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Dissertação Final - Hospital Veterinário do Baixo Vouga

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Introdução teórica<br />

Segun<strong>do</strong> Ogilvie (1998), cuida<strong>do</strong>s adicionais no tratamento clínico da mielotoxicidade<br />

incluem: técnicas de assepsia na mudança das bandagens e procedimentos de cuida<strong>do</strong>s pós<br />

operatórios; minimizar os traumas especialmente em animais com trombocitopenias; controlo<br />

das hemorragias através da pressão directa prolongada ou aplicação <strong>do</strong> frio; se há suspeita de<br />

septicemia está indicada a colheita de urina para cultura, hemograma e se for o caso, cultura <strong>do</strong><br />

aspira<strong>do</strong> transtraqueal.<br />

1.4.3. Efeitos adversos sobre o trato gastrintestinal<br />

A toxicidade <strong>do</strong> trato gastrintestinal (TGI) constitui um potencial efeito adverso da<br />

quimioterapia oncológica (Richardson e Dobish, 2007).<br />

Os efeitos adversos <strong>do</strong> TGI podem ocorrer secundariamente à lesão primária das células<br />

<strong>do</strong> epitélio ou por estimulação <strong>do</strong>s receptores da zona “trigger”, pode ser ligeira e auto-limitante,<br />

moderada ou grave (Vail, 2009). Segun<strong>do</strong> Richardson e Dobish (2007) o mecanismo que<br />

provoca a diarreia resulta da citotoxicidade das criptas e alterações nas enzimas intestinais. Pela<br />

susceptiblidade à translocação bacteriana após lesão na mucosa, os animais com diarreia<br />

induzida pela administração apresentam um eleva<strong>do</strong> risco de septicemia (Vail, 2009).<br />

As manifestações clínicas <strong>do</strong>s transtornos <strong>do</strong> TGI incluem anorexia, náusea/vómito,<br />

gastroenterocolite e/ou diarreia (Lana, 2003). As náuseas/vómitos podem ocorrer de forma<br />

aguda, nas primeiras 24h como acontece aquan<strong>do</strong> na administração da cisplatina (Vail, 2009) ou<br />

com mais frequência 2 a 5 dias após o ciclo da quimioterapia oncológica (Withrow e<br />

MacEwen’s, 2007).<br />

A <strong>do</strong>xorrubicina pode provocar colite (sangue fresco e muco nas fezes, acompanha<strong>do</strong> de<br />

tenesmo) (Ogilvie, 1998; Argyle, 2008). A este fármaco anti-neoplásico estão associa<strong>do</strong>s outros<br />

efeitos adversos sobre o TGI, nomeadamente o vómito, a anorexia e a diarreia, que ocorrem 2 a 5<br />

dias após a sua administração (McKnight, 2003; Fox, 2008). Este sinais clínicos também são<br />

frequentemente associadas à utilização da ciclofosfamida (Ogilvie, 1998; McKnight, 2003), ao<br />

tratamento com a vincristina (Chun et al., 2001) e com a carboplatina, embora comparativamente<br />

com a cisplatina esta última apresente menor poder émetico (McKnight et al., 2003; Kisseberth<br />

et al., 2008).<br />

A minimização <strong>do</strong>s efeitos adversos sobre o TGI envolve a utilização de fármacos antieméticos,<br />

durante 1 a 2 semanas após o ciclo, como a metoclopramida (0,2-0,4mg/Kg, PO,<br />

TID/QID), a clorpromazina (0,5mg/kg, IM/SC, TID/QID), os protectores e adsorventes gástricos<br />

[cisapride (0,1-0,5 mg/kg PO, BID) e pectina]. Os antagonistas <strong>do</strong>s receptores da serotonina<br />

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