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Setembro - Jornal o Correio da Linha

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Mãe... Natureza<br />

no Cascaishopping<br />

de 10 a 19 de Outubro<br />

Director: Paulo Pimenta<br />

COTE D´OR II<br />

UMA<br />

ROTA<br />

REPLETA<br />

Preço 1.25 e (IVA incluido)<br />

Ano XXII • Nº 270<br />

SETEMBRO 2011<br />

DE RECORDES<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

OEIRAS: 21 442 51 00 • OEIRAS 2: 21 442 79 44 (M. Antas) • PAçO d’ARcOS: 21 442 27 17<br />

www.ofetal.pt<br />

Aberto Sábado todo o dia<br />

BARRAGENS SECAS<br />

QUANDO?<br />

1 de Outubro - Dia Nacional <strong>da</strong> Água<br />

Entrevistas<br />

ORLANDO<br />

BORGES<br />

BAPTISTA<br />

ALVES<br />

NUNO<br />

CAMPILHO<br />

INAG SMAS SINTRA SMAS OEIRAS/AMADORA


ENSINO O CORREIO DA LINHA | 6 <strong>Setembro</strong> 011<br />

Oeiras Internacional School<br />

inaugura em Barcarena<br />

l Texto: heLenA mOreirA<br />

l Fotos: J.r.<br />

No passado dia 20 de <strong>Setembro</strong><br />

foi inaugura<strong>da</strong>, em Barcarena,<br />

a Oeiras Internacional School<br />

(OIS), a primeira escola internacional<br />

do Concelho de Oeiras. Esta<br />

inauguração contou com a presença do<br />

Presidente <strong>da</strong> Câmara, Isaltino Morais;<br />

do Embaixador dos Estados Unidos em<br />

Portugal, Allan Katz; do Presidente <strong>da</strong><br />

Associação <strong>da</strong> OIS, João Paulo Girbal e<br />

<strong>da</strong> Diretora <strong>da</strong> Escola, Maria do Rosário<br />

Empis.<br />

Após ter funcionado provisoriamente,<br />

durante o ano passado, nas instala-<br />

Uma Quinta converti<strong>da</strong> em Escola Uma sala de aulas<br />

Cupão de Assinatura<br />

Nome:<br />

Torne-se assinante de O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong><br />

por 13 euros/ano (1 edições)<br />

e receba o Livro dos Avós de Jorge Gabriel<br />

Mora<strong>da</strong>:<br />

Cod. Postal Tel. Profissão<br />

Data Nascimento Junto cheque nº do banco<br />

Contribuinte A partir de<br />

ções <strong>da</strong> Fundição de<br />

Oeiras, a OIS iniciou<br />

este ano letivo de<br />

2011/2012 já no local<br />

em que tinha sido<br />

projeta<strong>da</strong> (as conversações<br />

para este<br />

projeto iniciaram-se<br />

em 2009), na Quinta<br />

<strong>da</strong> Nossa Senhora<br />

<strong>da</strong> Conceição. Esta é<br />

uma Quinta <strong>da</strong>ta<strong>da</strong><br />

do século XVII, man<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

edificar por cavaleiros<br />

flamengos<br />

no reinado de Filipe<br />

II, e é proprie<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> Câmara de Oeiras<br />

desde 2006. O edifício<br />

principal <strong>da</strong> Quinta<br />

sofreu o mínimo de<br />

alterações possíveis,<br />

de modo a se poder manter o seu aspeto<br />

medieval, e é lá que se encontra a<br />

biblioteca, sala de música, sala de artes,<br />

laboratórios direção e serviços administrativos<br />

desta escola. No discurso<br />

de inauguração, que decorreu por volta<br />

<strong>da</strong>s 11horas, e que foi presenciado<br />

por alunos, convi<strong>da</strong>dos e amigos, para<br />

além dos habituais discursos teve também<br />

direito à leitura de dois poemas<br />

por parte de duas alunas, um em inglês,<br />

outro em português. Na hora <strong>da</strong>s<br />

palavras, to<strong>da</strong>s elas foram direciona<strong>da</strong>s<br />

no sentido de presentear os envolvidos<br />

no projeto desta escola pelo seu trabalho.<br />

Todos os intervenientes se dirigiram<br />

à escola como uma escola de elite,<br />

tal como referiu o Dr. Isaltino Morais,<br />

“Esta é uma escola de elite, a educação de<br />

privilégio que aqui se recebe não pode servir<br />

apenas aquele que a recebe, deve servir à comuni<strong>da</strong>de,<br />

e é isso que corresponde ao que<br />

é ser uma elite”. E realmente esta é uma<br />

escola de elite, todo o seu envolvimento<br />

é privilegiado, as salas de aulas são de<br />

grande quali<strong>da</strong>de com elevado sistema<br />

de audiovisual, os alunos dispõem de<br />

um campo de futebol com terreno em<br />

volta para poderem correr, e muitos<br />

O descerramento <strong>da</strong> placa inaugural<br />

são os espaços verdes.<br />

Um outro aspeto que<br />

sobressai nesta escola<br />

é o fato de existir apenas<br />

uma turma por<br />

ano com um máximo<br />

de dezasseis alunos<br />

ca<strong>da</strong> (as turmas<br />

vão desde o 5º ao 12º<br />

anos). Isto permite um<br />

trabalho muito mais<br />

direcionado para o<br />

aluno e que assimile<br />

de forma mais eficaz<br />

to<strong>da</strong> a aprendizagem.<br />

Apesar de ain<strong>da</strong> não<br />

estar termina<strong>da</strong>, neste<br />

momento existe uma<br />

sala para ca<strong>da</strong> ano,<br />

mas isto foi só numa<br />

primeira fase, pois numa segun<strong>da</strong> fase<br />

irá crescer, existirá uma sala multiusos<br />

e um grande refeitório, que atualmente<br />

está a funcionar no que era antigamente<br />

o lagar. Para o Dr. João Paulo Girbal,<br />

“o objectivo é que esta seja a melhor escola<br />

internacional em Portugal”, e garante<br />

que os esforços vão ser feitos nesse<br />

sentido, “para que se torne um modelo de<br />

ensino no país”, continua o Presidente<br />

<strong>da</strong> Associação <strong>da</strong> OIS, que atua como<br />

voluntário nesta Associação sem fins<br />

lucrativos, conjuntamente com mais<br />

29 fun<strong>da</strong>dores. Fin<strong>da</strong> a<br />

cerimónia, todos os que<br />

dela fizeram parte, mostraram-se<br />

satisfeitos com<br />

o projeto e para Fernando<br />

Vítor Alves, presidente<br />

<strong>da</strong> Junta de Freguesia de<br />

Barcarena, a locali<strong>da</strong>de<br />

“ficou mais rica em património<br />

e em cultura; estamos a<br />

falar de um ensino especial,<br />

os alunos que aqui estu<strong>da</strong>m<br />

são os futuros líderes de amanhã,<br />

mostrando mais uma<br />

vez que esta é uma escola que<br />

vai <strong>da</strong>r que falar. n<br />

A Directora <strong>da</strong> Escola no uso <strong>da</strong> palavra<br />

Rua Prof. Mota Pinto, loja 4<br />

2780-275 OeiRas<br />

Tel.: 21 443 00 95 / 96<br />

geral@ocorreio<strong>da</strong>linha.pt<br />

O Presidente junto <strong>da</strong> placa dos fun<strong>da</strong>dores


26 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

Sintra entrega selo<br />

de quali<strong>da</strong>de aos artesãos<br />

Como forma de promover o<br />

artesanato local, a Câmara<br />

Municipal de Sintra atribui o<br />

prémio “Selo de Quali<strong>da</strong>de”<br />

a artesãos do concelho. A cerimónia<br />

de entrega, bem como os diplomas a<br />

todos os participantes, realizou-se dia<br />

10 de <strong>Setembro</strong> na Casa de Cultura de<br />

Mira Sintra. Foi inaugura<strong>da</strong> uma exposição<br />

com to<strong>da</strong>s as peças artesanais<br />

concorrentes ao Selo de Quali<strong>da</strong>de®<br />

2011, que estará patente ao público até<br />

ao dia 16 de Outubro. Este certificado é<br />

uma forma de dignificar e prestigiar os<br />

ofícios artesanais, com um atestado de<br />

quali<strong>da</strong>de e excelência, que promove a<br />

revitalização, valorização e divulgação<br />

do que melhor se faz em Sintra a este<br />

nível.<br />

O artesanato consiste numa forma de<br />

expressão artística popular que tem<br />

perdurado através dos tempos e que<br />

se traduz num legado histórico, transmitido<br />

de geração em geração, constituindo<br />

um testemunho histórico valioso<br />

que retrata a cultura de um povo.<br />

Este ano de 2011 candi<strong>da</strong>taram-se 24<br />

artesãos, com 63 peças, tendo sido<br />

distinguidos com o Selo de Quali<strong>da</strong>de<br />

16, certifica<strong>da</strong>s 28 peças de artesanato<br />

e concedidos 2000 Selos de Quali<strong>da</strong>de<br />

tendo sido o júri constituído por representantes<br />

<strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des: Pela<br />

AESINTRA – Associação Empresarial<br />

de Sintra – Maria Florin<strong>da</strong> Xavier;<br />

Pelo IEFP – Instituto de Emprego e<br />

Formação Profissional – Elsa Mano;<br />

Pelo CEARTE – Centro de Formação<br />

Profissional do Artesanato – João<br />

Pedro Amaral; Pela Fun<strong>da</strong>ção INATEL<br />

– Sofia Tomás; Pela Câmara Municipal<br />

de Sintra – Rosário Miran<strong>da</strong>. n<br />

ESPAN inicia ano lectivo<br />

Q<br />

uando, em 14 de <strong>Setembro</strong>,<br />

as férias terminaram,<br />

as portas<br />

<strong>da</strong> Escola Secundária<br />

Padre Alberto Neto, em<br />

Queluz, o ex liceu, <strong>da</strong>vam<br />

acesso a uma nova escola.<br />

Agora que as obras estão concluí<strong>da</strong>s<br />

e chegam os últimos<br />

móveis e se migra para a nova<br />

rede informática, o ambiente é<br />

de facto novo. Parece que a escola<br />

ficou maior. As salas são<br />

acolhedoras, há muitos espaços<br />

para convívio, a Biblioteca<br />

é ampla e agradável, o pavilhão <strong>da</strong>s<br />

ciências é moderno. O alcatrão <strong>da</strong> “aveni<strong>da</strong>”<br />

principal é compensado pelo verde<br />

e pelas novas árvores que crescem<br />

lentamente. É agradável estar no novo<br />

Poli (sala de alunos), com o bar ao lado.<br />

A sessão de boas vin<strong>da</strong>s aos novos alunos<br />

(7º e 10º anos) decorreu no novo<br />

auditório. Os seus 207 lugares ficaram<br />

cheios em várias sessões com alunos e<br />

encarregados de educação. Depois <strong>da</strong>s<br />

boas vin<strong>da</strong>s, os alunos distribuíramse<br />

por salas com os seus Professores<br />

Diretores de Turma e os Encarregados<br />

de Educação tiveram a sua primeira<br />

sessão de informação com a Associação<br />

de Pais (apespan@gmail.com), que lhes<br />

ofereceu a oportuni<strong>da</strong>de de participarem<br />

em sessões de formação a iniciar<br />

nas semanas seguintes. Uma sessão<br />

sobre métodos de estudo e como acompanhar<br />

os filhos em casa no processo<br />

de aprendizagem, bem como uma série<br />

de sessões “Pai a Pais” em colaboração<br />

com a APPIP (associação.appip@gmail.<br />

com), para começar em 6 de Outubro.<br />

Quando uma hora depois todos se passeavam<br />

no parque <strong>da</strong> Escola, de volta<br />

a casa... os filhos falavam<br />

<strong>da</strong> impressão do novo<br />

“DT” e os pais confessavam<br />

que afinal entraram<br />

encarregados de educação<br />

e tinham saído como<br />

formandos. Assim se pretende<br />

<strong>da</strong>r corpo ao desejo<br />

expresso no site <strong>da</strong><br />

Escola, de que, na Padre<br />

Alberto, no novo ano letivo,<br />

to<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong>de<br />

educativa seja uma comuni<strong>da</strong>de<br />

aprendente. n<br />

ACTUAL<br />

Mãe... Natureza expõe<br />

no Cascaishopping<br />

Pelo segundo ano<br />

consecutivo o<br />

Cascaishopping<br />

associa-se ao<br />

jornal “O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>Linha</strong>” ao ceder um espaço<br />

para expor 280 fotografias<br />

envia<strong>da</strong>s por<br />

88 fotógrafos amadores<br />

e profissionais do V<br />

Concurso de Fotografia<br />

subordinado ao tema<br />

Mãe…Natureza.<br />

O evento vai estar patente<br />

entre os dias 10 a 18 de<br />

Outubro nos expositores<br />

cedidos gentilmente pelos<br />

SMAS de Sintra.<br />

O V Concurso de Fotografia<br />

só foi possível<br />

com o apoio de 22 empresas<br />

amigas: Câmara<br />

Municipal de Sintra, Junta de<br />

Freguesia de Queluz, SMAS de<br />

Sintra, Oeirasparque, Tratolixo,<br />

SANEST, Grupo Apametal, MX3 –<br />

Artes Gráficas, HPEM, Delta Cafés,<br />

Irmãos Casalinho, Pronucase, A.<br />

Santo SA, Azeite Vale Grande,<br />

Energia. Pt, Hama, Viborel, Edicais,<br />

Museu do Ar, Cascaishopping,<br />

Elvina Confeitaria e Museu do<br />

Bonsai e <strong>da</strong> Árvore. Mas o VI<br />

Concurso já está a ser preparado<br />

“Perspetivas <strong>da</strong> Natureza” sempre<br />

divulgando o maravilhoso mundo<br />

que nos rodeia e que temos de defender<br />

e proteger pois se não for o<br />

humano a limpar o ambiente e a natureza<br />

quem o vai salvar? n


l Texto: igor pireS<br />

l Fotos: j.r.<br />

ENTREVISTA O CORREIO DA LINHA | 26 <strong>Setembro</strong> 2011<br />

As Festas de São Miguel Arcanjo vão<br />

trazer muita música e animação a<br />

Queijas de 23 de <strong>Setembro</strong> a 16 de<br />

outubro. Com um cartaz musical<br />

que conta com nomes, como Nuno<br />

<strong>da</strong> Câmara pereira, os Compacto<br />

e os Nova Ban<strong>da</strong>, as festivi<strong>da</strong>des<br />

irão incluir uma Missa Solene com<br />

a presença do Cardeal-patriarca<br />

de Lisboa, D. josé policarpo. em<br />

exclusivo para o jornal “o <strong>Correio</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>Linha</strong>”, Luís Lopes, presidente<br />

<strong>da</strong> junta de Freguesia de Queijas,<br />

apresenta os destaques do programa<br />

<strong>da</strong>s Festas, analisa os dois<br />

anos de man<strong>da</strong>to e explica as várias<br />

iniciativas desenvolvi<strong>da</strong>s pela<br />

junta para melhorar a quali<strong>da</strong>de<br />

de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população.<br />

O<br />

<strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) – Quais<br />

são os principais destaques do<br />

programa <strong>da</strong>s Festas de São<br />

Miguel Arcanjo?<br />

Luís Lopes (L.L.) – Antes de mais, é<br />

bom esclarecer que as Festas deste ano<br />

estão um pouco diferentes, embora<br />

tentem manter a quali<strong>da</strong>de de sempre.<br />

Normalmente, havia as festas do Dia<br />

<strong>da</strong> Freguesia, que tinham lugar entre<br />

Maio e Julho, e depois as Festas de São<br />

Miguel Arcanjo, que eram organiza<strong>da</strong>s<br />

apenas pela paróquia, apesar de ter<br />

havido sempre o apoio <strong>da</strong> Junta. No<br />

entanto, este ano decidimos apostar<br />

unicamente nas Festas de São Miguel<br />

Arcanjo por razões orçamentais e por<br />

entendermos que as festas <strong>da</strong> freguesia<br />

de Queijas são as Festas de São Miguel.<br />

A nível profano, o destaque é a noite de<br />

fados, que dá o arranque às festivi<strong>da</strong>des<br />

no dia 23 de <strong>Setembro</strong>. Já na parte religiosa,<br />

destaco, no dia 25 de <strong>Setembro</strong>,<br />

a Procissão, que este ano é acompanha<strong>da</strong><br />

pela Congregação de S. Miguel <strong>da</strong><br />

As<br />

festas<br />

atraem<br />

milhares<br />

de<br />

visitantes<br />

Queijas está em festa<br />

Ala, cujo padroeiro é precisamente o S.<br />

Miguel e o patrono é o fadista Nuno <strong>da</strong><br />

Câmara Pereira, que vai actuar na noite<br />

de fados. A referir ain<strong>da</strong>, no dia 16<br />

de Outubro, a Missa Solene com a presença<br />

do Cardeal-Patriarca de Lisboa,<br />

D. José Policarpo, a propósito do 25º<br />

Aniversário <strong>da</strong> Dedicação <strong>da</strong> Igreja de<br />

Queijas (Crismas). De resto, os visitantes<br />

podem contar com to<strong>da</strong>s as diversões<br />

habituais neste tipo de festivi<strong>da</strong>des:<br />

os carrinhos de choque, os bailes,<br />

as zonas <strong>da</strong>s comi<strong>da</strong>s e <strong>da</strong>s bebi<strong>da</strong>s...<br />

To<strong>da</strong>s estas activi<strong>da</strong>des estão localiza<strong>da</strong>s<br />

no Mercado.<br />

C.L. – Está satisfeito com o programa<br />

<strong>da</strong>s Festas?<br />

L.L. – Sim, nós esforçámo-nos por fazer<br />

o melhor programa, dentro <strong>da</strong>s nossas<br />

possibili<strong>da</strong>des. Trata-se de um programa<br />

equilibrado e mantém a quali<strong>da</strong>de<br />

dos anos anteriores. Por exemplo, logo<br />

no primeiro dia, se a cama<strong>da</strong> mais jovem<br />

não gostar de fados, pode sempre<br />

divertir-se com o Karaoke.<br />

C.L. – Faz agora dois anos que assumiu<br />

o cargo de Presidente <strong>da</strong> Junta de<br />

Freguesia de Queijas. Como tem corrido<br />

o man<strong>da</strong>to?<br />

L.L. – Bom, acho que tem corrido bem,<br />

mas a população é que vai julgar se correu<br />

bem ou não nas próximas eleições<br />

autárquicas. Esta Junta de Freguesia<br />

é equilibra<strong>da</strong>, não tem grandes problemas<br />

e não há qualquer razão de<br />

queixa. Tem havido sempre uma cooperação<br />

entre as várias forças políticas<br />

para trabalharem para o bem comum,<br />

apesar de o Executivo ser unicolor. A<br />

Câmara Municipal de Oeiras também<br />

tem sempre apoiado a Junta de uma<br />

“Trata-se de um concelho dinâmico e com<br />

muita vi<strong>da</strong>”<br />

forma extraordinária. Essa cooperação<br />

é muito importante: afinal, muito do<br />

que acontece em apenas uma freguesia<br />

reflecte-se em todo o concelho. Logo,<br />

independentemente dos partidos políticos,<br />

estamos todos unidos.<br />

C.L. – O apoio social tem sido uma <strong>da</strong>s<br />

priori<strong>da</strong>des do seu man<strong>da</strong>to…<br />

L.L. – Claro que sim. Para a Junta, o<br />

mais importante são as pessoas. Numa<br />

época tão problemática como aquela<br />

em que vivemos, esse apoio é extremamente<br />

importante. Logo, a aposta orçamental<br />

<strong>da</strong> freguesia é orienta<strong>da</strong> para as<br />

pessoas, contribuindo para que estas se<br />

sintam mais conforta<strong>da</strong>s. Isso é um aspecto<br />

que já era fun<strong>da</strong>mental no man<strong>da</strong>to<br />

anterior e que nós continuámos a<br />

desenvolver. Portanto, nós concretizámos,<br />

recentemente, algumas iniciativas<br />

que têm esse mesmo objectivo. Uma<br />

delas é o Gabinete de Psicologia, um<br />

espaço integrado no projecto «Queijas a<br />

Viver» e que já está a surtir efeito junto<br />

<strong>da</strong> população. Afinal, ca<strong>da</strong> vez mais as<br />

pessoas necessitam deste tipo de aju<strong>da</strong>,<br />

nem que seja para desabafar. Além<br />

disso, alargámos a disponibili<strong>da</strong>de do<br />

Centro de Enfermagem, que foi inaugurado<br />

este ano. Por essa razão, este serviço<br />

agora dá assistência aos utentes de<br />

Segun<strong>da</strong> a Sexta-Feira, no horário <strong>da</strong>s<br />

14 às 16 horas. Para além de Queijas, o<br />

Centro abrange zonas, como Lin<strong>da</strong>-a-<br />

Velha e Carnaxide. Alterámos também<br />

a filosofia do «Queijas a Viver», que<br />

tem como fim apoiar os carenciados e<br />

a terceira i<strong>da</strong>de. Por exemplo, graças<br />

a este projecto, os reformados podiam<br />

manter-se activos na socie<strong>da</strong>de, aju<strong>da</strong>ndo<br />

a população mais carencia<strong>da</strong>.<br />

Contudo, devido a questões orçamentais,<br />

tentámos direccionar a aju<strong>da</strong> dos<br />

reformados mais para o apoio às escolas<br />

e para o Centro de Enfermagem,<br />

embora a Junta auxilie sempre a faixa<br />

mais carencia<strong>da</strong> <strong>da</strong> população.<br />

C.L. – A preocupação com a Natureza<br />

também é constante. Afinal, Queijas é<br />

uma ecofreguesia…<br />

L.L. – É ver<strong>da</strong>de. Queijas é uma ecofreguesia<br />

já desde o man<strong>da</strong>to anterior<br />

e manteve essa denominação e essa característica.<br />

Nós preocupamo-nos em<br />

manter as ruas limpas, devido, precisamente,<br />

ao cui<strong>da</strong>do que temos com as<br />

pessoas. É importante para alguém que<br />

esteja psicologicamente em baixo sair à<br />

rua e ver como tudo está limpo. Há iniciativas<br />

recentes que visam esse mesmo<br />

objectivo, como a complementari<strong>da</strong>de<br />

entre os cantoneiros <strong>da</strong> freguesia e os<br />

cantoneiros <strong>da</strong> Câmara Municipal. Esta<br />

acção é muito importante, visto que há<br />

zonas que devem ser limpas com bastante<br />

regulari<strong>da</strong>de, como os parques


26 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

infantis e as áreas caninas. Tem também<br />

havido alterações no método <strong>da</strong><br />

recolha do lixo, o que tem originado<br />

uma melhoria nessa activi<strong>da</strong>de. Aliás,<br />

firmámos recentemente um protocolo<br />

que possibilitará a colocação de<br />

pontos de recolha de artigos electrodomésticos<br />

em to<strong>da</strong> a freguesia.<br />

C.L. – Para além dessas, que outras<br />

iniciativas é que destaca?<br />

L.L. – Houve um protocolo que foi<br />

iniciado pelo anterior Executivo e<br />

que se mantém no actual: trata-se<br />

de um acordo entre as freguesias de<br />

Queijas e de Barcarena para alargar<br />

o cemitério de Barcarena. Estamos<br />

ain<strong>da</strong> numa primeira fase, na qual<br />

vamos construir e explorar o forno<br />

crematório, que será o primeiro existente<br />

no concelho de Oeiras. Trata-se<br />

de um complemento ao cemitério<br />

tradicional. Este protocolo também<br />

demonstra a importância <strong>da</strong> aju<strong>da</strong><br />

mútua que deve prevalecer entre as<br />

freguesias. Por outro lado, a Feira<br />

de Artesanato de Queijas vai sofrer algumas<br />

modificações: além de ser complementado<br />

por uma Feira do Livro,<br />

o evento irá ocorrer, a partir de agora,<br />

A actuação de diversos ranchos folclóricos<br />

A imagem de São Miguel Arcanjo<br />

sempre no último fim-de-semana de<br />

ca<strong>da</strong> mês. Quando estiver mau tempo,<br />

a Feira do Artesanato terá lugar no<br />

Mercado. Caso contrário, o evento decorrerá<br />

no espaço exterior.<br />

Este tipo de iniciativas<br />

é importante para<br />

movimentar a freguesia.<br />

Além disso, temos também<br />

duas ou três grandes<br />

obras que esperamos<br />

concretizar até ao final<br />

do man<strong>da</strong>to.<br />

C.L. – Que obras são essas?<br />

L.L. – Fun<strong>da</strong>mentalmente<br />

as grandes obras são<br />

<strong>da</strong> Câmara. Por exemplo,<br />

temos as obras do<br />

Mercado, que devem arrancar<br />

no próximo ano, e<br />

a problemática <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de<br />

de saúde familiar que<br />

ALGÉS - Segun<strong>da</strong> a Sábado <strong>da</strong>s 10h às 14h e 15h às 20h<br />

Av. Bombeiros Voluntários, 76-B • 1495-023 Algés • T.: 214 123 740 / 214 123 741<br />

coord. GPS 38:42:27 Norte | 9:13:31 Oeste • alges@clinicaveterinariajoaoxxi.pt<br />

LISBOA - Segun<strong>da</strong> a Sábado <strong>da</strong>s 8h30 às 21h30<br />

