POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS AO HOMEM DO CAMPO – O ...
POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS AO HOMEM DO CAMPO – O ...
POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS AO HOMEM DO CAMPO – O ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA<br />
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS<br />
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA<br />
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL<br />
MODALIDADE A DISTÂNCIA<br />
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO<br />
<strong>POLÍTICAS</strong> <strong>PÚBLICAS</strong> <strong>VOLTADAS</strong> <strong>AO</strong> <strong>HOMEM</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>–</strong> O PRONAF EM<br />
BANANEIRAS - PB<br />
Ednardo Gabriel de Sousa<br />
Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB<br />
Márcia Batista da Fonseca<br />
Professor do Departamento de Economia - UFPB<br />
RESUMO<br />
Este artigo tem como objetivo Investigar a aplicabilidade do Programa Nacional de<br />
Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF no município de Bananeiras. A pesquisa é<br />
bibliográfica, documental, de análise qualitativa. O município de Bananeiras apresenta uma<br />
zona rural repleta de possibilidades de atividade agropecuária, contudo o elevado nível de<br />
analfabetismo dos agricultores e conseqüentemente, falta de qualificação profissional, afetam a<br />
produtividade e o rendimento das lavouras na região. Por estar situada no bioma caatinga e<br />
conseqüentemente em região semi-árida, o município sofre adversidades naturais todos os anos.<br />
Percebe-se que a aplicabilidade do PRONAF não atinge com unanimidade os residentes da<br />
zona rural no município de Bananeiras.<br />
Palavras-chave: Agricultura Familiar, PRONAF, Políticas Públicas.
1 INTRODUÇÃO<br />
O semi-árido nordestino é uma região caracterizada pela grande e expressiva falta de<br />
água. Essa carência limita as possibilidades de uma prática efetiva de agropecuária durante<br />
todos os meses do ano, o que enfatiza a necessidade de políticas públicas direcionadas ao<br />
homem localizado nesse bioma.<br />
Viver em uma região árida é um grande desafio, pois nela não se verifica a presença de<br />
condições favoráveis para a sua sobrevivência em alguns meses do ano, chamado de período de<br />
entressafra. É justamente nesse período que os habitantes do referido bioma precisam de um<br />
apoio em maior escala daqueles que fazem o poder público, através da intensificação de<br />
políticas públicas voltadas para eles.<br />
Segundo Bellen (2003), os mais variados especialistas da área de meio ambiente<br />
afirmam que uma ferramenta de avaliação pode ajudar a transformar a preocupação com a<br />
sustentabilidade em uma ação pública consistente. Porém tal ferramenta não é observada aqui<br />
no semi-árido paraibano, onde os pequenos agricultores ficam a mercê da sorte quando a chuva<br />
não vem.<br />
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) desenvolveu o Programa Nacional<br />
de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que financia projetos individuais ou<br />
coletivos, que subsidia financeiramente os agricultores familiares e assentados da reforma<br />
agrária. O programa detém as mais atrativas taxas de juros do mercado, o que facilita as<br />
negociações e associações dos financiamentos rurais, com isso combate as taxas de<br />
inadimplência. A associação ao PRONAF é decidida em família, e essa decisão vai ao<br />
encontro da necessidade de investimento. A partir dessa conversa, o crédito poderá ser<br />
destinado para o custeio da safra, para atividade agroindustrial, ou investimento em máquinas,<br />
equipamentos ou infra-estrutura de produção e serviços agropecuários ou não agropecuários.<br />
Porém quando estamos falando do homem do campo, sempre temos que salientar as<br />
dificuldades e a falta de acesso a informação, por estarem em áreas isoladas de difícil acesso.<br />
No cenário de dificuldades pelo qual passavam os agricultores familiares para “gerar<br />
suas atividades agrícolas e garantir assistência, otimizando tempo dando condições de vida<br />
adequadas para suas famílias, uma linha de crédito para a agricultura familiar foi considerada<br />
uma conquista importante”. (MUNIZ, 2008, p. 92)<br />
As políticas públicas são de suma importância para o movimento emergente de uma<br />
determinada região. A falta dessas políticas dificulta a fixação do homem no seu meio,<br />
levando-os assim ao êxodo rural e a elevação da população nas grandes cidades, acentuando<br />
com isso o problema social urbano. Problema esse que poderia ser minimizado se houvesse<br />
2
efetivamente a presença dessas políticas a atender a demanda do homem do campo, pois o<br />
mesmo não perderia o prazer de viver em sua região e tampouco sairia em busca de melhores<br />
condições de vida.<br />
O Semi-árido encontra-se totalmente na região tropical, ou seja, dentro de uma zona<br />
abrasadora, de intensas oscilações climáticas e representa para o Brasil uma das alternativas<br />
