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Dissertação Final - Hospital Veterinário do Baixo Vouga

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Discussão<br />

da <strong>do</strong>xorrubicina, em três animais com OSA sujeitos a tratamento quimioterápico adjuvante. Ao<br />

longo <strong>do</strong>s 18 ciclos, tanto a carboplatina como a <strong>do</strong>xorrubicina foram responsáveis por <strong>do</strong>is<br />

episódios de anemia. Não se registaram episódios de trombocitopenia após a administração de<br />

nenhum destes compostos. Ambos os episódios de neutropenia ligeira ocorreram após a<br />

administração da carboplatina em diferentes animais, com valores de 2270 neutrófilos/µl e 2510<br />

neutrófilos/µl. Fox (2008) refere o poder mielossupressor deste composto. Chun e seus<br />

colabora<strong>do</strong>res (2000) durante o tratamento <strong>do</strong> OSA a 16 animais, num total de 64 sessões com<br />

<strong>do</strong>xorrubicina não verificaram a necessidade de adiar os tratamentos, mas foi necessária a<br />

redução da <strong>do</strong>se em 2 animais devi<strong>do</strong> à ocorrência de neutropenia. À semelhança <strong>do</strong> que ocorreu<br />

no nosso estu<strong>do</strong>, nenhum animal necessitou descontinuar a terapia devi<strong>do</strong> aos efeitos adversos.<br />

No estu<strong>do</strong> de Kent e colabora<strong>do</strong>res (2004) após intervenção cirúrgica para o tratamento<br />

de OSA, 32 cães receberam a carboplatina e a <strong>do</strong>xorrubicina, com o objectivo de determinar a<br />

eficácia da quimioterapia oncológica, a toxicidade e os factores de prognóstico associa<strong>do</strong>s ao<br />

OSA. Num total realizaram-se 88 administrações de carboplatina e 82 administrações de<br />

<strong>do</strong>xorrubicina. A carboplatina foi responsável por 73,3% <strong>do</strong>s episódios de neutropenia ocorri<strong>do</strong>s,<br />

66,7% <strong>do</strong>s episódios de trombocitopenia e por to<strong>do</strong>s os adiamentos <strong>do</strong>s ciclos necessários. Todas<br />

as toxicidades da carboplatina foram de grau I ou II, não se observan<strong>do</strong> sinais clínicos de<br />

toxicidade grave em nenhum <strong>do</strong>s animais.<br />

No nosso estu<strong>do</strong>, à semelhança <strong>do</strong> observa<strong>do</strong> por Chun e seus colabora<strong>do</strong>res (2000)<br />

ocorreram efeitos gastrintestinais adversos, embora de intensidade leve. Em 66,7% <strong>do</strong>s ciclos em<br />

que se administrou a <strong>do</strong>xorrubicina registaram-se episódios de náusea/anorexia, em grau I<br />

(83,7%) e grau II (16,7%). A carboplatina provocou sintomatologia gastrintestinal leve em<br />

44,4% <strong>do</strong>s ciclos em que foi utilizada. Em nenhum <strong>do</strong>s ciclos de tratamento se observou a<br />

existência de diarreia.<br />

No que diz respeito à toxicidade gastrintestinal, Kent e colabora<strong>do</strong>res (2004) observaram<br />

que a carboplatina foi responsável por 66,7% <strong>do</strong>s episódios de anorexia e 45,3% <strong>do</strong>s episódios<br />

de vómito. Os três episódios de diarreia referi<strong>do</strong>s pelos proprietários foram atribuí<strong>do</strong>s à<br />

<strong>do</strong>xorrubicina. A <strong>do</strong>se da carboplatina foi reduzida num animal por duas vezes e a <strong>do</strong>se da<br />

<strong>do</strong>xorrubicina foi rectificada por quatro vezes em diferentes animais. Paralelamente, no nosso<br />

estu<strong>do</strong> não houve necessidade de adiar os ciclos nem de reduzir as <strong>do</strong>ses <strong>do</strong>s quimioterápicos. À<br />

semelhança <strong>do</strong> nosso estu<strong>do</strong>, nenhum animal precisou de hospitalização devi<strong>do</strong> a toxicidades.<br />

Num outro estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por Chun e seus colabora<strong>do</strong>res (2005), após a amputação <strong>do</strong><br />

membro a 35 cães com OSA apendicular foram submeti<strong>do</strong>s a quatro ciclos de quimioterapia com<br />

cisplatina e <strong>do</strong>xorrubicina com intervalos de 21 dias, com o objectivo de determinar a eficácia e<br />

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