? Mas Patrick parecia se<br />

divertir bastante com essa rotina, e logo aprendeu a derrubar os flocos<br />

de milho no chão para poder ver <strong>Marley</strong> comendo. Patrick também<br />

descobriu que se derrubasse o cereal no colo, <strong>Marley</strong> poria sua cabeça<br />

sob a bandeja e cutucaria a barriga de Patrick para tentar pegar o<br />

alimento caído, fazendo-o gargalhar.<br />

Nós descobrimos que a paternidade nos tinha feito bem.<br />

Acostumamo-nos ao seu ritmo, comemorávamos suas pequenas alegrias,<br />

sorríamos diante de suas frustrações, sabendo que até mesmo os maus<br />

dias logo seriam guardados como boas lembranças. Tínhamos tudo que<br />

desejávamos. Tínhamos nosso precioso bebê. Tínhamos nosso cão<br />

cabeçudo. Tínhamos nossa casinha perto do mar. E claro, também<br />

tínhamos um ao outro. Naquele mês de novembro, meu jornal me<br />

promoveu ao cargo de colunista, uma posição invejada que me deu o<br />

espaço próprio na primeira página três vezes por semana para falar<br />

sobre o que eu quisesse. A vida estava boa. Quando Patrick fez nove<br />

meses de idade, Jenny perguntou sutilmente quando começaríamos a<br />

pensar em ter outro bebê.<br />

— Oh, meu Deus, eu não sei! — respondi.<br />

Sempre dissemos que gostaríamos de ter mais de um, mas eu não<br />

havia pensado em termos de tempo. Para repetir tudo o que havíamos<br />

acabado de passar parecia melhor não nos apressarmos.<br />

— Acho que você poderia deixar de tomar anticoncepcionais<br />

novamente e ver o que acontece — sugeri.<br />

— Ah — respondeu Jenny —, o velho método de planejamento

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