Domingos e Feriados <strong>da</strong>s 10h às 20h<br />

Av. João XXI, 18 c/v • 1000-302 Lisboa • T.: 218 489 230 / 218 477 791<br />

coord. GPS 38:44:34 Norte | 9:08:12 Oeste • lisboa@clinicaveterinariajoaoxxi.pt<br />

w w w . c l i n i c a v e t e r i n a r i a . c o m . p t<br />

joão carvalho morgado<br />

(10º aniversário)<br />

cascais<br />

A familia informa todos os amigos<br />

que man<strong>da</strong> rezar missa em memória do ente querido<br />

no próximo dia 18 de Outubro às 19h15,<br />

na Igreja Paroquial de Cascais.<br />

continua na ordem do dia e que passa<br />

também pela Administração Central.<br />

Como sabemos, esse organismo, actualmente,<br />

está num período de contenção<br />

orçamental e, por essa razão,<br />

penso que não haverá novi<strong>da</strong>des em<br />

breve.<br />

C.L. – A freguesia de Queijas abrange<br />

a zona <strong>da</strong> Lin<strong>da</strong>-a-Pastora. Como<br />

é que se encontra essa área actualmente?<br />

L.L. – A Junta tem tentado valorizar<br />

a zona <strong>da</strong> Lin<strong>da</strong>-a-Pastora, embora<br />

não seja fácil, visto que esta é uma<br />

área de pequenas dimensões. No<br />

entanto, temos de reconhecer que a<br />

Lin<strong>da</strong>-a-Pastora conta com enti<strong>da</strong>des<br />

importantes, como os Bombeiros<br />

Voluntários <strong>da</strong> Lin<strong>da</strong>-a-Pastora e o<br />

Lin<strong>da</strong>-a-Pastora Sporting Clube. O<br />

último, inclusive, tem feito um percurso<br />

extraordinário, principalmente<br />

no atletismo.<br />

C.L. – Podemos considerar que<br />

Queijas é uma freguesia com uma<br />

boa quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>?<br />

L.L. – Queijas é um bom sítio para se viver<br />

tal como todo o concelho de Oeiras.<br />

Este é sem dúvi<strong>da</strong> um dos melhores<br />

municípios do país graças à quali<strong>da</strong>de<br />

que o actual Presidente <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal, Dr. Isaltino Morais, tem imprimido<br />

há já alguns anos. Realmente,<br />

o concelho mudou muito de há 30 anos<br />

para cá. Antigamente, Oeiras era um<br />

dormitório que ficava entre a capital e<br />

Cascais, que era um município com fortes<br />

quali<strong>da</strong>des turísticas. Hoje em dia,<br />

Oeiras tem as melhores escolas do país,<br />

aposta intensamente em áreas, como a<br />

aju<strong>da</strong> social, e tem garantido boas condições<br />

de trabalho a certas enti<strong>da</strong>des,<br />

como os Bombeiros Voluntários e a PSP.<br />

Trata-se de um concelho dinâmico e<br />

com muita vi<strong>da</strong>. n<br />

ENTREVISTA<br />

“Oeiras está lá”<br />

está de volta<br />

Mu<strong>da</strong>r uma lâmpa<strong>da</strong>, desempenar<br />

uma porta, pintar uma<br />

parede ou simplesmente<br />

sair de casa para comprar<br />

um produto são tarefas banais para a<br />

maioria <strong>da</strong>s pessoas, mas que para algumas<br />

de mais i<strong>da</strong>de e com problemas<br />

de mobili<strong>da</strong>de podem ser bastante complica<strong>da</strong>s<br />

ou até impossíveis de realizar.<br />

Este Serviço consiste na prestação gratuita<br />

de serviços de reparações domésticas<br />

e de entrega e colaboração domiciliária<br />

a todos os ci<strong>da</strong>dãos residentes no<br />

concelho de Oeiras, com i<strong>da</strong>de igual ou<br />

superior a 65 anos e que se enquadrem<br />

no conceito de carência económica ou<br />

que sejam portadores de deficiência.<br />

Os interessados neste Serviço deverão<br />

comunicar através do número de telefone<br />

800 208 301. n


ENTREVISTA O CORREIO DA LINHA | 2 <strong>Setembro</strong> 2011<br />

l Texto: CLÁuDIA SILveIrA<br />

l Fotos: J.r.<br />

A propósito do Dia Nacional <strong>da</strong><br />

Água, que entre nós se assinala a<br />

1 de Outubro, propomos aos nossos<br />

leitores uma reflexão sobre a<br />

forma como é gerido este recurso<br />

por ca<strong>da</strong> um de nós e sobre o papel<br />

desempenhado pelas enti<strong>da</strong>des<br />

que têm atribuições específicas na<br />

sua gestão.<br />

Nesse sentido, o <strong>Jornal</strong> “O <strong>Correio</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>Linha</strong>” entrevistou o Presidente<br />

do Instituto <strong>da</strong> Água, I.P., Orlando<br />

Borges, que sistematizou as principais<br />

atribuições e competências<br />

que actualmente regem a activi<strong>da</strong>de<br />

deste organismo tutelado pelo<br />

Ministério <strong>da</strong> Agricultura, do Mar,<br />

do Ambiente e do Ordenamento do<br />

Território.<br />

O<br />

<strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) – Quais<br />

são as principais atribuições do<br />

Instituto <strong>da</strong> Água?<br />

Orlando Borges (O.B.) – O<br />

Instituto <strong>da</strong> Água (INAG) é a Autori<strong>da</strong>de<br />

Nacional <strong>da</strong> Água, assegurando o cumprimento<br />

<strong>da</strong>s obrigações assumi<strong>da</strong>s por<br />

Portugal no quadro <strong>da</strong> União Europeia,<br />

sendo igualmente a enti<strong>da</strong>de com competência<br />

normativa e orientadora para<br />

efectuar a gestão <strong>da</strong> água no País. A<br />

nível regional, existem Administrações<br />

de Região Hidrográfica, cabendo ao<br />

instituto a coordenação <strong>da</strong>s linhas de<br />

orientação quanto à gestão dos recursos<br />

hídricos. A activi<strong>da</strong>de do INAG exerce-se<br />

quer sobre as águas interiores,<br />

assumindo responsabili<strong>da</strong>des sobre as<br />

barragens e na regularização fluvial,<br />

quer sobre o litoral, sendo a autori<strong>da</strong>de<br />

com competência para garantir a protecção<br />

e defesa costeira e assegurar jurisdição<br />

do domínio público marítimo.<br />

Recentemente, o INAG também absorveu<br />

responsabili<strong>da</strong>des na área do meio<br />

marinho, sendo a autori<strong>da</strong>de responsável<br />

pela coordenação em Portugal <strong>da</strong><br />

Directiva Quadro do Meio Marinho.<br />

C.L. – Atendendo a este vasto conjunto<br />

de atribuições e competências, o que<br />

está previsto vir a suceder ao INAG no<br />

âmbito <strong>da</strong>s reformas administrativas<br />

tendentes a concentrar meios e recursos<br />

<strong>da</strong> administração central do Estado<br />

preconiza<strong>da</strong>s através do Plano de<br />

Redução e Melhoria <strong>da</strong> Administração<br />

Central do Estado (PREMAC) implementado<br />

pelo actual Governo?<br />

O.B. – Está prevista uma reorganização<br />

de todo o sector, mas o modelo ain<strong>da</strong><br />

não se encontra definido. No entanto,<br />

de acordo com a boa lógica <strong>da</strong> racionali<strong>da</strong>de<br />

e <strong>da</strong> criação de sinergias em<br />

torno dos organismos do Estado, as<br />

competências actualmente atribuí<strong>da</strong>s<br />

ao INAG irão ser enquadra<strong>da</strong>s no actual<br />

Ministério, que agrega igualmente<br />

a Agricultura e o Mar. Isto significa que<br />

se perspectiva que algumas <strong>da</strong>s competências<br />

até agora atribuí<strong>da</strong>s ao INAG,<br />

nomea<strong>da</strong>mente no âmbito <strong>da</strong> Directiva<br />

Quadro do Meio Marinho, possam vir<br />

a ser encontra<strong>da</strong>s noutros organismos,<br />

uma vez que hoje existe uma Secretaria<br />

de Estado dos Assuntos do Mar, enti<strong>da</strong>de<br />

que poderá vir a exercer algumas<br />

dessas responsabili<strong>da</strong>des. Haverá,<br />

com certeza, uma reorganização <strong>da</strong>s<br />

competências e atribuições do INAG,<br />

sendo que terá sempre que existir, a<br />

nível nacional, por exemplo, uma autori<strong>da</strong>de<br />

para a segurança de barragens.<br />

Contudo, as respectivas funções poderão<br />

vir a estar agrega<strong>da</strong>s no mesmo organismo,<br />

ou poderão vir a ficar dispersas<br />

ou agrega<strong>da</strong>s a outro organismo.<br />

C.L. – A Directiva Quadro <strong>da</strong> Água,<br />

bem como a Directiva Quadro do<br />

Meio Marinho, foram transpostas para<br />

a legislação nacional e introduzem diversas<br />

exigências designa<strong>da</strong>mente em<br />

relação à gestão dos<br />

recursos hídricos.<br />

Qual é a situação<br />

portuguesa quanto<br />

ao cumprimento <strong>da</strong>s<br />

directrizes comunitárias<br />

emana<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s<br />

respectivas directivas?<br />

O.B. – A transposição<br />

para a legislação<br />

nacional <strong>da</strong> Directiva<br />

Quadro do Meio<br />

Marinho ocorreu há<br />

muito pouco tempo,<br />

uma vez que é<br />

mais recente do que<br />

a Directiva Quadro<br />

<strong>da</strong> Água. Assim sen-<br />

Presidente do INAG, afirma:<br />

“Temos água de excelente<br />

do, encontra-se actualmente em curso<br />

a elaboração de relatórios diversos, os<br />

quais terão que estar concluídos até<br />

2012. Quanto à Directiva Quadro <strong>da</strong><br />

Água, apresenta implicações a vários<br />

níveis, sendo a mais central a necessi<strong>da</strong>de<br />

de dispormos de Planos de Região<br />

Hidrográfica aprovados, os quais terão<br />

que estar necessariamente concluídos<br />

até ao final do corrente ano. Esse trabalho<br />

está a ser elaborado conjuntamente<br />

pelo Instituto <strong>da</strong> Água e pelas<br />

Administrações Regionais respectivas.<br />

Alguns deles já entraram na fase de discussão<br />

pública, como é o caso do Plano<br />

de Região Hidrográfica do Guadiana,<br />

enquanto que outros serão brevemente<br />

apresentados para esse efeito, designa<strong>da</strong>mente<br />

o Plano <strong>da</strong> Região Hidrográfica<br />

do Tejo e o Plano <strong>da</strong> Região Hidrográfica<br />

do Douro. Embora exista algum desfasamento<br />

relativamente aos termos <strong>da</strong><br />

Directiva, uma vez que os Planos de<br />

Região Hidrográfica já deveriam estar<br />

concluídos, encontramo-nos igualmente<br />

a desenvolver este trabalho em articulação<br />

com Espanha, que se encontra<br />

igualmente a ultimar os seus próprios<br />

Planos de Região Hidrográfica, sendo<br />

necessário definir um modelo relativo à<br />

gestão coordena<strong>da</strong> <strong>da</strong>s bacias hidrográficas<br />

luso-espanholas, existindo uma<br />

interdependência entre os dois países<br />

no que se refere aos recursos hídricos.<br />

C.L. – Para além dos Planos de Região<br />

Hidrográfica, encontram-se igualmente<br />

em fase de elaboração os Planos de<br />

Ordenamento de Estuários, dos quais<br />

o mais adiantado é neste momento<br />

o que respeita ao estuário do Tejo.<br />

Como se conciliam estes diferentes<br />

instrumentos de gestão?<br />

O.B. – Necessariamente terão pontos<br />

coincidentes, mas enquanto que os<br />

Planos de Ordenamento de Estuários, e<br />

em concreto o Plano de Ordenamento<br />

do Estuário do Tejo, que se encontra<br />

actualmente em fase final <strong>da</strong> sua elaboração,<br />

constituem instrumentos de<br />

natureza regulamentar e de aplicação<br />

directa aos particulares, sendo planos<br />

de carácter normativo para a utilização<br />

do solo ou <strong>da</strong> água, os Planos de Região<br />

Hidrográfica constituem instrumentos<br />

macro de natureza sectorial, que identificam<br />

as principais medi<strong>da</strong>s e linhas<br />

de acção para atingir a boa quali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong>s águas. Isto significa que o Plano de<br />

Região Hidrográfica irá identificar as<br />

medi<strong>da</strong>s que é necessário levar à prática<br />

para que o bom estado <strong>da</strong>s águas<br />

se possa atingir, ao passo que o Plano<br />

de Ordenamento do Estuário procurará<br />

racionalizar e a<strong>da</strong>ptar as utilizações<br />

existentes, tanto do ponto de vista <strong>da</strong><br />

náutica como no que respeita à valorização<br />

do território. No entanto, é<br />

preciso ter em conta<br />

que o bom estado <strong>da</strong><br />

água no estuário do<br />

Tejo pode estar dependente<br />

de factores<br />

que ocorrem noutros<br />

pontos <strong>da</strong> sua bacia<br />

hidrográfica, pelo<br />

que é fun<strong>da</strong>mental<br />

que exista uma visão<br />

integra<strong>da</strong> do Plano de<br />

Região Hidrográfica.<br />

Assim, os Planos de<br />

Ordenamento de<br />

Estuário têm uma dimensão<br />

especial no<br />

que respeita à requalificação,<br />

valorização e<br />

uso do solo, ao contrá-<br />

rio dos Planos de Região Hidrográfica,<br />

de natureza sectorial, mas ambos se<br />

cruzam por terem que ser coincidentes,<br />

nas suas grandes linhas, de forma a<br />

promoverem a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s águas.<br />

C.L. – A gestão integra<strong>da</strong> <strong>da</strong>s zonas<br />

costeiras constitui outro dos domínios<br />

de intervenção do INAG. Tratando-se<br />

de espaços altamente sensíveis por se<br />

encontrarem sujeitos a eleva<strong>da</strong>s pressões,<br />

quer de ordem natural, quer de<br />

origem antrópica, quais são os princípios<br />

orientadores <strong>da</strong> política desenvolvi<strong>da</strong><br />

pelo INAG relativamente a<br />

estes espaços?<br />

O.B. – A gestão integra<strong>da</strong> <strong>da</strong>s zonas costeiras<br />

foi objecto de um amplo processo<br />

de discussão pública, que resultou na<br />

definição de uma estratégia nacional<br />

aprova<strong>da</strong> pelo poder político e que se<br />

designou Estratégia Nacional para a<br />

Gestão Integra<strong>da</strong> <strong>da</strong>s Zonas Costeiras.<br />

Tem três componentes, designa<strong>da</strong>mente<br />

a do conhecimento, isto é, a necessi<strong>da</strong>de<br />

de existir uma articulação entre as<br />

várias enti<strong>da</strong>des e com a investigação,<br />

a do planeamento e do uso do solo,<br />

na qual os Planos de Ordenamento <strong>da</strong><br />

Orla Costeira (POOC) assumem um<br />

papel determinante uma vez que constituem<br />

o instrumento de gestão territorial<br />

que permite assegurar a articulação<br />

de políticas de intervenção, e uma terceira<br />

componente que é a governança,<br />

inicialmente de acordo com o modelo<br />

<strong>da</strong> governança por articulação, que<br />

pressupunha a coordenação entre diferentes<br />

enti<strong>da</strong>des, nomea<strong>da</strong>mente as<br />

autori<strong>da</strong>des marítimas, as municipais,<br />

as portuárias e os distintos utilizadores,<br />

as quais convergiam nos instrumentos<br />

de gestão territorial, como era o caso<br />

dos POOC. Contudo, esse modelo encontra-se<br />

actualmente a ser ponderado<br />

pela Secretaria de Estado dos Assuntos<br />

do Mar, no âmbito <strong>da</strong> reorganização<br />

que está em curso dos serviços sob sua<br />

dependência.<br />

C.L. – Ain<strong>da</strong> no que diz respeito às<br />

zonas costeiras, qual será o impacto<br />

<strong>da</strong> aplicação <strong>da</strong> Lei <strong>da</strong> Titulari<strong>da</strong>de<br />

dos Recursos Hídricos, que pressupõe<br />

que até 2014 os proprietários de prédios<br />

rústicos que confinem com o mar<br />

ou com os rios onde se façam sentir os<br />

efeitos <strong>da</strong>s marés façam prova de que<br />

os mesmos já eram proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong><br />

em 1864? Poderá isto representar<br />

uma ameaça à preservação <strong>da</strong> paisagem<br />

tradicional de alguns pontos do<br />

nosso litoral, designa<strong>da</strong>mente as salinas<br />

<strong>da</strong> ria de Aveiro ou do sapal de<br />

Castro Marim?<br />

O.B. – A Lei <strong>da</strong> Titulari<strong>da</strong>de dos<br />

Recursos Hídricos foi aprova<strong>da</strong> pela<br />

Assembleia <strong>da</strong> República e incide sobre<br />

a questão <strong>da</strong> dominiali<strong>da</strong>de, que pres-


2 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

quali<strong>da</strong>de”<br />

supõe que os terrenos que distam menos<br />

de 50 metros <strong>da</strong> margem dos rios<br />

integram o domínio público do Estado.<br />

Nesse sentido, torna-se necessário fazer<br />

prova, por apresentação sucessiva de<br />

documentação, que os terrenos constituíam<br />

proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong> desde 1864.<br />

Diz a referi<strong>da</strong> lei que quando essa situação<br />

não é prova<strong>da</strong>, se considera que<br />

os terrenos situados nessa faixa até 50<br />

metros <strong>da</strong> margem do rio pertencem ao<br />

Estado. Trata-se de uma lei centenária<br />

em Portugal, a qual existe em poucos<br />

países no mundo, e que constitui uma<br />

enorme riqueza, ao considerar que o<br />

domínio público, ou seja a margem <strong>da</strong>s<br />

águas do mar e as praias são de usufruto<br />

e de domínio do Estado. Nem em todo<br />

o lado é assim, uma vez que existem<br />

países onde as praias e as margens dos<br />

rios sujeitos à influência <strong>da</strong>s marés são<br />

priva<strong>da</strong>s. No entanto, esta tradição jurídica<br />

não pode colidir com direitos de<br />

proprie<strong>da</strong>de dos particulares, uma vez<br />

que estes podem de facto possuir a pro-<br />

prie<strong>da</strong>de de algumas dessas parcelas. O<br />

facto de a proprie<strong>da</strong>de poder vir a ser<br />

reconheci<strong>da</strong> como particular não implica<br />

que possa ter uma ocupação que<br />

coli<strong>da</strong> com os objectivos do usufruto,<br />

que pode não ser apenas de passagem,<br />

mas também de contemplação. Assim,<br />

desde que o INAG herdou essa competência,<br />

que inicialmente se encontrava<br />

sob a alça<strong>da</strong> <strong>da</strong>s administrações portuárias,<br />

esse princípio <strong>da</strong> protecção <strong>da</strong><br />

margem tornou-se sagrado, pelo que a<br />

faixa de terreno correspondente aos 50<br />

metros de distância <strong>da</strong> margem não são<br />

susceptíveis de terem uma ocupação<br />

privativa, a não ser para a instalação de<br />

infra-estruturas para as quais não exista<br />

outra forma ou condições de poderem<br />

ser feitas, como é o caso de infra-estruturas<br />

portuárias, marinas ou apoios de<br />

praia. Assim, caso até 2014 os proprietários<br />

não façam prova <strong>da</strong> titulari<strong>da</strong>de<br />

sobre os referidos bens, os mesmos serão<br />

considerados como pertencentes ao<br />

domínio público. Reconheço que este<br />

é um tempo de enorme trabalho, até<br />

porque a lei pressupõe que a decisão<br />

final sobre a posse dos bens seja toma<strong>da</strong><br />

pelos tribunais, e que o prazo será<br />

extremamente curto para concluir os<br />

processos, sendo que as pessoas não estão<br />

suficientemente alerta<strong>da</strong>s para esta<br />

situação e deverão procurar <strong>da</strong>r início<br />

ao processo de delimitação de forma a<br />

não serem surpreendi<strong>da</strong>s com decisões<br />

administrativas, tendo em conta que a<br />

pesquisa de provas documentais pode<br />

ser demora<strong>da</strong>. Admito que algumas<br />

situações possam implicar uma derrogação<br />

no tempo, mas será um assunto<br />

de enorme complexi<strong>da</strong>de que exigirá<br />

grande esforço, do ponto de vista técnico,<br />

não só para os tribunais e para as<br />

comissões de delimitação, mas também<br />

para os particulares, que deverão em<br />

devido tempo reunir a informação exigi<strong>da</strong><br />

para que possam ver reconheci<strong>da</strong>s<br />

as suas proprie<strong>da</strong>des como priva<strong>da</strong>s.<br />

Existe ain<strong>da</strong> a agravante de que, no que<br />

se reporta a terrenos do domínio público<br />

marítimo, o princípio de usucapião<br />

não se aplicar.<br />

C.L. – Isso significa que, caso as pessoas<br />

não apresentem as provas requeri<strong>da</strong>s,<br />

o Estado poderá vir a integrar no<br />

domínio público marítimo proprie<strong>da</strong>des<br />

que hoje são considera<strong>da</strong>s particulares.<br />

Qual será a capaci<strong>da</strong>de, por parte<br />

dos organismos públicos, de gerir<br />

todo esse vasto património?<br />

O.B. – Poderá ser mais difícil<br />

para os particulares reunir to<strong>da</strong><br />

a documentação dentro deste<br />

prazo do que a administração<br />

<strong>da</strong>r resposta aos requerimentos,<br />

até porque para os privados estes<br />

processos podem ser complicados<br />

do ponto de vista <strong>da</strong><br />

junção <strong>da</strong> informação. Por esse<br />

motivo, torna-se importante que<br />

as pessoas se informem acerca<br />

desta matéria.<br />

C.L. - Não existirá o risco de<br />

virmos a assistir a grandes modificações<br />

<strong>da</strong> paisagem nalguns<br />

desses territórios, até agora<br />

ocupados por salinas, estaleiros<br />

de construção naval e outros<br />

equipamentos de carácter tradicional<br />

e à emergência de grandes<br />

empreendimentos mais<br />

vocacionados para o turismo e<br />

o lazer?<br />

O.B. – Para o INAG, do ponto de<br />

vista <strong>da</strong> ocupação do território,<br />

é indiferente se as ocupações são<br />

públicas ou se são priva<strong>da</strong>s. A única<br />

implicação que poderá vir a ter para os<br />

privados que não vejam reconheci<strong>da</strong><br />

a posse <strong>da</strong> parcela de terreno localiza<strong>da</strong><br />

na margem é que a mesma venha<br />

a ser integra<strong>da</strong> no domínio público e,<br />

automaticamente, passará a ser obrigado<br />

a pagar uma taxa de utilização<br />

à administração pública, que nalguns<br />

casos é substancial, o que não sucede<br />

se a proprie<strong>da</strong>de for reconheci<strong>da</strong> como<br />

priva<strong>da</strong>.<br />

C.L. – Actualmente assiste-se a um<br />

aumento generalizado dos custos de<br />

bens e serviços essenciais, o que levanta<br />

alguma preocupação junto <strong>da</strong><br />

opinião pública. Neste contexto, existe<br />

alguma previsão de aumento de tarifas<br />

relativas ao consumo de água?<br />

O.B. – A competência para a definição<br />

dos valores <strong>da</strong> tarifa <strong>da</strong> água pertence<br />

à Enti<strong>da</strong>de Reguladora dos Serviços<br />

de Águas e Resíduos, aos operadores<br />

e às enti<strong>da</strong>des que gerem os Serviços<br />

Municipais de Abastecimento de<br />

Águas, e não ao Instituto <strong>da</strong> Água. Não<br />

existe nenhuma norma que obrigue à<br />

uniformi<strong>da</strong>de de tarifas no nosso País,<br />

mas estas são estabeleci<strong>da</strong>s pelas enti<strong>da</strong>des<br />

responsáveis pela sua gestão, designa<strong>da</strong>mente<br />

os municípios, de acordo<br />

com circunstâncias várias. De resto, a<br />

Associação Nacional de Municípios<br />

tem desenvolvido esforços para aproximar<br />

os tarifários de forma a minimizar<br />

as dispari<strong>da</strong>des dos custos <strong>da</strong> água de<br />

região para região.<br />

C.L. – Contudo, a Directiva Quadro <strong>da</strong><br />

Água introduz o princípio do utilizador-pagador<br />

no sentido de adequar o<br />

custo <strong>da</strong> água aos impactos ambientais<br />

que a sua utilização possa ter. Qual a<br />

situação portuguesa relativamente ao<br />

cumprimento desta determinação?<br />

O.B. – De facto, a Directiva Quadro<br />

<strong>da</strong> Água não só prevê a introdução do<br />

princípio do utilizador-pagador, como<br />

também preconiza objectivos de recuperação<br />

de custos. Ao nível do ciclo urbano<br />

<strong>da</strong> água e do seu abastecimento,<br />

as orientações emana<strong>da</strong>s pelas enti<strong>da</strong>des<br />

gestoras vão no sentido de aferir em<br />

contabili<strong>da</strong>de analítica todos os custos<br />

associados à captação, ao tratamento e<br />

ao fornecimento de água e, dentro de<br />

uma lógica de sustentabili<strong>da</strong>de desses<br />

sistemas, defendem que a recuperação<br />

desses custos se faça por via <strong>da</strong> receita,<br />

isto é, através <strong>da</strong>s tarifas cobra<strong>da</strong>s aos<br />

consumidores. Ca<strong>da</strong> vez mais, as enti<strong>da</strong>des<br />

