Dissertação de Patrícia Alburqueque Maia - Mestrado Profissional ...
Dissertação de Patrícia Alburqueque Maia - Mestrado Profissional ... Dissertação de Patrícia Alburqueque Maia - Mestrado Profissional ...
UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO-PPGA MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO PATRÍCIA DE ALBUQUERQUE MAIA RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL E COMPETÊNCIAS GERENCIAIS Natal-RN 2012
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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP<br />
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO<br />
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO-PPGA<br />
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO<br />
PATRÍCIA DE ALBUQUERQUE MAIA<br />
RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL<br />
E COMPETÊNCIAS GERENCIAIS<br />
Natal-RN<br />
2012
PATRÍCIA DE ALBUQUERQUE MAIA<br />
RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL E<br />
COMPETÊNCIAS GERENCIAIS<br />
<strong>Dissertação</strong> apresentada ao Programa <strong>de</strong> Pós-<br />
Graduação em Administração da Universida<strong>de</strong><br />
Potiguar – UnP, como requisito necessário para a<br />
obtenção do título <strong>de</strong> Mestre em Administração da<br />
Universida<strong>de</strong> Potiguar – Laureate International<br />
Universities.<br />
Orientadora: Profª Dra. <strong>Patrícia</strong> Whebber Souza <strong>de</strong><br />
Oliveira.<br />
Co-Orientador: Prof. Dr.Rodrigo José Guerra<br />
Leone.<br />
Natal-RN<br />
2012
M217r <strong>Maia</strong>, <strong>Patrícia</strong> <strong>de</strong> Albuquerque.<br />
Relação entre o perfil profissional/comportamental e<br />
competências gerenciais / <strong>Patrícia</strong> <strong>de</strong> Albuquerque <strong>Maia</strong>. – Natal,<br />
2012.<br />
152 f.<br />
<strong>Dissertação</strong> (<strong>Mestrado</strong> em Administração). – Universida<strong>de</strong><br />
Potiguar. Pró - Reitoria Acadêmica.<br />
Referências: f. 119-125.<br />
1. Administração – <strong>Dissertação</strong>. 2. Competências Gerenciais.<br />
3. Mo<strong>de</strong>los Gerenciais. 4. Comportamento. 5. DISC ETALENT. I.<br />
Título.<br />
RN/UnP/BSFP CDU: 658(043.3)
PATRÍCIA DE ALBUQUERQUE MAIA<br />
RELAÇÃO ENTRE PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL E<br />
COMPETÊNCIAS GERENCIAIS<br />
Data da aprovação: ______/______/_______.<br />
<strong>Dissertação</strong> apresentada ao Programa <strong>de</strong> Pós-<br />
Graduação em Administração da Universida<strong>de</strong><br />
Potiguar – UnP, como requisito necessário para a<br />
obtenção do título <strong>de</strong> Mestre em Administração da<br />
Universida<strong>de</strong> Potiguar – Laureate International<br />
Universities.<br />
BANCA EXAMINADORA<br />
______________________________________________<br />
Profª <strong>Patrícia</strong> Whebber Souza <strong>de</strong> Oliveira, Dra.<br />
Orientadora<br />
Universida<strong>de</strong> Potiguar - UnP<br />
______________________________________________<br />
Prof. Rodrigo José Guerra Leone, Dr.<br />
Co-Orientador<br />
Universida<strong>de</strong> Potiguar – UnP<br />
______________________________________________<br />
Profª Fernanda Fernan<strong>de</strong>s Gurgel, Dra.<br />
Membro Examinador Interno<br />
Universida<strong>de</strong> Potiguar - UnP<br />
______________________________________________<br />
Profª Maria Valéria Pereira <strong>de</strong> Araújo, Dra.<br />
Membro Examinador Externo<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte - UFRN
DEDICATÓRIA<br />
Aos meus amores, palavras chave na minha vida:<br />
Nelson <strong>Maia</strong> (in memoriam) amado pai<br />
Maria Elisa, mãe, fonte maior <strong>de</strong> inspiração<br />
Gabriel Lucas e Rodolfo, adorados filhos<br />
Henrique, alma gêmea<br />
Andréa e Nelson, irmãos e companheiros<br />
Guilherme e Mateus, filhos do coração<br />
Vinícius, admirado sobrinho<br />
Família, abstract da vida
AGRADECIMENTOS<br />
A DEUS,<br />
Pelo dom da vida, pelo simples respirar, por po<strong>de</strong>r apren<strong>de</strong>r cada dia algo novo, por<br />
me dar força e coragem, quando as incertezas fizeram parte da caminhada, por me<br />
fazer acreditar como Paulo que disse: tudo posso Naquele que me fortalece.<br />
A FAMÍLIA,<br />
Apesar <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicar todo esse trabalho a vocês, agra<strong>de</strong>ço o apoio incondicional, a<br />
compreensão das ausências, os abraços nas horas <strong>de</strong> angústias, o silêncio nas<br />
horas que foram necessários à minha concentração, os fins <strong>de</strong> semana sem a mãe,<br />
mulher e companheira. Sem vocês eu não teria conseguido.<br />
A PATRICIA WHEBBER DE OLIVEIRA,<br />
Minha orientadora, professora e amiga pela sábia condução do processo, pelo<br />
aprendizado, pela construção e edificação <strong>de</strong> novas competências, mas<br />
principalmente pelo apoio incondicional em um momento <strong>de</strong> tantas perdas pessoais,<br />
on<strong>de</strong> ela encontrou suas próprias fortalezas para fortalecer minhas metas, a você<br />
meu reconhecimento.<br />
A FERNANDA FERNANDES GURGEL<br />
Cara professora, pelas contribuições e apoio incondicional na elaboração <strong>de</strong>ste<br />
trabalho, principalmente pelos conselhos nas horas difíceis, on<strong>de</strong> o caminho parecia<br />
não ter saída. Um gran<strong>de</strong> exemplo.<br />
A UNIVERSIDADE POTIGUAR<br />
Por oportunizar o <strong>Mestrado</strong> <strong>Profissional</strong> em Administração, na competência <strong>de</strong> sua<br />
Coor<strong>de</strong>nação Profª Tereza <strong>de</strong> Souza, pelo constante apoio, ao corpo docente, por<br />
compartilhar o conhecimento e construir saberes, sempre prontos a apoiar e
incentivar <strong>de</strong> forma a transformar-nos em profissionais mais completos. Profºs<br />
Rodrigo Leone, Lydia Pinto e Nilda Leone.<br />
Sempre nos dando apoio nos bastidores, confi<strong>de</strong>nte e apoiadora, a assistente Glícia<br />
Xavier, sempre doce, acalmava-nos nos momentos <strong>de</strong> maior estresse e todos que<br />
direta ou indiretamente participam para que possamos, hoje, finalizarmos o objetivo<br />
inicial a que nos propusemos.<br />
AOS AMIGOS<br />
Pessoais e virtuais, pela torcida, pelas palavras <strong>de</strong> carinho, pelas “curtidas”,<br />
principalmente pelo incentivo. Em especial a minha amiga e eterna Professora Maria<br />
Deusa <strong>de</strong> Souza, há 40 anos<br />
que lê meus rabiscos e atualmente leu infinitas vezes meus trabalhos, do esqueleto<br />
do projeto inicial até a <strong>Dissertação</strong>, sempre acompanhando meus passos, <strong>de</strong> uma<br />
menininha apren<strong>de</strong>ndo a ler, a uma futura Mestra.<br />
A Anielson Barbosa da Silva pelo ser humano especial que é, mas principalmente<br />
por ter me apresentado pela primeira vez ao tema que norteou minha carreira: As<br />
pessoas e suas competências.<br />
AOS COLEGAS DE TURMA<br />
Aos colegas da “turma F” do <strong>Mestrado</strong> <strong>Profissional</strong> em Administração da UnP,<br />
caminhamos juntos e separados, construímos, edificamos: trabalhos, conhecimento<br />
e amiza<strong>de</strong>s, em especial da linha <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong> Gestão Estratégica <strong>de</strong> Pessoas<br />
todos ao seu tempo cumprirão os objetivos, levaremos além do aprendizado, o<br />
carinho das relações, Ary, A<strong>de</strong>lmo, Alex, Adaías, Aurinei<strong>de</strong>, Ananery, Claúdio,<br />
Gleice, Fábio, Gracinha, Mateus, Samara, especialmente Regina Maciel e Vanessa<br />
Carvalho, pelos cafés, pelas lágrimas, pelo companheirismo, pelas trocas - essas<br />
relações levaremos por toda vida.
A ETALENT<br />
A todos que fazem a ETALENT em particular a Jorge Matos e Shana<br />
Wajntraub pelo suporte, treinamento, imersão, <strong>de</strong>dicação e, sobretudo por acreditar<br />
que era possível.<br />
AS EMPRESAS E GERENTES<br />
A todas as empresas e seus gerentes por participarem, facilitarem o acesso e confiar<br />
na união da prática e da ciência.<br />
A Ed Lorega por todo acolhimento, paciência e indicações.<br />
AS CONTRIBUIÇÕES<br />
A todos que contribuíram <strong>de</strong> forma direta ou indiretamente para que a realização<br />
<strong>de</strong>ste trabalho e não foi citado nominalmente, mesmo assim, cada contribuição foi<br />
imprescindível para finalização com sucesso do trabalho.<br />
Sem cada um na minha vida, não teria sido possível, pois cada peça que compõe o<br />
universo tem seu propósito.
Queremos ter certezas e não dúvidas, resultados e não<br />
experiências, mas nem mesmo percebemos que as<br />
certezas só po<strong>de</strong>m surgir através das dúvidas e os<br />
resultados somente através das experiências.<br />
(Carl Gustav Jung)
RESUMO<br />
As exigências do mercado e os <strong>de</strong>safios da contemporaneida<strong>de</strong> por estruturas,<br />
ferramentas e processos gerenciais a<strong>de</strong>quadas a proporcionar às organizações um<br />
diferencial competitivo frente às <strong>de</strong>mais empresas, tem sido uma das buscas <strong>de</strong><br />
posicionamento estratégico no mundo globalizado. Reconhecer que muito do<br />
diferencial das organizações perpassa pelo capital humano, traduz a importância da<br />
função gerencial, suas capacida<strong>de</strong>s, competências e comportamentos específicos<br />
para o <strong>de</strong>sempenho eficaz <strong>de</strong>ssa função. A pesquisa teve como objetivo principal<br />
I<strong>de</strong>ntificar a relação existente entre o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003) e a<br />
elaboração do perfil profissional/comportamental pelo DISC ETALENT. Sendo<br />
realizada uma elaboração do perfil socio<strong>de</strong>mográfico dos 70 gerentes pesquisados,<br />
uma análise do perfil profissional/comportamental – estrutural e adaptado –<br />
i<strong>de</strong>ntificado pela ferramenta DISC ETALENT e a i<strong>de</strong>ntificação dos mo<strong>de</strong>los<br />
gerenciais <strong>de</strong> competências baseados em Quinn. O estudo realizado como sendo<br />
uma pesquisa <strong>de</strong> campo, <strong>de</strong>scritiva, <strong>de</strong> caráter exploratório e com abordagem<br />
quantitativa, através da aplicação <strong>de</strong> dois questionários. Os gerentes <strong>de</strong> imobiliárias<br />
<strong>de</strong> Natal em sua maioria são do gênero feminino; com ida<strong>de</strong> entre 31 e 35 anos; são<br />
casadas e com nível superior completo. São atuantes na área entre 6 e 10 anos e<br />
estão no cargo ou função entre 1 e 5 anos, assim como exercem a função na<br />
empresa neste mesmo período. No que se refere às competências, a maior média<br />
encontrada foi “fornecer apoio para a construção <strong>de</strong> um ambiente produtivo”, e o<br />
papel gerencial mais elevado o <strong>de</strong> Produtor. Quanto ao Mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />
predominante foi o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial dos Sistemas Abertos. O perfil<br />
profissional/comportamental estrutural DISC ETALENT predominante consistiu na<br />
Estabilida<strong>de</strong>, para o adaptado o da Dominância. Ficou i<strong>de</strong>ntificada uma forte relação<br />
entre o Perfil da Dominância com o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Metas Racionais; o Perfil<br />
da Influencia com o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial dos Sistemas Abertos; o Perfil da Estabilida<strong>de</strong><br />
com o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Relações Humanas e O Perfil da Conformida<strong>de</strong> com o<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos. O estabelecimento <strong>de</strong>ssa relação apresenta-se como<br />
uma nova ferramenta <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoas, introduzindo um novo elemento<br />
associado, para que juntos possam somar no <strong>de</strong>senvolvimento das equipes.<br />
Palavras-chave: Competências Gerenciais. Mo<strong>de</strong>los Gerenciais. Comportamento.<br />
DISC ETALENT.
