Dissertação Final - Hospital Veterinário do Baixo Vouga
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Introdução teórica<br />
provocar efusão pleural e dispneia. Os animais podem, para além <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s sinais clínicos,<br />
apresentar intolerância ao exercício físico e regurgitação (Ettinger, 2003).<br />
A hipercalcemia secundária à produção das hormonas da paratiróide (parathormona) e o<br />
aumento da absorção da vitamina D, resulta num aumento sérico <strong>do</strong> cálcio livre (Weir et al.,<br />
1988). Neste tipo de neoplasia a hipercalcemia secundária constitui a síndrome paraneoplásica<br />
mais comum (Ettinger, 2003), desencadean<strong>do</strong> polidipsia/poliúria e insuficiência renal.<br />
1.1.2.4. Linfoma cutâneo<br />
O comportamento biológico <strong>do</strong> linfoma cutâneo varia, podem surgir lesões cutâneas únicas<br />
ou generalizadas. As lesões cutâneas podem-se apresentar como nódulos, placas, úlceras, eritema<br />
ou dermatite exfoliativa. Podem também surgir lesões na mucosa oral. Aproximadamente 50%<br />
<strong>do</strong>s animais apresentam pruri<strong>do</strong> (Vail, 2003).<br />
O linfoma cutâneo pode classificar-se em duas formas distintas: a forma epiteliotrópica<br />
(mais comum em cães) e a não-epiteliotrópica. Na forma epileliotrópica pre<strong>do</strong>minam os<br />
linfócitos T (CD8+) sen<strong>do</strong> também denominada de mycosis fungoides (Moore, 1994; Coyle et<br />
al., 2004). Em contraste, o linfoma cutâneo não epiteliotrópico (originário nos linfócitos B)<br />
poupa a epiderme e a derme papilar e afecta as camadas mais profundas da derme (Ettinger,<br />
2003; Withrow e MacEWen’s, 2007).<br />
1.1.2.5. Linfoma ocular<br />
O linfoma ocular é caracteriza<strong>do</strong> por infiltração de células neoplásicas no olho e<br />
espessamento da íris, uveíte, hipópion, hifema e glaucoma. O exame <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> olho poderá<br />
demonstrar descolamento da retina e infiltração <strong>do</strong> nervo óptico (Withrow e MacEWen’s, 2007).<br />
Em 40% <strong>do</strong>s casos de linfoma multicêntrico surgem alterações oculares devi<strong>do</strong> a<br />
infiltração das células neoplásicas e uveíte paraneoplásica, que devem ser distinguidas <strong>do</strong><br />
linfoma ocular propriamente dito (Ettinger, 2003) (figura 2).<br />
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