gestoras procuram caminhar no<br />

sentido <strong>da</strong> recuperação desses custos.<br />

Por outro lado, a referi<strong>da</strong> Directiva também<br />

preconiza a aplicação do princípio<br />

do poluidor-pagador e, nesse sentido,<br />

consideramos que, mais importante do<br />

que a aplicação <strong>da</strong> multa a quem prevarica,<br />

é dispor de mecanismos que, do<br />

ponto de vista económico, possam contribuir<br />

para inibir as descargas poluentes.<br />

No entanto, sobre a recuperação de<br />

custos, importa dizer que a directiva é<br />

de certo modo injusta para os países do<br />

sul <strong>da</strong> Europa, sendo necessário aplicar<br />

alguma flexibili<strong>da</strong>de, uma vez que os<br />

nossos agricultores ficariam claramente<br />

penalizados relativamente aos do norte<br />

<strong>da</strong> Europa se lhes fossem imputados<br />

custos de utilização de água em função<br />

dos consumos de que têm necessi<strong>da</strong>de,<br />

pois teriam que integrar na recuperação<br />

total de custos os investimentos,<br />

por exemplo, associados à construção e<br />

manutenção de uma barragem.<br />

C.L. – O Dia Nacional <strong>da</strong> Água, que se<br />

assinala a 1 de Outubro, constitui uma<br />

oportuni<strong>da</strong>de para reflectir sobre medi<strong>da</strong>s<br />

que promovam o uso sustentável<br />

deste recurso. Enquanto autori<strong>da</strong>de nacional<br />

<strong>da</strong> água, o INAG desenvolveu o<br />

Programa Nacional para o Uso Eficiente<br />

<strong>da</strong> Água. Em que consiste?<br />

ENTREVISTA<br />

O.B. – O programa que refere foi desenhado<br />

por uma equipa técnica identificando<br />

medi<strong>da</strong>s de carácter genérico<br />

que eram susceptíveis, se implementa<strong>da</strong>s,<br />

de poderem contribuir para utilizar<br />

a água de forma mais eficiente, designa<strong>da</strong>mente<br />

em três sectores específicos:<br />

a agricultura, a indústria e o meio<br />

urbano. O principal factor identificado<br />

como responsável pelo grande desperdício<br />

de água no nosso país é a falta de<br />

atribuição a este bem de um valor e um<br />

preço. Consideramos que a melhor forma<br />

de garantir a utilização eficiente <strong>da</strong><br />

água consiste em atribuir-lhe um valor.<br />

Este programa integra diversas medi<strong>da</strong>s<br />

de carácter voluntarioso visando a<br />

necessi<strong>da</strong>de de preservar este recurso<br />

e a consequente adopção de boas práticas.<br />

Em Portugal, temos uma água de<br />

excepcional quali<strong>da</strong>de, sendo praticamente<br />

isentas as situações existentes<br />

na rede pública de não conformi<strong>da</strong>de,<br />

o que significa que se investe muito no<br />

seu tratamento.<br />

C.L. – Agora que nos encontramos<br />

no início de um novo ano escolar,<br />

gostaria que nos falasse do programa<br />

“Operação Escola Eficiente” desenvolvido<br />

pelo INAG.<br />

O.B. – Trata-se de um concurso escolar<br />

a desenvolver ao longo de dois anos<br />

lectivos, que se inicia com o preenchimento<br />

de um formulário por parte<br />

<strong>da</strong>s escolas interessa<strong>da</strong>s, seguindo-se<br />

uma auditoria interna ao uso <strong>da</strong> água<br />

realiza<strong>da</strong> pelos alunos, identificando<br />

problemas e definindo um plano de<br />

acção para os solucionar. Ao longo<br />

do projecto, o INAG vai <strong>da</strong>ndo apoio<br />

através <strong>da</strong> realização de acções e atribuindo<br />

certificados e premiando os<br />

melhores projectos. Temos de construir<br />

esta mentali<strong>da</strong>de de que o nosso<br />

planeta tem limites. Faço o apelo para<br />

que consultem no site do INAG to<strong>da</strong><br />

a documentação relativa a este programa,<br />

bem como o Sistema Nacional<br />

de Informação de Recursos Hídricos/<br />

Jovem, onde se encontram disponíveis<br />

muitas informações apresenta<strong>da</strong>s de<br />

forma apelativa, que permitem desenvolver<br />

trabalhos relacionados com a<br />

água.<br />

C.L. – Que mensagem deixa aos<br />

nossos leitores a propósito do Dia<br />

Nacional <strong>da</strong> Água?<br />

O.B. – Gostaria de sublinhar a importância<br />

de utilizar a água de forma eficiente<br />

e, sobretudo, lembrar que cabe<br />

a ca<strong>da</strong> um de nós contribuir com uma<br />

atitude positiva, colaborando para que<br />

se corrijam as más práticas. n


ENTREVISTA O CORREIO DA LINHA | 26 <strong>Setembro</strong> 2011<br />

Dia Nacional <strong>da</strong> Água celebrado em Sintra,<br />

l Texto: cláudia Silveira l Fotos: j.r.<br />

O dia Nacional <strong>da</strong> água será assinalado nos concelhos <strong>da</strong> amadora, de<br />

Oeiras e de Sintra através <strong>da</strong> realização de diversas iniciativas visando<br />

a sensibilização <strong>da</strong> população, e em particular dos mais jovens, para a<br />

necessi<strong>da</strong>de de preservar este recurso.<br />

constituindo o abastecimento de água um serviço público essencial<br />

prestado à população, “O correio <strong>da</strong> linha” procurou junto <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des<br />

responsáveis pela sua gestão nestes concelhos, os Serviços<br />

Municipalizados de água e Saneamento (SMaS) de Oeiras e <strong>da</strong> amadora<br />

e os Serviços Municipalizados de água e Saneamento (SMaS) de Sintra,<br />

inteirar-se dos principais projectos em curso e dos desafios com que<br />

actualmente se defrontam.<br />

Cardoso Martins, Conselho de<br />

Administração dos SMAS de<br />

Sintra<br />

C.L. - De que forma será assinalado<br />

o Dia Nacional <strong>da</strong> Água por<br />

parte dos SMAS de Sintra?<br />

C.M. - Com o objectivo de comemorar<br />

o Dia Nacional <strong>da</strong> Água, os SMAS-<br />

SINTRA vão promover, de 1 a 9 de<br />

Outubro, no Cascaishopping, uma exposição<br />

de cartoons. Esta mostra, subordina<strong>da</strong><br />

ao tema «O Humor e a Água»,<br />

abor<strong>da</strong>rá, com muito humor, entre outros<br />

temas, o abastecimento de água,<br />

Legen<strong>da</strong><br />

o saneamento, a poupança de água, a<br />

seca, os custos e os recursos hídricos. A<br />

inauguração, no dia 1 de Outubro, às 15<br />

horas, vai contar com a presença de alguns<br />

dos cartoonistas que ali vão expor<br />

os seus trabalhos.<br />

No Fórum Sintra, na mesma <strong>da</strong>ta, terá<br />

lugar uma exposição lúdica, direcciona<strong>da</strong><br />

para crianças, <strong>da</strong> autoria <strong>da</strong>s artistas<br />

plásticas Elisa Paulino e Joana<br />

Ratão e promovi<strong>da</strong> por estes Serviços<br />

Municipalizados. No primeiro dia de<br />

Outubro, às 15 horas, será distribuído<br />

o livro infantil «Margot e Ondina», com<br />

ilustrações <strong>da</strong>s mesmas<br />

autoras.<br />

C.L. - Quais são os<br />

principais desafios<br />

que, na conjuntura actual,<br />

se colocam a um<br />

serviço municipalizado<br />

que tem a seu cargo<br />

a gestão <strong>da</strong> distribuição<br />

de água e o saneamento<br />

básico?<br />

C.M. – Um desafio importante<br />

é a melhoria<br />

<strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do serviço<br />

que prestamos, através<br />

de investimentos<br />

programados na nossa<br />

rede de abastecimento<br />

e <strong>da</strong> rede de tratamento <strong>da</strong>s águas residuais<br />

(esgotos), sem sobrecarregar a<br />

factura dos nossos clientes. Por outro<br />

lado, temos a consciência de que nos<br />

períodos de grande crise, o nosso papel<br />

social deve ser acentuado <strong>da</strong>ndo a mão<br />

às pessoas e famílias mais necessita<strong>da</strong>s.<br />

É o que procuramos fazer.<br />

C.L. - Que investimentos se encontram<br />

previstos na rede de distribuição<br />

de água e saneamento geri<strong>da</strong> pelos<br />

SMAS de Sintra?<br />

C.M. - O maior investimento dos SMAS<br />

para 2011 e 2012 é o <strong>da</strong> continuação<br />

<strong>da</strong> substituição <strong>da</strong> conduta adutora<br />

em betão armado,, que traz a Sintra a<br />

água desde a barragem de Castelo do<br />

Bode, por uma de ferro fundido dúctil,<br />

a efectuar em duas fases, que custará<br />

cerca de 8 milhões de euros. É um investimento<br />

que garante o consumo de<br />

água por mais de meio século ao concelho<br />

de Sintra. Estão também em curso<br />

duas outras obras de grande dimensão:<br />

as empreita<strong>da</strong>s de remodelação <strong>da</strong>s redes<br />

de abastecimento nas freguesias de<br />

Monte – Abraão e de Massamá, substituindo<br />

as velhas condutas, prevendo-se<br />

ain<strong>da</strong> o início, em breve, de outra obra,<br />

também de grande vulto, na freguesia<br />

de Algueirão - Mem Martins. Saliento<br />

igualmente a obra já inicia<strong>da</strong>, no âmbito<br />

do saneamento básico, na zona<br />

Norte <strong>da</strong> Base Aérea nº 1 (Cortegaça,<br />

Coutinho Afonso e Raposeiras).<br />

C.L. - Vivemos numa conjuntura em<br />

que os custos de bens essenciais têm<br />

vindo a ser agravados. Também se<br />

prevê o aumento <strong>da</strong>s tarifas de água e<br />

de saneamento em Sintra?<br />

C.M. - Não está previsto qualquer aumento.<br />

Aliás aproveito para referir que,<br />

no tarifário que entrou em vigor em<br />

Janeiro de 2011, só houve agravamento<br />

do preço <strong>da</strong> água para quem consome<br />

mais de 25m³ mensais e porque foi criado<br />

um 4.º escalão, por obrigação legal.<br />

Também se verificou um agravamento<br />

na “factura mensal <strong>da</strong><br />

água”em relação ao<br />

saneamento. Porém,<br />

quanto à tarifa de<br />

saneamento importa<br />

esclarecer que o cálculo<br />

<strong>da</strong> tarifa de ligação<br />

e <strong>da</strong> tarifa de conservação<br />

de esgotos<br />

anual, extintas com<br />

a entra<strong>da</strong> em vigor<br />

do novo modelo tarifário,<br />

incidia sobre<br />

o valor patrimonial<br />

dos imóveis ligados<br />

à rede pública de saneamento,<br />

sendo factura<strong>da</strong>s<br />

aos respectivos<br />

proprietários,<br />

sendo que as tarifas<br />

de saneamento, fixa<br />

e variável, passaram<br />

a ser debita<strong>da</strong>s na<br />

facturação mensal do<br />

cliente. Talvez seja<br />

importante referir aqui que, para tratamento<br />

<strong>da</strong>s águas residuais do sul do<br />

Concelho de Sintra, os SMAS de Sintra<br />

pagaram à SANEST, em 2010, cerca de<br />

9 milhões de euros. Ain<strong>da</strong> quanto ao<br />

saneamento, é de salientar que passou<br />

a haver a possibili<strong>da</strong>de de instalação de<br />

um segundo contador (para rega) cujo<br />

consumo fica, logicamente, isento <strong>da</strong><br />

tarifa de saneamento.<br />

C.L. - Que mensagem gostaria de deixar<br />

aos nossos leitores a propósito do<br />

Dia Nacional <strong>da</strong> Água?<br />

C.M. - Sendo a água um bem precioso<br />

porque é ca<strong>da</strong> vez mais raro e sem ela<br />

não há vi<strong>da</strong>, cabe-nos a todos contribuir<br />

para o seu bom uso. Por isso, pode ser<br />

importante no Dia Nacional <strong>da</strong> Água<br />

reflectirmos sobre a forma de, em nossa<br />

casa, contribuir para a sua preservação<br />

e utilização racional. Com isso, estamos<br />

também a melhorar o nosso orçamento<br />

familiar. n


26 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

Oeiras e Amadora<br />

Nuno Campilho, Conselho de<br />

Administração dos SMAS de<br />

Oeiras e <strong>da</strong> Amadora<br />

O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.)<br />

- De que forma será assinalado o Dia<br />

Nacional <strong>da</strong> Água por parte dos SMAS<br />

de Oeiras e <strong>da</strong> Amadora?<br />

Nuno Campilho (N.C.) - Para assinalar<br />

o Dia Nacional <strong>da</strong> Água, estamos a<br />

preparar uma exposição que irá mostrar<br />

os vários projectos apresentados<br />

para o edifício ÁguaVi<strong>da</strong>, que será<br />

construído no Parque dos Poetas. Esta<br />

exposição será inaugura<strong>da</strong> no dia 30<br />

de <strong>Setembro</strong> e vai ter lugar no Palácio<br />

dos Aciprestes – Fun<strong>da</strong>ção Marquês de<br />

Pombal, em Lin<strong>da</strong>-a-Velha, com o objectivo<br />

de mostrar as várias propostas<br />

– e de grande quali<strong>da</strong>de – que recebemos<br />

para a construção deste edifício,<br />

que queremos que seja um importante<br />

instrumento de sensibilização e de promoção<br />

de uma cultura de poupança e<br />

racionalização <strong>da</strong> água, tendo sempre<br />

em vista uma dimensão lúdica, pois<br />

será possível viver e sentir todo o ciclo<br />

de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> água.<br />

C.L. - Quais são os principais desafios<br />

que, na conjuntura actual, se colocam<br />

a um serviço municipalizado que tem<br />

a seu cargo a gestão <strong>da</strong> distribuição de<br />

água e o saneamento básico?<br />

N.C. - Quase que apetece dizer que o<br />

principal desafio é de sobrevivência,<br />

considerando as sucessivas notícias que<br />

dão conta de inúmeras medi<strong>da</strong>s de contenção<br />

e de reorganização que poderão<br />

pôr em causa o serviço público de primeira<br />

necessi<strong>da</strong>de que prestamos. Mas<br />

não vou dizer. Vou antes dizer que o<br />

nosso grande desafio é, exactamente, o<br />

oposto, é o de enfrentar esses constrangimentos<br />

e pugnar por manter o serviço<br />

de excelência que temos assegurado,<br />

cujos índices de satisfação globais an<strong>da</strong>m<br />

na ordem dos 85%. Manter a eleva<strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> água e prosseguir<br />

os investimentos de remodelação <strong>da</strong>s<br />

redes, por forma a garantir um abastecimento<br />

sem falhas e sem flutuações de<br />

pressão, reduzindo as per<strong>da</strong>s de água<br />

e o seu impacto económico e ambiental.<br />

Pretendemos também prosseguir<br />

os programas que, pe<strong>da</strong>gogicamente,<br />

preparam as gerações vindouras<br />

para a gestão deste bem tão precioso<br />

e acautelar, socialmente, as carências<br />

de que padece a população mais exposta<br />

ao risco dos dois concelhos.<br />

C.L. - Que investimentos se encontram<br />

previstos na rede de distribuição<br />

de água e saneamento geri<strong>da</strong> pelos<br />

SMAS de Oeiras e <strong>da</strong> Amadora?<br />

N.C. - Os investimentos centramse,<br />

sobretudo, na remodelação <strong>da</strong>s<br />

redes e em 4 projectos de carácter<br />

plurianual, que<br />

são transversais<br />

ao man<strong>da</strong>to que<br />

assumimos, nom<br />

e a d a m e n t e ,<br />

os Arranjos Exteriores<br />

do edifício<br />

<strong>da</strong> Brandoa,<br />

a remodelação<br />

<strong>da</strong> Central<br />

Elevatória <strong>da</strong><br />

Fonte dos Passarinhos,<br />

o Edifício<br />

dos Serviços<br />

Técnicos em<br />

Leceia e o edifício<br />

ÁguaVi<strong>da</strong><br />

no Parque dos<br />

Poetas.<br />

C.L. - Vivemos<br />

numa conjuntura<br />

em que os<br />

custos de bens<br />

essenciais têm<br />

vindo a ser agravados.<br />

Também se prevê o aumento<br />

<strong>da</strong>s tarifas de água e de saneamento?<br />

N.C. - Voltamos à questão <strong>da</strong> sobrevivência.<br />

Durante dois anos consecutivos<br />

os SMAS de Oeiras e Amadora não aumentaram<br />

as tarifas de água. Mas não<br />

é possível continuar a assumir, sem<br />

proveitos, os custos de estrutura associados<br />

aos serviços que prestamos e absorver,<br />

no nosso orçamento, mormente<br />

no capítulo <strong>da</strong> despesa, os valores de<br />

aumento que nos são impostos pelos<br />

nossos fornecedores (EPAL, SANEST e<br />

SIMTEJO). Logo, teremos de considerar<br />

aumentos para o próximo ano, que,<br />

ain<strong>da</strong> assim, e considerando os problemas<br />

sociais e de carências diversas que<br />

é latente em algumas faixas <strong>da</strong> nossa<br />

população, esperamos que tenham um<br />

impacto residual no orçamento familiar.<br />

C.L. - Que mensagem gostaria de deixar<br />

aos nossos leitores a propósito do<br />

Dia Nacional <strong>da</strong> Água?<br />

N.C. - Ame a água! Pois, como canta<br />

Caetano Veloso, “quando a gente gosta,<br />

é claro que a gente cui<strong>da</strong>”. n<br />

ENTREVISTA


10 ACTUAL O CORREIO DA LINHA | 26 <strong>Setembro</strong> 2011<br />

l Texto e Fotos: RAQUEL DIAS<br />

Desde Junho, to<strong>da</strong>s as quartas-feiras,<br />

<strong>da</strong>s 16h00 às 20h00, o Parque<br />

Delfim Guimarães, na Amadora,<br />

recebe o Mercado Agrobio, um local<br />

onde se vendem alimentos biológicos<br />

cultivados em solos equilibrados<br />

por fertilizantes naturais e<br />

que possuem assim um maior teor<br />

de vitaminas, hidratos de carbono<br />

e proteínas, contribuindo para uma<br />

alimentação saudável. Esta é uma<br />

iniciativa <strong>da</strong> Câmara Municipal<br />

<strong>da</strong> Amadora (CMA) em parceria<br />

com a Associação Portuguesa de<br />

Agricultura Biológica – Agrobio.<br />

Cria<strong>da</strong> em 1985, a Agrobio surge<br />

<strong>da</strong> preocupação de um conjunto<br />

de médicos, professores e<br />

outros técnicos relativamente à<br />

alimentação sobretudo no que respeita<br />

à crescente industrialização dos produtos.<br />

Com o objectivo de promover<br />

e divulgar a agricultura biológica a associação<br />

desenvolve uma série de mercados<br />

biológicos no distrito de Lisboa<br />

Um mercado biológico com procura<br />

O Pequeno Mar<br />

Produtos congelados<br />

de alta quali<strong>da</strong>de<br />

Peixe – Marisco – salgados<br />

e legumes<br />

Fornecedor de cantinas<br />

restaurantes e Peixarias<br />

Junto à Escola Secundária <strong>da</strong> Amadora<br />

Av. Alexandre Salles, n.º 14 B<br />

Reboleira<br />

Tel.: 96 745 08 14<br />

– Cascais, Oeiras, Algés, Carcavelos,<br />

Loures, Amadora, Av. de Roma – mas<br />

também em locais como Almeirim e<br />

Aveiro.<br />

Considerando importante a divulgação<br />

deste tipo de produtos, a Câmara<br />

Municipal <strong>da</strong> Amadora enviou um convite<br />

à Agrobio para a realização de um<br />

mercado biológico no concelho. “Um<br />

dos nossos objectivos com esta iniciativa<br />

é chamar a atenção <strong>da</strong>s pessoas para um<br />

sector do consumo que a Amadora desconhecia,<br />

promovendo estilos de vi<strong>da</strong> saudáveis”,<br />

explicou o vereador <strong>da</strong> Câmara,<br />

António Carixas. Sendo um concelho<br />

onde existem várias hortas domésticas,<br />

é também objectivo <strong>da</strong> CMA “<strong>da</strong>r<br />

formação aos vários produtores que estão<br />

espalhados pela Amadora pois eles precisam<br />

de mais informação e conhecimentos técnicos<br />

sobre a agricultura, especialmente sobre<br />

esta produção biológica. Queremos também<br />

regulamentar a situação destas hortas que<br />

muitas vezes estão localiza<strong>da</strong>s em locais impróprios.<br />

É nosso objectivo ter no concelho<br />

terrenos destinados unicamente a fins agrícolas”,<br />

adiantou o vereador.<br />

Ao contrário do que se pensa não é só<br />

nas zonas periféricas e suburbanas que<br />

se pode fazer agricultura. “Com este mercado<br />

pretendemos estimular a produção local<br />

porque embora estejamos numa zona urbana,<br />

a agricultura biológica também se pode<br />

desenvolver aqui, basta para tal que os solos<br />

não fiquem junto às estra<strong>da</strong>s ou a algum curso<br />

de água contamina<strong>da</strong>”, explicou o responsável<br />

<strong>da</strong> Agrobio, Nélson Silva.<br />

Com cenouras a 1.30 euros e tomates<br />

a 1.50 euros o quilo, Maria de Lurdes<br />

Pires, embora cliente habitual do mercado,<br />

queixa-se dos preços elevados.<br />

“A minha reforma não dá para estar sempre<br />

a comprar estes produtos, mas como<br />

são melhores venho aqui comprar algumas<br />

coisas, como hoje que levo pêras, figos e<br />

tomates”. Para comprar ou apenas por<br />

curiosi<strong>da</strong>de, as pessoas vão-se chegan-<br />

Amadora tem mercado biológico<br />

do para ver o mercado e mesmo os que<br />

não compram reconhecem as vantagens<br />

destes produtos e lamentam não ter capaci<strong>da</strong>de<br />

financeira para os adquirir.<br />

Este é precisamente outro dos objetivos<br />

<strong>da</strong> Agrobio com este mercado: desmistificar<br />

a ideia de que os produtos de<br />

agricultura biológica são mais caros<br />

do que os de agricultura intensiva. “Os<br />

produtos biológicos têm por base o solo que<br />

é alimentado com várias matérias orgânicas,<br />

sem recurso a produtos químicos como<br />

adubos ou pestici<strong>da</strong>s. Com efeito, o cultivo<br />

destes produtos exige mais trabalho, mais<br />

mão-de-obra, mais mecanismo, o que acaba<br />

por encarecê-los, tal como o facto de todos<br />

os alimentos terem de ser fiscalizados para<br />

garantir que aquele é um produto de agricultura<br />

biológica. Desta forma a pessoa sabe<br />

exactamente o que está a comer. Neste sentido<br />

os ganhos para o ambiente e para a saúde<br />

são inúmeros. Além disso, muitas vezes<br />

as pessoas acabam por desperdiçar alguns<br />

produtos porque entretanto se estragaram,<br />

enquanto os produtos biológicos têm uma<br />

maior durabili<strong>da</strong>de. Assim, embora estes<br />

alimentos sejam ligeiramente mais caros<br />

acabam por compensar em termos ambientais,<br />

de saúde e de desperdícios e aqui como<br />

se trata de uma ven<strong>da</strong> directa – produtor /<br />

consumidor – os produtos acabam por ser<br />

mais baratos do que nos hipermercados”,<br />

explicou Nélson Silva.<br />

Em funcionamento desde o passado<br />

mês de Junho, Patrícia Serôdio, uma<br />

<strong>da</strong>s produtoras no local, diz ter verificado<br />

um crescimento <strong>da</strong> afluência ao<br />

mercado, sendo que já há clientes que<br />

regressam to<strong>da</strong>s as quartas-feiras. “A<br />

maior parte dos clientes vêm to<strong>da</strong>s as semanas,<br />

até porque sabendo o que é bom não se<br />

volta aos produtos de agricultura intensiva.<br />

Não interessa a diferença do dinheiro que se<br />

paga porque se se gasta dinheiro num alimento<br />

que não dá prazer nenhum a comer,<br />

No âmbito do apoio ao desenvolvimento<br />

desportivo, a Câmara<br />

Municipal <strong>da</strong> Amadora<br />

vai apoiar financeiramente<br />

a inscrição de atletas do concelho nas<br />

mais diversas competições. O acréscimo<br />

do IVA para a taxa normal em diversos<br />

serviços desportivos e a redução<br />

em 15% <strong>da</strong> comparticipação do Estado<br />

nos encargos de funcionamento regular<br />

<strong>da</strong>s federações desportivas, originou<br />

um acréscimo significativo <strong>da</strong>s taxas e<br />

despesas administrativas no processo<br />

de inscrições, o que constituiu um esforço<br />

adicional na gestão corrente dos<br />

clubes e colectivi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Amadora,<br />

uma vez que este tipo de despesa assume<br />

um peso relevante nos seus orçamentos.<br />

Sensível a este constrangimento,<br />

a Câmara <strong>da</strong> Amadora encetou<br />

um conjunto de diligências junto <strong>da</strong>s<br />

Bolos biológicos<br />

então é dinheiro deitado fora. Já para não<br />

falar <strong>da</strong> durabili<strong>da</strong>de destes alimentos”, explicou.<br />