ABSTRACT<br />
In or<strong>de</strong>r to achieve a competitive differential organizations are currently aware of<br />
<strong>de</strong>mands and challenges regarding issues such as better structures, tools for existing<br />
managerial processes. These <strong>de</strong>mands have enabled strategic positioning in a<br />
globalized world. It is seen that the differential lies on the human capital and its<br />
importance for managerial <strong>de</strong>cisions, relying on their capabilities, competences and<br />
specific behavior a<strong>de</strong>quate for human performance in specific functions. This<br />
research aims to i<strong>de</strong>ntify the relationship between the Quinn et al (2003) managerial<br />
mo<strong>de</strong>l and the elaboration of a professional/behavior profile according to DISC<br />
ETALENT. Thus a social-<strong>de</strong>mographic profile was ma<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ring 70 managers as<br />
well as a professional/behavior profile i<strong>de</strong>ntified by the DISC ETALENT tool and<br />
competence based managerial Quinn mo<strong>de</strong>ls. The study was an exploratory<br />
<strong>de</strong>scriptive field research and had a quantitative approach with the use of two<br />
questionnaires. The real estate managers in Natal aging 31 to 35 are married and<br />
graduated. They have 6 to 10 years work experience and have been working in the<br />
same company sector for 1 to 5 years. Regarding the necessary competence the<br />
most indicated was to “provi<strong>de</strong> support for the construction of a productive<br />
environment” and the most important role was of the Producer. The predominant<br />
managerial mo<strong>de</strong>l was The Open System Managerial Mo<strong>de</strong>l. The structural<br />
professional/behavior profile predominant in DISC ETALENT was Stability that was<br />
adapted to Dominance. A strong relation was set between the Dominance Profile and<br />
Rational Target Managerial Mo<strong>de</strong>l; the Influence Profile and Open System<br />
Managerial Mo<strong>de</strong>l; The stability Profile and the Human Relations Managerial Mo<strong>de</strong>l;<br />
The Accordance Profile and the Internal Process Mo<strong>de</strong>l. The establishment of these<br />
relations presents itself as a new tool for Personnel Management and introduces new<br />
mo<strong>de</strong>ls making team management possible.<br />
Keywords: Managerial Competences. Managerial Mo<strong>de</strong>ls. Behavior. DISC<br />
ETALENT.
SUMÁRIO<br />
1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................17<br />
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .............................................................................18<br />
1.2 PROBLEMA E QUESTÕES DA PESQUISA .............................................20<br />
1.3 OBJETIVOS ...............................................................................................22<br />
1.3.1 Geral ..........................................................................................................22<br />
1.3.2 Específicos ...............................................................................................23<br />
1.4 JUSTIFICATIVA .........................................................................................23<br />
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................25<br />
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................27<br />
2.1 COMPETÊNCIAS ......................................................................................27<br />
2.1.1 Evolução dos estudos sobre competências – Estudos e <strong>de</strong>finições ..27<br />
2.2 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS ...............................................................29<br />
2.2.1 Função gerencial .....................................................................................30<br />
2.2.2 O mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> competências Quinn .......................................33<br />
2.3 O COMPORTAMENTO HUMANO.............................................................42<br />
2.3.1 O comportamento humano estudado por tipologia: um resgate<br />
histórico ....................................................................................................42<br />
2.3.1.1 Da tipologia junguiana às tipologias contemporâneas adaptadas .............43<br />
2.4 AVALIANDO PERFIS PROFISSIONAIS E COMPORTAMENTAIS ...........46<br />
2.4.1 A metodologia DISC e a ferramenta ETALENT .....................................46<br />
2.4.1.1 Dominância ................................................................................................46<br />
2.4.1.2 Influência ...................................................................................................47<br />
2.4.1.3 Estabilida<strong>de</strong> ...............................................................................................48<br />
2.4.1.4 Conformida<strong>de</strong> ............................................................................................49<br />
2.4.2 Perfis Gerados .........................................................................................52<br />
2.4.2.1 Perfil Estrutural ..........................................................................................52<br />
2.4.2.2 Perfil Adaptado ..........................................................................................52<br />
2.4.2.3 Perfil Resultante ........................................................................................53<br />
2.4.2.4 Perfil <strong>de</strong> Mudança ......................................................................................53<br />
2.4.3 Outras análises ........................................................................................54<br />
2.4.3.1 Resumo do comportamento .......................................................................54<br />
2.4.3.2 Características que se <strong>de</strong>stacam ...............................................................54
2.4.3.3 Características que não se <strong>de</strong>stacam ........................................................55<br />
2.4.3.4 Como se motiva .........................................................................................55<br />
2.4.3.5 Como se comunica ....................................................................................58<br />
2.4.3.6 Como toma <strong>de</strong>cisão ...................................................................................59<br />
2.4.3.7 Como planeja e organiza ...........................................................................60<br />
2.4.3.8 Como gerencia outras pessoas .................................................................61<br />
2.4.3.9 Como gostaria <strong>de</strong> ser gerenciado ..............................................................61<br />
2.4.3.10 O seu Talento ...........................................................................................61<br />
2.4.3.11 Do<strong>de</strong>caedro <strong>de</strong> Competências Pessoais ..................................................67<br />
2.5 RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL DISC<br />
ETALENT E O MODELO GERENCIAL DAS COMPETÊNCIAS DE QUINN<br />
ET AL (2003)..............................................................................................69<br />
2.6 ESTUDOS RELEVANTES SOBRE A TEMÁTICA .....................................72<br />
3 METODOLOGIA ........................................................................................77<br />
3.1 TIPO DE PESQUISA .................................................................................77<br />
3.2 UNIVERSO/AMOSTRA DA PESQUISA ....................................................78<br />
3.3 VARIÁVEIS ANÁLITICAS (OU DE ESTUDO) ...........................................80<br />
3.4 COLETA DE DADOS .................................................................................80<br />
3.4.1 Teste piloto ...............................................................................................81<br />
3.4.2 Instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados .............................................................83<br />
3.5 TRATAMENTO DOS DADOS ....................................................................84<br />
3.5.1 Teste <strong>de</strong> hipótese Qui-Quadrado ............................................................86<br />
3.5.2 Como calcular a estatística Qui-Quadrado ............................................86<br />
3.5.3 Hipóteses testadas ..................................................................................87<br />
3.5.4 Correção <strong>de</strong> Yates (ou correção <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>) ...............................87<br />
3.5.5 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência. ..................................................................88<br />
3.5.6 Teste ANOVA <strong>de</strong> Friedman .....................................................................89<br />
3.5.7 Resumo <strong>de</strong> mensuração dos construtos ...............................................89<br />
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................91<br />
4.1 CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO<br />
DOS GERENTES ......................................................................................91<br />
4.2 PERFIL DO MODELO GERENCIAL BASEADO EM QUINN ET AL<br />
(2003) ........................................................................................................95<br />
4.2.1 Mo<strong>de</strong>lo das Relações Humanas ............................................................100
4.2.2 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos ...............................................................101<br />
4.2.3 Mo<strong>de</strong>lo das Metas Racionais .................................................................101<br />
4.2.4 Mo<strong>de</strong>lo dos Sistemas Abertos ................................................................102<br />
4.3 O PERFIL PROFISSIONAL / COMPORTAMENTAL ESTRUTURAL E<br />
ADAPTADO - PELO INSTRUMENTO DISC ETALENT DOS<br />
GERENTES ...............................................................................................104<br />
4.3.1 Perfil Estrutural ........................................................................................104<br />
4.3.2 Perfil Adaptado ........................................................................................107<br />
4.4 RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL<br />
ESTRUTURAL E ADAPTADO IDENTIFICADO PELO INSTRUMENTO<br />
DISC ETALENT E O MODELO GERENCIAL DE COMPETÊNCIAS QUINN<br />
ET AL (2003) ........................................................................................... 108<br />
4.4.1 Relação entre o perfil profissional/comportamental estrutural<br />
i<strong>de</strong>ntificado pelo instrumento DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong><br />
Competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003) .................................................... 108<br />
4.4.1.1 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong> Pearson (Correlação) ............................ 111<br />
4.4.2 Relação entre o perfil profissional/comportamental adaptado<br />
i<strong>de</strong>ntificado pelo instrumento DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong><br />
Competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003) .................................................... 112<br />
4.4.2.1 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong> Pearson (Correlação) ............................ 114<br />
4.4.3 Consi<strong>de</strong>rações sobre as relações estabelecidas entre os mo<strong>de</strong>los . 114<br />
5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .................................................... 116<br />
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 119<br />
ANEXOS .................................................................................................. 126<br />
APÊNDICES ............................................................................................ 145
LISTA DE QUADROS<br />
Quadro 1 - Conceitos <strong>de</strong> Competências ................................................................... 29<br />
Quadro 2 – As competências <strong>de</strong> Boyatizis ................................................................ 31<br />
Quadro 3 – Os papéis gerenciais <strong>de</strong> Mintzberg ........................................................ 33<br />
Quadro 4 - Características dos quatro mo<strong>de</strong>los gerenciais ....................................... 34<br />
Quadro 5 - Características básicas <strong>de</strong> acordo com o sistema <strong>de</strong> Jung ..................... 45<br />
Quadro 6 - Resumo das tipologias ............................................................................ 46<br />
Quadro 7 – Principais características dos fatores DISC – Dominância ..................... 48<br />
Quadro 8 - Principais características dos fatores DISC – Influência ......................... 49<br />
Quadro 9 - Principais características dos fatores DISC – Estabilida<strong>de</strong> ..................... 49<br />
