Dissertação Final - Hospital Veterinário do Baixo Vouga
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Introdução teórica<br />
é comum, não obstante, a extensão para os linfono<strong>do</strong>s regionais também pode ocorrer. O pulmão<br />
é o órgão onde está referida a ocorrência de metástases em maior percentagem (Endicott, 2003).<br />
1.2.3. Diagnóstico<br />
O diagnóstico de OSA é geralmente realiza<strong>do</strong> com base nos sinais clínicos e nas evidências<br />
radiográficas, porém o diagnóstico definitivo requer uma amostra de teci<strong>do</strong> para exame<br />
histopatológico (Kent et al., 2004). Contu<strong>do</strong>, existe um eleva<strong>do</strong> risco de fractura iatrogénica<br />
associada à colheita da amostra (Endicott, 2003; Withrow e Khanna, 2010).<br />
Histologicamente, o OSA é composto por células mesenquimatosas anaplásicas que<br />
produzem matriz osteóide. De acor<strong>do</strong> com a matriz produzida, podem ser suclassifica<strong>do</strong>s em<br />
osteoblásticos (matriz óssea), condroblásticos (matriz cartilaginosa), fibroblásticos (matriz de<br />
colagénio), osteoclásticos (pequenas quantidades de matriz com numerosos osteoclastos),<br />
telangiectásicos (formações com grandes espaços de sangue) ou indiferencia<strong>do</strong>s (Straw, 1996;<br />
Johnson e Hulse, 2005; Phillips et al., 2007).<br />
A classificação <strong>do</strong> OSA baseia-se no grau histológico, na localização anatómica <strong>do</strong> tumor<br />
primário e na existência de metástases regionais ou à distância. Existem três graus: OSA de grau<br />
I é de baixo grau sem metástases; OSA de grau II é de eleva<strong>do</strong> grau sem metástases e OSA de<br />
grau III é caracteriza<strong>do</strong> pela existência metástases regionais ou à distância, independentemente<br />
<strong>do</strong> grau histológico (Withrow e MacEWen’s, 2007). A maioria <strong>do</strong>s OSA é de eleva<strong>do</strong> grau<br />
histológico e osteoblásticos produtivos (Withrow e Khanna, 2010).<br />
1.2.4. Factores de prognóstico<br />
Os animais entre 7 e 10 anos respondem geralmente melhor à resolução cirúrgica <strong>do</strong> que<br />
os mais jovens. Os tumores com grandes dimensões e localização umeral estão associa<strong>do</strong>s a um<br />
pior prognóstico, contrariamente ao OSA mandibular, que está associa<strong>do</strong> a um bom prognóstico.<br />
Os OSA <strong>do</strong> esqueleto apendicular e axial têm prognósticos similares (Withrow e Khanna, 2010).<br />
Segun<strong>do</strong> Garzotto e colabora<strong>do</strong>res (2000) e Endicott (2003), os cães com fosfatase<br />
alcalina (ALP) superior a 110µl/L (ou especificamente a izoenzima óssea com valores superiores<br />
a 23µl/L) têm um curto perío<strong>do</strong> de vida livre da <strong>do</strong>ença e tempo de sobrevida.<br />
No momento <strong>do</strong> diagnóstico, em apenas 15% <strong>do</strong>s animais com OSA é possível identificar<br />
metástases no pulmão ou em outros ossos (Withrow e Khanna, 2010).<br />
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