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(Brasil) - Reflexões sobre a vaidade dos homens - iPhi

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amor ainda que jure escravidões, nem por isso consente nelas; e<br />

quando é bem entendido, não costuma ser vil, reverente sim; a<br />

submissão por degenerar em baixeza não faz ao amor menos<br />

inconstante; a firmeza não se fêz para obstinação. Não é suave o<br />

jugo da beleza; apenas se lhe pode sustentar o pêso; a arrogância,<br />

que a acompanha sempre, exige condições tão fortes, que o<br />

mesmo afeto, que por fôrça as aceita no princípio, depois as<br />

desvanece; porque o amor se busca a for-mosura também foge<br />

da aspereza; um gênio severo, e duro, não pode inspirar<br />

constância, retiro sim: por mais que estejam preocupa<strong>dos</strong> os<br />

senti<strong>dos</strong>, nem por isso estão sempre dispostos para sofrer; e com<br />

efeito o amor fêz-se para delícia; e não para castigo, fêz-se para<br />

alívio, e não para tormento, para gôsto, e não para martírio.<br />

Não há encanto que

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