viáveis e com alto potencial de produção agrícola. Entretanto, faz-se necessário a utilização de<br />
políticas públicas voltadas à sustentabilidade do homem do campo nessa região, promovendo<br />
com isso o desenvolvimento sustentável sem, contudo, esgotar os recursos naturais presentes<br />
nesse bioma.<br />
O Governo Federal tem direcionado algumas políticas públicas para financiamentos que<br />
favorecem o desenvolvimento integrado da agricultura sustentável, mas que não têm sido<br />
suficientes para que haja uma mudança nesse segmento no Brasil. Percebe-se que, tais políticas<br />
deixam a desejar, ficando assim o produtor sem apoio para garantir a sua sobrevivência no<br />
período de sequeiro.<br />
Segundo Silva (2010), a importância da investigação do objeto de estudo se dá pelo fato<br />
de o PRONAF ser considerado o programa pioneiro efetivamente direcionado aos agricultores<br />
familiares, classe trabalhista que ocupa quase 84,4% dos estabelecimentos rurais do Brasil<br />
(BRASIL, MDA, 2010), representando 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros<br />
(MDA, 2008) e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. (GUILHOTO et al., 2007).<br />
Contudo, esta pesquisa questiona a necessidade de avaliar as políticas públicas<br />
direcionadas ao homem do campo, no período de entressafra, enfatizando o programa social<br />
PRONAF, e promovendo uma discussão acerca da efetiva aplicabilidade do referido programa.<br />
Neste sentido o objetivo geral proposto deste estudo é:<br />
Descrever a aplicação do PRONAF para os agricultores no município de Bananeiras <strong>–</strong><br />
PB.<br />
De forma mais especifica:<br />
Verificar a influência da vulnerabilidade á seca;<br />
Avaliar a aplicabilidade do PRONAF no município de Bananeiras;<br />
Caracterizar as diversas condições de crédito do PRONAF em Bananeiras no ano da<br />
pesquisa;<br />
Discutir as condições de vida do homem do campo no período de sequeiro no município<br />
de Bananeiras.<br />
A importância desse tema e a contribuição que se pretende apresentar através deste<br />
estudo, é dar visibilidade a esse programa tão discutido na mídia, mas pouco conhecido e<br />
3
explorado no interior da Paraíba. Além desta introdução este artigo está dividido em mais três<br />
seções seguidas das referencias.<br />
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA<br />
2.1 O fenômeno da seca<br />
Segundo Menezes (2002), a seca, além de ser um problema climático, é uma situação<br />
que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região.<br />
Palmer (1965), considera a seca como o intervalo de tempo, periodicamente na<br />
proporção de meses ou até mesmo anos, durante o qual as chuvas não são frequentes em<br />
relação ao climatologicamente esperado ou apropriado. Assim, com a falta de água, torna-se<br />
difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Dessa forma, a seca provoca a<br />
falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria no semi-árido nordestino. Comumente as<br />
pessoas caminham longas distâncias, sendo vitimadas de insolação fortíssimas, para pegar água<br />
- em alguns casos até suja e contaminada. Com uma nutrição deficiente e a utilização de água<br />
de baixa qualidade, os habitantes do sertão nordestino acabam vítimas de muitas doenças. O<br />
desemprego nessa região também é muito elevado, provocando o êxodo rural (saída das<br />
pessoas do campo em direção as cidades). Muitos habitantes fogem da seca em busca de<br />
melhores condições de vida nas cidades, como mostra o censo demográfico de 2010, em que é<br />
relatado que 73,1% da população nordestina reside na zona urbana. No mesmo estudo, em nível<br />
nacional, é apresentada uma taxa anual de desemprego equivalente a 6,7 %, o que embasa a<br />
migração decorrente do êxodo rural.<br />
As “secas” que periodicamente e sistematicamente afetam o semi-árido paraibano, pelos<br />
efeitos econômicos e sociais que provocam sobre a população rural, em particular, e sobre toda<br />
a economia regional em geral, são consideradas responsáveis pela caracterização do Nordeste<br />
como problema nacional, e políticas públicas visando combater, sem sucesso, seus efeitos,<br />
foram desenvolvidas durante todo o processo histórico da região. No Brasil, segundo Suassuna<br />
(2002), o que realmente caracteriza uma “seca” não é o baixo volume de chuvas caídas e sim a<br />
sua distribuição no tempo e no espaço.<br />
Nesse contexto está inserida a região Nordeste que segundo Vieira (2004) é<br />
caracterizada por condições semi-áridas, e por possuir uma grande variabilidade de climas e<br />
paisagens e um bioma bastante expressivo, a caatinga. Sua pluviometria anual média oscila<br />
entre um mínimo de 300 a 400 mm e um máximo de 700 a 800 mm, com distribuição espacial e<br />
temporal muito irregular e desigual, concentrada em 3 a 5 meses. Está assentada sobre uma<br />
4
área constituída predominantemente de rochas cristalinas impermeáveis. Daí, a ocorrência de<br />
solos geralmente rasos, baixa capacidade de infiltração, limitada capacidade de retenção natural<br />