Quadro 10 - Principais características dos fatores DISC – Conformida<strong>de</strong> ................ 50<br />
Quadro 11 – Compilação dos elementos importantes do perfil DISC ....................... 51<br />
Quadro 12 - Verbos I<strong>de</strong>ntificadores dos fatores DISC .............................................. 51<br />
Quadro 13 - Motivação - Cronologia dos conceitos ................................................... 56<br />
Quadro 14 - Resumo das teorias motivacionais ........................................................ 57<br />
Quadro 15 – Variáveis analíticas ou <strong>de</strong> estudos ....................................................... 80<br />
Quadro 16 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> tabulação do segundo Constructo ...................................... 85<br />
Quadro 17 - Constructos e suas variáveis <strong>de</strong> mensuração ....................................... 90<br />
Quadro 18 – Frequências observadas e proporções por grupos – perfil estrutural x<br />
mo<strong>de</strong>lo gerencial ................................................................................ 109<br />
Quadro 19 – Frequências esperadas para as variáveis – Perfil estrutural x Mo<strong>de</strong>lo<br />
gerencial ............................................................................................ 110<br />
Quadro 20 – Frequências observadas e proporções por grupos <strong>de</strong> variáveis Perfil<br />
estrutural x Mo<strong>de</strong>lo gerencial ............................................................. 112<br />
Quadro 21 – Frequências esperadas para as variáveis Perfil estrutural x Mo<strong>de</strong>lo<br />
gerencial ............................................................................................ 113
LISTA DE TABELAS<br />
Tabela 1 - Resumo dos Papeis Gerenciais – 1 ......................................................... 39<br />
Tabela 2 - Resumo dos Papeis Gerenciais – 2 ......................................................... 40<br />
Tabela 3 - Perfis gerenciais eficazes e perfis gerenciais ineficazes .......................... 41<br />
Tabela 4 - Resumo dos Fatores <strong>de</strong> Alto e Baixo ....................................................... 51<br />
Tabela 5 - Verbos i<strong>de</strong>ntificadores dos fatores DISC .................................................. 51<br />
Tabela 6 - Fatores, subfatores e suas características ............................................... 65<br />
Tabela 7 - Características comportamentais ............................................................. 68<br />
Tabela 8 - População e amostra do estudo ............................................................... 79<br />
Tabela 9 -Teste piloto -1 ........................................................................................... 82<br />
Tabela 10 - Teste piloto - 2........................................................................................ 82<br />
Tabela 11 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Gênero ........................................................... 91<br />
Tabela 12 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Ida<strong>de</strong> .............................................................. 92<br />
Tabela 13 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Ida<strong>de</strong> .............................................................. 92<br />
Tabela 14 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Escolarida<strong>de</strong> .................................................. 93<br />
Tabela 15 - Tempo <strong>de</strong> atuação na área .................................................................... 94<br />
Tabela 16 - Tempo <strong>de</strong> atuação no cargo e tempo <strong>de</strong> atuação na empresa .............. 95<br />
Tabela 17 - Teste ANOVA <strong>de</strong> Friedman para os papeis gerenciais .......................... 96<br />
Tabela 18 - Mo<strong>de</strong>los Gerenciais <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003) ................. 97<br />
Tabela 19 - Resumo dos mo<strong>de</strong>los gerenciais predominantes ................................. 103<br />
Tabela 20 - Perfil profissional/comportamental DISC ETALENT – Estrutural.......... 104<br />
Tabela 21 - Perfil profissional/comportamental DISC ETALENT – Adaptado.......... 107
LISTA DE GRÁFICOS<br />
Gráfico 1 - Papeis gerenciais................................................................................104
LISTA DE FIGURAS<br />
Figura 1 - Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s gerenciais <strong>de</strong> Katz ............................................. 31<br />
Figura 2 - Papeis e competências gerenciais ......................................................... 34<br />
Figura 3 - Quadro <strong>de</strong> valores competitivos: critérios <strong>de</strong> eficácia ............................ 37<br />
Figura 4 - Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Gestão e Papeis Gerenciais ............................................... 38<br />
Figura 5 - Perfil Estrutural ....................................................................................... 52<br />
Figura 6 - Perfil Adaptado ....................................................................................... 53<br />
Figura 7 - Perfil Resultante ...................................................................................... 53<br />
Figura 8 - Perfil <strong>de</strong> Mudança ................................................................................... 54<br />
Figura 9 - Mapa dos Talentos .................................................................................. 62<br />
Figura 10 - Características predominantes dos perfis ............................................... 62<br />
Figura 11 - Adaptação do mapa <strong>de</strong> talentos e características predominantes dos<br />
perfis ...................................................................................................... 63<br />
Figura 12 - Pirâmi<strong>de</strong> do comportamento ................................................................... 66<br />
Figura 13 - Do<strong>de</strong>caedro das competências ............................................................... 67<br />
Figura 14 - Sobreposição dos dois mo<strong>de</strong>los - Pressuposto teórico da relação ......... 72<br />
Figura 15 - Elaboração do segundo constructo ......................................................... 84<br />
Figura 16 - DISC ETALENT: perfil estruturado e perfil adaptado .............................. 84
1 INTRODUÇÃO<br />
Um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios gerenciais da contemporaneida<strong>de</strong> é encontrar<br />
mecanismos, ferramentas e processos gerenciais capazes <strong>de</strong> oferecer às<br />
organizações, um diferencial competitivo frente às <strong>de</strong>mais empresas. São muitos<br />
estudos que apontam esse diferencial para uma mesma direção: O Ser Humano.<br />
As pesquisas sobre Gestão <strong>de</strong> Recursos Humanos (Taylor; Beechler; Napier,<br />
1996), Gestão do Capital Intelectual (Stewart, 1998), Gestão do Conhecimento<br />
(Nonaka e Takeuchi, 1997) e, sobretudo, Gestão <strong>de</strong> Competência (Mcclelland, 1973;<br />
Boyatizis, 1982; Prahalad; Hamel, 1995; Quinn, 1996; Zariflan, 1999) <strong>de</strong>monstram<br />
esse direcionamento, enfatizando os estudos das pessoas como <strong>de</strong>terminante na<br />
competitivida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna.<br />
O mercado atual e globalizado está provocando nas empresas ações<br />
necessárias e cada vez mais competitivas. Essa assertiva possibilita articular novas<br />
formas <strong>de</strong> gestão, principalmente, no que diz respeito à Gestão <strong>de</strong> Competências,<br />
entre outras vertentes uma disciplina viabilizadora <strong>de</strong> um novo potencial e <strong>de</strong> uma<br />
estratégia <strong>de</strong> vantagem competitiva.<br />
Definições sobre competência começaram a ser elaboradas a partir da<br />
década <strong>de</strong> 70, com McClelland (1973) em seu artigo Testing for competence rather<br />
than intelligence, e com esse trabalho iniciaram-se as discussões acerca <strong>de</strong><br />
competência nos Estados Unidos. Nos anos 80 Boyatizis (1982) reanalisa os<br />
estudos principalmente com relação as competências gerenciais. Prahalad e Hamel<br />
(1995) apontam que as competências <strong>de</strong>vem ser gerenciadas como um sistema e os<br />
objetivos estratégicos das organizações geridos como uma imagem única e sintética<br />
<strong>de</strong> todos os elementos organizacionais, compondo <strong>de</strong>ssa maneira uma visão<br />
holística da empresa. A competência na literatura europeia emerge nos estudos<br />
franceses <strong>de</strong> Zariflan (1999) e Le Boterf (2003) os quais evi<strong>de</strong>ncia a emergência do<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> competência para a gestão das organizações. Le Boterf (2003) introduz o<br />
mo<strong>de</strong>lo baseado em três dimensões, conhecido como CHA que envolvem<br />
conhecimentos (saber o que fazer), habilida<strong>de</strong>s (saber como fazer) e atitu<strong>de</strong>s<br />
(querer fazer) (LEITE; PORSSE, 2003; FLEURY; FLEURY, 2004).<br />
Quinn et al (2003) evi<strong>de</strong>nciam a premente necessida<strong>de</strong> da utilização das<br />
competências e comportamentos no <strong>de</strong>sempenho da função gerencial, e concebe<br />
18
quatro mo<strong>de</strong>los gerenciais com oito papeis. Cada um dos mo<strong>de</strong>los com três<br />
competências requeridas.<br />
No Brasil os estudos são impulsionados por Ruas (2001), Bitencourt (2001) e<br />
Fleury e Fleury (2004) com articulações e aplicações na gestão brasileira, on<strong>de</strong> o<br />
enfoque principal se dá nos estudos das capacida<strong>de</strong>s, fato esse, corroborado por<br />
D´Amélio (2007).<br />
Prahalad (1999) i<strong>de</strong>ntificou no final da década <strong>de</strong> 90, oito mudanças<br />
significativas que se encontravam em andamento: globalização; <strong>de</strong>sregulamentação<br />
e privatização; volatilida<strong>de</strong>; convergência; fronteiras menos <strong>de</strong>finidas entre os<br />
setores <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>; prevalência <strong>de</strong> padrões; fim da intermediação e nova<br />
consciência ecológica; e a importância <strong>de</strong> administrar <strong>de</strong> forma simultânea essas<br />
mudanças apontando as dificulda<strong>de</strong>s para administrar as competências neste novo<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mercado.<br />
Há <strong>de</strong> se verificar nos estudos que, o conhecimento é fator primordial na<br />
diferenciação e posicionamento <strong>de</strong> uma empresa hodierna no novo mercado e esse<br />
conhecimento perpassa por várias esferas na organização como: na gestão da<br />
informação; na gestão do capital intelectual; na construção e retenção das<br />
competências. Assim, o <strong>de</strong>safio corporativo cotidiano está na busca por talentos e<br />
competências gerenciais, <strong>de</strong>sta forma a produção acadêmica cada vez mais discute<br />
e analisa essas temáticas contemporâneas a fim <strong>de</strong> que se fortaleçam as vantagens<br />
competitivas relacionadas ao <strong>de</strong>senvolvimento humano no seu contexto maior.<br />
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO<br />
A globalização e a dinâmica mercadológica vêm tornando prepon<strong>de</strong>rante às<br />
organizações, uma ação <strong>de</strong> elevada competitivida<strong>de</strong>. A concorrência no atual<br />
momento <strong>de</strong> globalização <strong>de</strong> gestão, processos e informações po<strong>de</strong> se diferenciar<br />
na forma <strong>de</strong> vantagem competitiva em cada momento da administração,<br />
principalmente na contratação e manutenção <strong>de</strong> um <strong>de</strong> seus ativos intangíveis - os<br />
recursos humanos.<br />
Assim, tratando os recursos humanos como um dos ativos intangíveis, Sveiby<br />
(1998, p. 9) aponta que:<br />
19
As pessoas são os únicos verda<strong>de</strong>iros agentes na empresa, todos os ativos<br />
e estruturas, quer tangíveis ou intangíveis, são resultados das ações<br />
humanas. Todos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m das pessoas, em última instância, para<br />
continuar a existir.<br />
Com esse mesmo pensamento Davenport (2001, p. 18) evi<strong>de</strong>ncia que “as<br />
pessoas são o gran<strong>de</strong> motor da prosperida<strong>de</strong> da maioria das organizações.”<br />
Para Fischer (2002 apud FLEURY, 2002) as organizações<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do tamanho, são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes em uma escala maior ou menor<br />
do <strong>de</strong>sempenho das pessoas para seu sucesso, <strong>de</strong>sse modo fica claro que as<br />
pessoas representam um ativo importante para a empresa e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
suas competências apresenta um diferencial competitivo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância.<br />
O novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoas por habilida<strong>de</strong>s e competências vem<br />