Na sua banca encontramos produtos<br />

que vão desde os chás, passando<br />

pelos doces, as broas de figo e noz, o<br />

pão de centeio, até às mais consumi<strong>da</strong>s<br />

frutas e vegetais.<br />

Dos três produtores presentes no<br />

Parque Delfim Guimarães nenhum pertencia<br />

ao concelho Amadora. “É nosso<br />

desejo que alguns produtores do concelho se<br />

venham a associar à Agrobio que posteriormente<br />

certificará os seus produtos podendo<br />

então vir vendê-los para este mercado. De<br />

qualquer forma, para essas pessoas realizamos<br />

no primeiro domingo de ca<strong>da</strong> mês, a<br />

Feira <strong>da</strong>s Hortas no Dolce Vita Tejo, onde<br />

temos vários produtores <strong>da</strong> Amadora, especialmente<br />

<strong>da</strong> freguesia de São Brás”, disse<br />

António Carixas.<br />

Quanto à possibili<strong>da</strong>de de se vir a realizar<br />

um outro mercado biológico no<br />

concelho o vereador <strong>da</strong> CMA mostra<br />

interesse em ter um mercado destes em<br />

to<strong>da</strong>s as freguesias mas que para tal é<br />

necessário haver mais produtores e,<br />

neste momento, a procura ain<strong>da</strong> não é<br />

suficiente para tal. n<br />

Câmara apoia atletas<br />

A<br />

22 de Outubro, irá realizar-se o<br />

3º Congresso Internacional de<br />

Metafísica Cósmica, no Hotel<br />

Altis Park, nas Olaias (Lisboa).<br />

O congresso, contará com oradores<br />

vindos de Espanha, México e vários<br />

pontos de Portugal, pretende ser um<br />

evento de reflexão sobre várias temáticas<br />

referentes ao ser humano enquanto<br />

ser cósmico.<br />

A Metafísica Cósmica pretende aju<strong>da</strong>r<br />

o ser humano nos campos do Ser e do<br />

Saber e apresenta-se como uma escola<br />

que transmite os ensinamentos de gran-<br />

federações e associações desportivas<br />

em cujas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des existem clubes<br />

<strong>da</strong> Amadora inscritos, no sentido<br />

de apurar o custo total <strong>da</strong>s inscrições<br />

e o número de atletas envolvidos. A<br />

Autarquia, privilegiando o apoio à formação<br />

desportiva, vai custear a inscrição<br />

e o seguro desportivo de 20 atletas<br />

por escalão, com i<strong>da</strong>des compreendi<strong>da</strong>s<br />

entre os 10 e os 18 anos, nas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des<br />

de futebol, basquetebol, atletismo e<br />

andebol.<br />

Prevê-se que o alcance desta medi<strong>da</strong><br />

possa abranger os 800 atletas. Com<br />

este apoio dirigido aos escalões jovens,<br />

a Câmara Municipal <strong>da</strong> Amadora vai<br />

ain<strong>da</strong> diligenciar no sentido de suportar<br />

a realização dos respectivos exames<br />

médico-desportivos, enquanto requisito<br />

legal para a prática desportiva federa<strong>da</strong>.<br />

n<br />

Congresso Metafísica Cósmica<br />

des homens e mulheres que passaram<br />

pelo planeta Terra. O único objetivo é<br />

libertar o indivíduo <strong>da</strong>s teias de sofrimento<br />

e dor em que se encontra preso e<br />

<strong>da</strong>r-lhe as ferramentas para ele próprio<br />

traçar o seu caminho rumo à auto-realização<br />

e à melhoria do mundo. Mais<br />

informações no site www.metafisicacosmica.pt.<br />

Informações e inscrições<br />

através do e-mail metafisicacosmica@<br />

gmail.com, do Telm. 915088224 ou na<br />

Associação Metafísica Cósmica Saint<br />

Germain (Av. Conde de Valbom, n.º 72,<br />

2º Esq., Lisboa). n


26 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

l Texto: DAvIDE PInhEIRo<br />

l Fotos: C.M.o e D.P.<br />

Comemorou 250 anos em 2009 e<br />

desde então não se tem cansado<br />

de ganhar prémios. o vinho de<br />

Carcavelos foi recuperado é uma<br />

aposta <strong>da</strong> Câmara Municipal de<br />

oeiras na recuperação <strong>da</strong> tradição.<br />

A curto prazo, passará também a<br />

ser produzi<strong>da</strong> aguardente.<br />

Conhecido e reconhecido, o Vinho<br />

de Carcavelos vive um período<br />

de regresso à boa forma<br />

que lhe valeu quatro prémios<br />

num passado recente. Dois no exterior:<br />

Prémio Aurum – Vinho com Tradição<br />

Em breve do vinho... água ardente<br />

Provas do saboroso nectar<br />

pela CEUCO – Conselho Europeu<br />

de Confrarias Enogastronómicas, em<br />

Bordéus e no X Concurso Internacional<br />

do Vinho La Selezione del Sin<strong>da</strong>co, em<br />

Roma. E dois em Portugal, equivalentes<br />

a me<strong>da</strong>lhas de prata na categoria<br />

de vinhos licorosos na quinta edição<br />

do Concurso Nacional de Vinhos e no<br />

Concurso de Vinhos de Lisboa 2011.<br />

Na prática, este é o resultado de um<br />

investimento de dois milhões euros <strong>da</strong><br />

Câmara Municipal de Oeiras na preservação,<br />

manutenção <strong>da</strong> vinha já existente<br />

na Quinta de Cima do Marquês,<br />

mas também na plantação de nova área<br />

e na recuperação do edificado, particularmente<br />

no Casal <strong>da</strong> Manteiga, cuja<br />

estrutura remontava ao século XVIII.<br />

Foram ain<strong>da</strong> adquiri<strong>da</strong>s pipas, garrafas<br />

e melhorados todos<br />

os aspetos administrativos<br />

de normalização do<br />

processo de produção.<br />

De acordo com o enólogo<br />

Tiago Correia,<br />

responsável pela visita<br />

guia<strong>da</strong> aos bastidores<br />

do “Conde de Oeiras” -<br />

assim foi denominado o<br />

vinho - no último sábado<br />

de Agosto, o Vinho<br />

de Carcavelos concorre<br />

na mesma categoria de<br />

generosos que “o Vinho<br />

do Porto, o Vinho <strong>da</strong><br />

Madeira e o Moscatel”.<br />

Reconhecido e confirmado<br />

pela Carta de Lei<br />

de 18 de <strong>Setembro</strong> de<br />

1908, na qual foi defini<strong>da</strong><br />

a região demarca<strong>da</strong>,<br />

então forma<strong>da</strong> pelas freguesias<br />

de S. Domingos<br />

de Rana e Carcavelos,<br />

do concelho de Cascais,<br />

e pela parte <strong>da</strong> freguesia<br />

de Oeiras que é reconheci<strong>da</strong><br />

por produzir vinho<br />

generoso, este cálice de<br />

prazer era, já no século<br />

XVIII, bebido pelas elites<br />

europeias.<br />

A produção chegou a<br />

atingir três mil pipas,<br />

nos primeiros anos do<br />

século seguinte, verificando-se<br />

intensa exportação,<br />

através de<br />

Inglaterra, para mercados<br />

como a América do<br />

Norte, Índia e Austrália.<br />

Conta a história que a<br />

adega foi palco de festas<br />

e guerraia<strong>da</strong>s.<br />

Reveses provocados<br />

pelas pragas vinhateiras<br />

que assolaram o<br />

país e pela necessi<strong>da</strong>de<br />

ACTUAL 11<br />

“Conde de Oeiras”<br />

aposta na preservação<br />

de urbanizar terrenos,<br />

alimenta<strong>da</strong> pela especulação<br />

imobiliária <strong>da</strong><br />

segun<strong>da</strong> metade do séc.<br />

XX, quase resultaram na<br />

sua extinção.<br />

Na déca<strong>da</strong> de 80, as<br />

Quintas <strong>da</strong> Ribeira, dos<br />

Pesos e <strong>da</strong> Samarra, em<br />

Caparide, arriscaram reiniciar<br />

nos seus terrenos<br />

a prática entretanto interrompi<strong>da</strong>.<br />

A partir de 2001, a produção<br />

de vinho generoso foi<br />

transferi<strong>da</strong> para a adega<br />

do Casal <strong>da</strong> Manteiga,<br />

sendo reparti<strong>da</strong> em partes<br />

iguais, pela autarquia<br />

e o Instituto Nacional de<br />

Investigação Agrária. A<br />

Confraria do Vinho de Carcavelos surgiu<br />

em 2009, lançando a marca “Conde<br />

de Oeiras” e iniciando a respetiva comercialização.<br />

Neste momento, é o único<br />

vinho no mercado a um preço médio<br />

de 35 euros.<br />

Em processo de envelhecimento está<br />

a colheita de 97/98. Já a colheita deste<br />

ano, sofreu uma per<strong>da</strong> de 50% devido<br />

a “doenças”. Um estágio<br />

de dois anos incluíndo<br />

seis meses em garrafa<br />

é obrigatório, revelou<br />

Tiago Correia.<br />

A partir <strong>da</strong>í, o envelhecimento<br />

do vinho é opcional.<br />

No caso do “Conde<br />

de Oeiras, “não estão a ser<br />

engarrafados vinhos com<br />

menos de cinco anos”, explicou<br />

também durante a<br />

visita. O enólogo adiantou<br />

ain<strong>da</strong> que “a partir<br />

de 2013”, a rentabili<strong>da</strong>de<br />

será procura<strong>da</strong> através<br />

<strong>da</strong> produção de 30 mil<br />

garrafas. Isto apesar de<br />

“a câmara não apostar no<br />

lucro mas sim na preservação”,<br />

explicou.<br />

Nos planos <strong>da</strong> autarquia Visita à adega<br />

está também a colocação<br />

de um alambique na Quinta do Marquês<br />

com o intuito de produzir aguardente,<br />

até agora adquiri<strong>da</strong> em Espanha. No<br />

discurso que se seguiu ao tradicional<br />

almoço oferecido a todos os que participaram<br />

na Festa <strong>da</strong>s Vindimas, realiza<strong>da</strong><br />

a 15 de <strong>Setembro</strong> na Estação<br />

Agronómica, o presidente Isaltino<br />

Morais confirmou que o “Ministério<br />

<strong>da</strong> Agricultura autorizou a produção de<br />

aguardente”. Bem humorado, o autarca<br />

confessou a todos os presentes preferir<br />

“aguardente e não whisky”, recor<strong>da</strong>ndo<br />

ain<strong>da</strong> o percurso recente do Vinho de<br />

Carcavelos: “estava para se extinguir, fezse<br />

um acordo com a estação, plantou-se vi-<br />

Ficha Técnica<br />

A fama do vinho já atingiu além fronteiras<br />

nho e recuperaram-se os edifícios”.<br />

No final <strong>da</strong> breve comunicação, outra<br />

novi<strong>da</strong>de. A 11 de Novembro, será<br />

inaugura<strong>da</strong> a sede <strong>da</strong> Confraria na Rua<br />

Cândido dos Reis.<br />

A loja servirá como ponto de ven<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> Rota dos Vinhos, defini<strong>da</strong> por garrafas<br />

de Carcavelos, Colares e Bucelas.<br />

Quanto às visitas guia<strong>da</strong>s à Adega e<br />

Vinha do Casal <strong>da</strong> Manteiga, decorrem<br />

no último sábado de ca<strong>da</strong> mês, têm um<br />

custo de 5 euros e necessitam de dez<br />

participantes para se efectivarem.<br />

Os interessados devem fazer a sua<br />

inscrição na Loja Municipal do Centro<br />

Comercial Oeiras Parque, através do<br />

email loja.cmo@cm-oeiras.pt ou pelo<br />

telefone 21 443 07 99. No final, é <strong>da</strong><strong>da</strong><br />

a oportuni<strong>da</strong>de de provar três vinhos.<br />

A par <strong>da</strong> visita, no local há um ponto<br />

de ven<strong>da</strong> do “Conde de Oeiras” e<br />

de doçaria regional varia<strong>da</strong>, como<br />

Queija<strong>da</strong>s de Oeiras, Carcaveló, Palitos<br />

do Marquês e Cacetes. n<br />

jornal mensal de actuali<strong>da</strong>de<br />

administração, re<strong>da</strong>cção e Publici<strong>da</strong>de: rua Prof. mota Pinto, loja 4<br />

2780-275 oeiras • tel. 21 443 00 95/6 • tlm. 91 326 35 67<br />

www.ocorreio<strong>da</strong>linha.pt • geral@ocorreio<strong>da</strong>linha.pt<br />

Director: Paulo Pimenta Secretariado: Betania Paulo Re<strong>da</strong>cção: Claúdia Silveira, Raquel<br />

Dias, Igor Pires, Davide Vasconcelos, Inês Correia, Verónica Ferreira, Tomás Tim-Tim, Helena<br />

Moreira Marketing e Publici<strong>da</strong>de: Sofia Antunes Fotografias: J. Rodrigues e Diogo Pimenta<br />

Paginação e Impressão: MX3 - Artes Gráficas – Rua Alto do Forte - Sintra Comercial Park -<br />

Fracção Q - Armazém 16 - 2635-446 Rio de Mouro - Tel.: 21 917 10 88 Administração: Alice Domingues /Paulo<br />

Pimenta com mais de 10% Proprie<strong>da</strong>de/Editor: Vaga Litoral Publicações e Edições, L<strong>da</strong>. – Matr. Nº 12018<br />

– Cons. Reg. Com. Oeiras - Capital social: 5 000 € - N. C. 504285092 - Depósito Legal N.º 27706/89 - Registo na<br />

I.C.S. N.º 114185. Tiragem do mês: 15 mil exemplares Preço de Assinatura anual – 12 edições: 13 euros


12 DESPORTO O CORREIO DA LINHA | 26 <strong>Setembro</strong> 2011<br />

Miguel Subtil orgulhoso do seu trimaran<br />

Cote d´or ii<br />

Uma rota repleta<br />

de recordes e aventuras<br />

l Texto: igor pireS<br />

l Fotos: J.r. e giLLeS KLeiN<br />

espírito de aventura, prestígio e<br />

liderança são algumas <strong>da</strong>s quali<strong>da</strong>des<br />

que definem Miguel Subtil, proprietário<br />

e coman<strong>da</strong>nte do trimaran<br />

Côte d´or ii, distinguido como o<br />

“mais rápido veleiro português” e<br />

actualmente fundeado em paço de<br />

Arcos junto ao iSN. Numa entrevista<br />

exclusiva ao jornal o <strong>Correio</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>Linha</strong>, Miguel Subtil recordou o<br />

passado desta embarcação, a sua<br />

importância para a História Mundial<br />

<strong>da</strong> Vela e o seu percurso pleno de<br />

recordes e de vitórias.<br />

Residente em Paço de Arcos há<br />

mais de 15 anos, Miguel Subtil<br />

cresceu nas antigas colónias<br />

portuguesas de África onde o<br />

seu pai exercia a função de oficial <strong>da</strong><br />

marinha e transmitiu-lhe o prazer de<br />

trabalhar e de viajar em alto mar: “O<br />

meu pai trabalhava na marinha de guerra<br />

e, por isso, tive sempre a oportuni<strong>da</strong>de de<br />

estar em contacto com varia<strong>da</strong>s embarcações<br />

e consequentemente ganhei gosto por<br />

elas. Sem dúvi<strong>da</strong> que a profissão do meu<br />

pai influenciou-me muito para fazer a minha<br />

vi<strong>da</strong> na náutica”. No entanto, a rota<br />

de Miguel Subtil nem sempre teve o<br />

mar como destino: “Tirei um curso em<br />

Telecomunicações, depois especializei-me<br />

em Informática e já desenvolvi alguns projectos<br />

nessa área, mas há mais de 20 anos<br />

que praticamente só me dedico à navegação.”<br />

Esta mu<strong>da</strong>nça de rumo aconteceu<br />

quando o coman<strong>da</strong>nte adquiriu uma<br />

<strong>da</strong>s embarcações mais importantes <strong>da</strong><br />

História Mundial <strong>da</strong> Vela: o Côte d´Or<br />

II. Este trimaran foi a nona e a última<br />

embarcação concebi<strong>da</strong> por Éric Tabarly,<br />

um dos velejadores mais importantes<br />

<strong>da</strong> História deste desporto e vencedor<br />

de muitas regatas oceânicas. Baptizado<br />

em 1986 pela Rainha Fabiola <strong>da</strong> Bélgica,<br />

o veleiro destaca-se pela sua potência e<br />

rapidez. Em 1988, Miguel Subtil conseguiu<br />

adquirir este barco histórico:<br />

“Durante a 2ª edição <strong>da</strong> regata La Baule-<br />

Dakar, em Outubro de 1987, o Côte d´Or<br />

II virou-se ao largo <strong>da</strong> ilha <strong>da</strong> Madeira. O<br />

barco ficou em destroços e foi a leilão. Dessa<br />

forma, consegui arrematá-lo no Verão de<br />

1988. De outra maneira, seria impossível”.<br />

Passados mais de 20 anos e depois de<br />

o ter reparado em to<strong>da</strong>s as vertentes, o<br />

orgulho por ter adquirido esta embar-<br />

Para<br />

manubrar<br />

é necessário<br />

uma equipa<br />

experiente<br />

e treina<strong>da</strong><br />

Características Técnicas<br />

Deslocamento<br />

Vazio: 9 T<br />

Máximo: 10.5 T<br />

Veloci<strong>da</strong>de<br />

Máxima: 35 nós<br />

Média Máx: 25 nós<br />

Dimensões<br />

<strong>Linha</strong>-de-água: 75 pés/ 22.86 m<br />

Comprimento fora-a-fora: 25 m<br />

Envergadura: 19.9 m<br />

Calado: 1.8 a 3.5 m<br />

Pontal: 2.5 m<br />

Armação<br />

Mastro de carbono tri-fraccionário<br />

Armação 15/16: Cutter Marconi<br />

Guin<strong>da</strong> do Mastro: 30 m<br />

Altura do Galope: 33 m<br />

Área Vélica à Bolina: 325 m²<br />

Área Vélica à popa: 750 m²<br />

Capaci<strong>da</strong>des de Armazenamento<br />

Água: 175 L<br />

Gasóleo (Gerador): 100 L<br />

Gasolina(Motor): 80 L<br />

Baterias 12 V: 4 x 165 Ah<br />

Carga = ao peso tripulação: 750 Kg<br />

Tripulação<br />

1 a 10: Lotação 12<br />

Acomo<strong>da</strong>ções: 4<br />

equipamento<br />

Gerador Diesel Marítimo 220V - 3.5 KW<br />

Central de Navegação com Interface para PC<br />

2 Agulhas de Governo, 1 Agulha Electrónica<br />

PC para Navegação com Cartas Digitais<br />

GPS com Interface PC<br />

Transceptores VHF GMDSS e HF-BLU<br />

Rádio Goniómetro LF-MF-HF<br />

Receptor Navtex automático<br />

Receptor Facsimile de cartas meteorológicas<br />

Piloto Automático<br />

Janga<strong>da</strong>s salva-vi<strong>da</strong>s auto-insufláveis<br />

Baliza de emergência EPIRB GMDSS<br />

121.5, 406 Mhz<br />

Painéis Solares 12V 2x20 W<br />

Limitação de Avarias<br />

5 Bombas de escoamento manuais fixas<br />

- 7200 l /hora<br />

5 Bombas de escoamento eléctricas autom.<br />

- 1800l/h<br />

3 extintores de pó químico ABC de 6 Kg<br />

propulsão Motoriza<strong>da</strong><br />

Inboard NaniDiesel 38HP,<br />

Fora-de-bor<strong>da</strong> Mercury Profissional 25 H.P.<br />

Hidráulica<br />

Comando dos 2 Hidrofóis, Estai-Volante<br />

e Esteira <strong>da</strong> Vela Grande<br />

todos actuados por macacos Hidráulicos.<br />

Patilhão escamoteável com 4.6 m<br />

Leme em espa<strong>da</strong>, suspenso.<br />

porto de registo: Funchal – I. Madeira<br />

Categoria de Navegação: A – Alto-mar<br />

Em Paço<br />

de Arcos<br />

mais uma<br />

beleza<br />

para<br />

admirar<br />

quem<br />

passa<br />

na Marginal<br />

cação mantém-se: “Trata-se de um barco<br />

que está em excelentes condições e que é perfeitamente<br />

capaz de competir com veleiros<br />

mais recentes. Na altura, quando adquiri a<br />

embarcação, eu pensei exactamente no valor<br />

que essa aquisição teria para o nosso país.<br />

Afinal de contas, apesar de em Portugal haver<br />

muita gente com gosto pelo mar e pela<br />

vela, nós não temos meios, nem orçamentos,<br />

para construir embarcações deste porte,<br />

pois este barco é único no nosso país. Era<br />

uma oportuni<strong>da</strong>de muito rara para o nosso<br />

país adquirir um barco que pertence à elite<br />

dos velejadores de Fórmula 1. Em termos de<br />

competição, só existem mais seis embarcações<br />

com as mesmas características do Côte<br />

d´Or II, em todo o Mundo”. A rota deste<br />

veleiro é marca<strong>da</strong> por muitas vitórias e<br />

recordes: “O barco ganhou to<strong>da</strong>s as rega-


26 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

tas que terminou. Destaco, por exemplo, o<br />

Grande Prémio de Brest e o Grande Prémio<br />

de La Trinité sur Mer, as duas primeiras<br />

regatas em que esta embarcação participou,<br />

em 1987, conquistando o primeiro lugar em<br />

ambas”. Apesar dos sucessos do passado,<br />

o barco mantém a sua carreira desportiva<br />

ao ter participado na Rota do<br />

Rum, em Outubro de 2010, tendo esta<br />

sido a primeira vez que o nosso país foi<br />

representado na competição: “Essa participação<br />

teve algumas peripécias… O que<br />

aconteceu foi que as pessoas a quem aluguei<br />

o trimaran em troca de um novo mastro não<br />

resistiram à inveja de verem um dos melhores<br />

veleiros franceses a competir com a<br />

bandeira portuguesa. Para minha surpresa,<br />

eles prepararam-me uma embosca<strong>da</strong> para<br />

ficarem com o barco, através <strong>da</strong> falsificação<br />

Voando<br />

sobre<br />

as águas<br />

Éric Tabarly e Miguel Subtil<br />

de documentos, e com o valor do seguro de<br />

per<strong>da</strong> total, caso a embarcação se perdesse<br />

no mar. E isso quase aconteceu, quando o<br />

coman<strong>da</strong>nte do veleiro sentiu-se mal durante<br />

o segundo dia <strong>da</strong> regata e o barco ficou<br />

abandonado em alto mar. Mas, felizmente,<br />

consegui recuperar a embarcação, graças ao<br />

excelente serviço <strong>da</strong> equipa de salvamento<br />

espanhola”. O Côte d´Or II também tem<br />

funcionali<strong>da</strong>des paralelas à vertente<br />

competitiva: “O barco foi construído para<br />

o lançamento de marcas e de publici<strong>da</strong>de em<br />

larga escala tal como acontece em outras<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des desportivas de topo. Creio que<br />

devíamos utilizar mais a embarcação para<br />

essa finali<strong>da</strong>de e estou sempre a chamar a<br />

atenção de empresários para descobrirem<br />

que o veleiro é uma mais-valia”. Para gerir<br />

to<strong>da</strong>s as activi<strong>da</strong>des que envolvem<br />

este barco, foi cria<strong>da</strong> recentemente a<br />

Loja 1: Rua João Teixeira Simões, n.º 3,<br />

OEIRAS<br />

Tel: 21 442 51 00<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Associação Trimaran Côte<br />

d´Or II (ATCO), localiza<strong>da</strong><br />

em Paço de Arcos,<br />

na Rua Costa Pinto: “A<br />

ATCO conta, neste momento,<br />

com 15 colaboradores e<br />

tem como objectivo a viabilização<br />

e a manutenção do<br />

veleiro, que, como já referi, é<br />

um património extraordinário.<br />

Aliás, ele é muito valorizado<br />

no seu país de origem,<br />

a França, e os franceses<br />

queriam até tê-lo de volta…<br />

Mas eu tenho uma espécie de<br />

motivo patriótico e orgulhome<br />

por manter e preservar o<br />

veleiro no nosso país, agora<br />

com a aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> ATCO.<br />

Afinal, estamos a falar de uma embarcação<br />

com capaci<strong>da</strong>des que nunca foram vistas em<br />

outra embarcação portuguesa”. À margem<br />

do trabalho técnico que exerce no Côte<br />

d´Or II, Miguel Subtil quer aproveitar<br />

as suas habilitações na Informática para<br />

criar brevemente “um software português<br />

de navegação que seja digno desse nome”,<br />

projecto ao qual já se dedica há vários<br />

anos. Para além <strong>da</strong> rapidez e <strong>da</strong> potência,<br />

Miguel Subtil considera que o<br />

Côte d´Or II é um veleiro “carismático”:<br />

“Sempre que tinha problemas com o barco<br />

em Portugal, to<strong>da</strong>s essas dificul<strong>da</strong>des foram<br />

supera<strong>da</strong>s devido à aju<strong>da</strong> de instituições,<br />

como a Marinha de Guerra, Oceantsteel.<br />

pt, Marina de Tróia, Porto de Recreio de<br />

Oeiras, Marina de Cascais e DND e de<br />

muitos amigos que são profundos apreciadores<br />

deste veleiro. Realmente, mal as<br />

pessoas entram em contacto com o barco,<br />

encantam-se imediatamente. Acho que isso<br />

acontece porque, além de ser uma máquina<br />

extraordinária, o Côte d´Or II tem também<br />

uma decoração interessante e cativante…<br />

Por isso, é muito, muito raro alguém não<br />

gostar desta embarcação”. n<br />

<br />

Loja 2: Rua Costa Pinto, n.º 95 - 97,<br />

PAÇO DE ARCOS<br />

Tel: 21 442 27 17<br />

Acordos com: ADVANCECARE - MEDIS - MULTICARE - ADM - SAMS Quadros<br />

DESPORTO<br />

PERFIL<br />

www.ofetal.pt<br />

13<br />

Nome: Miguel Subtil<br />

I<strong>da</strong>de: 45 anos<br />

Signo: Balança<br />

Prato Favorito: Gaspacho<br />

Alentejano<br />

Pedra Preciosa: Diamante<br />

Cor: Vermelho<br />

Destino ideal de férias: São Tomé e<br />

Príncipe<br />

Um livro: “Memórias de Alto-<br />

-mar”, por Éric Tabarly<br />

Um filme: “O Rochedo”,<br />

de Michael Bay<br />

Uma música: “Time”,<br />

dos Pink Floyd<br />

Virtude: Perfeccionista<br />

Defeito: Autoritário<br />

O que mais admira? Bons profissionais<br />

O que mais odeia? Incompetência<br />

Clube Desportivo: Belenenses<br />

Veloci<strong>da</strong>de,<br />

elegância<br />

e recordes<br />

são atributos<br />

do trimaran<br />

Cote d´Or II<br />

Loja 3: Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, n.º 5 A<br />

(Moinho <strong>da</strong>s Antas), OEIRAS<br />

TEL: 21 442 79 44<br />

Aberto Sábado todo o dia


14 ACTUAL O CORREIO DA LINHA | 26 <strong>Setembro</strong> 2011<br />

Inaugurado Centro Comunitário de Carcavelos<br />

l Texto e Fotos: igor pireS<br />

Há 30 anos que o Centro Comunitário<br />

<strong>da</strong> Paróquia de<br />

Carcavelos é um modelo de<br />

intervenção social para os<br />

residentes no concelho de Cascais. O<br />

compromisso de transformar vi<strong>da</strong>s e<br />

de criar oportuni<strong>da</strong>des revitaliza-se<br />

agora com a ampliação <strong>da</strong>s instalações<br />

do Centro. A inauguração <strong>da</strong>s novas<br />

infra-estruturas teve lugar no passado<br />

dia 10 de <strong>Setembro</strong> e contou com<br />

a presença do Cardeal-Patriarca de<br />

Lisboa, D. José Policarpo, do Ministro<br />

<strong>da</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> Segurança Social,<br />