dos recursos hídricos, alto escoamento superficial e reduzida drenagem natural (Suassuna,<br />
2002)<br />
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Nordeste, cerca de<br />
22% das famílias rurais, estão abaixo da linha de pobreza vivendo com meio salário mínimo,<br />
cerca de R$ 262,90.<br />
Ainda segundo essa fonte no último censo realizado em 2010, verificou-se que 60,33%<br />
da população de Bananeiras está localizada na zona rural. Essas famílias rurais vivem com<br />
renda aproximada de R$ 306,47 mensais. E nesse período de paralisação das atividades<br />
praticadas no calendário agrícola, essas famílias ficam na dependência de ações públicas<br />
assistencialistas que nem sempre funcionam e, mesmo quando funcionam, não geram<br />
condições para um desenvolvimento sustentável da região. Isso mostra a importância de se<br />
estudar as políticas públicas voltadas para os agricultores que estão inseridos nesse percentual<br />
estatístico, buscando conceitos para o que chamamos de agricultura familiar.<br />
2.2 Agricultura familiar<br />
O conceito de agricultura familiar é relativamente recente, pelo menos no Brasil. Tem,<br />
talvez, uns dez anos. Antes disso, falava- se em pequena produção, pequeno agricultor e, um<br />
pouco antes, ainda se utilizava o termo camponês.<br />
Barros (2006) define agricultura familiar como o “cultivo da terra realizado por<br />
pequenos proprietários rurais, tendo como mão-de-obra essencialmente o núcleo familiar, em<br />
contraste com a agricultura patronal, que utiliza trabalhadores contratados, fixos ou<br />
temporários, em propriedades médias ou grandes”.<br />
Para Denardi (2002), os empreendimentos familiares têm duas características principais:<br />
eles são administrados pela própria família; neles a família trabalha diretamente, com ou sem o<br />
auxílio de terceiros. Assim, “a gestão é familiar e o trabalho é predominantemente familiar”,<br />
sendo, “ao mesmo tempo, uma unidade de produção e de consumo e uma unidade de produção<br />
e de reprodução social”.<br />
A discussão acerca do tema se fazia necessário para um melhor entendimento sobre os<br />
dados que serão apresentados.<br />
Porém só nos últimos anos que como fundamenta Abramovay (2001) o Brasil tem<br />
adotado políticas públicas, de interesse social e econômico, para a agricultura familiar,<br />
estabelecendo mecanismos de acesso ao crédito e a terra.<br />
5
2.3 Políticas Públicas<br />
De acordo com Teixeira (2002) “políticas públicas” são diretrizes, princípios<br />
norteadores de ação do poder público; regras e procedimentos para as relações entre poder<br />
público e sociedade, mediações entre atores da sociedade e do Estado. São, nesse caso, políticas<br />
explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documentos (leis, programas, linhas de<br />
financiamentos) que orientam ações que normalmente envolvem aplicações de recursos<br />
públicos. Nem sempre porém, há compatibilidade entre as intervenções e declarações de<br />
vontade e as ações desenvolvidas. Devem ser consideradas também as “não-ações”, as<br />
omissões, como formas de manifestação de políticas, pois representam opções e orientações<br />
dos que ocupam cargos. Teixeira (2002) afirma ainda que o objetivo da política pública é<br />
responder às demandas, principalmente dos setores marginalizados da sociedade, considerados<br />
como vulneráveis. Essas demandas são interpretadas por aqueles que ocupam o poder, mas<br />
influenciadas por uma agenda que se cria na sociedade civil através da pressão e mobilização<br />
social.<br />
Segundo Abramovay (2001), essas políticas públicas vêm sendo absorvidas rapidamente<br />
por muitos intelectuais e por movimentos sociais que discutem a questão agrária, como um<br />
meio transformador, visto como a possibilidade de gerar o “desenvolvimento rural”. Esse seria<br />
um meio concreto de inclusão social para amplos segmentos da produção familiar brasileira,<br />
apresentando-se como uma alternativa de mudança na configuração da exclusão e da pobreza<br />
do espaço agrário.<br />
Porém a análise dessas políticas só torna-se concreta à medida que se passa a estudar<br />
ações específicas e dirigidas para determinados segmentos econômicos e sociais. Nesse<br />
momento, podem-se confirmar os pressupostos de que as políticas públicas sociais em<br />
sociedades capitalistas tendem a concentrar esforços e investimentos para a produção<br />
econômica e seus beneficiários em detrimento daqueles que trabalham para sobreviver. Isso<br />
fundamentado ideologicamente na idéia de que o desenvolvimento econômico é o principal<br />
motor da geração de emprego e renda, portanto, capaz de atender às necessidades humanas.<br />
2.4 Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar <strong>–</strong> PRONAF<br />
Segundo o BNB o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar -<br />
PRONAF foi criado pelo Decreto nº 1.946, de 28 de junho de 1996, com a finalidade de<br />
promover o desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores<br />
6
familiares, de modo a propiciar-lhes o aumento da capacidade produtiva, a geração de<br />