<strong>de</strong>spertando um profundo interesse nos profissionais, nas organizações e nos meios<br />
acadêmicos. Os profissionais ao conhecerem suas habilida<strong>de</strong>s e competências e<br />
reconhecerem as falhas e lacunas em sua formação profissional e pessoal, po<strong>de</strong>m<br />
ampliar e se fortalecerem através <strong>de</strong> capacitação e treinamentos que venham a<br />
suprir as suas necessida<strong>de</strong>s do mundo no qual está inserido. No caso das<br />
organizações, gerir através <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e competências, permite potencializar<br />
suas contratações com perfis mais a<strong>de</strong>quados para cada área, manutenção <strong>de</strong><br />
pessoal, redução <strong>de</strong> conflitos, redução <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>, citando apenas parte <strong>de</strong> um<br />
leque que po<strong>de</strong> ser amplamente explorado. Já no âmbito acadêmico amplia a área<br />
<strong>de</strong> estudo da ciência e possibilitam novas análises, novas teorias, baseadas nesse<br />
novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão (ROCHA, 2008).<br />
Quando o assunto é competência gerencial Quinn et al (2003) apontam para<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>r e usar as competências e<br />
comportamentos frente aos vários papéis gerenciais, seja estes intrínsecos ou<br />
extrínsecos, a fim <strong>de</strong> garantirem as competências requeridas frente aos <strong>de</strong>safios do<br />
mundo mo<strong>de</strong>rno dos negócios. Boog (2004) vincula a ativida<strong>de</strong> gerencial, às<br />
competências que estão relacionadas com o alcance <strong>de</strong> metas, pautando, pois, o<br />
sucesso organizacional nessa <strong>de</strong>pendência. Já na visão <strong>de</strong> Prata (2008) as<br />
competências, bem como a atuação gerencial são fundamentais para garantir a<br />
manutenção e, principalmente o crescimento das organizações com alto nível <strong>de</strong><br />
competitivida<strong>de</strong>.<br />
20
Assim, a competência gerencial possui a dinâmica <strong>de</strong> influenciar a<br />
participação das pessoas nas questões organizacionais, favorecem os processos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão através das iniciativas individuais ou <strong>de</strong> um grupo, oferecendo mais<br />
dinamismo e flexibilida<strong>de</strong> aos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão (BUNDCHEN; ROSSETTO; SILVA,<br />
2008). Nesta visão, é possível colocar em prática os projetos das organizações,<br />
preconizando que, a competência não existe no vazio, mas apenas no ato<br />
(ANTONELLO; RUAS, 2005; LE BOTERF, 2003).<br />
A importância do conhecimento das competências como fonte geradora <strong>de</strong><br />
diferencial competitivo, <strong>de</strong>u-se no século 20, a partir dos anos setenta e começa a<br />
direcionar a gestão das competências como uma das fontes econômicas e<br />
propulsoras do mercado, on<strong>de</strong> a força motriz da gestão é o conhecimento do Ser<br />
Humano.<br />
Nessa mundialização as transformações são praticamente instantâneas e se<br />
espalham <strong>de</strong> forma global e generalizada, como também, diversificada e<br />
multifacetada em busca da totalida<strong>de</strong>, sua visão perpassa e vai além <strong>de</strong>, até tornar-<br />
se a ser, o que <strong>de</strong>vem ser. São muitos os fatores que permeiam o sucesso das<br />
organizações contemporâneas, a gestão do conhecimento, a gestão do capital<br />
humano e intelectual, ao aprendizado contínuo das empresas e dos indivíduos, entre<br />
outros, sempre mantendo uma visão sistêmica e compartilhada <strong>de</strong> como gerir esse<br />
novo mo<strong>de</strong>lo organizacional.<br />
Esse mo<strong>de</strong>lo exige cada vez mais competitivida<strong>de</strong> das organizações, uma<br />
necessida<strong>de</strong> premente <strong>de</strong> estruturação e re-estruturação, nessa arena controversa<br />
<strong>de</strong> mudança, tempo e velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações on<strong>de</strong> se faz obrigatório o<br />
conhecimento e <strong>de</strong>senvolvimento das competências.<br />
1.2 PROBLEMA E QUESTÕES DA PESQUISA<br />
Percebendo-se que o conhecimento das competências por si só não é uma<br />
vantagem, mas como as organizações mo<strong>de</strong>rnas po<strong>de</strong>m administrar, gerir, criar e ou<br />
recriar as competências, tornando-as verda<strong>de</strong>iramente algo relevante e percebido<br />
como valor para o mercado. Essa prática po<strong>de</strong> não apenas, manter uma empresa no<br />
mercado, mas fazê-la sobressair em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outras.<br />
No que diz respeito às ativida<strong>de</strong>s gerenciais, cuja função é <strong>de</strong>terminante no<br />
sucesso das organizações, os gerentes são peças chave na articulação dos<br />
21
ecursos e ativos, tangíveis ou intangíveis, através da coor<strong>de</strong>nação das ativida<strong>de</strong>s<br />
organizacionais. Os estudos acerca das competências relacionam estas com os<br />
aspectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e implementação do conhecimento, habilida<strong>de</strong>s e<br />
atitu<strong>de</strong>s dos indivíduos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>ntro das empresas.<br />
A pertinência do conhecimento é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor para a função gerencial já<br />
que possibilita uma melhor valoração dos recursos disponibilizados para capacitar,<br />
adaptar práticas <strong>de</strong> trabalho, buscar melhores <strong>de</strong>sempenhos, compreen<strong>de</strong>r e<br />
impulsionar a aprendizagem individual e organizacional proporcionando suporte nos<br />
relacionamentos inter e entre indivíduos (BITENCOURT, 2001).<br />
Nesse contexto, <strong>de</strong>staca-se o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s imobiliárias no<br />
Nor<strong>de</strong>ste brasileiro que tem provocado um gran<strong>de</strong> dinamismo das economias locais,<br />
na nova <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma estrutura como cida<strong>de</strong> e como espaço urbano,<br />
principalmente em se tratando <strong>de</strong> suas áreas metropolitanas.<br />
Na cida<strong>de</strong> do Natal, assim como em todo Nor<strong>de</strong>ste, a instalação <strong>de</strong><br />
empreendimentos imobiliários, tem impactado <strong>de</strong> forma concreta a vida cotidiana,<br />
com a elevação <strong>de</strong> prédios, a ocupação <strong>de</strong> áreas urbanas, a falta <strong>de</strong><br />
estacionamento, a redução <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s, bem como intensificando os problemas<br />
sócio-espaciais. Por outro lado, surgem na cida<strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios,<br />
com o crescimento do mercado imobiliário.<br />
Em 2011, segundo o CRECI/RN (Conselho Regional dos Corretores <strong>de</strong><br />
Imóveis do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte) já existem instaladas em Natal, 339 imobiliárias<br />
formalizadas, o que torna evi<strong>de</strong>nte novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empregabilida<strong>de</strong> e<br />
renda. O número atual apresentou um crescimento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 150% (cento e<br />
cinquenta) por cento, em um período <strong>de</strong> 5 anos (CRECI/RN, 2011).<br />
Essa <strong>de</strong>manda por novos negócios relacionados ao mercado imobiliário,<br />
perpassa pela necessida<strong>de</strong> cada vez maior <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> indivíduos com<br />
capacida<strong>de</strong>s e competências para a gestão das empresas. Sabe-se que, a<br />
excelência dos resultados e a competitivida<strong>de</strong> estão interligadas à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus<br />
recursos e <strong>de</strong> como são administrados eficientemente. Destarte, é possível ainda<br />
relacionar competências e <strong>de</strong>senvolvimento contínuo ao diferencial competitivo,<br />
on<strong>de</strong> a capacitação pessoal, técnica e interpessoal, aliada ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
processos e a busca por resultados que gerem valor organizacional são primordiais<br />
para a construção das novas organizações.<br />
22
Baseado nessas premissas, o papel do gestor é evi<strong>de</strong>nciado como fator<br />
<strong>de</strong>terminante nesse novo mo<strong>de</strong>lo e as competências elencadas por Le Boterf (2003)<br />
através da tría<strong>de</strong>: conhecimento, habilida<strong>de</strong> e atitu<strong>de</strong>s (CHA) são fundamentais para<br />
o alcance <strong>de</strong> resultados.<br />
Desta forma, consi<strong>de</strong>rando que a teoria <strong>de</strong> Quinn et al (2003) acerca das<br />
competências gerenciais: 1. I<strong>de</strong>ntifica quatro mo<strong>de</strong>los e oito papeis gerenciais; 2.<br />
Que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do perfil profissional/comportamental pelo instrumento<br />
DISC ETALENT aponta quatro estilos <strong>de</strong> perfis e os relacionam com os<br />
comportamentos profissionais. Assim, cabe formular a seguinte hipótese: existe<br />
relação entre o perfil profissional/comportamental DISC ETALENT – Estrutural e<br />
Adaptado – e o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003).<br />
A partir da hipótese formulada segue-se a questão <strong>de</strong> pesquisa: “Qual a<br />
relação entre o perfil profissional/comportamental elaborado pela ferramenta DISC<br />
do relatório ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das competências <strong>de</strong> Quinn dos<br />
gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal?”<br />
A partir do questionamento principal, outras questões se seguem como<br />
<strong>de</strong>corrência e que também foram levantadas:<br />
Qual o perfil sócio-<strong>de</strong>mográfico dos gerentes das imobiliárias <strong>de</strong> Natal?<br />
Qual o Mo<strong>de</strong>lo gerencial dos Gerentes <strong>de</strong> imobiliárias baseadas no mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> Quinn et al (2003)?<br />
Qual o perfil profissional/comportamental estrutural elaborado pelo<br />
instrumento DISC ETALENT?<br />
Qual o perfil profissional/comportamental adaptado elaborado pelo<br />
instrumento DISC ETALENT?<br />
1.3 OBJETIVOS<br />
1.3.1 Geral<br />
I<strong>de</strong>ntificar a relação existente entre mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003) e a<br />
elaboração do perfil profissional/comportamental pelo DISC ETALENT.<br />
23
1.3.2 Específicos<br />
I<strong>de</strong>ntificar o perfil sócio-<strong>de</strong>mográfico dos gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal;<br />
Conhecer o Mo<strong>de</strong>lo gerencial dos gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal,<br />
baseados no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al (2003);<br />
Elaborar o perfil profissional/comportamental estrutural pelo instrumento<br />
DISC ETALENT;<br />
Elaborar o perfil profissional/comportamental adaptado pelo instrumento<br />
DISC ETALENT.<br />
1.4 JUSTIFICATIVA<br />
O momento atual do mercado direciona para organizações cada vez mais<br />
competitivas, on<strong>de</strong> gerir os recursos <strong>de</strong> forma eficiente é condição sine qua non para<br />
a manutenção do mercado, bem como <strong>de</strong> ganhos <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>.<br />
Silva e Ferreira (2007) apontam um crescimento na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 200% na<br />
aquisição <strong>de</strong> imóveis por turistas no Nor<strong>de</strong>ste e <strong>de</strong> alugueis um crescimento <strong>de</strong><br />
64,52%, dados coletados da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e<br />
Turístico no Nor<strong>de</strong>ste Brasileiro (ADIT). A manutenção da tendência <strong>de</strong> aumento<br />
nesses números é reforçada pelo gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> novos investimentos na<br />
construção <strong>de</strong> novos imóveis em Natal, alavancados principalmente pelo<br />
investimento realizado pelo Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento do Turismo – NE, no final<br />
dos anos 90 e atualmente pelo Programa Governamental “Minha Casa, Minha Vida”<br />
(SILVA; FERREIRA, 2007; ROLNIK; KLINK, 2011).<br />
O crescimento dos setores imobiliário e <strong>de</strong> construção civil tem sido mais<br />
intenso nos últimos anos; dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil<br />
(Sinduscon/RN) indicam que no primeiro semestre <strong>de</strong> 2006 o número <strong>de</strong><br />
contratações aumentou 14%, duas vezes mais que a média nacional para o setor<br />
(IMÓVEIS..., 2006). Nesse panorama <strong>de</strong> expansão do mercado, a mão <strong>de</strong> obra<br />
especializada e qualificada torna-se escassa em todos os níveis.<br />
Apesar do crescimento abaixo do prognosticado na construção civil, bem<br />
como no setor imobiliário do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte em 2011, os empreen<strong>de</strong>dores,<br />