Dr. Luís Pedro <strong>da</strong> Mota Soares, <strong>da</strong><br />

Presidente <strong>da</strong> Junta de Freguesia de<br />

Carcavelos, Zil<strong>da</strong> Costa <strong>da</strong> Silva, <strong>da</strong><br />

Vereadora <strong>da</strong> Câmara Municipal de<br />

Cascais nas áreas <strong>da</strong> Habitação e <strong>da</strong><br />

Ação Social, Mariana Ribeiro Ferreira,<br />

e do Presidente <strong>da</strong> Câmara Municipal<br />

de Cascais, Dr. Carlos Carreiras, entre<br />

muitas outras diversas personali<strong>da</strong>des.<br />

Para Conceição Fernando, diretora técnica<br />

do Centro Comunitário, estas novas<br />

instalações permitem “responder ao<br />

crescimento <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de, que vai tendo<br />

ca<strong>da</strong> vez mais necessi<strong>da</strong>des”. Desta maneira,<br />

o novo edifício garante uma resposta<br />

“eficiente à população, conseguindo auxiliar,<br />

em estimativa, duas mil pessoas por<br />

ano, e é uma mais-valia para a concretização<br />

de novas ativi<strong>da</strong>des”. Apesar <strong>da</strong> satisfação<br />

pela conclusão <strong>da</strong> obra, a Diretora<br />

sublinha que muitas dificul<strong>da</strong>des tiveram<br />

de ser ultrapassa<strong>da</strong>s ao longo do<br />

processo de ampliação do Centro: “As<br />

obras começaram em finais de 2009, ou seja,<br />

fomos atingidos, em pleno, pela crise económica<br />

e social que se vive neste momento.<br />

É óbvio que não foi na<strong>da</strong> fácil... Contudo,<br />

conseguimos concluir este projeto, graças<br />

à colaboração de várias enti<strong>da</strong>des, como a<br />

O Presidente<br />

<strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal<br />

de Cascais<br />

no uso<br />

<strong>da</strong> palavra<br />

A<br />

Delegação Distrital de Lisboa <strong>da</strong> Associação<br />

Nacional de Freguesias (DL Anafre) organizou<br />

durante o mês de <strong>Setembro</strong> alguns<br />

encontros com as freguesias do distrito de<br />

Lisboa para promover uma reflexão e debate sobre a<br />

reorganização administrativa do território. A primeira<br />

reunião aconteceu no passado dia 10 de <strong>Setembro</strong>,<br />

na Junta de Freguesia de Carcavelos. O Coordenador<br />

<strong>da</strong> DL Anafre, José Fi<strong>da</strong>lgo, a Presidente <strong>da</strong> Junta<br />

de Freguesia de Carcavelos, Zil<strong>da</strong> Costa <strong>da</strong> Silva,<br />

António Leitão Amaro, deputado do PSD, Luís<br />

Castro, representante <strong>da</strong> Distrital de Lisboa do Bloco<br />

de Esquer<strong>da</strong>, e Adolfo Mesquita Nunes, deputado do<br />

CDS-PP, foram algumas <strong>da</strong>s diversas personali<strong>da</strong>des<br />

que participaram neste encontro. Logo no começo do<br />

debate, Zil<strong>da</strong> Costa <strong>da</strong> Silva defendeu que a reforma<br />

administrativa deve ter em conta a “forte identificação<br />

que as populações têm com o seu território habitacional”.<br />

Por essa razão, para a Presidente <strong>da</strong> Junta de<br />

Freguesia de Carcavelos, “embora nas áreas urbanas seja<br />

muito mais fácil fazer uma agregação <strong>da</strong>s freguesias, nas<br />

zonas do interior deverá haver mais dificul<strong>da</strong>des”. Além<br />

disso, a Presidente considera que a reorganização administrativa<br />

não se deve basear exclusivamente em<br />

critérios economicistas: “Esta reestruturação<br />

deve ter como base as competências <strong>da</strong>s freguesias.<br />

As juntas de freguesia precisam de ter as<br />

suas competências próprias e de contar com recursos<br />

financeiros suficientes para as conseguir<br />

pôr em prática”. Esta opinião é partilha<strong>da</strong> por<br />

Paulo Quaresma, vice-presidente <strong>da</strong> Anafre,<br />

que se opõe à redução de custos nas freguesias:<br />

“Estamos a falar de organismos que pesam<br />

apenas 0.1% no Orçamento de Estado e cujos<br />

eleitos, maioritariamente, exercem as suas activi<strong>da</strong>des<br />

de forma voluntária. Não se compreende<br />

por que as freguesias têm de ser sempre atingi<strong>da</strong>s<br />

pela contenção de custos”. Luís Castro teme as<br />

Câmara Municipal de Cascais, o Rotary<br />

Club de Parede-Carcavelos e a Associação<br />

Dom Pedro, para além de outras parcerias”.<br />

A nova construção, orça<strong>da</strong> em cerca de<br />

2.1 milhões de euros, conta com três<br />

pisos, que incluem berçário, salas de<br />

convívio e salas de ateliês, entre outras<br />

infra-estruturas. Através dos novos<br />

equipamentos, o Centro ain<strong>da</strong> disponibilizará<br />

400 refeições por dia, um serviço<br />

que será alargado também ao domicílio.<br />

No entanto, o principal destaque<br />

do edifício recém-inaugurado é a creche,<br />

que, atualmente, tem capaci<strong>da</strong>de<br />

para acolher cerca de 50 crianças: “Esta<br />

creche é dirigi<strong>da</strong> às crianças dos quatro meses<br />

aos três anos, uma faixa etária que, até<br />

agora, não era abrangi<strong>da</strong> pelos serviços do<br />

Centro. Apesar de acolhermos, numa primeira<br />

fase, 54 crianças, esperamos ter mais<br />

recursos para equipar to<strong>da</strong>s as salas e poder<br />

receber até 80 meninos”, afirma Conceição<br />

Fernando. Da Segurança Social, Pedro<br />

Soares, salientou a importância social<br />

desta infra-estrutura: “É preciso estarmos<br />

sempre atentos e fazer de tudo para conciliar<br />

o sucesso profissional com a realização<br />

familiar de ca<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>dão. Logo, as soluções<br />

complementares para os cui<strong>da</strong>dos <strong>da</strong>s crianças<br />

fora do espaço tradicional <strong>da</strong> família são<br />

ca<strong>da</strong> vez mais necessárias. Esta creche é um<br />

exemplo dessas mesmas soluções. Quem<br />

hoje procura emprego sabe que é extremamente<br />

importante ter uma instituição onde<br />

possa confiar as suas crianças. Quem tem<br />

emprego sabe que é extremamente importante<br />

ter uma resposta de quali<strong>da</strong>de e de<br />

segurança para a educação dos seus filhos.<br />

Além disso, a grande maioria dos pais trabalha<br />

em simultâneo, não tendo outra alternativa<br />

a não ser recorrer a uma creche”.<br />

Para responder a estas necessi<strong>da</strong>des, a<br />

creche do Centro irá funcionar durante<br />

todo o ano, inclusive no mês de Agosto,<br />

<strong>da</strong>s 7.45 às 19.00, o que permitirá ain<strong>da</strong><br />

criar 12 novos postos de trabalho.<br />

Carlos Carreiras, sublinhou que o novo<br />

edifício demonstra que “o sentido de comuni<strong>da</strong>de<br />

deve prevalecer em tempos tão<br />

conturbados como os que vivemos actualmente”.<br />

Para o Presidente <strong>da</strong> Autarquia,<br />

é obrigatório “não deixar ninguém para<br />

trás, muito especialmente aqueles que vivem<br />

em situações de maior exclusão e de maior<br />

dificul<strong>da</strong>de”. O autarca elogiou ain<strong>da</strong> a<br />

capaci<strong>da</strong>de de empreendedorismo <strong>da</strong><br />

equipa do Centro Comunitário: “Sem<br />

dúvi<strong>da</strong> que este foi um caminho com muitas<br />

dificul<strong>da</strong>des. Diria até mesmo que foi um<br />

caminho percorrido com muito sofrimento.<br />

Por isso, quero agradecer a todos aqueles<br />

que colaboram com o Centro Comunitário<br />

em Carcavelos<br />

Anafre discute reforma administrativa<br />

consequências de uma reforma administrativa puramente<br />

economicista: “Receio que esse tipo de política retire<br />

competências aos órgãos de poder local e que afaste ain<strong>da</strong><br />

mais os ci<strong>da</strong>dãos desses organismos”. Por outro lado,<br />

as necessi<strong>da</strong>des específicas de ca<strong>da</strong> região e de ca<strong>da</strong><br />

freguesia foram destaca<strong>da</strong>s pelo deputado <strong>da</strong> banca<strong>da</strong><br />

parlamentar do CDS-PP Adolfo Mesquita Nunes:<br />

“O país é diferente de Norte a Sul, do litoral ao interior,<br />

<strong>da</strong>s zonas urbanas às rurais. São reali<strong>da</strong>des distintas e é<br />

por essa razão que os critérios de extinção ou de junção <strong>da</strong>s<br />

freguesias devem ter em conta essas mesmas diferenças”.<br />

O deputado do PSD António Leitão de Amaro expôs<br />

a opinião do partido em relação à reforma administrativa:<br />

“Esta reforma vai ser muito mais do que mexer no<br />

mapa, o objectivo não é cortar a direito, não é simplesmente<br />

alterar o mapa, mas sim fortalecer o papel <strong>da</strong>s juntas, a<br />

nível <strong>da</strong>s competências que têm e do seu financiamento”.<br />

No final do encontro, António Leitão Amaro ain<strong>da</strong><br />

assegurou que vai ser apresentado um “Livro Verde”<br />

que marcará o início de uma ron<strong>da</strong> de conversas com<br />

todos os parceiros envolvidos neste processo. O documento<br />

permitirá uma melhor formação de opinião e<br />

uma melhor definição <strong>da</strong> reforma administrativa, que<br />

deverá estar concluí<strong>da</strong> em 2012. n<br />

A mesa que presidiu o debate<br />

<strong>da</strong> Paróquia de Carcavelos, porque nunca<br />

deixaram de acreditar que seria possível<br />

concluir esta obra. Julgo que todos nós precisamos<br />

urgentemente de um movimento de<br />

esperança. É por essa razão que o pessoal do<br />

Centro é um exemplo para a comuni<strong>da</strong>de de<br />

Carcavelos, para o concelho de Cascais e até<br />

mesmo para todo o país”. Já Zil<strong>da</strong> Costa<br />

<strong>da</strong> Silva afirma que as novas instalações<br />

reforçam o papel de intervenção social<br />

que o Centro Comunitário exerce na<br />

freguesia: “Este equipamento irá <strong>da</strong>r uma<br />

resposta mais ampla às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> população<br />

e vai melhorar a quali<strong>da</strong>de do serviço,<br />

algo que a instituição já vem mantendo<br />

há 30 anos”. Essas três déca<strong>da</strong>s de dedicação<br />

ao próximo foram relembra<strong>da</strong>s<br />

pelo Padre Manuel Marques Gonçalves,<br />

o Presidente do Centro Comunitário: “A<br />

conclusão <strong>da</strong>s obras deste novo edifício representa<br />

mais uma etapa importante na história<br />

desta organização, que sempre se pautou por<br />

valores cristãos, como a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de social.<br />

Ao longo destes 30 anos, sempre estivemos<br />

disponíveis para aju<strong>da</strong>r aqueles que mais<br />

precisavam, desde os idosos até às crianças,<br />

sem esquecer os projectos de apoio a toxicodependentes<br />

em situação de sem abrigo, entre<br />

muitos outros exemplos. Com os novos equipamentos,<br />

esperamos continuar a cumprir<br />

esta nossa missão”. Ao recor<strong>da</strong>r também<br />

o passado do Centro, D. José Policarpo<br />

homenageou o seu fun<strong>da</strong>dor, o Padre<br />

Aleixo Cordeiro: “Quando estava a chegar<br />

ao Centro, lembrei-me que, há mais de 30<br />

anos, passei por aqui com o Padre Aleixo, ele<br />

olhou para este local, que na altura não era<br />

mais do que um conjunto de casebres, e disse-me<br />

que queria fazer aqui uma instalação<br />

para aju<strong>da</strong>r os outros. Era o sonho dele. Ao<br />

confirmar agora os resultados que esse sonho<br />

tem <strong>da</strong>do nestas últimas três déca<strong>da</strong>s, não<br />

posso deixar de homenagear o Padre Aleixo<br />

que, para além de ser um grande pastor, era<br />

também um grande amigo”. n<br />

O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong><br />

associa-se aos fisioterapeutas<br />

Os fisioterapeutas têm a capaci<strong>da</strong>de de o fazer,<br />

examinando a pessoa, recomen<strong>da</strong>ndo exercícios<br />

apropriados e seguros e educando sobre<br />

a forma de procurar os sinais de eventuais<br />

problemas. Isto faz dos fisioterapeutas os profissionais<br />

ideais para prescrever programas de exercício.” Com<br />

conhecimentos avançados sobre o corpo, como<br />

ele se move e o que o impede de se mover bem,<br />

os fisioterapeutas promovem o bem-estar, mobili<strong>da</strong>de<br />

e independência. Tratam e previnem muitos<br />

problemas causados pela dor, invalidez, incapaci<strong>da</strong>de<br />

e doença, lesões relaciona<strong>da</strong>s com o desporto<br />

e trabalho, envelhecimento e longos períodos de<br />

inativi<strong>da</strong>de, por isso comemora-se a 8 de <strong>Setembro</strong><br />

o dia do fisioterapeuta.<br />

• CENTRO DE FISIOTERAPIA DR. RASGADO<br />

RODRIGUES - 21 411 58 64 – ALGÉS<br />

• CENTRO DE REABILITAÇÃO DE S. JORGE<br />

21 434 21 60 – QUELUZ<br />

• ORTOPEDIA DE ALGÉS – 21 411 3 5 19 – ALGÉS<br />

• ORTOPEDIA DE CASCAIS – 21 486 63 71<br />

– CASCAIS<br />

• FISIOBODY - 21 411 38 93 – ALGÉS<br />

• FISIOPIRAMIDE - COMPANHIA DA<br />

FISIOTERAPIA - 21 414 41 84<br />

LINDA A VELHA<br />

• OSTEOPATA ANTENOR MOREIRA<br />

21 419 31 41 - LINDA-A-VELHA<br />

• REABILITATUS - CENTRO DE MED. FÍSICA E<br />

REABILIT. - 21 435 80 78 – QUELUZ<br />

• CLARIS - MEDICINA FISICA E REABILITAÇÃO<br />

- 21 923 15 39 – SINTRA<br />

• CLINICA DA FIDALGA – 21 918 11 18 - CACÉM<br />

• OSTEOPATIA DANIELA LOPES - 21 458 47 14<br />

– CARCAVELOS<br />

• FISIOSEVEN - 21 458 32 50 - CARCAVELOS


26 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

l Texto: igor pireS<br />

l Fotos: j.r.<br />

Carcavelos está prestes a celebrar<br />

o Dia <strong>da</strong> Freguesia a 15 e a<br />

16 de outubro. Numa entrevista<br />

exclusiva ao jornal “o <strong>Correio</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>Linha</strong>”, a presidente <strong>da</strong> junta de<br />

Freguesia de Carcavelos, Zil<strong>da</strong><br />

Costa <strong>da</strong> Silva, apresentou algumas<br />

<strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des do programa<br />

festivo, fez um balanço de uma déca<strong>da</strong><br />

à frente <strong>da</strong> junta e analisou<br />

as principais quali<strong>da</strong>des e defeitos<br />

<strong>da</strong> locali<strong>da</strong>de.<br />

O<br />

<strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) – De<br />

que forma vai ser celebrado<br />

o Dia <strong>da</strong> Freguesia de<br />

Carcavelos? Zil<strong>da</strong> Costa <strong>da</strong><br />

Silva (Z.C.S.) – O programa religioso<br />

ain<strong>da</strong> não está fechado até porque vamos<br />

receber o novo pároco apenas no<br />

dia 1 de Outubro. Mas já temos confirmado<br />

um concerto de Rão Kyao para<br />

dia 15, na Capela, e teremos também<br />

nesse dia o lançamento de um livro de<br />

toponímia com as ruas de Carcavelos.<br />

Além disso, o Grupo Desportivo de<br />

Carcavelos vai promover um Rally<br />

Paper.<br />

C.L. – No começo de 2012, vai fazer<br />

dez anos que é Presidente <strong>da</strong> Junta de<br />

Freguesia de Carcavelos. Qual é o balanço<br />

que faz desta déca<strong>da</strong>?<br />

Z.C.S. – Bom, eu não tenho feito grandes<br />

balanços. Normalmente as pessoas<br />

Na inauguração do Centro Comunitário de Carcavelos<br />

Zil<strong>da</strong> Costa Silva<br />

fazem balanços quando<br />

se vão embora e acho que<br />

ain<strong>da</strong> falta muito tempo até<br />

isso acontecer comigo. Na<br />

ver<strong>da</strong>de, vou vendo aquilo<br />

que vai sendo feito e acho<br />

que até houve um certo desenvolvimento,<br />

apesar de<br />

querer fazer mais. Porém,<br />

tendo em conta todo a conjectura<br />

actual, não era realmente<br />

possível fazer tudo<br />

aquilo que estava previsto.<br />

Alguns projectos ficarão<br />

por executar, mas espero<br />

que nunca sejam abandonados.<br />

No entanto, há outros<br />

projectos que serão concluídos,<br />

como a Requalificação<br />

do Mercado e <strong>da</strong> Feira de<br />

Carcavelos, o que me deixa<br />

muito feliz. Além disso,<br />

considero que a freguesia<br />

evoluiu a nível <strong>da</strong> educação e dos equipamentos<br />

escolares, que, aliás, foram<br />

sempre uma aposta forte <strong>da</strong> Junta. Por<br />

exemplo, as escolas de nível básico foram<br />

to<strong>da</strong>s melhora<strong>da</strong>s e inaugurámos<br />

dois jardins-de-infância. Também evoluímos<br />

imenso na área do desporto.<br />

Hoje temos dois pavilhões com todos<br />

os equipamentos necessários, temos<br />

relvados e contamos ain<strong>da</strong> com equipas<br />

desportivas a representarem a freguesia.<br />

C.L. – Ao longo desta déca<strong>da</strong>, tem<br />

sentido sempre o apoio <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal de Cascais? Z.C.S. – Sempre.<br />

A Junta de Freguesia e a Câmara têm<br />

sempre an<strong>da</strong>do de mãos <strong>da</strong><strong>da</strong>s. Não<br />

pode ser doutra maneira. Temos tido<br />

sempre uma colaboração intensa, embora<br />

haja, por vezes, pontos de vista<br />

diferentes. Mas isso faz parte. Como é<br />

óbvio, a Câmara tem uma perspectiva<br />

de conjunto, enquanto a Junta tem uma<br />

visão mais local, mais próxima. Mas temos<br />

sido sempre óptimos parceiros.<br />

C.L. – O trabalho que exerce na Junta<br />

não é o trabalho de uma mulher só.<br />

Por isso, também conta certamente<br />

com o apoio do Executivo…<br />

Z.C.S. – Sem dúvi<strong>da</strong>. Não há na<strong>da</strong> que<br />

seja feito por uma mulher só ou por<br />

um homem só. Trata-se de um trabalho<br />

de equipa. Se não houvesse união,<br />

o trabalho não correria bem. Os outros<br />

elementos também são importantes.<br />

Por isso, fazemos reuniões semanais e<br />

contactamos uns com os outros quase<br />

diariamente para falarmos sobre diversos<br />

assuntos <strong>da</strong> freguesia.<br />

C.L. – O que a motiva<br />

para continuar a dedicar-se<br />

aos habitantes<br />

de Carcavelos?<br />

Z.C.S. – A proximi<strong>da</strong>de<br />

com as pessoas e<br />

o desafio. Há sempre<br />

coisas novas por fazer<br />

e gosto de saber que<br />

posso aju<strong>da</strong>r os ci<strong>da</strong>dãos<br />

a chegarem mais<br />

perto dos órgãos autárquicos.<br />

É mais fácil<br />

tomar boas decisões<br />

quando temos os ci<strong>da</strong>dãos<br />

ao nosso lado.<br />

Por isso, continua a ser<br />

altamente estimulante<br />

estar à frente <strong>da</strong> Junta<br />

de Freguesia.<br />

C.L. – Já fez uma referência à Requalificação<br />

do Mercado e <strong>da</strong> Feira de<br />

Carcavelos… Qual é o objectivo desse<br />

projecto?<br />

Z.C.S. – A requalificação pretende dinamizar<br />

o Mercado, cujo edifício já estava<br />

bastante degra<strong>da</strong>do, e aproveitar<br />

melhor o espaço para acolher mais pessoas.<br />

Com esta requalificação, a Santini<br />

irá trazer a Carcavelos uma fábrica e<br />

uma nova loja. Espero que este projecto<br />

estimule o comércio <strong>da</strong> freguesia, o que<br />

é tão necessário nestes tempos…<br />

C.L. – Realmente, vivemos uma época<br />

difícil… Como é que a crise económica<br />

e social tem afectado a freguesia?<br />

Z.C.S. – Penso que a crise ain<strong>da</strong> reside<br />

muito no seio <strong>da</strong>s próprias famílias.<br />

Pelo que se sabe, as instituições não<br />

estão a viver uma situação muito drás-<br />

Carcavelos é um bom lugar para se viver<br />

tica. Contudo, nós detectamos muito,<br />

sobretudo através <strong>da</strong>s escolas, várias<br />

situações de crianças cujos pais estão<br />

desempregados, o que é extremamente<br />

preocupante. Em termos comerciais,<br />

verificamos também algumas transformações:<br />

há lojas que mu<strong>da</strong>m de ramo,<br />

outras acabam por encerrar… Já se começam<br />

a sentir os sinais <strong>da</strong> crise.<br />

C.L. – Quais são as queixas mais comuns<br />

que são feitas pelos moradores<br />

de Carcavelos? Z.C.S. – A maioria <strong>da</strong>s<br />

queixas está liga<strong>da</strong> à falta de civismo.<br />

Os moradores queixam-se de condutores<br />

que desrespeitam a sinalização<br />

ou que excedem a veloci<strong>da</strong>de permiti<strong>da</strong>.<br />

Também há queixas relativas a<br />

buracos na estra<strong>da</strong> (que prontamente<br />

vamos arranjar) e a pessoas que não<br />

recolhem os dejectos dos seus animais<br />

domésticos, apesar <strong>da</strong>s campanhas de<br />

sensibilização que a Junta tem desenvolvido.<br />

C.L. – E também recebem elogios…<br />

Z.C.S. – Claro. Principalmente quando<br />

arranjamos algum jardim ou somos<br />

muito rápidos a tratar de um buraco<br />

na estra<strong>da</strong>. Já se começa a notar que os<br />

ci<strong>da</strong>dãos também reconhecem o nosso<br />

empenho, o que aumenta a nossa autoestima.<br />

C.L. – Em termos de segurança, a freguesia<br />

é, actualmente, um local pacato?<br />

ENTREVISTA<br />

“É mais fácil tomar boas decisões<br />

quando temos os ci<strong>da</strong>dãos do nosso lado”<br />

15<br />

Z.C.S. – Reuni recentemente com o chefe<br />

<strong>da</strong>s nossas forças policiais e concluímos<br />

facilmente que a freguesia é pacata.<br />

Há incidentes, como em todo o lado,<br />

mas não é na<strong>da</strong> de especial. Também<br />

pretendemos investir mais na área <strong>da</strong><br />

segurança, reforçando o número de polícias<br />

na rua.<br />

C.L. – Carcavelos tem também um forte<br />

potencial turístico…<br />

Z.C.S. – É ver<strong>da</strong>de. E isso acontece devido<br />

a vários factores, como as praias,<br />

os hotéis e a boa gama de restauração.<br />

Contudo, penso que faz falta uma ciclovia<br />

para as pessoas desfrutarem <strong>da</strong><br />

paisagem <strong>da</strong> freguesia, o que iria estimular<br />

também o turismo. Já falámos<br />

com o Presidente <strong>da</strong> Câmara Municipal<br />

de Cascais, Dr. Carlos Carreiras, para<br />

construirmos uma via idêntica à de<br />

Cascais. Afinal de contas, só com<br />

um passeio de bicicleta é que podemos<br />

aproveitar as maravilhas<br />

<strong>da</strong> freguesia. Carcavelos, por<br />

exemplo, tem uma flora muito<br />

diversifica<strong>da</strong>, o que é muito raro<br />

nos meios urbanos…<br />

C.L. – Na vertente cultural, a<br />

freguesia acolhe frequentemente<br />

exposições, concertos e outras<br />

activi<strong>da</strong>des desse género?<br />

Z.C.S. – Nós vamos recebendo<br />

alguns concertos e não recebemos<br />

mais devido à falta de<br />

infra-estruturas. No entanto, temos<br />

uma boa activi<strong>da</strong>de cultural,<br />

através de certas enti<strong>da</strong>des,<br />

como a Socie<strong>da</strong>de Recreativa e<br />

Musical de Carcavelos, que organizam<br />

muitas iniciativas.<br />

C.L. – O que significa para si a<br />

freguesia de Carcavelos?<br />

Z.C.S. – Carcavelos é um bom<br />

lugar para se viver, com uma<br />

população pacífica mas ao mesmo<br />

tempo activa. Além disso, a<br />

freguesia tem óptimas condições<br />

meteorológicas, com um mar e<br />

um Sol muito bonitos. É um local com<br />

muitas quali<strong>da</strong>des e é por isso que já<br />

elegi há algum tempo Carcavelos como<br />

a minha terra. n<br />

Rostos sorridentes satisfeitos com o<br />

apoio <strong>da</strong> população


16 ACTUAL O CORREIO DA LINHA | 26 <strong>Setembro</strong> 2011<br />

RAAA1 relembra<br />

os seus mortos<br />

Teve lugar no dia 07 de <strong>Setembro</strong><br />

de 2011, pelas 15 horas, no<br />

Regimento de Artilharia Antiaérea<br />

N.º 1, em Queluz, a cerimónia<br />

evocativa <strong>da</strong> morte de 25 militares do<br />

Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa<br />

(RAAF), falecidos há 45 anos, num incêndio<br />

de gigantescas proporções na<br />

serra de Sintra. Presidiu à cerimónia o<br />

Exmo Major­General José Carlos Filipe<br />

Antunes Calça<strong>da</strong>, Coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong><br />