empregos e a melhoria de renda.<br />
No que tange essas políticas públicas, o PRONAF é o que mais se destaca hoje no país.<br />
Ele é a primeira política pública diferenciada em favor dos agricultores familiares brasileiros,<br />
financiado pelo Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Essa política<br />
pública é uma conquista dos movimentos sociais e sindicais de trabalhadores rurais nas últimas<br />
décadas. Suas lutas podem ser simbolizadas pelos Gritos da Terra Brasil, liderados pela Contag<br />
e, no caso da Região Sul, pelas ações e pressões da Frente Sul da Agricultura Familiar.<br />
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o PRONAF financia<br />
projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da<br />
reforma agrária. Mas é de suma importância salientar que existe uma clientela de famílias<br />
rurais descapitalizadas devido a não alfabetização, a falta de qualificação. Como conseqüências<br />
dessas carências, são gerados indicadores que expressam: a incapacidade de comercialização, a<br />
baixa escala de produção, falta de agregação de valor à produção, diversificação excessiva, a<br />
existência de tecnologias incompatíveis, pouca disponibilidade de formação e informação, as<br />
relações desfavoráveis e a inexistência de políticas agrícolas.<br />
O acesso ao PRONAF inicia-se na discussão da família sobre a necessidade do crédito,<br />
seja ele para o custeio da safra ou atividade agroindustrial, seja para o investimento em<br />
máquinas, equipamentos ou infra-estrutura de produção e serviços agropecuários ou não<br />
agropecuários.<br />
Após a decisão do que financiar, a família deve procurar o sindicato rural ou a Empresa<br />
de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (EMATER) para obtenção da Declaração<br />
de Aptidão ao Pronaf (DAP) 1 , que será emitida segundo a renda anual e as atividades<br />
exploradas, direcionando o agricultor para as linhas específicas de crédito a que tem direito.<br />
Para os beneficiários da reforma agrária e do crédito fundiário ele deve procurar o Instituto<br />
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) ou a Unidade Técnica Estadual (UTE).<br />
O agricultor deve estar com o CPF regularizado e livre de dívidas. As condições de acesso ao<br />
Crédito PRONAF, formas de pagamento e taxas de juros correspondentes a cada linha são<br />
definidas, anualmente, a cada Plano Safra da Agricultura Familiar, divulgado entre os meses de<br />
junho e julho.<br />
Tremea (2001) enfatiza que o fator de desenvolvimento da agricultura familiar está<br />
sobre a agregação de valor sobre a produção, “através da implantação do processo de<br />
agroindustrialização, criando uma nova organização social, de parceria associativa entre os<br />
produtores e seus familiares, de geração de emprego e renda”.<br />
1 Ver anexo I modelo de Declaração de Aptidão ao PRONAF.<br />
7
Na ótica de Kocziceskik (2007), uma das formas para buscar a equidade ou igualdade,<br />
dentre as maneiras exógenas, é a de injetar no sistema rural financiamentos e subsídios,<br />
obedecendo “princípios participativos, sem distinção, cooperativo, democrático, de visão<br />
sistêmica e com supervisão, orientação e treinamentos educativos informais”.<br />
Assim sendo, o papel da política pública na liberação de crédito para o setor agrícola é<br />
financiar a sobrevivência do agricultor e dos possíveis animais que estão sendo tratados em sua<br />
propriedade. Sendo esta obra uma discussão das Políticas Públicas voltadas ao homem do<br />
campo no período de entressafra, aguçou-se a curiosidade em conhecer esta teoria na visão de<br />
outros autores que embasam essa realidade em outras partes do país.<br />
3 - PROCEDIMENTOS METO<strong>DO</strong>LÓGICOS<br />
Esta é uma pesquisa documental, bibliográfica e de abordagem qualitativa. A pesquisa<br />
qualitativa segundo Lüdke e André (1996) consiste no trabalho intensivo de busca direta dos<br />
fenômenos em suas manifestações, sem qualquer manipulação intencional do pesquisador.<br />
A análise qualitativa, caracteriza-se, em princípio, pela não-utilização de instrumental<br />
estatístico na análise dos dados. Esse tipo de análise tem por base conhecimentos teórico-<br />
empíricos que permite atribuir cientificidade e tem o ambiente natural como fonte direta dos<br />
dados e o pesquisador como instrumento chave.<br />
Para coleta de dados referentes às atividades desenvolvidas no município, utilizar-se-á<br />
a pesquisa documental, investigando documentos externos (governamentais) através dos censos<br />
mais recentes do IBGE, e de dados fornecidos pela EMATER local, afim de investigar a efetiva<br />
aplicabilidade do PRONAF no município de Bananeiras <strong>–</strong> PB.<br />
As informações coletadas serão interpretadas a partir da técnica de análise de conteúdo<br />
como nos diz Minayo (2004, p. 74): que é “[...] através da análise de conteúdo, que podemos<br />
encontrar respostas para as questões formuladas e também podemos confirmar ou não as<br />
afirmações estabelecidas antes do trabalho de investigação (hipótese)”.<br />