investidores e a própria economia não arrefeceu os ânimos para o futuro próximo,<br />
principalmente pela <strong>de</strong>manda sempre crescente por moradias, apontando uma<br />
24
gran<strong>de</strong> retomada <strong>de</strong>ste mercado em 2012, muito possivelmente pela proximida<strong>de</strong> da<br />
Copa <strong>de</strong> 2014 e a continuida<strong>de</strong> dos programas governamentais <strong>de</strong> moradia<br />
(CONSTRUÇÃO..., 2012).<br />
A perspectiva <strong>de</strong> um mercado mais promissor em 2012 e nos próximos anos,<br />
vêm provocando a multiplicação <strong>de</strong> empresas incorporadoras, construtoras e<br />
imobiliárias em atuação no mercado local (CONSTRUÇÃO..., 2012).<br />
Há muito se percebe que o setor imobiliário está vivendo uma franca<br />
expansão na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Natal, o que justifica um estudo no que diz respeito ao nível<br />
gerencial que lida diretamente com o público, que treina suas equipes e faz a<br />
interface entre a socieda<strong>de</strong> (clientes) e a organização. Nesse sentido, torna-se<br />
oportuno analisar o perfil e as competências dos gestores, em especial os gerentes<br />
<strong>de</strong> imobiliárias, <strong>de</strong>vido à importância dos mesmos no <strong>de</strong>sempenho das empresas e<br />
na ligação direta <strong>de</strong> comunicação entre elas e o público, bem como com as<br />
empresas construtoras <strong>de</strong> empreendimentos.<br />
Estudar o perfil profissional/comportamental dos gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong><br />
Natal, com o uso <strong>de</strong> um instrumento novo, DISC ETALENT, permitirá mapear os<br />
perfis <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa metodologia <strong>de</strong> análise comportamental. Será possível conhecer<br />
também as competências baseadas no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn para a ativida<strong>de</strong> gerencial<br />
<strong>de</strong>sempenhada, <strong>de</strong> forma a gerar o diferencial necessário. Esse conhecimento<br />
proporcionará informações para o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho do grupo objeto <strong>de</strong><br />
estudo, bem como das empresas associadas ao trabalho, pois os mesmos passarão<br />
a conhecer as competências sobre as quais possuem maior ou menor domínio.<br />
O conhecimento, compreensão e i<strong>de</strong>ntificação dos perfis<br />
profissionais/comportamentais e das competências gerenciais viabilizará aos<br />
indivíduos ou à suas organizações uma maior otimização dos investimentos em<br />
capacitação gerencial. Esse trabalho também possibilitará a<strong>de</strong>quação mais efetiva,<br />
<strong>de</strong> acordo com o perfil existente, bem como com possíveis programas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento e treinamento corporativos que visem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
competências e habilida<strong>de</strong>s gerenciais dos funcionários ou novas contratações,<br />
contribuindo <strong>de</strong> forma significativa para o apoio e suporte do planejamento da função<br />
gerencial.<br />
O estudo da utilização <strong>de</strong> instrumentos e ferramentas <strong>de</strong> gestão no seu<br />
cotidiano laboral complementa estudos sobre li<strong>de</strong>rança, motivação, treinamento,<br />
capacitação, recrutamento, gestão <strong>de</strong> conflitos e mapeamento <strong>de</strong> equipes e partem<br />
25
do pressuposto <strong>de</strong> que os responsáveis pela gestão quando do conhecimento <strong>de</strong><br />
suas habilida<strong>de</strong>s e competências po<strong>de</strong>m realizar uma gestão mais completa,<br />
dinâmica e eficiente, portanto a pesquisa contempla um estudo pormenorizado sobre<br />
o assunto.<br />
No âmbito acadêmico o trabalho visa agregar conhecimento sobre o estudo<br />
da Gestão <strong>de</strong> Competências, baseado no uso do instrumento DISC ETALENT para o<br />
levantamento do perfil, bem como das habilida<strong>de</strong>s e competências dos gerentes das<br />
imobiliárias <strong>de</strong> Natal, possibilitando uma visão complementar na elaboração da<br />
análise comportamental dos gestores e dando suporte para a ativida<strong>de</strong> gerencial. A<br />
pesquisa objetiva ainda contribuir para o <strong>de</strong>bate teórico sobre mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão por<br />
competências, comparando o resultado encontrado com a teorização já conhecida e<br />
<strong>de</strong>senvolvida por vários autores, compreen<strong>de</strong>ndo que o estudo das competências<br />
ainda requer maiores estudos e consequentemente maiores <strong>de</strong>bates acadêmicos.<br />
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO<br />
Este trabalho está estruturado em cinco capítulos. O primeiro capítulo<br />
apresenta a parte introdutória, contendo contextualização, a problematização,<br />
questões <strong>de</strong> pesquisa, objetivo geral, objetivos específicos e a justificativa.<br />
Seguidamente uma revisão bibliográfica, compreen<strong>de</strong>ndo inicialmente um<br />
breve passeio histórico sobre a temática do comportamento humano, progredindo na<br />
Revisão da Literatura sobre os estudos acerca <strong>de</strong> competência, competências<br />
gerenciais e instrumentos para análise <strong>de</strong> competência.<br />
O terceiro capítulo proporciona a <strong>de</strong>scrição do método <strong>de</strong> pesquisa utilizado,<br />
com a estratégia geral e <strong>de</strong>talhamento dos procedimentos adotados nos estudos<br />
empíricos <strong>de</strong>senvolvidos, bem como da metodologia teórica empregada.<br />
O capítulo 4 compõe-se da análise e interpretações dos resultados, sendo<br />
apresentado a partir dos objetivos propostos, <strong>de</strong>monstrando as principais<br />
informações coletadas e balizando-as à luz das referências e estudos abordados<br />
sobre a temática.<br />
O capítulo 5 contempla as consi<strong>de</strong>rações finais sobre o estudo, as limitações<br />
e as sugestões para futuros trabalhos que possam sustentar e aprofundar a temática<br />
ou elucidar possíveis questionamentos surgidos com o trabalho.<br />
26
Finalmente as referências bibliográficas que nortearam e fundamentaram o<br />
estudo, seguidamente dos anexos e apêndices necessários e fundamentais.<br />
27
2 REFERENCIAL TEÓRICO<br />
2.1 COMPETÊNCIAS<br />
O <strong>de</strong>bate sobre competências não é algo novo, mas está sempre sendo re-<br />
estudado, os autores como visto na parte introdutória começaram a dar mais ênfase<br />
ao tema na década <strong>de</strong> setenta. A partir dos estudos iniciais os trabalhos seguiram<br />
sempre aperfeiçoando conceitos, <strong>de</strong>finições, importância e apresentando novos<br />
panoramas.<br />
2.1.1 Evolução dos estudos sobre competências: estudos e <strong>de</strong>finições<br />
A competência vista por Le Boterf (2003), é um saber agir responsável <strong>de</strong>ntro<br />
do contexto profissional, compreen<strong>de</strong>ndo o mobilizar, integrar e transmitir<br />
conhecimentos, recursos e habilida<strong>de</strong>s para que todos possam reconhecer como<br />
valor. Ainda segundo o autor “a competência é uma disposição para agir <strong>de</strong> modo<br />
pertinente em relação a uma situação específica” (LE BOTERF, 2003, p. 40).<br />
Os <strong>de</strong>bates sobre competências trazem a tona vários autores, e várias<br />
<strong>de</strong>finições, entre elas Resen<strong>de</strong> (2000, p. 31) afirma que: “o conceito <strong>de</strong> competência<br />
se aplica a uma característica ou a um conjunto <strong>de</strong> características ou requisitos.”<br />
Segundo Durand (1998 apud MELLO, 2006), o mo<strong>de</strong>lo baseado em três<br />
dimensões, conhecido como CHA que envolve conhecimentos (saber o que fazer),<br />
habilida<strong>de</strong>s (saber como fazer) e atitu<strong>de</strong>s (querer fazer), engloba aspectos<br />
cognitivos, técnicos, sociais e afetivos que estão relacionados ao trabalho.<br />
Bitencourt (2001) resgata historicamente as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> competência no<br />
período <strong>de</strong> 1982 a 2001 conforme o quadro 1:<br />
28
Quadro 1 - Conceitos <strong>de</strong> Competências<br />
CONCEITOS DE COMPETÊNCIAS<br />
Ano Autor Definição<br />
1982 Boyatizis (1982, p. 23)<br />
1991 Boog (1991, p. 16)<br />
1993 Spencer e Spencer (1993, p. 9)<br />
1994<br />
Sparrow e Bognanno (1994, p.<br />
3)<br />
29<br />
“Competências são aspectos verda<strong>de</strong>iros ligados à natureza<br />
humana. São comportamentos observáveis que <strong>de</strong>terminam,<br />
em gran<strong>de</strong> parte, o retorno da organização”.<br />
“Competência é a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem é capaz <strong>de</strong> apreciar e<br />
resolver certo assunto, fazer <strong>de</strong>terminada coisa; significa<br />
capacida<strong>de</strong>, habilida<strong>de</strong>, aptidão e idoneida<strong>de</strong>”.<br />
“A competência refere-se a características intrínsecas ao<br />
indivíduo que influencia e serve <strong>de</strong> referencial para seu<br />
<strong>de</strong>sempenho no ambiente <strong>de</strong> trabalho”.<br />
“Competências representam atitu<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas como<br />
relevantes para a obtenção <strong>de</strong> alto <strong>de</strong>sempenho em um<br />
trabalho específico, ao longo <strong>de</strong> uma carreira profissional, ou<br />
no contexto <strong>de</strong> uma estratégia corporativa”.<br />
“O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências compreen<strong>de</strong> os<br />
aspectos intelectuais inatos e adquiridos, conhecimentos,<br />
capacida<strong>de</strong>s, experiência, maturida<strong>de</strong>. Uma pessoa<br />
competente executa ações a<strong>de</strong>quadas e hábeis em seus<br />
1994 Moscovicci (1994, p. 26) afazeres, em sua área <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>”.<br />
“As competências se <strong>de</strong>finem mediante padrões <strong>de</strong><br />
comportamentos observáveis. São as causas dos<br />
1994 Cravino (1994, p. 161)<br />
comportamentos, e estes por sua vez, são a causa dos<br />
resultados. É um fator fundamental para o <strong>de</strong>sempenho”.<br />
“Um agrupamento <strong>de</strong> conhecimentos habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s<br />
correlacionados, que afeta parte consi<strong>de</strong>rável da ativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> alguém, que se relaciona com o <strong>de</strong>sempenho, que po<strong>de</strong><br />
ser medido segundo padrões preestabelecidos, e que po<strong>de</strong><br />
1996 Parry (1996, p. 48)<br />
ser melhorado por meio <strong>de</strong> treinamento e <strong>de</strong>senvolvimento”.<br />
“A noção <strong>de</strong> competência é construída a partir do significado<br />
do trabalho. Portanto, não implica exclusivamente na<br />
1996 Sandberg (1996, p. 411) aquisição <strong>de</strong> atributos”.<br />
1996 Bruce (1996, p. 6) “Competência é o resultado final da aprendizagem”.<br />
“Competência é assumir responsabilida<strong>de</strong>s frente a<br />
1997 Le Boterf (1997, p. 267)<br />
situações <strong>de</strong> trabalho complexas buscando lidar com<br />
eventos inéditos, surpreen<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong> natureza singular”.<br />
“Conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e experiências que<br />
1997 Magalhães et al (1997, p. 14) cre<strong>de</strong>nciam um profissional a exercer <strong>de</strong>terminada função”.<br />
“A noção <strong>de</strong> competência refere-se a práticas do quotidiano<br />
que se mobilizam através do saber baseado no senso<br />
1998 Perrenoud (1998, p.1)<br />
comum e do saber a partir <strong>de</strong> experiências”.<br />
“Conjuntos <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s<br />
inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e necessárias à consecução <strong>de</strong><br />
1998 Durand (1998, p.3)<br />
<strong>de</strong>terminado propósito"<br />
“Competência <strong>de</strong>screve as habilida<strong>de</strong>s observáveis,<br />
1998 Hase et al (1998, p. 9)<br />
conhecimentos e atitu<strong>de</strong>s das pessoas ou das organizações<br />
o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas funções [...]. A competência é<br />
observável e po<strong>de</strong> ser mensurada por meio <strong>de</strong> padrões.<br />
“Capacida<strong>de</strong> da pessoa gerar resultados <strong>de</strong>ntro dos<br />
objetivos estratégicos e organizacionais da empresa, se<br />
traduzindo pelo mapeamento do resultado esperado (output )<br />
e do conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s<br />
1998 Dutra et al (1998, p. 3) necessários para o seu atingimento (input)”.<br />
“É a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilizar, integrar e colocar em ação<br />
conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e formas <strong>de</strong> atuar (recursos <strong>de</strong><br />
competências) a fim <strong>de</strong> atingir/superar <strong>de</strong>sempenhos<br />
1999 Ruas (1999, p. 10)<br />
configurados na missão da empresa e da área”.
