Dissertação Final - Hospital Veterinário do Baixo Vouga
Dissertação Final - Hospital Veterinário do Baixo Vouga
Dissertação Final - Hospital Veterinário do Baixo Vouga
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Introdução teórica<br />
linfóides é possível com marca<strong>do</strong>res de superfície para os linfócitos T (CD 3) e para os linfócitos<br />
B (CD 79α) usan<strong>do</strong> uma ampla gama de anticorpos que reconhecem os marca<strong>do</strong>res de superfície<br />
(Keller et al., 2004). Outro méto<strong>do</strong> que está a ganhar popularidade para a determinação de uma<br />
população linfóide clonal/neoplásica é a reacção da polimerase em cadeia para o rearranjo <strong>do</strong><br />
antigénio receptor (Keller et al., 2004).<br />
A existência de síndromes paraneoplásicos associadas ao linfossarcoma fazem com que a<br />
hematologia seja um méto<strong>do</strong> complementar no diagnóstico: a presença de anemia crónica não<br />
regenerativa (normocítica, normocrómica) é comum (Madewell, 1980; Gavazza, 2008). Outras<br />
alterações <strong>do</strong> hemograma incluem a leucocitose (25 a 40% <strong>do</strong> casos), a linfocitose (20% <strong>do</strong>s<br />
casos) e a trombocitopenia (30 a 50% <strong>do</strong>s casos), que raramente conduz a hemorragia clínica. A<br />
neutrofilia está presente em 25 a 40% <strong>do</strong>s cães (Madewell, 1986).<br />
Para o estadiamento <strong>do</strong> tumor é necessário realizar um RX torácico e outro ab<strong>do</strong>minal,<br />
ecografia ab<strong>do</strong>minal e citologia/biópsia de medula óssea. Está referida a realização da biópsia<br />
eco-guiada no caso de suspeita de tumor esplénico ou hepático e a extirpação cirúrgica <strong>do</strong>s<br />
gânglios para imunofenotipagem (Rutley, 2007). A maioria <strong>do</strong>s animais aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong> diagnóstico<br />
(> 80%) já se apresenta em estadios avança<strong>do</strong>s (III-V), de acor<strong>do</strong> com a OMS (Withrow e<br />
MacEWen’s, 2007).<br />
1.1.4. Factores de prognóstico<br />
O prognóstico <strong>do</strong> linfoma canino varia e depende de vários factores como a localização, o<br />
estadio clínico, a presença/ausência de sinais clínicos (subestadio a ou b), o grau histológico, o<br />
imunofenótipo (linfócitos B ou linfócito T), a administração prévia de corticosteróides e outros<br />
mecanismos de resistência. Os factores que foram relaciona<strong>do</strong>s de forma mais consistente com o<br />
prognóstico foram o tipo fenotípico e o subestadio de acor<strong>do</strong> com a OMS (Withrow e<br />
MacEWen’s, 2007).<br />
Alguns estu<strong>do</strong>s referem que os tumores com origem nos linfócitos T (comummente<br />
associa<strong>do</strong>s à presença de hipercalcemia) têm um comportamento clínico mais agressivo estan<strong>do</strong><br />
associa<strong>do</strong>s a pior prognóstico (Chun, 2000; Coyle et al., 2004; Ponce et al., 2004, Legendre,<br />
2007; Frank et al., 2007).<br />
Os linfomas com eleva<strong>do</strong> grau histológico, pelo eleva<strong>do</strong> número de mitoses são mais<br />
responsivos à quimioterapia oncológica (Gavazza et al., 2001), embora estejam associa<strong>do</strong>s a<br />
curtos perío<strong>do</strong>s de sobrevida comparativamente aos linfomas de baixo grau (Ettinger, 2003).<br />
6