4 - ANÁLISE DE RESULTA<strong>DO</strong>S<br />
4.1 Caracterização do Município de Bananeiras<br />
Bananeiras, município do estado da Paraíba (Brasil), segundo o IBGE, no ano de 2010<br />
tinha população estimada em 21.851 habitantes distribuídos em uma área territorial de 258 km²,<br />
com densidade demográfica de 84,72 hab/ km², onde cerca de 13180 habitantes são residentes<br />
8
da zona rural. Localizada na Serra da Borborema, região do Brejo paraibano, a 141 km de João<br />
Pessoa, 150 km de Natal e a 70 km de Campina Grande, com altitude de 526 metros, a cidade<br />
possui clima frio úmido, com temperatura média de 28°C no verão e 10 °C no inverno,<br />
característica do brejo de altitude.<br />
A cidade de Bananeiras desfruta de um clima tropical ameno, com chuvas regulares.<br />
Tem vários roteiros turísticos que valorizam sua natureza, história e cultura, como visitas a<br />
igrejas, trilhas, cachoeiras etc. O município está incluído na área geográfica de abrangência do<br />
semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta<br />
delimitação tem como critério o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.<br />
4.2 Verificação da influência da vulnerabilidade à seca baseando-se nos dados<br />
demográficos obtidos no censo de 2010 pelo IBGE.<br />
Devido ao nível de exigência física, a atividade agropecuária ocupa nas frentes produtivas<br />
rurais um percentual de homens superior ao das mulheres. Basicamente quando o homem está<br />
na lavoura, a mulher fica em casa para servir nas obrigações domésticas.<br />
A Tabela 1 mostra a distribuição percentual de homens e mulheres que residem na zona<br />
rural do município de Bananeiras - PB.<br />
Tabela 1.Divisão percentual de gêneros da população residente na zona rural no município de<br />
Bananeira-PB -2010<br />
Sexo (f) %<br />
Homem 6719 50,96<br />
Mulher 6464 49,04<br />
TOTAL 13183 100<br />
Fonte: Censo 2010, IBGE<br />
No que se refere à quantidade de pessoas que vivem na zona rural de Bananeiras, a<br />
Tabela 1 mostra que os 13183 habitantes estão distribuídos em percentuais distintos, onde<br />
50,96% corresponde a quantidade de homens, contra 49,04% que representa o percentual de<br />
residentes do sexo feminino.<br />
9
Com o propósito de mensurar a capacidade intelectual dos residentes rurais, foi avaliado<br />
o percentual de habitantes alfabetizados, visto que esse dado é de suma importância para a<br />
aquisição de tecnologias para o manejo das tarefas agropecuárias no período de seca.<br />
Como enfatiza Peres (2010), o semi-árido é uma área predominantemente rural, que<br />
apresenta um dos piores índices de analfabetismo do país, que coincidentemente é uma região<br />
caracterizada pela precariedade estrutural, que inclui a não-oferta de escolas públicas de boa<br />
qualidade. Ainda segundo esse autor, as taxas de analfabetismo aumentam conforme diminui o<br />
nível de desenvolvimento urbano dos municípios, ou seja, quanto menos desenvolvido for o<br />
município, maiores serão as taxas de analfabetismo.<br />
Ao analisar a capacidade intelectual dos trabalhadores rurais inscritos na frente<br />
trabalhista no município de Bananeiras, foi verificado que das 7553 pessoas alfabetizadas,<br />
residentes na zona rural, apenas, 46,1% são homens. Sabendo que as atividade agropecuárias<br />
preferencialmente são executadas por homens, esse dado mostra a carência de mão de obra<br />
qualificada. Esse percentual elevado está intimamente ligado ao número de habitantes homens<br />
serem bem maior que o de mulheres.<br />
TABELA 2. Analfabetismo na zona rural do município de Bananeiras <strong>–</strong> PB - 2010.<br />
Sexo (f) %<br />
Homens 3480 46,07<br />
Mulheres 4073 53,93<br />
TOTAL 7553 100<br />
IBGE- Censo 2010<br />
As variáveis acima, referentes ao analfabetismo na zona rural de Bananeiras,<br />
apresentam dados reveladores de um dos efeitos desarticuladores da seca, já que esses dados<br />
estão intimamente ligados à pobreza e à miséria, que são vetores que impedem o<br />
desenvolvimento de uma região. O elevado percentual de analfabetismo na zona rural revela<br />
que a seca é uma catástrofe que vai além das perdas materiais.<br />
4.3 Aplicabilidade do PRONAF no município de Bananeiras.<br />
O programa PRONAF age dando suporte a seis subprogramas, que são: Programa<br />
Garantia Safra; Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); Programa de Crédito Fundiário e<br />
Combate à Pobreza Rural; Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER); Programa Mais<br />
Alimentos e Programa Biodiesel.<br />
10
O plano de ação do Programa Garantia Safra visa garantir renda mínima aos agricultores<br />
familiares do semi-árido através da contratação de um seguro safra especificamente para as<br />
culturas de arroz, feijão, milho, mandioca e algodão, sendo acionado quando os efeitos<br />
climáticos causados pela seca ou pelo excesso de chuvas provoquem perdas de pelo menos<br />
50% da produção.<br />
Por outro lado, o subprograma PAA possui quatro ações distintas, a primeira favorece a<br />
compra direta da agricultura familiar, para a aquisição de produtos agropecuários definidos<br />