Ano Autor<br />
CONCEITOS DE COMPETÊNCIAS<br />
Definição<br />
“Competência: um saber agir responsável e reconhecido,<br />
que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos,<br />
recursos, habilida<strong>de</strong>s, que agreguem valor econômico à<br />
2000 Fleury e Fleury (2000, p. 21) organização e valor social ao indivíduo”.<br />
“O conceito <strong>de</strong> competência sintetiza a mobilização,<br />
integração e transferência <strong>de</strong> conhecimentos e capacida<strong>de</strong>s<br />
em estoque, <strong>de</strong>ve adicionar valor ao negócio, estimular um<br />
contínuo questionamento do trabalho e a aquisição <strong>de</strong><br />
responsabilida<strong>de</strong>s por parte dos profissionais e agregar valor<br />
em duas dimensões: valor econômico para a organização e<br />
2000 Hipólito (2000, p. 7)<br />
valor social para o indivíduo”.<br />
“As competências <strong>de</strong>screvem <strong>de</strong> forma holística a aplicação<br />
<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s, conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação<br />
no ambiente <strong>de</strong> trabalho [...]. São essenciais para uma<br />
participação mais efetiva e para incrementar padrões<br />
competitivos. Focaliza-se na capacitação e aplicação <strong>de</strong><br />
conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma integrada no<br />
2000 Davis (2000, p. 1 e 15) ambiente <strong>de</strong> trabalho”.<br />
“A competência profissional é uma combinação <strong>de</strong><br />
conhecimentos, <strong>de</strong> saber-fazer, <strong>de</strong> experiências e<br />
2001 Zarifian (2001, p. 66)<br />
comportamentos que se exerce em um contexto preciso. Ela<br />
é constatada quando <strong>de</strong> sua utilização em situação<br />
profissional a partir da qual é passível <strong>de</strong> avaliação.<br />
Compete então à empresa i<strong>de</strong>ntificá-la, avaliá-la, validá-la e<br />
fazê-la evoluir”.<br />
“Competências referem-se a conhecimentos individuais,<br />
habilida<strong>de</strong>s ou características <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> que<br />
2001 Becker at al (2001, p.156)<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Bitencourt (2001).<br />
influenciam diretamente o <strong>de</strong>sempenho das pessoas”.<br />
2.2 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS<br />
Mapear e <strong>de</strong>senvolver competências gerenciais são fundamentais para que<br />
as organizações obtenham mais competitivida<strong>de</strong> e eficiência no mercado. O que são<br />
então essas competências gerenciais? Resen<strong>de</strong> (2000, p. 60) afirma que são:<br />
Capacitações mais específicas da competência <strong>de</strong> gestão, compreen<strong>de</strong>ndo<br />
habilida<strong>de</strong>s pessoais e conhecimentos <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> administração ou<br />
gerenciamento, <strong>de</strong> aplicação em situações <strong>de</strong> direção, coor<strong>de</strong>nação ou<br />
supervisão. Exemplos: capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conduzir reuniões <strong>de</strong> trabalho<br />
produtivas; saber administrar, convergir ações para resultados comuns.<br />
São ligadas aos gestores que exercem funções gerenciais, com atribuições e<br />
papeis correspon<strong>de</strong>ntes nas organizações em que trabalham.<br />
Diferentes autores apontam as competências necessárias para a função<br />
gerencial, o mo<strong>de</strong>lo Boyatizis propõe 21 competências para a construção <strong>de</strong> um<br />
perfil i<strong>de</strong>al do gestor, Bitencourt (2001, p.27) adaptou o mo<strong>de</strong>lo a seguir:<br />
30
1. Metas e Gestão pela ação<br />
2. Li<strong>de</strong>rança<br />
3. Recursos Humanos<br />
4. Direção <strong>de</strong> Subordinados<br />
5. Foco em outros Clusters<br />
6. Conhecimentos<br />
especializados<br />
Quadro 2 – As Competências <strong>de</strong> Boyatizis<br />
1. Orientação eficiente<br />
2. Produtivida<strong>de</strong><br />
3. Diagnóstico e uso <strong>de</strong> conceitos<br />
4. Preocupação com impactos (pro-ativo)<br />
5. Autoconfiança<br />
6. Uso <strong>de</strong> apresentações orais<br />
7. Pensamento lógico<br />
8.Conceitualização<br />
9. Uso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r socializado<br />
10. Otimismo<br />
11. Gestão <strong>de</strong> grupo<br />
12. Auto avaliação e senso crítico<br />
13. Desenvolvimento <strong>de</strong> outras pessoas<br />
14. Uso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r unilateral<br />
15. Espontaneida<strong>de</strong><br />
16. Autocontrole<br />
17. Objetivida<strong>de</strong> perceptual<br />
18. Adaptabilida<strong>de</strong><br />
19. Preocupação com relacionamentos<br />
próximos<br />
20. Memória<br />
21. Conhecimento especializado<br />
Fonte: Adaptado da obra (WOOD; PAYNE, 1998 apud BITENCOURT, 2001, p. 27).<br />
2.2.1 Função gerencial<br />
A função gerencial é fundamental na <strong>de</strong>finição e obtenção dos objetivos<br />
organizacionais. É responsável pelo planejamento, formulação e implementação<br />
das estratégias.<br />
Gran<strong>de</strong> parte da função gerencial perpassa por:<br />
[...] Gerenciar significa realizar equilibradamente o potencial <strong>de</strong> resultados,<br />
<strong>de</strong> pessoas e <strong>de</strong> inovação da organização. Os gerentes exercem um papel<br />
que tem uma única responsabilida<strong>de</strong>: atingir resultados com pessoas e com<br />
inovação! (BOOG, 2004, p. 123).<br />
Segundo Katz (1955 apud Lopes et al. 2010) são três habilida<strong>de</strong>s básicas<br />
para o gerente <strong>de</strong>sempenhar a sua função:<br />
a) Habilida<strong>de</strong> técnica: relacionadas com a ativida<strong>de</strong> específica do gerente,<br />
como conhecimentos, sistemas, método e equipamentos, ou seja, o domínio dos<br />
meios necessários para a realização das suas tarefas.<br />
31
) Habilida<strong>de</strong> humana: compreensão das pessoas, interesse e atitu<strong>de</strong>s. Como<br />
<strong>de</strong>senvolver a li<strong>de</strong>rança, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r, se comunicar, é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
se relacionar.<br />
c) Habilida<strong>de</strong> conceitual: capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r e lidar com a<br />
complexida<strong>de</strong> da organização <strong>de</strong> forma global, ou seja, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formular as<br />
estratégias, através <strong>de</strong> planejamento, raciocínio e entendimento <strong>de</strong> situações mais<br />
complexas.<br />
Fonte: Lopes et al (2010).<br />
Figura 1 - Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Gerenciais <strong>de</strong> Katz<br />
A função gerencial vai além <strong>de</strong> ter a competência certa para o cargo, é<br />
preciso ir adiante, além <strong>de</strong> mobilizar a competência individual, ser capaz <strong>de</strong><br />
administrar as competências da equipe e transformá-las em competências coletivas.<br />
Le Boterf (2003, p. 229) afirma que:<br />
Administrar e <strong>de</strong>senvolver o capital <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> uma empresa não<br />
se limita à administração e ao <strong>de</strong>senvolvimento das competências<br />
individuais <strong>de</strong> seus empregados. A competência <strong>de</strong> uma empresa ou <strong>de</strong><br />
uma <strong>de</strong> suas unida<strong>de</strong>s não equivale à soma das competências <strong>de</strong> seus<br />
membros. Nessa área, o valor do capital <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> não tanto <strong>de</strong> seus<br />
elementos constitutivos, mas da qualida<strong>de</strong> da combinação ou da articulação<br />
entre esses elementos.<br />
Confirma ainda que “a competência coletiva é uma competência <strong>de</strong> re<strong>de</strong>.<br />
Simondon propõe a noção <strong>de</strong> “meio associado” para <strong>de</strong>signar o conjunto das<br />
pessoas com as quais um indivíduo se comunica e coopera para realizar sua<br />
missão” (LE BOTERF, 2003, p. 232).<br />
32
Mintzberg (1986, p.13) <strong>de</strong>lineia os gerentes em <strong>de</strong>z papéis, cada papel com<br />
significado que dizem respeito às categorias específicas relacionadas ao<br />
comportamento gerencial, sendo possível agrupá-los em três temas: relações<br />
interpessoais, transferência <strong>de</strong> informações e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, o quadro 3 expõe<br />
melhor essa divisão:<br />
Quadro 3 – Os papeis gerenciais <strong>de</strong> Mintzberg<br />
Categorias Papeis gerenciais do gestor Significados<br />
Interpessoais<br />
Informacionais<br />
Decisoriais<br />
Figura <strong>de</strong> Chefe<br />
Lí<strong>de</strong>r<br />
Ligação<br />
Monitor<br />
Disseminador<br />
Porta-voz<br />
Empreen<strong>de</strong>dor<br />
Controlador <strong>de</strong> distúrbios<br />
Administrador <strong>de</strong> recursos<br />
Negociador <strong>de</strong> recursos<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Mintzberg (1986).<br />
O gerente age como símbolo e<br />
representante da organização<br />
(relações públicas)<br />
A li<strong>de</strong>rança se envolve em todas as<br />
ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> influência interpessoal<br />
Envolve a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacionamentos<br />
que o gerente <strong>de</strong>ve manter, obtendo<br />
vantagem natural<br />
Recebe e procura informações para<br />
enten<strong>de</strong>r o que se passa na<br />
organização e no sistema<br />
O papel do monitor se complementa<br />
com a disseminação externa para<br />
<strong>de</strong>ntro da organização e <strong>de</strong> informação<br />
interna <strong>de</strong> um colaborador para outro<br />
É o papel inverso do disseminador,<br />
levando informações da organização<br />
para o meio ambiente.<br />
Iniciador e planejador da maior parte<br />
das mudanças controladas em sua<br />
organização<br />
São as situações que estão<br />
parcialmente fora do controle gerencial<br />
É inerente à autorida<strong>de</strong> formal, está<br />
presente em praticamente qualquer<br />
<strong>de</strong>cisão gerencial<br />
É o gerente que li<strong>de</strong>ra os membros <strong>de</strong><br />
sua organização em negociações, que<br />
po<strong>de</strong> lidar com sindicatos, clientes,<br />
empregados, e outras representações.<br />
O novo gerente tem um papel <strong>de</strong>safiador <strong>de</strong>ntro da organização, é alguém<br />
que trabalha com os recursos da organização, lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> equipe e que se preocupa<br />
com as pessoas, tornando-se um elo articulador entre as pessoas da organização e<br />
o meio, com um papel <strong>de</strong>safiador, por requer no <strong>de</strong>sempenho da função, habilida<strong>de</strong>s<br />
33
para administrar conflitos entre empregados e o ambiente empresarial (BOOG, 2004;<br />
BAND, 1997).<br />
O <strong>de</strong>sempenho, assim como a eficiência do gerente para a organização está<br />
diretamente relacionado na compreensão da função que ocupa ou o cargo com que<br />
está relacionado, nas especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suas tarefas, nos objetivos da empresa e<br />
nas metas a serem alcançadas.<br />
2.2.2 O mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn<br />
Os mo<strong>de</strong>los gerenciais facilitam compreen<strong>de</strong>r e melhorar o <strong>de</strong>sempenho dos<br />
gerentes em suas funções. Os mo<strong>de</strong>los estão em constante evolução, sempre<br />