Briga<strong>da</strong> de Intervenção à qual assistiram<br />

o Presidente <strong>da</strong> Câmara Municipal<br />

de Sintra, Prof. Dr. Fernando Jorge<br />

Loureiro Reboredo Seara, o Presidente<br />

<strong>da</strong> Liga dos Bombeiros Portugueses, o<br />

2º Coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> Autori<strong>da</strong>de Nacional<br />

de Proteção Civil, os presidentes <strong>da</strong>s<br />

Juntas de Freguesia de Queluz, Monte<br />

Abraão e Colares e os Coman<strong>da</strong>ntes de<br />

algumas <strong>da</strong>s corporações de bombeiros<br />

voluntários que combateram aquele incêndio<br />

em 1966, nomea<strong>da</strong>mente Sintra,<br />

S. Pedro de Sintra, Carnaxide, Colares,<br />

Lin<strong>da</strong>­a­Pastora, Algés, Agualva Cacém,<br />

Queluz, Parede, e Algueirão­Mem<br />

Martins. A cerimónia iniciou­se com<br />

uma missa de sufrágio, celebra<strong>da</strong> na<br />

capela do Regimento de Antiaérea nº 1,<br />

a que se seguiu uma romagem ao Pico<br />

do Monge, na Serra de Sintra, onde está<br />

localiza<strong>da</strong> uma lápide com a identificação<br />

de ca<strong>da</strong> um dos militares falecidos,<br />

junto à qual decorreu a homenagem aos<br />

25 militares falecidos, que compreendeu<br />

uma alocução do Coman<strong>da</strong>nte do<br />

Regimento, honras militares e a deposição<br />

de coroas de flores. A cerimónia<br />

compreendeu ain<strong>da</strong> uma deslocação ao<br />

local onde foram encontrados os corpos<br />

dos militares falecidos, representados<br />

por 25 ciprestes. Neste local, o capelão<br />

do Regimento proferiu uma prece em<br />

Diversas personali<strong>da</strong>des presentes no evento<br />

que salientou a importância <strong>da</strong> dádiva<br />

destes jovens militares na defesa de um<br />

património que é de todos e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de<br />

de recor<strong>da</strong>r este facto para que o<br />

sacrifício <strong>da</strong>s suas vi<strong>da</strong>s não tenha sido<br />

em vão. O coronel de artelharia José<br />

Domingos Dias afirmou “As Uni<strong>da</strong>des <strong>da</strong><br />

região de Lisboa destacaram centenas de militares<br />

que, imbuídos <strong>da</strong> mesma generosi<strong>da</strong>de<br />

sentido do dever <strong>da</strong>queles que ain<strong>da</strong> hoje<br />

servem esta instituição, auxiliavam os bombeiros<br />

a salvar um património de extremo<br />

valor para o País e que, então, tal como hoje,<br />

importa preservar. Do então RAAF, saíram<br />

135 homens no qual se integrava um grupo<br />

de 25, coman<strong>da</strong>do pelo Aspirante Raolino<br />

Tavares que abordou a Serra pelo lado Oeste<br />

e começou a subir em direção aos Capuchos.<br />

Levados pela ânsia de <strong>da</strong>r luta e de vencer<br />

o incêndio, estes destemidos militares saltaram<br />

<strong>da</strong>s viaturas e iniciaram com ardor<br />

um combate desigual. Inespera<strong>da</strong>mente as<br />

labare<strong>da</strong>s cercaram-nos e suplantaram a<br />

vontade, a bravura, o altruísmo e o espírito<br />

de sacrifício deste pequeno grupo de sol<strong>da</strong>dos<br />

que tudo tentou para sair com vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>quele<br />

pandemónio de fumo e de fogo. Neste apocalipse<br />

e nesta luta contra as chamas, vinte<br />

e cinco jovens pereceram unidos, escrevendo<br />

na vertente <strong>da</strong> Serra, uma saga de heroísmo<br />

e de camara<strong>da</strong>gem.”.<br />

Sintra tem de continuar a perpetuar a<br />

memória destes heroicos sol<strong>da</strong>dos<br />

e criar um novo monumento,<br />

as memorias destes homens não<br />

podem ser esqueci<strong>da</strong>s e deixa<strong>da</strong>s<br />

ao “abandono” durante o ano,<br />

para tal basta manter o local,<br />

onde estão plantados os 25 cipestres,<br />

limpo e desmatado para<br />

quem passa na estra<strong>da</strong> tenha uma<br />

visão, um memorial, um espaço<br />

de reflecção que ali morreram<br />

homens para salvar a Serra de<br />

Sintra num combate desigual e<br />

serem sempre recor<strong>da</strong>dos e não<br />

só no dia fatídico 7 de <strong>Setembro</strong><br />

de 1966 e citando o Arcebispo<br />

de Mitilene: “Mortos de Sintra. A<br />

Serra vos deu a morte, que ela vos dê<br />

a imortali<strong>da</strong>de mereci<strong>da</strong>”. n<br />

Feira Setecentista em<br />

l Texto: raquel diaS l Fotos: J.r.<br />

de 16 a 18 de <strong>Setembro</strong>, o largo do Palácio de queluz, junto à Pousa<strong>da</strong><br />

d.Maria i, recebeu mais uma edição <strong>da</strong> Feira Setecentista. Promovi<strong>da</strong><br />

pelo departamento de Turismo <strong>da</strong> Câmara Municipal de Sintra e produzi<strong>da</strong><br />

pela Câmara dos Ofícios, esta Feira recria o mercado característico<br />

do reinado de d.Maria i, época em que o Palácio de queluz era a residência<br />

oficial <strong>da</strong> corte portuguesa.<br />

Milhares foram as pessoas que<br />

não perderam a oportuni<strong>da</strong>de<br />

de viajar no tempo e<br />

descobrir como era a vi<strong>da</strong> no<br />

séc. XVII. “Esta é uma forma de dinamizar<br />

o centro histórico <strong>da</strong> Freguesia de Queluz,<br />

ao mesmo tempo que <strong>da</strong>mos a<br />

conhecer a História <strong>da</strong>quela<br />

época”, disse o responsável<br />

<strong>da</strong> Câmara dos Ofícios,<br />

Carlos Coxo.<br />

Quem por ali passou, encontrou<br />

vários expositores<br />

de artesanato, animações,<br />

zonas de alimentação…<br />

tudo típico <strong>da</strong> época. “De<br />

forma a garantirmos que somos<br />

fiéis às características<br />

do séc. XVII, efectuamos de<br />

antemão um trabalho de pesquisa<br />

em relação aos trajes,<br />

às cores, às artes e ofícios,<br />

etc., para que ca<strong>da</strong> actor que<br />

animou o evento possa criar<br />

de forma adequa<strong>da</strong> o personagem<br />

que lhe foi atribuído.<br />

Como não existe texto, ca<strong>da</strong><br />

actor deve estar bem enquadrado<br />

na época, conhecendo<br />

não só a História de Portugal e <strong>da</strong> Europa,<br />

mas também as pequenas histórias <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />

do século, de forma a poder interagir com o<br />

Um espaço harmonioso e agradável<br />

A animação foi sempre uma constante<br />

público com determinado registo, que pretendemos<br />

que seja histórico. No que respeita<br />

aos artesãos, obviamente que é muito difícil<br />

fazer peças próprias <strong>da</strong>quela época, mas tentamos<br />

que se assemelhem o mais possível”,<br />

explicou o responsável do evento. Peças<br />

Os Presidentes cumprimentam os feirantes<br />

de barro e de madeira, panos bor<strong>da</strong>dos,<br />

sapatos e roupa feitos à mão, pássaros<br />

de água, eram apenas algumas <strong>da</strong>s peças<br />

que se podiam<br />

encontrar nos expositores<br />

dos artesãos,<br />

também eles<br />

vestidos a rigor.<br />

“Esta é também uma<br />

oportuni<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s pessoas<br />

verem os artesãos<br />

a trabalharem ao vivo<br />

e dos próprios mostrarem<br />

a sua arte”, disse.<br />

Na alimentação<br />

não faltaram os tradicionais<br />

enchidos,<br />

o mel, o pão e a típica<br />

ginja de Óbidos<br />

servi<strong>da</strong> em copos<br />

de chocolate.<br />

A animação do espaço<br />

esteve ao cargo<br />

de várias perso­


26 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

Queluz<br />

nagens características<br />

<strong>da</strong> época, como é o<br />

caso dos aguadeiros,<br />

do moço de fretes,<br />

<strong>da</strong>s costureiras e dos<br />

saltimbancos que iam<br />

percorrendo o espaço<br />

e interagindo com as<br />

pessoas, levando­as a<br />

participar em diferentes<br />

activi<strong>da</strong>des características<br />

do séc. XVII.<br />

“Tu é que és a minha<br />

mãe?”, perguntava um<br />

personagem do povo<br />

a um dos visitantes,<br />

enquanto os outros<br />

riam e fotografavam<br />

a cena. Também os<br />

passeios de cadeirinha fizeram a delícia<br />

dos que por ali passaram.<br />

Sempre com música própria <strong>da</strong> época<br />

como ban<strong>da</strong> sonora, o mestre peruqueiro<br />

fazia penteados próprios <strong>da</strong><br />

época enquanto contava as tendências<br />

<strong>da</strong> mo<strong>da</strong> de então relativamente aos<br />

toucados. “Esta é uma personagem que<br />

tem feito grande sucesso ao longo dos anos<br />

chamando a atenção de muita gente, se ele<br />

não estivesse cá este ano as pessoas certamente<br />

iriam perguntar por ele”. Ao seu<br />

lado o alfaiate, devi<strong>da</strong>mente equipado<br />

com um provador, chamava as senhoras<br />

“marquesas” para experimentarem<br />

peças típicas <strong>da</strong> época, como o espartilho,<br />

e os senhores “marqueses” para<br />

se aprumarem colocando um jabô ao<br />

pescoço.<br />

A Oficina dos Infantes foi o espaço de<br />

eleição dos mais novos. Ali aprendiam<br />

a construir moinhos de vento, cata­ventos,<br />

leques e a encadernar livros.<br />

As noites eram marca<strong>da</strong>s pela chega<strong>da</strong><br />

de mais pessoas. A área de restauração<br />

foi pequena para tanta gente. Sentados<br />

nas mesas ou nos fardos de palha que<br />

ali se encontravam, muitos eram os que<br />

se deliciavam com os tão apreciados<br />

pães com chouriço, as sopas, o porco no<br />

espeto ou as sandes de leitão.<br />

Carlos Coxo, o responsável pela animação<br />

Os “artistas” recriaram textos <strong>da</strong> época<br />

Uma feira que agradou aos autarcas<br />

Milhares de pessoas encheram o recinto <strong>da</strong> feira<br />

Os serões de sexta­feira e de domingo<br />

contaram com espectáculos de marionetas<br />

que agra<strong>da</strong>ram a miúdos e graúdos.<br />

No sábado, a noite foi dedica<strong>da</strong> às<br />

“luminárias”, acontecimentos públicos<br />

que se realizavam no séc. XVII /<br />

XVIII com o pretexto de celebrar algum<br />

acontecimento de grande importância.<br />

Leitura de poemas de autores do séc.<br />

XVII / XVIII, <strong>da</strong>nça, quartetos de cor<strong>da</strong>s<br />

e quintetos de música e canto foram<br />

os pontos altos do espectáculo.<br />

Este ano a área <strong>da</strong> feira aumentou, mas<br />

mesmo assim o espaço foi pequeno<br />

para tanta gente. “Estávamos com algum<br />

receio porque é um fim-de-semana de regresso<br />

às aulas e as pessoas an<strong>da</strong>m sempre<br />

numa azáfama a comprar as últimas coisas,<br />

mas a ver<strong>da</strong>de é que recebemos muitas pessoas,<br />

inclusive de fora do concelho, sendo<br />

que a divulgação do evento através <strong>da</strong> televisão<br />

acabou por ser um forte chamariz.<br />

Queremos que esta feira se torne um evento<br />

de referência no país até porque, que eu tenha<br />

conhecimento, só há mais duas feiras<br />

setecentistas no país, uma em Vila Real de<br />

Santo António e outra em<br />

São João <strong>da</strong> Pesqueira, ao<br />

passo que feiras medievais<br />

há em quase todos os concelhos”,<br />

explicou Carlos<br />

Coxo.<br />

Também o presidente <strong>da</strong><br />

Junta de Freguesia de<br />

Queluz, António Barbosa<br />

de Oliveira, marcou a<br />

presença nesta feira <strong>da</strong><br />

qual é anfitrião. “Este é o<br />

quarto ano que este evento<br />

se realiza e todos os anos<br />

vou aprendendo alguma<br />

coisa sobre o que era a corte<br />

setecentista. Ain<strong>da</strong> na sexta<br />

me ri bastante com três<br />

membros do povo deitados<br />

no chão junto a um fardo de<br />

palha, a terem uma conversa na linguagem<br />

típica <strong>da</strong> época, mas actualiza<strong>da</strong> ao nosso<br />

tempo: falaram <strong>da</strong> Troika e dos problemas<br />

económicos do país, to<strong>da</strong> a gente parava e se<br />

ria <strong>da</strong>quilo. Já para não falar dos penteados<br />

volumosos feitos pelo mestre peruqueiro.<br />

Estou certo de que vale a pena visitar esta<br />

Feira e de que todos os que por aqui passam<br />

conseguem sentir o espírito do séc. XVII”.<br />

António Barbosa salienta ain<strong>da</strong> a importância<br />

<strong>da</strong> Feira para a Freguesia<br />

de Queluz. “ É uma forma de divulgar a<br />

nossa freguesia até porque muitos foram<br />

os queluzenses que já me vieram dizer que<br />

desconheciam a existência deste largo nas<br />

traseiras <strong>da</strong> pousa<strong>da</strong>”.<br />

Carlos Coxo agradeceu ain<strong>da</strong> o apoio<br />

do Departamento de Turismo <strong>da</strong><br />

Câmara Municipal de Sintra, <strong>da</strong> Junta<br />

de Freguesia de Queluz, <strong>da</strong> Junta de<br />

Freguesia de Odivelas, C. M. de Loures<br />

e J.F. de São Pedro de Penaferim que em­<br />

ACTUAL 17<br />

O Presidente <strong>da</strong> Junta satisfeito com o<br />

evento que trouxe visitantes à Freguesia<br />

prestou ten<strong>da</strong>s, do Palácio de Queluz,<br />

que teve os seus jardins abertos <strong>da</strong>s<br />

18h00 às 21h00, <strong>da</strong> Pousa<strong>da</strong> D. Maria I,<br />

do Regimento de Artilharia Antiaérea<br />

nº1 de Queluz que lhes cedeu espaço<br />

de apoio para os camarins e para guar<strong>da</strong>r<br />

materiais que tinham de ser recolhidos<br />

à noite, <strong>da</strong> PSP, dos bombeiros de<br />

Queluz, <strong>da</strong> Policia Municipal de Sintra<br />

e dos “vizinhos” do Bairro do Chinelo<br />

que durante a montagem <strong>da</strong> Feira lhes<br />

forneciam electrici<strong>da</strong>de.<br />

Com 132 expositores e cerca de 60 animadores<br />

por dia, a Câmara dos Ofícios<br />

demorou apenas um mês a preparar<br />

este evento que assegurou aos vários<br />

milhares de visitantes um fim-de-semana<br />

diferente a todos os que por ali<br />

passaram. n<br />

Festas de Queijas<br />

S. MIGUEL MIGUEL ARCANJO ARCANJO<br />

23 de <strong>Setembro</strong> a 2 de Outubro de 2011<br />

Sexta-feira, 23 <strong>Setembro</strong><br />

18:30 – Missa em Honra de S. Miguel<br />

21:30 – Grande Noite do FADO com presença de NUNO DA<br />

CÂMARA PEREIRA, Maria de Fátima, Raul Costa, António Silva<br />

Cândi<strong>da</strong> Sal<strong>da</strong>nha, Ricardo Lino, Sandra Marisa.<br />

Guitarras: Humberto Vicente; Pedro Henriques<br />

Viola-baixo: Armando Soares<br />

21:30 – Karaoke<br />

Sábado, 24 <strong>Setembro</strong><br />

Música e Som ao longo do dia<br />

16:00 – Rancho Folclórico “Danças e Cantares do BESCLORE”<br />

17:00 – Rancho Folclórico “Danças e Cantares dos Arcos de Valdevez”<br />

18:30 – Missa Vespertina<br />

21:30 – Baile com a Ban<strong>da</strong> Musical COMPACTO<br />

Domingo, 25 <strong>Setembro</strong><br />

10:30 – Missa Solene com pregação (Pe. José Gonçalves)<br />

12:00 – Serviço de Almoço<br />

15:00 – Desci<strong>da</strong> de Pára-quedistas - junto ao Mercado<br />

16:00 – Procissão anima<strong>da</strong> pelas Ban<strong>da</strong>s Filarmónicas <strong>da</strong> Cruz-Quebra<strong>da</strong><br />

e do CCD de Oeiras; Irman<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Ordem de S. Miguel de Ala<br />

e pelo Rancho Folclórico “Danças e Cantares do Verde Minho”<br />

17:00 – Concerto <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> Filarmónica <strong>da</strong> Cruz-Quebra<strong>da</strong><br />

17:30 – Actuação do Rancho: “Danças e Cantares do Verde Minho”<br />

18:00 – Evocação ao Arcanjo S. Miguel pela Ordem de S. Miguel de Ala (Investiduras)<br />

21:00 – Baile com a Ban<strong>da</strong> Musical NOVA BANDA<br />

Quarta-feira, 29 <strong>Setembro</strong>: Dia de S. Miguel<br />

19:30 – Missa Solene em Acção de Graças<br />

Sábado, 1 Outubro<br />

16:00 – Ginástica ao Ar livre - junto ao Mercado de Queijas<br />

Domingo, 16 Outubro<br />

16:00 – Missa Solene. Presença do Sr. Cardeal-Patriarca,<br />

no 25.º Aniversário <strong>da</strong> Dedicação <strong>da</strong> Igreja de Queijas (Crismas)<br />

Paróquia de S. Miguel Arcanjo de Queijas


26 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

Festas de Paço de Arcos foram um sucesso<br />

l Texto: igor pireS<br />

l Fotos: J.r.<br />

De 26 de Agosto a 4 de <strong>Setembro</strong>,<br />

a freguesia de Paço de Arcos<br />

voltou a encher-se de cor e animação<br />

com as Festas em Honra<br />

do Senhor Jesus dos Navegantes. A edição<br />

deste ano contou com 100 mil visitantes<br />

que puderam desfrutar de um<br />

programa variado. Numa entrevista exclusiva<br />

ao jornal “O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong>”,<br />

Alexandra Cruz, Secretária do Executivo<br />

<strong>da</strong> Junta de Freguesia de Paço de Arcos<br />

e Presidente <strong>da</strong><br />

Comissão <strong>da</strong>s<br />

Festas em Honra<br />

do Senhor Jesus<br />

dos Navegantes,<br />

faz um balanço <strong>da</strong>s<br />

festivi<strong>da</strong>des deste<br />

ano e revela quais<br />

foram os destaques<br />

do cartaz. “O balanço<br />

final é muito<br />

positivo. Houve uma<br />

grande afluência às<br />

Festas, principalmente<br />

nos últimos<br />

dias com a melhoria<br />

<strong>da</strong>s condições meteorológicas.<br />

Sublinho,<br />

por exemplo, a forte<br />

adesão à Rua Costa<br />

Pinto, que esteve fecha<strong>da</strong> ao trânsito durante<br />

as Festas para se promover uma zona<br />

pedonal com comércio, artesanato, áreas de<br />

restauração… Mesmo em dias de chuva, a<br />

Rua esteve sempre muito movimenta<strong>da</strong>”,<br />

assegurou Alexandra Cruz. No entanto,<br />

a crise fez-se sentir durante a organização<br />

<strong>da</strong>s festivi<strong>da</strong>des: “Realmente, este<br />

ano as Festas foram um pouco mais trabalhosas…<br />

Tivemos, inicialmente, problemas<br />

financeiros que originaram a alteração do<br />

cartaz dos espectáculos e algumas dificul<strong>da</strong>des<br />

na contratação de novos artistas. Isto<br />

tudo apenas 15 dias antes de as Festas começarem.<br />

Porém, felizmente, conseguimos<br />

ultrapassar esses obstáculos”. O destaque<br />

do programa musical é o concerto de<br />

Tony Carreira, que reuniu 20 mil espectadores<br />

e contribuiu, na opinião de<br />

Alexandra Cruz, para elevar a 100 mil<br />

o número de visitantes <strong>da</strong> edição deste<br />

ano. Contudo, os restantes espectáculos<br />

também foram bem sucedidos: “A<br />

noite <strong>da</strong>s arábias foi um imenso sucesso.<br />

Destacou-se por ter sido algo diferente e<br />

muito místico. Havia faquires, <strong>da</strong>nças do<br />

ventre, lançadores de fogo… As pessoas<br />

adoraram. Depois tivemos outras noites<br />

temáticas nas quais houve sempre muita<br />

afluência, como as noites de música africana<br />

e de música popular portuguesa, sem<br />

esquecer o baile, que tem sempre sucesso.<br />

Infelizmente, só o espectáculo de salsa latina<br />

é que não correu tão bem, porque nesse<br />

Alguns dos vencedores <strong>da</strong>s regatas<br />

dia chovia torrencialmente.<br />

Mas quero<br />

ressalvar que, apesar<br />

de haver pouco público,<br />

o grupo foi muito<br />

profissional e terminou<br />

a sua actuação,<br />

independentemente<br />

<strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de de<br />

pessoas que estavam<br />

a assistir”. Como é<br />

habitual, o programa<br />

religioso também<br />

teve uma forte<br />

adesão. A Procissão<br />

do Senhor Jesus dos<br />

Navegantes contou<br />

com a participação<br />

de centenas de pessoas:<br />

“Tudo correu<br />

muitíssimo bem. A montagem do estrado<br />

aconteceu na Rua Costa Pinto e havia até<br />

algumas vozes discor<strong>da</strong>ntes que diziam que<br />

a procissão não passava, mas, felizmente,<br />

não houve qualquer tipo de incidentes. É<br />

claro que exigiu um esforço maior às pessoas<br />

que carregavam os andores, visto que<br />

a Rua não é recta… Mas o balanço é positivo”.<br />

Alexandra Cruz destaca ain<strong>da</strong><br />

a bênção dos barcos e do mar: “Foi um<br />

momento muito bonito, visto que este ano a<br />

Junta de Freguesia de Paço de Arcos promoveu<br />

a presença <strong>da</strong>s embarcações na bênção e<br />

as pessoas corresponderam. Ao contrário <strong>da</strong><br />

edição de 2010, em que apareceram apenas<br />

três ou quatro barcos, este ano marcaram<br />

presença cerca de 20 embarcações. Por essa<br />

razão, até o padre, que fez a bênção, estava<br />

mais emotivo”. Organiza<strong>da</strong>s pelo Clube<br />

Desportivo de Paço de Arcos (CDPA),<br />

as Regatas Patrão Lopes foram o destaque<br />

do cartaz de desporto. No total,<br />

participaram 32 barcos (3 na Classe<br />

Optimist, 3 em Catamarans e 26 noutras<br />

classes), que realizaram oito competições.<br />

No recinto <strong>da</strong> Feira, foram os<br />

novos stands que fizeram mais sucesso:<br />

“A Feira esteve completamente cheia de<br />

feirantes e não havia mesmo mais espaço<br />

para mais ninguém. Tal como aconteceu na<br />

edição passa<strong>da</strong>, contámos com novas participações<br />

que correram muito bem, nomea<strong>da</strong>mente<br />

a ven<strong>da</strong> de gelados artesanais e<br />

de pedras e gemas semipreciosas. Também<br />

houve um stand só com artesanato marroquino<br />

autêntico, o que atraiu as pessoas.<br />

O regresso <strong>da</strong> Cestaria Melo foi igualmente<br />

bem sucedido e o stand <strong>da</strong>s tatuagens<br />

também se destacou por ser diferente”. De<br />

resto, os visitantes aderiram à área <strong>da</strong><br />

restauração, que engloba, para além<br />

dos restaurantes, guloseimas, como<br />

as farturas do Fugas e <strong>da</strong> Noémia, o<br />

torrão de Alicante <strong>da</strong> Família Guia, as<br />

pipocas e o algodão doce. Alexandra<br />

Cruz explicou ain<strong>da</strong> que, nesta edição,<br />

teve lugar uma iniciativa inédita entre<br />

os feirantes: “Em to<strong>da</strong>s as edições, há sempre<br />

um almoço entre homens, ou seja, só os<br />

feirantes do sexo masculino podem participar<br />

nesse evento. Tal como eles dizem, «a<br />

mulher não entra nem sequer para lavar a<br />

louça»! Então, eu resolvi criar um almoço<br />

só entre mulheres e correu muito bem! Nem<br />

eu imaginava que ia aparecer tanta gente!<br />

(risos)”. Os mais pequenos também não<br />

foram esquecidos nas Festas e participaram<br />

em várias diversões, desde a interacção<br />

com animais até a insufláveis,<br />

sem esquecer as pinturas faciais e os<br />

carrosséis do Senhor Reis. O fogo-deartifício,<br />

que encerrou mais uma vez<br />

as festivi<strong>da</strong>des, foi outro ponto alto:<br />

“O fogo correu muito bem. O espectáculo<br />

pirotécnico foi sempre acompanhado por<br />

várias peças musicais e, assim, destacou-se<br />

pela sua sincronização, pela sua elegância<br />

ACTUAL 19<br />

e pelo seu cui<strong>da</strong>do… Foi magnífico”, quis<br />

ain<strong>da</strong> sublinhar, com evidente orgulho,<br />

que este ano, logo após o término <strong>da</strong>s<br />

Festas, a Comissão recebeu louvores<br />

de alguns dos moradores de Paço de<br />

Arcos: “Graças ao encerramento ao trânsito<br />

<strong>da</strong> Rua Costa Pinto e <strong>da</strong> Rua Cândido<br />

dos Reis, os residentes aqui <strong>da</strong> zona já não<br />

tiveram os mesmos problemas dos anos anteriores.<br />

Desta maneira, os moradores puderam<br />

estacionar as suas viaturas à vontade<br />

e não houve qualquer tipo de incidentes, o<br />

que nos valeu alguns elogios”. Com o fim<br />

<strong>da</strong> edição de 2011 <strong>da</strong>s Festas em Honra<br />

do Senhor Jesus dos Navegantes, a<br />

Comissão encontra-se já a trabalhar nas<br />

festivi<strong>da</strong>des do próximo ano: “Além de<br />

alguns feirantes já terem enviado inscrições<br />

para as Festas de 2012, nós também estamos<br />

a pensar em novas condições para o evento<br />

do próximo ano e em novos nomes para<br />

compor o cartaz. Por exemplo, já podemos<br />

confirmar que vamos manter o número de<br />

feirantes e reformular o Jardim de Paço de<br />

Arcos. Quanto aos artistas musicais, ain<strong>da</strong><br />

está tudo no segredo dos deuses…” n<br />

Na <strong>da</strong>nça a graciosi<strong>da</strong>de e elegância


20 DESPORTO O CORREIO DA LINHA | 26 <strong>Setembro</strong> 2011<br />

l Texto: raquel diaS<br />

l Fotos: j.r.<br />

Conhecido sobretudo pelo seu futebol,<br />

o real Sport Clube, formou<br />

jogadores como Nani, ricardo Vaz<br />

Tê e jorge andrade. Porém, hoje<br />

em dia o clube apresenta uma<br />

panóplia de mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des que fazem<br />

dele uma referência a nível<br />

regional. O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> linha esteve<br />