pelo Governo, a preços de referência, em pólos de compra instalados próximos aos locais de<br />
produção. A segunda ação do PAA é comprar para doação simultânea, que age na doação de<br />
alimentos, adquiridos de agricultores familiares à populações em situação de insegurança<br />
alimentar. Essa ação está vinculada a merenda escolar pelo Programa Nacional de Alimentação<br />
Escolar (PNAE). O subprojeto Formação de Estoques pela Agricultura Familiar age na<br />
aquisição pelo Governo Federal de produtos alimentícios oriundos desses agricultores,<br />
objetivando a sustentação de preços e agregação de valor.<br />
O projeto Incentivo à Produção e Consumo do Leite garante a compra do leite dos<br />
agricultores familiares a preços mais justos e fortalece a cadeia produtiva. A Assistência de<br />
Terra (ATER) presta assistência técnica às famílias dos agricultores familiares. Este programa<br />
tem como eixo orientador os princípios da agroecologia. O Programa Mais Alimentos é uma<br />
ação estruturante que possibilita ao agricultor familiar a modernização, adquirir máquinas,<br />
insumos agrícolas e novos equipamentos entre outras atividades. O limite de crédito é de R$<br />
100 mil reais, que podem ser pagos em até dez anos, com até três anos de carência e juro de<br />
2% ao ano.<br />
O programa Biodiesel disponibiliza instrumentos como crédito, zoneamento, ATER,<br />
fomento e benefícios fiscais (Selo Combustível Social). É um apoio à participação da<br />
agricultura familiar na cadeia produtiva do Biodiesel nas elaborações e divulgações de<br />
estudos sócio-econômicos das Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD’s) .<br />
Dos seis subprojetos do PRONAF, estão em operação no município o Programa Garantia<br />
Safra; Programa PAA; Programa de Crédito Fundiário e Combate à Pobreza Rural; ATER;<br />
Programa Mais Alimentos.<br />
Para ter acesso aos programas a cima, os agricultores deverão se inscrever no DAP como<br />
mostra o ANEXO I. No ano de 2010 foram inscritos 121 agricultores nos quais 74,38% são<br />
homens e 25% mulheres. A quantidade de associados é baixa quando comparada ao total de<br />
estabelecimentos rurais computados pelo IBGE no censo de 2010, que é 2071<br />
estabelecimentos. Esse percentual baixo revela a falta de oportunidade ao crédito nas áreas<br />
11
isoladas e a carência de propagandas áudios-visuais para que os agricultores analfabetos<br />
possam se informar das ofertas que o PRONAF subsidia.<br />
Tabela 3. Percentual de inscritos no DAP em 2010<br />
Sexo (f) %<br />
Homens<br />
Mulheres<br />
TOTAL<br />
90 74,38<br />
31 25,62<br />
121 100<br />
EMATER- Bananeiras- PB, 2010.<br />
A TABELA 3 revela que o PRONAF em 2010 não atendeu com efetividade todos os<br />
trabalhadores rurais residentes em Bananeiras, e alerta para a necessidade de intensificação do<br />
plano safra da agricultura familiar no calendário agrícola 2011/2012, a fim de superar as<br />
condições de pobreza extrema, com inclusão social e produtiva direcionadas a agricultores que<br />
desconhecem o PRONAF.<br />
O PRONAF financia projetos para as diversas aptidões que a propriedade detenha. Com<br />
condições de pagamento atrativas e bem abaixo do mercado, como mostra o Anexo II.<br />
Ao confrontar os agricultores associados em 2010 com as possibilidades de crédito do<br />
corrente ano, foi observado que 103 agricultores conseguirão crédito com valores entre R$<br />
2000,00 a R$ 2500,00, isso se a condições de posse ou uso da terra. De acordo com a<br />
EMATER, 85,13% são meeiros (trabalham na terra de terceiros), o que dificulta o acesso ao<br />
crédito.<br />
TABELA 4. Percentual de associados às diversas condições de crédito do PRONAF em<br />
Bananeiras -2010<br />
Valor do Crédito (R$)<br />
R$ 2.000,00<br />
R$ 2.500<br />
Entre R$ 3000 a R$ 6000<br />
Entre R$ 7000 a R$ 15000<br />
Mais do que R$16 000<br />
TOTAL<br />
EMATER- Bananeiras- PB, 2010<br />
(f) %<br />
33 27,27<br />
70 57,86<br />
2 1,65<br />
12 9,92<br />
4 3,3<br />
121 100<br />
Os percentuais apresentados na TABELA 4 revelam que dos 121 agricultores<br />
associados, 85,13% obtiveram créditos inferiores,1,65% dos trabalhadores rurais conseguiram<br />
12
créditos de R$ 3000,00 a R$ 6000,00, 9,92% trabalhadores rurais adquiriram valores entre R$<br />
7000,00 e R$ 15 000,00;e 3,3% dos trabalhadores rurais conseguiram crédito de R$ 16.000,00.<br />
Mera (2010), em seu estudo observou que há facilidade de financiar e de comprar<br />
equipamentos para atividade leiteira, que existe um financiamento mais barato podendo<br />
financiar a lavoura; há facilidade de financiar e aumentar a renda da família; existe a<br />
possibilidade de utilizar o financiamento para melhorar a produção e a qualidade de vida; e a<br />
proteção da lavoura contra fatores adversos da natureza; são fatores determinantes que levam<br />
os agricultores interessar-se pelo PRONAF e as formas de aplicação dos recursos.<br />
Porém quando são confrontadas as vaiáveis supracitadas com o planejamento do uso dos<br />