buscando melhorar e moldando-se às necessida<strong>de</strong>s das organizações<br />
contemporâneas.<br />
O mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn é fundamentado em quatro mo<strong>de</strong>los gerenciais<br />
com oito papéis gerenciais e cada um com três competências requeridas para o<br />
<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>las (QUINN et al, 2003).<br />
O quadro 4 mostra as características <strong>de</strong> cada mo<strong>de</strong>lo gerencial, e a Figura 2<br />
permite conhecer os oito papéis e as competências requeridas para o <strong>de</strong>sempenho<br />
<strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les.<br />
Quadro 4 - Características dos quatro mo<strong>de</strong>los gerenciais<br />
METAS<br />
RACIONAIS<br />
SIMBOLO $<br />
Critérios <strong>de</strong><br />
eficácia<br />
Teoria<br />
referente a<br />
meios e fins<br />
Ênfase<br />
Atmosfera<br />
Produtivida<strong>de</strong>/<br />
lucro<br />
Uma direção clara<br />
leva a resultados<br />
produtivos<br />
Explicitação <strong>de</strong><br />
metas, análise<br />
racional e tomada<br />
<strong>de</strong> iniciativas<br />
PROCESSOS<br />
INTERNOS<br />
Estabilida<strong>de</strong>,<br />
continuida<strong>de</strong><br />
Rotinização leva à<br />
estabilida<strong>de</strong><br />
Definição <strong>de</strong><br />
responsabilida<strong>de</strong>,<br />
mensuração,<br />
documentação<br />
Econômicoracional:<br />
"lucro<br />
líquido" Hierárquico<br />
Papel do<br />
Gerente Diretor e produtor<br />
Fonte: Quinn et al (2003, p. 11).<br />
Monitor e<br />
coor<strong>de</strong>nador<br />
34<br />
RELAÇÕES<br />
HUMANAS SISTEMAS ABERTOS<br />
Compromisso,<br />
coesão, moral<br />
Envolvimento<br />
resulta em<br />
compromisso<br />
Participação,<br />
resolução <strong>de</strong><br />
conflitos e criação<br />
<strong>de</strong> consenso<br />
Adaptabilida<strong>de</strong>, apoio<br />
externo<br />
Adaptação e inovação<br />
contínuas levam à<br />
aquisição e<br />
manutenção <strong>de</strong><br />
recursos externos<br />
Adaptação política,<br />
resolução criativa <strong>de</strong><br />
problemas, inovação,<br />
gerenciamento <strong>de</strong><br />
mudança<br />
Orientado a<br />
equipes Inovadora, flexível<br />
Mentor e<br />
facilitador<br />
Inovador e<br />
negociador/mediador
Fonte: Quinn et al (2003, p.17).<br />
Figura 2 - Papeis e competências gerenciais<br />
Ao longo do século XX muitos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão surgiram. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
Quinn et al foi baseado nos estudos que se seguem:<br />
a. 1900-1925: A EMERGÊNCIA DO MODELO DE METAS RACIONAIS E<br />
DO MODELO DE PROCESSOS INTERNOS<br />
Mo<strong>de</strong>lo das metas racionais. O clima organizacional é econômicoracional,<br />
e todas as <strong>de</strong>cisões são motivadas por consi<strong>de</strong>rações quanto ao<br />
“lucro líquido”. Se um empregado há 20 anos na empresa estiver<br />
produzindo com apenas 80% <strong>de</strong> eficiência, a medida correta é clara:<br />
substituí-lo por alguém capaz <strong>de</strong> contribuir com 100% <strong>de</strong> eficiência.<br />
Mo<strong>de</strong>los dos processos internos. O clima organizacional é hierárquico, e<br />
todas as <strong>de</strong>cisões são coloridas pelas regras, estruturas e tradições<br />
existentes. Se a eficiência <strong>de</strong> um empregado cai, aumenta-se o controle, por<br />
meio da aplicação <strong>de</strong> diversas políticas e procedimentos. (QUINN et al,<br />
2003, p. 4).<br />
Dentro do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> metas racionais on<strong>de</strong> os fins almejados são<br />
produtivida<strong>de</strong>, realização e consecução dos objetivos. A maior preocupação é a<br />
35
maximixação (otimização) dos resultados. Nesses papéis os gerentes assumem o<br />
comando principalmente no estabelecimento <strong>de</strong> objetivos, planejamento da estrutura<br />
organizacional e formulação <strong>de</strong> políticas. Com elevada preocupação para a ação,<br />
in<strong>de</strong>pendência e obstinação. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> metas racionais é o paradigma <strong>de</strong> eficácia<br />
mais antigo, alguns o consi<strong>de</strong>ram inerentemente bom, por sempre ser voltada à<br />
produtivida<strong>de</strong> e eficácia.<br />
Quando em sua função <strong>de</strong> diretores, os gerentes <strong>de</strong>vem ter competências<br />
mais voltadas aos processos, voltados para o planejamento, à <strong>de</strong>limitação dos<br />
objetivos e das metas organizacionais. Enquanto os gerentes produtores são<br />
orientados para tarefas, com o foco no trabalho e maior grau <strong>de</strong> interesse,<br />
motivação, energia e ímpeto pessoal. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> metas racionais, objetiva<br />
produtivida<strong>de</strong> e o lucro da organização, voltado para a eficiência dos recursos, para<br />
o controle.<br />
No tocante ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processos internos os fins são almejados são a<br />
estabilida<strong>de</strong> e o controle e os meios para atingi-los estão relacionados à rotinização,<br />
mensuração e documentação. O gerente com essas competências procura manter<br />
o fluxo do trabalho e as informações sem sobressaltos e gerir as estruturas<br />
organizacionais com regras, procedimentos e políticas. Um mo<strong>de</strong>lo altamente<br />
complementar ao das metas racionais com o clima organizacional muito<br />
hierarquizado.<br />
Os papeis <strong>de</strong> monitor e coor<strong>de</strong>nador presentes no mo<strong>de</strong>lo dos processos<br />
internos são gerentes cumpridores <strong>de</strong> regras e averiguadores se o setor está<br />
fazendo sua parte. O monitor requer cuidado com <strong>de</strong>talhes, controle e análise, já o<br />
gerente coor<strong>de</strong>nador, preocupa-se em dar sustentação à estrutura e ao fluxo do<br />
sistema. Geralmente o coor<strong>de</strong>nador é organizado, e procura os esforços da equipe,<br />
o enfrentamento <strong>de</strong> crises e a logística. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processos internos <strong>de</strong>staca a<br />
burocracia profissional, requer estabilida<strong>de</strong> e a continuida<strong>de</strong>, gosta <strong>de</strong> rotina e<br />
competência para tornar confiável. (QUINN et al. 2003).<br />
b. 1926-1950: A EMERGÊNCIA DO MODELO DAS RELAÇÕES HUMANAS<br />
Mo<strong>de</strong>los das relações humanas. [...] Nele, a ênfase central é no<br />
compromisso, coesão e moral. A premissa quanto aos meios e fins em<br />
questão é que o envolvimento resulta em compromisso, e os valores<br />
centrais são participação, resolução <strong>de</strong> conflitos e construção <strong>de</strong> consenso.<br />
(Ibid., 2003, p. 6).<br />
36
Nos mo<strong>de</strong>los das relações humanas o gerente executa os papéis <strong>de</strong><br />
facilitador e <strong>de</strong> mentor. Os facilitadores são aqueles cujas competências repousam<br />
nos esforços coletivos, em ações e trabalho em equipe e administram conflitos<br />
pessoais. Já os mentores possuem competências para <strong>de</strong>senvolver pessoas, com<br />
orientações, através da empatia, o gerente orienta, contribui e planeja o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento individual ou da equipe. O principal fator é que o envolvimento gera<br />
compromisso; os valores centrais são a participação, a resolução <strong>de</strong> conflitos e a<br />
construção do consenso. Assim o gerente assume a função <strong>de</strong> mentor e facilitador<br />
dos processos, centrado no ser humano e voltado para gerar o compromisso com a<br />
organização.<br />
c. 1951-1975: A EMERGÊNCIA DO MODELO DE SISTEMAS ABERTOS<br />
Mo<strong>de</strong>los dos sistemas abertos. No mo<strong>de</strong>lo dos sistemas abertos, a<br />
organização <strong>de</strong>para-se com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> competir num ambiente<br />
ambíguo e competitivo. Os critérios básicos <strong>de</strong> eficácia organizacional são a<br />
adaptabilida<strong>de</strong> e o apoio externo. (Ibid., 2003, p.9).<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sistema aberto origina os gerentes com dois papéis: <strong>de</strong> inovador<br />
e negociador. O gerente inovador costuma ser visionário, facilitador <strong>de</strong> mudanças e<br />
adaptações, com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar tendências e tolerar as incertezas e os riscos.<br />
Por outro lado os gerentes negociadores são mais ligados na legitimida<strong>de</strong> exterior e<br />
a obtenção <strong>de</strong> recursos externos, <strong>de</strong>vendo ter capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> persuadir e influenciar.<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sistemas abertos torna-se necessário as organizações <strong>de</strong>vido à<br />
velocida<strong>de</strong> das transformações e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> administrá-las. Vivendo em<br />
ambientes altamente imprevisíveis, esses gerentes possuem pouco tempo para<br />
<strong>de</strong>dicar-se à organização e ao planejamento, sendo forçados a tomar <strong>de</strong>cisões<br />
rápidas. Esse gerente <strong>de</strong>ve tornar-se um inovador criativo e um negociador com<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influenciar e com gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se adaptar.<br />
eficácia:<br />
A figura 3 apresenta os valores competitivos <strong>de</strong> cada mo<strong>de</strong>lo e os critérios <strong>de</strong><br />
37
Figura 3 - Quadro <strong>de</strong> valores competitivos: critérios <strong>de</strong> eficácia<br />
Fonte: Quinn et al ( 2003, p.13).<br />
Os estudos <strong>de</strong> Quinn <strong>de</strong>monstram a importância dos quatro mo<strong>de</strong>los para a<br />
organização, já que cada mo<strong>de</strong>lo cumpre sua função <strong>de</strong>ntro da organização, <strong>de</strong><br />
acordo com a necessida<strong>de</strong> e a complexida<strong>de</strong> do cargo e da empresa.<br />
Além do que já foi explicitado anteriormente, Quinn et al (2003) ressaltam o<br />
que é esperado <strong>de</strong> cada gerente no <strong>de</strong>sempenho dos papeis:<br />
a. Facilitador: habilida<strong>de</strong> na construção <strong>de</strong> equipes; uso <strong>de</strong> tomada<br />
participativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e habilida<strong>de</strong> na administração <strong>de</strong> conflitos.<br />
b. Monitor: administração <strong>de</strong> informações por meio do pensamento crítico;<br />
administração da sobrecarga <strong>de</strong> informações e administração dos processos<br />
essenciais.<br />
c. Coor<strong>de</strong>nador: gerenciamento <strong>de</strong> projetos; planejamento do trabalho e<br />
gerenciamento multifuncional.<br />
d. Diretor: <strong>de</strong>senvolvimento e comunicação <strong>de</strong> uma visão; estabelecimento <strong>de</strong><br />
metas e objetivos e planejamento e organização.<br />
e. Produtor: trabalho produtivo; fomento a um ambiente <strong>de</strong> trabalho produtivo<br />
e administração do estresse/equilíbrio <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas concorrentes.<br />
f. Negociador: Construção e manutenção <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r; negociação<br />
<strong>de</strong> acordos e compromissos e apresentação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias.<br />
38
g. Inovador: Convivência da mudança; pensamento criativo e gestão da<br />
mudança.<br />