à conversa com josé Manuel<br />

libório, que sucedeu ao seu pai,<br />

josé Pereira libório, na presidência<br />

do clube.<br />

<strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) – Como<br />

nasceu o Real Sport Clube?<br />

José Manuel Libório (J.M.L.)<br />

– O Real, com este nome e<br />

com esta configuração, nasceu a 1 de<br />

Agosto de 1995, <strong>da</strong> fusão de dois clubes<br />

já existentes na ci<strong>da</strong>de de Queluz:<br />

o Desportivo de Queluz e o Desportivo<br />

de Massamá. Porém, adotámos o ano<br />

de 1951 como <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> nossa fun<strong>da</strong>ção,<br />

por ser a <strong>da</strong>ta de nascimento do clube<br />

que na altura <strong>da</strong> fusão estava legalmente<br />

constituído há mais tempo – o<br />

Desportivo de Queluz.<br />

C.L. – Porquê esta fusão?<br />

J.M.L. – Este processo não foi na<strong>da</strong> fácil.<br />

Eu fui um dos defensores <strong>da</strong> fusão mas<br />

na altura não haviam muitos mais. Se<br />

tivermos em conta o crescimento acentuado<br />

que o Real teve nestes 16 anos,<br />

facilmente se confirma que a fusão foi o<br />

melhor para os dois clubes.<br />

C.L. – Com que infra-estruturas contam?<br />

J.M.L. – Em Massamá temos a sede do<br />

clube, onde se praticam 17 mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des,<br />

entre as quais contamos com mais<br />

de 700 pessoas inscritas. Ain<strong>da</strong> no espaço<br />

<strong>da</strong> sede temos uma piscina – e respetivos<br />

balneários – e um complexo de<br />

ténis. Em Queluz contamos com uma<br />

delegação do clube e em Monte Abraão<br />

temos o complexo desportivo – dedi-<br />

1.º Equipa de Iniciados do Grupo Desportivo de Queluz - Época 92/93<br />

josé libório, presidente do real Sport Club<br />

“O Real é um clube de referência”<br />

cado exclusivamente ao futebol<br />

- que tem três campos de futebol<br />

relvados: dois sintéticos - um de<br />

futebol de 11 e outro de futebol<br />

de 7 - e um de relva natural. Este<br />

último é o principal, contanto<br />

com uma pista de atletismo e um<br />

edifício de balneários.<br />

C.L. – A vossa grande aposta é<br />

o futebol mas como referiu, na<br />

sede praticam-se outras ativi<strong>da</strong>des.<br />

Quais?<br />

J.M.L. – Efetivamente o futebol<br />

é a génese do clube e é a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />

que atrai mais gente mas<br />

temos outras ativi<strong>da</strong>des como a<br />

capoeira, o karaté, o ballet, o kickboxing,<br />

a <strong>da</strong>nça, a natação, a<br />

ginástica rítmica, o tiro com arco, etc.<br />

C.L. – Outrora tiveram mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des<br />

como o basquetebol e o futsal que entretanto<br />

foram desativa<strong>da</strong>s. Porquê?<br />

J.M.L. – Não temos instalações próprias<br />

para a prática dessas ativi<strong>da</strong>des.<br />

Quando parámos com estas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des<br />

estávamos a passar por algumas<br />

dificul<strong>da</strong>des financeiras e tivemos de<br />

optar por desativá-las, pois eram as que<br />

tinham menos apoio <strong>da</strong>s pessoas e não<br />

podíamos estar a gastar dinheiro a pagar<br />

instalações para treinos e jogos.<br />

C.L. – Entre as vossas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des<br />

têm equipas femininas?<br />

J.M.L. – No futebol não contamos com<br />

nenhuma equipa de competição feminina.<br />

De resto temos mulheres a competir<br />

em mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des como o kickboxing, os<br />

trampolins, a acrobática, etc. No tiro<br />

com arco temos inclusive uma atleta<br />

que se sagrou campeã europeia.<br />

C.L. – Como é composto o palmarés do<br />

clube?<br />

J.M.L. – Em mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des como o kickboxing,<br />

a capoeira e o tiro com arco, temos<br />

tido alguns atletas que têm ganho<br />

títulos a nível nacional, e até europeu<br />

e mundial. O futebol é, realmente, a<br />

nossa maior bandeira e a nossa maior<br />

aposta, sendo que neste momento temos<br />

to<strong>da</strong>s as nossas equipas a disputar<br />

o Campeonato Nacional, o que é um<br />

facto inédito para um clube do concelho<br />

de Sintra.<br />

C.L. – No que respeita ao futebol a<br />

equipa sénior do Real esteve seis anos<br />

na II Divisão do Campeonato Nacional<br />

sendo que na época de 2010/2011 foi<br />

despromovi<strong>da</strong> para a III Divisão.<br />

Como encarou esta derrota?<br />

J.M.L. –Na altura eu era vice-presidente<br />

do clube e assessor <strong>da</strong> presidência,<br />

estando bastante ligado ao futebol e<br />

assumo que eventualmente a culpa tenha<br />

sido minha. Houve uma má gestão,<br />

apostámos em jogadores que não<br />

tiveram a rentabili<strong>da</strong>de que estávamos<br />

à espera…o facto do orçamento disponível<br />

ter sido reduzido para metade<br />

também foi um fator importante. Mas<br />

se descemos é porque já lá estivemos o<br />

que já é uma vitória.<br />

C.L. – O que é a Escola de Futebol?<br />

J.M.L. – A Escola de Futebol nasceu<br />

há 12 anos e se não fomos a primeira,<br />

fomos uma <strong>da</strong>s primeiras escolas de<br />

formação de futebol a aparecer. Na altura,<br />

a ideia de “aprender” o futebol<br />

não estava muito enraiza<strong>da</strong>. Os miúdos<br />

aprendiam karaté e judo e pagavam por<br />

isso…o futebol não tinha essa imagem.<br />

Este foi um projeto que se desenvolveu<br />

e que atualmente é uma <strong>da</strong>s nossas<br />

principais fontes de rendimento e de<br />

visibili<strong>da</strong>de. Com a crise que se vive no<br />

país tivemos de reduzir o número de<br />

atletas inscritos mas continua a ser uma<br />

<strong>da</strong>s nossas grandes apostas e uma referência<br />

a nível <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de dos serviços<br />

prestados.<br />

C.L. – Como se sente ao ver clubes nacionais<br />

e internacionais interessados<br />

nos vossos jogadores?<br />

J.M.L. - Temos apostado bastante na formação<br />

competitiva e nos últimos anos<br />

conseguimos aumentar a nossa quali<strong>da</strong>de<br />

ao ponto de termos to<strong>da</strong>s as equipas<br />

a disputar o Campeonato Nacional<br />

de Futebol. Isto é uma forma de tentar<br />

rentabilizar o investimento que estamos<br />

a fazer a nível de infra-estruturas<br />

e de despesas do dia-a-dia porque atualmente<br />

o futebol é um negócio e ca<strong>da</strong><br />

vez mais cedo as grandes equipas começam<br />

a captar jogadores. Nos últimos<br />

15 anos temos conseguido encaminhar<br />

vários dos nossos atletas para grandes<br />

clubes nacionais e internacionais. O expoente<br />

máximo, foi obviamente a ven<strong>da</strong><br />

do Nani ao Sporting e posteriormente a<br />

sua ven<strong>da</strong> ao Manchester United. Até<br />

aos 32 anos, o Nani será sempre um potencial<br />

foco de receita para o Real pois o<br />

clube recebe uma percentagem do chamado<br />

“mecanismo de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de”.<br />

O Nani acabou por trazer mais visibili<strong>da</strong>de<br />

ao clube, mas o Real formou também<br />

outros grandes jogadores como o<br />

Ricardo Vaz Tê, o Jorge Andrade, o João<br />

Gonçalves e o Fábio Fortes.<br />

C.L. –Já falou anteriormente numa redução<br />

do vosso orçamento para metade,<br />

o Real debate-se atualmente com<br />

problemas financeiros?<br />

J.M.L. – Sim, estamos a passar por<br />

muitas dificul<strong>da</strong>des financeiras. Nos<br />

últimos três anos houve uma redução<br />

de cerca de 150 mil euros nas nossas<br />

receitas. A receita <strong>da</strong> escola de futebol<br />

baixou cerca de 30 por cento e o mesmo<br />

valor aplica-se à receita <strong>da</strong> piscina…e<br />

estas são duas <strong>da</strong>s nossas principais<br />

fontes de rendimento. Neste momento<br />

estamos a fazer uma série de cortes.<br />

Por exemplo, tivemos de acabar com o<br />

contrato de manutenção <strong>da</strong> relva que<br />

custava ao Real cerca de 30 mil euros<br />

anos. Nós temos receitas, mas criámos<br />

uma máquina tão grande que neste momento<br />

estamos a tentar reorganizar-nos<br />

para fazermos face a esta conjuntura<br />

esperando melhores dias.<br />

C.L. – E contam com apoios <strong>da</strong>s Juntas<br />

de Freguesia <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Queluz e <strong>da</strong><br />

Câmara Municipal de Sintra?<br />

J.M.L. –A Câmara sempre nos ajudou<br />

bastante, não só em termos financeiros,<br />

mas também a nível <strong>da</strong>s infra-estruturas.<br />

Porém, nos últimos anos também<br />

não tem tido grandes verbas, portanto<br />

vai-nos aju<strong>da</strong>ndo naquilo que pode,<br />

sobretudo no que respeita ao futebol<br />

de formação. As Juntas de Freguesia<br />

– de Queluz, Massamá e Monte Abraão<br />

– também nos vão apoiando dentro <strong>da</strong>s<br />

suas parcas possibili<strong>da</strong>des, principal-<br />

mente no que respeita a eventos e ativi<strong>da</strong>des<br />

pontuais. A Junta de Queluz é a<br />

que nos tem aju<strong>da</strong>do mais a nível financeiro.<br />

A Junta de Massamá apoia-nos<br />

no desenvolvimento de uma ativi<strong>da</strong>de<br />

chama<strong>da</strong> de Coração Jovem, pauta<strong>da</strong><br />

pela promoção de passeios, caminha<strong>da</strong>s,<br />

etc., para pessoas <strong>da</strong> terceira i<strong>da</strong>de.<br />

A Junta de Monte Abraão tem apoiado<br />

sobretudo o tiro ao arco.<br />

C.L. – E têm algum patrocínio?<br />

J.M.L. – Neste momento os patrocínios<br />

são praticamente inexistentes…até o<br />

patrocínio que tínhamos nas camisolas<br />

<strong>da</strong> equipa sénior de futebol acabou<br />

há dois anos. Tenho feito vários contactos<br />

e não tenho conseguido na<strong>da</strong>, o<br />

que acaba por se tornar desmotivante.<br />

Estivemos em negociações com dois<br />

bancos mas eles só se interessam pelos<br />

grandes clubes e pelo que aparece na<br />

televisão. Clubes como o Real não interessam<br />

às grandes instituições. Mas<br />

esta é a imagem do país: há uma má<br />

distribuição <strong>da</strong> riqueza. E em Portugal<br />

ain<strong>da</strong> há outro problema: 99 por cento<br />

do país é do Benfica, do Sporting e, agora,<br />

do Porto enquanto nos outros países<br />

as pessoas são do clube <strong>da</strong> sua terra e as<br />

instituições locais apoiam o seu clube.<br />

É uma luta inglória empenharmo-nos<br />

a vi<strong>da</strong> inteira nisto e ninguém nos aju<strong>da</strong>r.<br />

Apesar de nunca ter <strong>da</strong>do a cara,<br />

eu estou aqui há 30 anos: vivi sempre<br />

este clube, as suas dificul<strong>da</strong>des, os problemas,<br />

as vitórias…fui eu que negociei<br />

tudo o que está aqui e vejo que as<br />

pessoas só se preocupam em criticar e<br />

arranjar problemas. O espírito de associativismo<br />

perdeu-se…antigamente as<br />

pessoas <strong>da</strong>vam o seu tempo ao clube e<br />

aju<strong>da</strong>vam… havia um maior convívio.<br />

C.L. – Os sócios também são uma fonte<br />

de rendimento?<br />

J.M.L. –Para a envergadura do clube<br />

o rendimento que vem dos sócios não<br />

tem grande peso. Temos cerca de 2000<br />

sócios pagantes e num orçamento de 1<br />

milhão de euros só 25 mil euros são de<br />

receitas dos sócios.<br />

C.L. Assumiu o man<strong>da</strong>to há pouco<br />

tempo. O que deseja atingir à frente<br />

do Real?<br />

J.M.L. – O meu pai foi o único presidente<br />

que o Real conheceu e já era presidente<br />

do Desportivo de Massamá há<br />

muito tempo. Desde que me formei, há<br />

quase 30 anos, fui o seu braço direito<br />

em termos de infra-estruturas. Fui eu<br />

que liderei quase todos os projetos deste<br />

clube e o que desejo é <strong>da</strong>r seguimento<br />

à obra que ele conseguiu implementar.<br />

“Clubes como o Real não interessam às<br />

grandes instituições...”


26 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

Elementos <strong>da</strong> Direcção do Real<br />

Isto não passa só pelos grandes feitos<br />

desportivos, aliás, nunca foi objetivo<br />

do meu pai atingir grandes feitos desportivos<br />

à custa de outras coisas e neste<br />

momento temos sobretudo de repensar<br />

as nossas priori<strong>da</strong>des de investimento<br />

e julgo que é altura de investirmos em<br />

infra-estruturas e só depois destas nos<br />

criarem mais receitas podemos voltar a<br />

apostar em despesas desportivas para<br />

tentar alcançar mais triunfos. Neste<br />

momento é impensável ao clube tentar<br />

subir – a nível de futebol - mais do que<br />

a II Divisão.<br />

C.L. – E que projetos é que têm relativamente<br />

às infra-estruturas?<br />

J.M.L. – Atualmente estamos a mu<strong>da</strong>r<br />

o relvado sintético do campo número<br />

dois, que já fez dez anos e vamos tentar<br />

reabilitar a iluminação dos campos.<br />

Temos também um projeto ambicioso<br />

de criar um pavilhão no complexo<br />

desportivo que será complementado<br />

com mais um campo sintético no telhado.<br />

Este pavilhão poderá potenciar<br />

o reaparecimento de ativi<strong>da</strong>des como o<br />

basquetebol e o futsal mas, se eu ain<strong>da</strong><br />

cá estiver, tal só irá acontecer depois do<br />

edifício se auto-sustentar. Queremos<br />

também construir um edifício – cujo<br />

projeto já está feito mas estamos à espera<br />

<strong>da</strong> decisão <strong>da</strong> Câmara para avançar<br />

– com snack-bar e restaurante entre os<br />

dois campos sintéticos do complexo.<br />

Esta estrutura iria <strong>da</strong>r-nos receitas que<br />

nos permitiriam construir o pavilhão<br />

sem necessitarmos de aju<strong>da</strong>s.<br />

C.L. –Nos últimos tempos levantou-se<br />

uma discussão acerca <strong>da</strong><br />

utilização <strong>da</strong> pista de atletismo<br />

por parte <strong>da</strong> Juventude Operária<br />

do Monte Abraão (J.O.M.A.)…<br />

J.M.L. – A construção <strong>da</strong> pista de<br />

atletismo – e do campo de relva<br />

natural -, em 1997, contou com um<br />

grande apoio financeiro por parte <strong>da</strong><br />

Câmara e estava relaciona<strong>da</strong> com a<br />

utilização que a J.O.M.A lhe pudesse<br />

vir a <strong>da</strong>r, até porque nós não tínhamos<br />

essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de. Então, foi<br />

assinado um protocolo entre o Real<br />

e a Câmara no qual esta se compro-<br />

As crianças precisam de cui<strong>da</strong>dos<br />

especiais de visão<br />

Armações e lentes <strong>da</strong>s melhores<br />

e pretigia<strong>da</strong>s marcas<br />

Lentes progressivas a partir de 80e<br />

metia a pagar metade <strong>da</strong>s<br />

despesas de manutenção<br />

do equipamento - tanto<br />

<strong>da</strong> relva como <strong>da</strong> pista.<br />

O protocolo tinha 10 anos<br />

de duração, ou seja, terminava<br />

no final de 2007 e<br />

nunca recebemos um único<br />

tostão e a J.O.M.A. foi<br />

usando o equipamento de<br />

borla. Em 2005 – ain<strong>da</strong> estava<br />

o outro protocolo em<br />

vigência – o então vereador<br />

Marco Almei<strong>da</strong> propôs-nos<br />

um outro protocolo<br />

e durante três anos a<br />

Câmara pagou a sua parte<br />

de uma verba acor<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

para aju<strong>da</strong>r a manutenção <strong>da</strong> pista de<br />

atletismo. A outra parte <strong>da</strong> verba deveria<br />

ser paga pela enti<strong>da</strong>de que iria usar<br />

o equipamento, neste caso a J.O.M.A<br />

com a qual negociámos um montante<br />

que apenas nos foi pago durante os<br />

primeiros quatro meses de 2005, altura<br />

em que houve mu<strong>da</strong>nça de vereação na<br />

Câmara. Até Junho de 2009, a J.O.M.A<br />

continuou a usar as instalações de borla<br />

– mesmo tendo o protocolo acabado<br />

no dia 31 de Dezembro de 2007. O que<br />

eu quero que se perceba, é que desde<br />

1997 a 2009, a J.O.M.A usou de borla as<br />

instalações do Real e portanto têm uma<br />

divi<strong>da</strong> para connosco. O Real pagava<br />

a luz, a limpeza, o funcionário, tudo.<br />

Nós só estamos a pedir as despesas que<br />

tivemos com o equipamento e que a<br />

Câmara e a J.O.M.A se comprometeram<br />

a pagar. Neste momento temos total<br />

disponibili<strong>da</strong>de para fazermos um outro<br />

protocolo em que a Câmara se disponibilize<br />

a assumir to<strong>da</strong>s as despesas<br />

do equipamento.<br />

C.L. – Considera o Real um clube de<br />

referência e nível regional?<br />

J.M.L. – Eu penso que sim, e não apenas<br />

no que respeita ao futebol. Está à<br />

vista de todos o património do Real e<br />

as suas vitórias. Há alturas de altos e<br />

baixos e agora estamos a passar por um<br />

momento mais complicado, mas penso<br />

que temos possibili<strong>da</strong>des de voltar em<br />

grande. n<br />

OCULISTA JOZEL<br />

Óculos de Sol de diversas marcas<br />

A nossa quali<strong>da</strong>de marca a diferença<br />

Comemoração do 56.º aniversário<br />

Av. José Elias Garcia, 180 - 2745 Queluz • Telefone: 21 436 03 50<br />

DESPORTO<br />

Prémio Manuel Faria<br />

percorreu ruas de Queluz<br />

21<br />

A<br />

Junta de Freguesia de Queluz, com o apoio <strong>da</strong> Câmara Municipal de<br />

Sintra, realizou no dia 11 de <strong>Setembro</strong> de 2011, um evento desportivo<br />

de Atletismo, designado por “IX Grande Prémio Ci<strong>da</strong>de de Queluz<br />

(Prémio Manuel Faria)”. Carlos Alves e Carmen Pires, foram os grandes<br />

vencedores desta prova, inseri<strong>da</strong> no Torneio de Sintra 2011. O evento<br />

ultrapassou as expectativas, com um número elevado de atletas presentes,<br />

Queluz encheu-se de alegria, espirito e suor, mais de 900 atletas entre os escalões<br />

de Benjamins e os M 60 com a caminha<strong>da</strong>, para um esforço de 10 km,<br />

que teve inicio às 10.15. n<br />

Milhares<br />

de atletas<br />

percorreram<br />

as ruas<br />

<strong>da</strong> freguesia<br />

de Queluz


22 HORÓSCOPO - Previsão para Outubro<br />

O CORREIO DA LINHA | 26 <strong>Setembro</strong> 2011<br />

CARNEIRO<br />

Carta do Mês: Ás de Espa<strong>da</strong>s, que significa<br />

Sucesso.<br />

Amor: O seu poder de atracção vai abalar muitos<br />

corações. Predisposição para namoriscar<br />

ou reavivar um amor, através do qual irá exprimir os seus<br />

sentimentos de uma forma muito sincera.<br />

Saúde: Prováveis dores de dentes. Poderá passar por uns<br />

dias de grande nervosismo sem que consiga definir muito<br />

bem a sua origem.<br />

Dinheiro: Será um bom período para fazer algumas alterações<br />

profun<strong>da</strong>s na sua vi<strong>da</strong>, no seu comportamento e nos<br />

seus objectivos profissionais. Não gaste o que tem e o que<br />

não tem.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 8, 5, 2, 10, 20, 3<br />

Pensamento positivo: Não desanimo perante as dificul<strong>da</strong>des<br />

nem desisto dos meus sonhos!<br />

Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 31 Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 34 Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 37 Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 40<br />

TOURO<br />

Carta do Mês: O Julgamento, que significa<br />

Novo Ciclo de Vi<strong>da</strong>.<br />

Amor: Encontra-se num período difícil, mas não<br />

desespere que é passageiro. No entanto, pode<br />

trazer muitos benefícios através <strong>da</strong>s suas relações sociais e<br />

de amizade desde que tenha em conta tudo o que o rodeia.<br />

Saúde: Poderá ser tempo de começar uma nova vi<strong>da</strong>. Corte<br />

com tudo aquilo que achar supérfluo ou inútil.<br />

Dinheiro: Boa altura para gastar e investir no que mais gosta,<br />

mas com cui<strong>da</strong>do. É um mês um pouco tenso a nível profissional,<br />

em que vai querer lutar pelos seus objectivos.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 33, 6, 35, 37, 8, 5<br />

Pensamento positivo: Eu sei que o momento mais importante<br />

<strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong> é o “agora”.<br />

CARANGUEJO<br />

Carta do Mês: 2 de Paus, que significa Per<strong>da</strong><br />

de Oportuni<strong>da</strong>des.<br />

Amor: Será um período muito bom de entreaju<strong>da</strong><br />

e em que pode receber ou oferecer boas<br />

oportuni<strong>da</strong>des a novas relações de amizade.<br />

Saúde: Nesta fase estará muito dinâmico e equilibrado, terá<br />

muita energia. Possíveis dores musculares.<br />

Dinheiro: Não imponha as suas ideias de uma forma agressiva<br />

e tenha em consideração a opinião dos outros.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 11, 13, 19, 18, 14, 7<br />