recursos do PRONAF, a realidade vem a tona, é significativo segundo a EMATER o número de<br />
agricultores que usam os recursos custeio das atividades agrícolas, porém existe a possibilidade de<br />
utilizar o crédito pagando as dívidas o que revela uma ação fora da metodologia do PRONAF.<br />
Existe uma parcela que utiliza o crédito para comprar bens de consumo duráveis, alguns<br />
agricultores planejam usá-lo para compras de animais, melhoria da infraestrutura da sua<br />
propriedade, e para comprar bens de consumo não duráveis.<br />
Mera (2010) ainda afirma que os recursos do PRONAF não conseguem atingir<br />
plenamente seu público alvo. Até mesmo, aqueles agricultores que possuem experiência com o<br />
sistema bancário e burocrático sentiram dificuldades para acessar o programa, mesmo contando<br />
com a orientação da EMATER. Além disso, a grande maioria dos agricultores acredita que há<br />
disparidade no uso dos recursos, sendo o mesmo utilizado para quitar dívidas que não foram<br />
contraídas pelo PRONAF, deixando evidente a falta de fiscalização sobre o uso dos recursos.<br />
4.4 Discussão acerca das condições de vida do homem do campo no período de sequeiro<br />
no município de Bananeiras-PB.<br />
O semi-árido nordestino é uma região caracterizada pela expressiva falta de água. Essa<br />
carência limita as possibilidades de uma ação presente da atividade agropecuária, o que reforça<br />
a necessidade de políticas públicas direcionadas ao homem localizado nessa localidade.<br />
O município de Bananeiras apresenta uma zona rural repleta de possibilidades para a<br />
execução de atividades rurais, porém a falta de qualificação profissional afeta a produtividade<br />
e o rendimento das cultivares plantadas na região. Por estar situada no bioma caatinga e<br />
consequentemente em região semi-árida, sofre situações naturais adversas todos os anos.<br />
Em período de sequeiro, que é caracterizado quando segundo a tradição nordestina até o<br />
dia 19 de março (Dia de São José), não chove, a falta de água atinge a lavoura, e caso se<br />
estenda os animais e os homens serão afetados também. Nessas condições, crianças, jovens e<br />
13
adultos têm que percorrer quilômetros de distância para conseguir água nos barreiros, lagos,<br />
cacimbas, poços e rios. Muitas vezes o reservatório de água só serve para tomar banho e matar<br />
a sede dos animais. Esse período é marcado pela estagnação das tarefas agrícolas, e o agricultor<br />
sem manejar a terra e a criação para produzir o necessário para sobreviver, ou seja, não tem<br />
perspectivas de nada.<br />
A principal causa da estagnação das tarefas agrícolas deve-se à falta de treinamentos<br />
direcionados aos agricultores a fim de colocar em prática técnicas de manejo de culturas<br />
alternativas para esse período de seca. Uma técnica a ser executada seria a produção de feno,<br />
silagem, barragens subterrâneas, cultivo de plantas xerófitas, construções de várias cisternas<br />
para que a água seja armazenada em abundância. A terra detém grande potencial de produção,<br />
o que falta é um plano de ação direcionado aos agricultores em situação de isolamento.<br />
Como foi discutido neste trabalho a grande parcela da população da zona rural de<br />
Bananeiras não está assistida pelo PRONAF, e a EMATER, que é o órgão responsável, terá<br />
como desafio, inscrever mais agricultores familiares, intensificar a assistência e fornecer<br />
tecnologia para que as políticas públicas atinjam com unanimidade o homem do campo.<br />
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Este estudo descreveu o processo de aplicação do PRONAF para os agricultores no<br />
município de Bananeiras <strong>–</strong> PB. No que se refere aos dados apresentados pelo IBGE, no censo<br />
de 2010, foi constatado que a zona rural do município de Bananeiras apresenta um percentual<br />
elevado de habitantes quando comparado com a zona urbana.<br />
O índice de analfabetismo do município, quando comparado com o trabalho de Peres<br />
(2010), comprovou que as taxas de analfabetismo aumentam conforme diminui o nível de<br />
desenvolvimento urbano dos municípios, ou seja, quanto menos desenvolvido for o município,<br />
maiores serão as taxas de analfabetismo. No caso de Bananeiras, os dados são expressivos<br />
devido à grande parcela da população está localizada na zona rural, em que não há existência<br />
de desenvolvimento urbano.<br />
As políticas públicas destinadas ao homem do campo através do PRONAF encontram<br />
grande dificuldade na sua aplicabilidade no município de Bananeiras, devido ao significativo<br />
percentual de analfabetos. A aplicabilidade do PRONAF no período de estudo foi muito baixa<br />
quando comparada ao número de agricultores residentes.<br />
14
O município de Bananeiras apresenta uma zona rural repleta de possibilidades de<br />
atividade agropecuária, contudo o elevado nível de analfabetismo dos agricultores e,<br />
conseqüentemente, falta de qualificação profissional, afetam a produtividade e o rendimento<br />
das lavouras na região. Por estar situada no bioma caatinga e conseqüentemente em região<br />