Pensamento positivo: Agradecer é sempre a melhor maneira<br />

de merecer!<br />

LEÃO<br />

Carta do Mês: 8 de Espa<strong>da</strong>s, que significa<br />

Cruel<strong>da</strong>de.<br />

Amor: Este período é um teste à forma como<br />

li<strong>da</strong> com as outras pessoas, em especial as que<br />

lhe estão mais próximas.<br />

Saúde: Procure não cometer excessos na alimentação.<br />

Durante este período lutará para alcançar os seus objectivos<br />

a nível de forma física e aju<strong>da</strong>rá quem lhe está próximo a fazer<br />

o mesmo. Boa fase para iniciar uma dieta.<br />

Dinheiro: Situação financeira favorável. É uma boa ocasião<br />

para conhecer outras terras e outras gentes e aproveitar o que<br />

lhe ensinarem para aumentar as suas capaci<strong>da</strong>des.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 1, 5, 9,7, 45, 42<br />

Pensamento positivo: Tenho o poder de corrigir os meus<br />

erros, porque sei que tudo tem solução.<br />

BALANÇA<br />

Carta do Mês: Rei de Paus, que significa Força,<br />

Coragem e Justiça.<br />

Amor: Poderão surgir mu<strong>da</strong>nças no seu comportamento<br />

no que diz respeito às relações<br />

afectivas. Seja mais ousado neste campo <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>.<br />

Saúde: Este período é muito favorável, mas necessita de ter<br />

muita reflexão para evitar os excessos. A ansie<strong>da</strong>de não é<br />

benéfica para a sua saúde.<br />

Dinheiro: Seja mais equilibrado nos seus gastos. Não será<br />

um período fácil porque terá dificul<strong>da</strong>de em analisar as situações<br />

com clareza.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 7, 8, 9, 19, 29, 6<br />

Pensamento positivo: Eu sei que todos os dias são bons<br />

dias, por isso esforço-me diariamente para melhorar.<br />

ESCORPIÃO<br />

Carta do Mês: Cavaleiro de Ouros, que significa<br />

Pessoa Útil, Maturi<strong>da</strong>de.<br />

Amor: Será uma fase importante para rever o<br />

que não está bem na sua relação, compreendendo<br />

o que lhe falta e o que pode ser melhorado.<br />

Saúde: Poderá sofrer de dores de cabeça. Deixe que se<br />

operem calmamente as mu<strong>da</strong>nças que vierem a ocorrer na<br />

sua vi<strong>da</strong>.<br />

Dinheiro: Possibili<strong>da</strong>de de ganhar algum dinheiro extra. Em<br />

relação à sua situação profissional, logo no início do mês<br />

poderão existir alguns conflitos entre a sua vi<strong>da</strong> familiar e a<br />

profissional.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 11, 23, 25, 4, 9, 7<br />

Pensamento positivo: Procuro ser tolerante para com to<strong>da</strong>s<br />

as pessoas que me rodeiam.<br />

CAPRICÓRNIO<br />

Carta do Mês: 3 de Espa<strong>da</strong>s, que significa<br />

Amizade, Equilíbrio.<br />

Amor: Procure ser mais extrovertido, só tem a<br />

ganhar com isso. É uma boa fase para investir<br />

mais tempo na sua relação amorosa. Isto pode surpreender o<br />

seu par, mas certamente será uma excelente mu<strong>da</strong>nça.<br />

Saúde: Possíveis dores nas articulações. A rotina <strong>da</strong> sua<br />

saúde e a forma física são uma priori<strong>da</strong>de. Terá tempo para<br />

regularizar o seu horário. Dinheiro: Esta é uma óptima altura<br />

para tentar reduzir os seus gastos. Existirá muita acção na<br />

sua vi<strong>da</strong>. Você pode decidir que a única forma de resolver um<br />

problema é assumindo outra responsabili<strong>da</strong>de; se assim for,<br />

poderá resolvê-lo fazendo simplesmente o seu trabalho.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 6, 3, 36, 39, 38, 7<br />

Pensamento positivo: Procuro criar harmonia na minha vi<strong>da</strong><br />

todos os dias.<br />

AQUÁRIO<br />

Carta do Mês: 8 de Copas, que significa<br />

Concretização, Felici<strong>da</strong>de.<br />

Amor: A sua relação tem vindo a arrefecer e<br />

você precisa de tomar uma atitude. Não exija<br />

tanto dos outros, dê mais de si próprio.<br />

Saúde: Não faça dietas demasiado rigorosas. Tenha a sereni<strong>da</strong>de<br />

suficiente para deixar as coisas correrem, não se exalte<br />

nem proteste muito, pouco ou na<strong>da</strong> poderá fazer.<br />

Dinheiro: Invista neste momento em algo que planeia há<br />

muito. A sorte é-lhe favorável. Sentirá necessi<strong>da</strong>de de se<br />

isolar para concluir o seu trabalho, mas poderão ocorrer<br />

mu<strong>da</strong>nças.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 20, 25, 14, 45, 6, 9<br />

Pensamento positivo: O Amor alegra o meu coração.<br />

Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 32 Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 35 Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 38 Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 41<br />

GÉMEOS<br />

Carta do Mês: 5 de Paus, que significa<br />

Fracasso.<br />

Amor: Viva fogosamente todos os momentos<br />

com o seu amor. Este período é caracterizado<br />

por muita alegria, contentamento, optimismo e força interior.<br />

Saúde: Previna-se contra os excessos.<br />

Dinheiro: Este campo <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> não lhe trará problemas.<br />

Pode aproveitar aquilo que tem vindo a aprender com os outros<br />

para fazer uma coisa diferente na sua vi<strong>da</strong>, como por<br />

exemplo iniciar uma activi<strong>da</strong>de por conta própria.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 22, 25, 36, 24, 20, 3<br />

Pensamento positivo: Agradeço a Deus a graça <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong> que<br />

se renova a ca<strong>da</strong> dia.<br />

VIRGEM<br />

Carta do Mês: 7 de Paus, que significa Discussão,<br />

Negociação Difícil.<br />

Amor: Tenha mais confiança em si e cuide <strong>da</strong><br />

sua aparência. Este período pode trazer-lhe alguns<br />

problemas nas relações com os vizinhos ou pessoas<br />

próximas.<br />

Saúde: Uma fase de tensão, insegurança e impaciência, com<br />

dificul<strong>da</strong>de em planificar a sua vi<strong>da</strong> particular. Procure aliviar<br />

o stress que traz acumulado.<br />

Dinheiro: O seu dinamismo, a sua coragem e espírito de liderança<br />

vão ser postos à prova. Será um mês recheado de afazeres<br />

e acontecimentos. Não se esqueça <strong>da</strong>s suas obrigações, e<br />

se tiver dívi<strong>da</strong>s, pague-as antes de fazer novos investimentos.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 44, 41, 10, 20, 30, 5<br />

Pensamento positivo: Eu venço as dificul<strong>da</strong>des com determinação<br />

e coragem, eu sei que sou capaz!<br />

SAGITÁRIO<br />

Carta do Mês: 5 de Copas, que significa Derrota.<br />

Amor: Durante este tempo deve controlar muito<br />

bem as suas reacções para com to<strong>da</strong>s as outras<br />

pessoas, em geral e, muito particularmente,<br />

com as que lhe estão mais próximas. Procure ser sincero<br />

nas suas promessas se quer que a pessoa que tem a seu<br />

lado confie em si.<br />

Saúde: Liberte-se mais, e a sua saúde irá melhorar. É uma<br />

oportuni<strong>da</strong>de para concluir as ideias que tem em curso. Este<br />

mês será um encontro consigo mesmo.<br />

Dinheiro: Desde que não gaste dinheiro em excesso, pode<br />

pôr os seus assuntos financeiros um pouco de parte, ocupando-se<br />

com outras áreas <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 8, 5, 2, 1, 14, 11<br />

Pensamento positivo: Sei usar a minha inteligência para alcançar<br />

os meus objectivos.<br />

PEIXES<br />

Carta do Mês: A Rainha de Copas, que significa<br />

Amiga Sincera.<br />

Amor: Se não disser aquilo que sente ver<strong>da</strong>deiramente,<br />

ninguém o poderá adivinhar. Este mês<br />

vai fazer uma triagem às suas relações.<br />

Saúde: Cui<strong>da</strong>do com o excesso de açúcar no seu sangue,<br />

pois poderá ter tendência para diabetes. Este é um período<br />

algo tenso, como algo que o incomo<strong>da</strong> mas de uma forma<br />

que não sente de imediato.<br />

Dinheiro: Poderá sentir-se subjugado pela sobrecarga de trabalho.<br />

Para ultrapassar esta situação, estabeleça priori<strong>da</strong>des<br />

e reconheça os seus limites, respeitando-os. Este é um período<br />

em que pode fazer uma pequena extravagância financeira.<br />

Números <strong>da</strong> Sorte: 5, 2, 11, 19, 7, 8<br />

Pensamento positivo: Acredito que tenho força para vencer<br />

todos os desafios.<br />

Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 33 Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 36 Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 39 Horóscopo diário. Ligue já! 760 10 77 42<br />

João Baião decidiu escrever este livro,<br />

onde relata as suas experiências e vivências<br />

por terras de Portugal.<br />

Este guia pessoal começa em Beja, no<br />

Alentejo, local onde esfolou muitas vezes<br />

os joelhos a aprender a an<strong>da</strong>r de bicicleta,<br />

passa pelos caminhos de Lisboa e Vale do<br />

Tejo, pelo Centro, onde não falta a encantadora<br />

ci<strong>da</strong>de de Aveiro, pelo Norte de<br />

Portugal com gentesde coração grande, e<br />

vai até ao Algarve com o cheiro a Verão,<br />

praias doura<strong>da</strong>s e serras verdejantes.<br />

Este roteiro não ficaria completo sem s<br />

ilhas – Madeira e Açores.<br />

Em ca<strong>da</strong> capítulo, João Baíão conta a história<br />

<strong>da</strong> região, as suas len<strong>da</strong>s, descobre<br />

os pratos tradicionais, aponta os monumentos<br />

que merecem ser visitados e conta-nos<br />

os segredos de ca<strong>da</strong> licali<strong>da</strong>de.<br />

Um convite irrecusável para descobrir o<br />

nosso Portugal.<br />

Editora A Esfera dos Livros<br />

A<br />

Educação é um tema que desperta<br />

paixões. De um lado os professores,<br />

do outro os pais e os alunos. No<br />

meio, as salas de aula transformam-se em<br />

ver<strong>da</strong>deiros campos de batalha. Bárbara<br />

Wong, jornalista com vários anos dedicados<br />

à área <strong>da</strong> Educação, falou com professores,<br />

pais e estu<strong>da</strong>ntes de todo o país<br />

para conhecer as suas histórias. O resultado<br />

é este livro perturbador que nos conta<br />

o que ver<strong>da</strong>deiramente se passa na sala<br />

de aula dos nossos filhos. Ao longo destas<br />

páginas vamos conhecer Jonas, que<br />

trabalhou até ao último dia <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong><br />

com um cancro na língua, depois de várias<br />

juntas médicas e recusas de reforma,<br />

Adriana, que foi agredi<strong>da</strong> por uma mãe<br />

por ter proibido o aluno de atender o telefone<br />

na sala, Flora que é “muito fixe”,<br />

mas que, em vez de <strong>da</strong>r matéria, prefere<br />

falar dos seus filhos.<br />

Editora A Esfera dos Livros


26 <strong>Setembro</strong> 2011 | O CORREIO DA LINHA<br />

A<br />

69ª Esquadra Mem Martins a<br />

Divisão Policial de Sintra conta<br />

com mais um elemento no<br />

seu efectivo desde o final des-<br />

A<br />

empresa Táxis<br />

de Oeiras tem<br />

cerca de 120 associados<br />

e com<br />

32 anos de existência<br />

e tem uma frota de<br />

viaturas em bom estado,<br />

com condições de<br />

segurança e em constante<br />

renovação. Os<br />

motoristas são pessoas<br />

responsáveis, exemplos<br />

de idonei<strong>da</strong>de e<br />

que, em último caso,<br />

respondem sempre pelos<br />

seus atos perante<br />

um rigoroso conselho<br />

de disciplina. Por tudo<br />

isto, quem é transportado nas viaturas<br />

Táxis de Oeiras sai sempre satisfeito e<br />

bem servido. Dispõe de uma linha telefónica<br />

21 4239 600 dedica<strong>da</strong> a empresas,<br />

um site com um layout renovado e um<br />

acesso direto a uma aplicação para reservas<br />

online. Esta aplicação para reservas<br />

online é faculta<strong>da</strong> de forma gratuita<br />

a pedido <strong>da</strong> empresa, e coloca ao dispor<br />

a possibili<strong>da</strong>de de gerirem de forma autónoma<br />

o pedido imediato de um táxi, e<br />

de atempa<strong>da</strong>mente efetuarem reservas<br />

para dia e hora à escolha, de forma a<br />

te Verão, de seu nome Jacó<br />

Júnior. Aquando <strong>da</strong> morte<br />

do Jacó, anterior mascote<br />

que há quase 30 anos iniciou-se<br />

uma campanha para<br />

angariação de fundos o que<br />

permitiu a compra <strong>da</strong> nova<br />

mascote que hoje alegra o<br />

dia-a-dia de todos os que<br />

trabalham e se deslocam à<br />

Esquadra de Mem Martins.<br />

Desta forma o efectivo <strong>da</strong><br />

Divisão de Sintra agradece a<br />

todos quantos contribuíram<br />

e tornaram possível esta iniciativa.<br />

O Jacó Júnior encontra-se no hall de entra<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong>quela Esquadra, pelo que poderá<br />

ser visitado por qualquer ci<strong>da</strong>dão,<br />

em qualquer horário. n<br />

Taxis de Oeiras com serviço online<br />

minimizar as vossas preocupações e<br />

rentabilizar o tempo. Os corpos sociais,<br />

e nomea<strong>da</strong>mente os membros <strong>da</strong><br />

Direção, esforçam-se diariamente por<br />

melhorar as formas de atuação perante<br />

os clientes, tentando manter, e sempre<br />

que possível elevar, a excelência do<br />

nosso serviço, com vista à satisfação do<br />

bem mais precioso: o Cliente!<br />

“estamos cientes de que prestamos um óptimo<br />

serviço dentro do nosso sector de ativi<strong>da</strong>de.”<br />

Afirma José Flores Presidente <strong>da</strong><br />

Direção. n<br />

A maior exposição de seres vivos<br />

É<br />

um mundo quase escondido<br />

aos nossos pés que pode encontrar<br />

no Museu do Combatente<br />

no Forte do Bom Sucesso (junto<br />

à Torre de Belém) de 1 de Outubro<br />

até 30 de Dezembro de 2011. Numa<br />

parceria <strong>da</strong> Liga dos Combatentes e a<br />

Se7eventos.<br />

Há espaço para cobras, lagartos, insectos<br />

tropicais e exóticos, caracóis<br />

gigantes africanos, dragões-barbudos<br />

australianos, tarântulas,<br />

escorpiões, entre outros.<br />

Mais de 100 espécies de<br />

animais VIVOS de todo o<br />

Mundo vão estar em exposição.<br />

É uma mostra que conta com uma<br />

componente didáctica importante,<br />

uma vez que, se consegue depreender<br />

a biodiversi<strong>da</strong>de de<br />

vi<strong>da</strong> que habita o nosso<br />

planeta, através <strong>da</strong><br />

enorme varie<strong>da</strong>de<br />

de outros animais<br />

e plantas que residem<br />

por todo o Mundo, assim<br />

como, os lugares onde<br />

PSP tem<br />

novo elemento<br />

vivem e o ambiente que os rodeia. É<br />

uma exposição para ser visita<strong>da</strong> em família,<br />

dirigi<strong>da</strong> a to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong>des, aberto<br />

todos os dias, <strong>da</strong>s 10 horas às 17h00<br />

horas. n<br />

Paredes meias junto ao rio com<br />

vista para o jardim Felício<br />

Loureiro em Queluz situa-se a<br />

Vila Libania, um espaço privado,<br />

com amplos jardins, vere<strong>da</strong>s com<br />

diversas árvores centenárias, recantos<br />

cui<strong>da</strong>dos, neste local aprazível<br />

realizou-se nos dias 24 e 25 de<br />

<strong>Setembro</strong> uma Feira Esotérica<br />

Alternativa, visita<strong>da</strong> por centenas<br />

de pessoas e com a presença<br />

de 30 expositores ligados<br />

à temática que reuniu Reiki,<br />

consultas, livros, massagens e<br />

ven<strong>da</strong> de diversos produtos.<br />

Os organizadores e proprietários<br />

<strong>da</strong> Vila Libania António<br />

Capucho e Maria Helena no<br />

final <strong>da</strong> Feira declararam “que<br />

estavam satisfeitos com o evento<br />

e deram a conhecer um local<br />

ACTUAL 23<br />

Uma Quinta para eventos<br />

privado mas aberto para diversas exposições:<br />

Estamos a preparar para o dia 28 de<br />

Outubro a noite de música Celta e dia 31 a<br />

noite do Halloween” Para saber mais sobre<br />

este espaço consulte www.espaçosparaeventos.com-vilaLibania.<br />

n<br />

Maria João Oliveira, Maria Helena Capucho e António<br />

Capucho Paulo


24 ÚLTIMAS O CORREIO DA LINHA | 26 <strong>Setembro</strong> 2011<br />

Paço de Artes promoveu 8.º Salão <strong>da</strong> Vila<br />

Mais um sucesso <strong>da</strong> Associação Paço de Artes<br />

Integra<strong>da</strong> nas Festas<br />

do Senhor Jesus dos<br />

Navegantes numa componente<br />

cultural que<br />

diversifica os vários pontos<br />

de interesse dos festejos<br />

que ocorrem todos os anos<br />

nos jardins <strong>da</strong> Vila, teve lugar<br />

no salão nobre <strong>da</strong>s instalações<br />

do CDPA, entre 27<br />

de Agosto e 4 de <strong>Setembro</strong>,<br />

a 8ª edição de mais uma<br />

Mostra dedica<strong>da</strong> às Artes<br />

Plásticas. Na inauguração<br />

compareceram diversas<br />

enti<strong>da</strong>des, entre as quais<br />

o Presidente <strong>da</strong> Câmara<br />

de Oeiras, Dr Isaltino de<br />

Morais, o Presidente <strong>da</strong><br />

Junta de Freguesia de Paço<br />

Mostra Social em Algés<br />

A<br />

Junta de Freguesia de Algés vai<br />

realizar nos próximos dias 1 e 2 de<br />

Outubro 2011, a primeira Mostra<br />

Social de Algés, com vista a dinamizar,<br />

<strong>da</strong>r a conhecer e aproximar as<br />

Instituições de carácter social, culturais<br />

e desportivas <strong>da</strong> Freguesia de Algés,<br />

divulgando junto <strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong>de o<br />

que se desenvolve ao nível <strong>da</strong> Acção<br />

Social na Freguesia. A iniciativa contará<br />

com o envolvimento e participação<br />

<strong>da</strong>s Instituições <strong>da</strong> Freguesia<br />

de Algés: Associação Humanitária<br />

dos Bombeiros Voluntários de Algés,<br />

Apoio – Associação de Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de<br />

Centro Comunitário<br />

de Carcavelos com creche<br />

berçario - salas de convívio<br />

Dia <strong>da</strong> Freguesia<br />

A Junta de Freguesia<br />

de Carcavelos convi<strong>da</strong><br />

a população para comemorar<br />

nos dias 15 e 16 de Outubro,<br />

com diversas activi<strong>da</strong>des<br />

desportivas, culturais e recreativas<br />

A presidente<br />

Zil<strong>da</strong> Costa Silva<br />

Social, Associação Coração Amarelo,<br />

Associação Médica de Gerontologia<br />

Social, Minigolfe Clube de Portugal,<br />

Santa Casa <strong>da</strong> Misericórdia de Oeiras,<br />

Obra Social Madre Maria Clara,<br />

Paróquia Cristo Rei de Algés, PSP de<br />

Miraflores, Rotary Clube de Algés,<br />

Centro Sagra<strong>da</strong> Família e Sport Algés e<br />

Dafundo.<br />

Este evento irá decorrer no Parque<br />

Urbano de Miraflores e vai proporcionar<br />

momentos de animação e lazer<br />

durante o decorrer <strong>da</strong> Mostra Social,<br />

nomea<strong>da</strong>mente com palestras, exposições,<br />

workshops temáticos. n<br />

Inaugurações na Freguesia de Carcavelos<br />

Jardim de Infância inaugurado<br />

no dia 19 de <strong>Setembro</strong> para<br />

crianças dos 4/5 anos<br />

No dia 15 assista ao<br />

concerto de Rão Kyão<br />

na Capela de Carcavelos<br />

Estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Torre, 1483 - Carcavelos • 2775-688 CARCAVELOS<br />

Telefone: 214 588 910 • Fax: 214 588 919 • Email: geral@jf-carcavelos.pt<br />

Os organizadores recebem os Presidentes<br />

de Arcos, Dr. Nuno Campilho, membros<br />

<strong>da</strong> actual Vereação <strong>da</strong> Junta, o<br />

Presidente <strong>da</strong> Assembleia Municipal,<br />

Dr António Dias <strong>da</strong> Silva e ain<strong>da</strong> muitos<br />

convi<strong>da</strong>dos e associados que foram<br />

recebidos pelos Corpos Gerentes em<br />

exercício <strong>da</strong> Paço de Arcos. O certame<br />

integrou duas exposições distintas,<br />

nomea<strong>da</strong>mente um conjunto, com trabalhos<br />

de estilos diversificados apresentados<br />

por alguns dos associados<br />

e ain<strong>da</strong> um outro conjunto de traba­<br />

Câmara aprova empreita<strong>da</strong>s<br />

dos SMAS de Oeiras e Amadora<br />

A<br />

Câmara Municipal de Oeiras<br />

aprovou, na reunião de Executivo<br />

a ratificação de deliberações<br />

do Conselho de Administração<br />

dos SMAS de Oeiras e Amadora, relativas<br />

a concursos públicos para a execução<br />

de três empreita<strong>da</strong>s, em ambos os<br />

concelhos, cujo montante total ascende<br />

aos €815.815,80, acrescido de IVA.<br />

Foram aprova<strong>da</strong>s as adjudicações <strong>da</strong>s<br />

empreita<strong>da</strong>s:<br />

­ “Reparação de roturas na rede e ramais<br />

de abastecimento de água na Zona<br />

Sul do Concelho <strong>da</strong> Amadora – anos de<br />

Na sequência do concurso público<br />

tendo em vista a conceção,<br />

a<strong>da</strong>ptação a uni<strong>da</strong>de hoteleira<br />

e exploração do Palácio<br />

dos Arcos, em Paço de Arcos, representantes<br />

<strong>da</strong> Câmara Municipal<br />

de Oeiras e <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de de<br />

Empreendimentos Turísticos<br />

Vila Galé assinaram o contrato<br />

de promessa de constituição de<br />

direito de superfície. O documento<br />

prevê a constituição,<br />

pelo Município e a favor <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de<br />

Vila Galé, do direito de<br />

superfície sobre dois prédios<br />

urbanos e um prédio rústico,<br />

tendo por fim exclusivo a a<strong>da</strong>ptação<br />

do prédio urbano situado<br />

no Largo Conde de Alcáçovas<br />

a hotel, bem como a edificação<br />

de um hotel nos restantes terrenos.<br />

A obra deverá executar­se<br />

no prazo máximo de 36 meses.<br />

Para além <strong>da</strong>s obrigações<br />

decorrentes do estrito cumprimento<br />

do contrato, a socie<strong>da</strong>de Vila<br />

Galé ficará ain<strong>da</strong> obriga<strong>da</strong> a manter<br />

e fazer funcionar no palácio uma sala<br />

museu, que terá a designação de Sala<br />

Museu Conde de Arrochela, acautelando<br />

a salvaguar<strong>da</strong> <strong>da</strong> memória do Conde<br />

lhos de Amândio Martins, designado<br />

por “Construções”. Esta exposição<br />

“Construções” reproduz em madeira,<br />

alguns dos edifícios mais característicos<br />

dos concelhos de Oeiras e de Trancoso.<br />

Amândio Martins é um autodi<strong>da</strong>ta, que<br />

se dedica a este “hobby”, construindo,<br />

à escala, edifícios que são considerados<br />

monumentos concelhios, como é o caso<br />

do Palácio dos Arciprestes, a Ermi<strong>da</strong> do<br />

Senhor Jesus dos Navegantes, a Capela<br />

de São Bartolomeu, entre outros. n<br />

2011 e 2012”, pelo valor de €220.400,00,<br />

acrescido de IVA, à empresa “António<br />

Filipe Teodósio e C.ª, L<strong>da</strong>.”;<br />

­ “Remodelação <strong>da</strong>s redes de abastecimento<br />

de água no Bairro Dr. Augusto<br />

de Castro e na Rua <strong>da</strong> Figueirinha”,<br />

pelo valor de €248.565,80, acrescido de<br />

IVA, à empresa António Filipe Teodósio<br />

e C.ª, L<strong>da</strong>.;<br />

­ e, “Remodelação/ampliação de redes<br />

de esgotos domésticos e pluviais no<br />

Concelho <strong>da</strong> Amadora”, pelo valor de<br />

€346.850,00, acrescido de IVA, à empresa<br />

“Sanestra<strong>da</strong>s, S.A.”. n<br />

Palácio vira Hotel<br />

de Arrochela e garantindo uma área específica<br />

do conjunto edificado onde ficarão<br />

expostas as peças que constituem<br />

o espólio. Recorde­se que a abertura de<br />

concurso público para concepção, a<strong>da</strong>p­<br />

tação e exploração do Palácio dos Arcos<br />

foi aprova<strong>da</strong> em reunião de Câmara em<br />

Março de 2008, tendo sido apresenta<strong>da</strong>s<br />

seis propostas, entre elas a <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de<br />

Vila Galé, à qual foi adjudica<strong>da</strong>, em<br />

Outubro de 2010. n

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