semi-árida, o município sofre adversidades naturais todos os anos. Percebe-se que o PRONAF<br />
não atinge com unanimidade os residentes da zona rural no município de Bananeiras.<br />
Diante do exposto, pode-se concluir que ainda há muito que fazer, pensar, pesquisar,<br />
discutir e debater sobre esse assunto, que por si só é tão complexo. As possibilidades não se<br />
esgotam com esta pesquisa, sugere-se para um trabalho posterior discutir possíveis<br />
determinantes do insucesso de políticas públicas voltadas para o homem do campo no<br />
município.<br />
15
Ednardo Gabriel de Sousa, graduado em Licenciatura Plena em Ciências Agrárias pela<br />
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 2008. Especialista em Gestão Pública Municipal pela<br />
Universidade Federal da Paraíba (2011). Professor titular das Prefeituras Municipais de Araruna/PB<br />
e Casserengue /PB, onde atua como professor do Ensino Fundamental II, na área de Ciências<br />
Naturais.<br />
Contato: ednardogabriel@hotmail.com<br />
16
6. REFERÊNCIAS<br />
AVALIAÇÃO <strong>DO</strong> PRONAF-A no Assentamento Banhos, no Município de Morada Nova <strong>–</strong><br />
Ceará. Universidade Federal do Ceará- UFCE, 2011.<br />
ABRAMOVAY, Ricardo (Coord.). Impasses Sociais da Sucessão Hereditária na Agricultura<br />
familiar. Brasília, Nead/Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2001<br />
- Funções e medidas da ruralidade no desenvolvimento contemporâneo. In O Futuro<br />
das Regiões Rurais, Porto alegre: Ed. UFRGS, 2003.<br />
BARROS, Geraldo Sant’Ana de Camargo. Agricultura familiar. Centro de Estudos<br />
Avançados em Economia, julho, 2006.<br />
BELLEN, Hans Michael Van . Desenvolvimento Sustentável: Uma Descrição das Principais<br />
Ferramentas de Avaliação. 2003. Disponível no site;<br />
http://www.scielo.br/pdf/asoc/v7n1/23537.pdf . Acessado em 08/10/2011.<br />
BRASIL. Decreto nº 1.946, de 28 de junho de 1996. Cria o programa nacional de<br />
fortalecimento da agricultura familiar <strong>–</strong> PRONAF, e dá outras providências. Diário Oficial da<br />
União, Brasília, DF, 1 julho 1996. Disponível em: .<br />
Acesso em: 2. mar.2005.<br />
DENARDI, Reni Antonio, 2002. Agricultura familiar e políticas públicas:alguns dilemas e<br />
desafios para o desenvolvimento rural sustentável.<br />
DUARTE, Renato. Seca, pobreza e políticas públicas no nordeste do Brasil. Disponível no site<br />
: <br />
GUILHOTO, J. J. M. et al. PIB da Agricultura familiar: Brasil-Estados. Brasília, DF: MDA,<br />
2007. (NEAD Estudos, n. 19)<br />
KOCZICESKI, SÉRGIO LUIZ. Sucessão na agricultura familiar: Problemática Social e<br />
Desafios Para a Gestão Pública em Paulo Bento/RS. ERECHIM-RS, 2007<br />
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São<br />
Paulo: EPU, 1996.<br />
MERA, Claudia Prudêncio.& DI<strong>DO</strong>NET, Graciela Beck. Aplicação dos recursos do PRONAF<br />
pelos agricultores familiares.município de Cruz Alta (RS), 2010.<br />
MENEZES, Edith Oliveira. Seca no Nordeste - desafios e soluções. Editora: Atual.2002<br />
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde.<br />
8. ed. São Paulo: Hucitec, 2004<br />
MUNIZ, C. Reflexões sobre a criação e implementação do Programa Nacional de<br />
Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Revista Avaliação de Políticas Públicas,<br />
v. 1, n. 1, p. 91-99, jan./jun. 2008.<br />
PALMER, L.R Mycenaeans and Minoans, 2a ed. , Nova Iorque: Alfred A. Knopf. 1965.<br />
17
RODRIGUES, M. F. F. ; LIMA, Aline Barbosa de . A agricultura Familiar sob a Ótica do<br />
Estado: uma leitura do PRONAF na Paraíba. In: I simpósio Internacional de Geografia<br />
Agrária, 2003, São Paulo. O campo no século XXI. São Paulo: Universidade de São Paulo<br />
(USP), 2003. p. 1-11.<br />
SILVA, Osias Pereira da. Avaliação do PRONAF <strong>–</strong>A no assentamento Banhos no municpio de<br />
Morada Nova <strong>–</strong> Ceará . 2010. Disponível no site: http://wpmapp.oktiva.com.br/wpmapp/files/2011/07/Osias-Pereira-da-Silva-2010.pdf<br />
Acessado em 27/10/2011<br />
SUASSUNA, J. Semi-árido: proposta de convivência com a seca.2002. Disponível em<br />
http://www.fundaj.gov.br/docs/tropico/desat/js070202.html Acessado em 08/11/2011<br />
TEIXEIRA. Elenaldo Celso. O papel das Políticas Públicas no Desenvolvimento Local e na<br />
Transformação da Realidade. AATR-BA, 2002<br />
TREMEA, Oddir. Uma proposta para viabilizar a agricultura familiar: o pacto novo Rio<br />
Grande. In: TEDESCO, João Carlos (Org.). Agricultura familiar: realidades e perspectivas. 3<br />
ed. Passo Fundo, UPF, 2001.<br />
VIEIRA, Maria de Lourdes Gomes Meira. Análise das políticas compensatórias e das<br />
estratégias de sobrevivência do homem do campo, principalmente no período de seca: um<br />
estudo de caso. Fortaleza-Ceará, 2004.<br />
.ZANELLA, Liane Carly Hermes, Metodologia de estudo e de pesquisa em administração.<br />
Florianópolis-SC: Capes:UAB,2009.<br />
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1<br />
<br />
http://www.suapesquisa.com/geografia/seca_nordeste.htm<br />
http://www.mda.gov.br/portal/saf/programas/PRONAF<br />
18
ANEXO I<br />
ANEXO 2<br />
19