A figura 4 apresenta os Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Gestão e Papeis Gerenciais.<br />
Figura 4 - Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Gestão e Papeis Gerenciais<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Quinn et al (2003).<br />
Mo<strong>de</strong>los, tipologias e conceitos são insuficientes para dar o amplo significado<br />
à palavra competência, são apenas norteadores <strong>de</strong> estudos para o aprofundamento<br />
da teoria e da prática dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão nas organizações.<br />
Para melhor compreensão, a tabela 1 resume os papeis <strong>de</strong> facilitador, mentor,<br />
monitor e coor<strong>de</strong>nador, apresentando também, quando esses papeis são<br />
convenientes a organização e os papeis complementares.<br />
39
Tabela 1 - Resumo dos Papeis Gerenciais 1<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Quinn et al (2003, p.110-111-197-198).<br />
Da mesma forma a tabela 2 compila os papeis <strong>de</strong> diretor, produtor,<br />
negociador e inovador, apresentando quando esses papeis são convenientes a<br />
organização e os papeis complementares.<br />
40
Tabela 2 - Resumo dos Papeis Gerenciais - 2<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Quinn et al (2003, p.283-284-367-368).<br />
41
Quinn et al (2003) <strong>de</strong>monstram que o caminho para o domínio <strong>de</strong> uma<br />
ativida<strong>de</strong> é um processo <strong>de</strong> aprendizagem. Que é preciso esforço para a<br />
compreensão <strong>de</strong> novos conceitos e para a prática <strong>de</strong> novas habilida<strong>de</strong>s.<br />
etapas:<br />
Para a transformação <strong>de</strong> um novato em perito, elabora um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cinco<br />
a. Novato – apren<strong>de</strong> fatos e regras;<br />
b. Principiante avançado – a experiência começa a ser crucial, on<strong>de</strong> se<br />
coloca em prática os fatos e regras;<br />
c. Competente – se ganha competência conforme a complexida<strong>de</strong> da<br />
tarefa e per<strong>de</strong>-se a consciência <strong>de</strong> regras absolutas – o risco calculado;<br />
d. Proficiente – A análise e o cálculo racional parecem <strong>de</strong>saparecer, e<br />
emerge o inconsciente, apren<strong>de</strong>-se a “ler” as situações;<br />
e. Perito – a excelência no <strong>de</strong>sempenho passa a ser a natureza, veem e<br />
sentem intuitivamente.<br />
Neste mesmo direcionamento, Quinn et al (2003) trabalha a i<strong>de</strong>ia do gerente<br />
eficaz, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve:<br />
Integrar dinamicamente as competências <strong>de</strong> cada um dos papéis às<br />
situações; adquirir e saber utilizar essas competências associadas a cada<br />
papel gerencial e aproveitar as vantagens e minimizar as <strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong><br />
cada um dos Mo<strong>de</strong>los gerenciais.<br />
Na tabela 3 um resumo dos perfis gerenciais eficazes e ineficazes <strong>de</strong>scritos<br />
por Quinn et al (2003):<br />
Tabela 3 - Perfis gerenciais eficazes e perfis gerenciais ineficazes<br />
Fonte: Nóbrega (2011, p. 77) adaptado <strong>de</strong> Quinn et al (2003, p. 378-379).<br />
42
2.3 O COMPORTAMENTO HUMANO<br />
Buscar compreen<strong>de</strong>r a personalida<strong>de</strong> humana dividindo-a em tipos não é algo<br />
contemporâneo, remonta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong> e já se classificavam os homens pela<br />
distinção <strong>de</strong> suas personalida<strong>de</strong>s. Para melhor compreensão neste capítulo será<br />
estudado o comportamento humano através das classificações tipológicas.<br />
2.3.1 O comportamento humano estudado por tipologia – um resgate histórico<br />
Em algumas civilizações orientais como as da Mesopotâmia e a da China já<br />
era possível observar sistemas tipológicos <strong>de</strong>senvolvidos Zacharias (1995 apud<br />
SILVEIRA, 2006). Mais <strong>de</strong> 2600 anos antes <strong>de</strong> Cristo no antigo Império Chinês,<br />
Huang Ti, Imperador da época, sistematizou um calendário lunar associando cada<br />
dia, mês e ano <strong>de</strong> nascimento a um animal, associando e influenciando às<br />
características pessoais, às características dos animais, principalmente ao seu<br />
temperamento, <strong>de</strong>senvolvendo uma tipologia <strong>de</strong> acordo com o nascimento<br />
(ZACHARIAS, 1995 apud SILVEIRA, 2006).<br />
Outra tipologia da antiguida<strong>de</strong>, cujo uso se dá até a atualida<strong>de</strong>, é baseada na<br />
astrologia, on<strong>de</strong> os elementos que compõem o universo originam 12 signos do<br />
zodíaco (JUNG, 1991). No resgate histórico que aponta os trígonos dos elementos<br />
da natureza, ar, fogo, água e terra, que agrupam em 4 grupos <strong>de</strong> 3 signos os<br />
nascimentos, então as pessoas eram influenciadas pelo signo e pelo elemento<br />
<strong>de</strong>terminantes do seu nascimento, ou seja é associado a um <strong>de</strong>sses trígonos e seu<br />
temperamento e <strong>de</strong>stino é por ele influenciado (JUNG, 1991; LESSA, 2003).<br />
Morales (2004) em seu trabalho aponta ainda a tipologia quaternária da<br />
Bíblia, on<strong>de</strong> o profeta Ezequiel em 590 a.C. classificava a humanida<strong>de</strong> em “quatro<br />
criaturas viventes” com quatro faces: o leão, o boi, o homem e a águia.<br />
Historicamente a análise comportamental é referenciada também na Grécia<br />
antiga, on<strong>de</strong> empiricamente os comportamentos humanos eram <strong>de</strong>finidos por seus<br />
“humores” e estes estavam relacionados aos seus líquidos corporais. Galeano <strong>de</strong><br />
Pérgamo (129 a 199 d.C.), baseando-se nos estudos anteriores <strong>de</strong> Hipocrátes<br />
concretizou o estudo hipocrático conhecido como “doutrina dos quatro<br />
temperamentos” com divisão <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> comportamento humano, on<strong>de</strong> o<br />
43
<strong>de</strong>sequilíbrio <strong>de</strong> um dos elementos no corpo humano <strong>de</strong>terminaria sua<br />
personalida<strong>de</strong> (MORALES, 2004).<br />
Ele classificava a tipologia em quatro tipos: o sangue, que classificava uma<br />
pessoa como sanguínea; a bílis amarela, quando a pessoa era colérica; com<br />
excesso <strong>de</strong> fleuma produzia-se uma pessoa fleumática e, finalmente com excessiva<br />
bílis preta, um indivíduo melancólico (MATOS, 2008). O estudo <strong>de</strong> Galeano,<br />
conhecido como “tipologia galênica” permaneceu em uso por mais <strong>de</strong> 1800 anos,<br />
bem como os conhecimentos médicos <strong>de</strong>le e <strong>de</strong> Hipócrates, que continuaram em<br />
uso pelos estudos, inclusive nas Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Medicina da época (JUNG, 1991).<br />
2.3.1.1 Da tipologia junguiana às tipologias contemporâneas adaptadas<br />
Jung foi um dos autores que mais <strong>de</strong>senvolveu e estudou o comportamento e<br />
a personalida<strong>de</strong> humana, preocupando-se sempre com as relações humanas e o<br />
mundo externo (HALL; LINDZEY, 1973 apud SILVEIRA, 2006).<br />
Em 1921 Jung contribuiu para a compreensão da tipologia humana, com a<br />
publicação dos seus 20 anos <strong>de</strong> estudo no livro “Tipos Psicológicos”, neste estudo<br />
ele abalizou duas formas <strong>de</strong> comportamento dos indivíduos em relação ao objeto: os<br />
que focam sua atenção no mundo externo como sendo pessoas extrovertidas e as<br />
que focam o mundo interno ou impressões psíquicas ou indivíduos introvertidos<br />
(LESSA, 2003).<br />
Segundo Silveira (2006, p. 89) ele consi<strong>de</strong>rava “três dimensões, a saber:<br />
consciência, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo, sendo que o inconsciente<br />
correspon<strong>de</strong> à totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fenômenos psíquicos que não são conscientes”.<br />
Jung (1998) apresentou o consciente com sendo responsável pela adaptação<br />
e orientação no mundo, esta dimensão psíquica cujo centro coor<strong>de</strong>nador é o ego,<br />
que centraliza nossos <strong>de</strong>sejos e nossa atenção. O ego <strong>de</strong>scrito por Jung (1998)<br />
aponta a consciência como formadora da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, a consciência <strong>de</strong> existir, ele é<br />
mediador do consciente, essa consciência em contato com o mundo exterior permite<br />
a individualização do homem, traduz criativamente o mundo exterior em realida<strong>de</strong><br />
visível.<br />
No mesmo estudo Jung tipificou os indivíduos em oito tipos: quatro tipos<br />
irracionais e quatro tipos racionais que por sua vez são distinguidos por quatro<br />
funções, duas funções racionais: pensamento e sentimento e duas funções<br />
44
irracionais: percepção e intuição (FRANZ; HILLMAN, 2010). As funções racionais<br />
são as funções <strong>de</strong> julgamento, refletidas e influenciadas nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,<br />
enquanto as irracionais são apreendidas diretamente, sem julgamentos ou<br />
avaliações (LESSA, 2003).<br />
De acordo com Zacharias (1995 apud SILVEIRA, 2006) uma das maiores<br />
contribuições do postulado <strong>de</strong> Jung foi ser centrado <strong>de</strong> acordo como cada indivíduo<br />
se norteia preferencialmente no mundo. Contribuiu com a inovação no sistema<br />
tipológico, já que os estudos anteriores focavam principalmente, em padrões <strong>de</strong><br />
comportamento temperamental ou emocional.<br />
Para Franz e Hillman (2010) os quatro tipos irracionais da tipologia <strong>de</strong> Jung<br />
são: Perceptivo extrovertido; Perceptivo introvertido; Intuitivo extrovertido e Intuitivo<br />
introvertido. Para os mesmos autores os quatro tipos racionais da tipologia <strong>de</strong> Jung<br />
são: Pensativo extrovertido; Pensativo introvertido; Sentimental extrovertido e<br />
Sentimental introvertido.<br />
Através do estudo <strong>de</strong> Jung (1921) Briggs e Meyrs elaboraram em 1940 um<br />
instrumento que i<strong>de</strong>ntificava os Tipos Psicológicos Junguianos, ainda hoje utilizado<br />
como uma das ferramentas <strong>de</strong> análise comportamental a MBTI (Myers-Briggs Type<br />
Indicator), levando em consi<strong>de</strong>ração que a ferramenta avalia as preferências dos<br />
indivíduos e não suas habilida<strong>de</strong>s (LESSA, 2008).<br />
Segundo Vergílio e Vanalle (2005, p. 3) em 1994 essa ferramenta já havia<br />
sido aplicada em mais <strong>de</strong> 2,5 milhões <strong>de</strong> pessoas pelo mundo e através <strong>de</strong> um<br />
sistema <strong>de</strong> “quatro diferentes pares <strong>de</strong> atributos para criar uma matriz <strong>de</strong> 16 tipos <strong>de</strong><br />
personalida<strong>de</strong>: extroversão versus introversão; sensação versus intuição;<br />
pensamento versus sentimento e julgamento versus percepção”.<br />
Quadro 5 - Características básicas <strong>de</strong> acordo com o sistema <strong>de</strong> Jung<br />
E Extraverted (Estrovertido) I Introverted (Introvertido)<br />
S Sensory (Sensorial) N Intuitive (Intuitivo)<br />
T Thinking (Reflexivo) F Feeling (Sentimento)<br />
J Judging (Julgador) P Perceiving (Percepção)<br />
Fonte: Keirsey (1998 apud SERTEK, 2006, p.112).<br />
Nos anos vinte Marston (1928) levantou a teoria do comportamento humano a<br />
partir <strong>de</strong> seus estudos a resultante da análise <strong>de</strong> duas dimensões bipolares, uma<br />
exterior e outra interior. Partindo <strong>de</strong>sse estudo <strong>de</strong>senvolveu a Análise <strong>de</strong> Perfil<br />
45
Pessoal (PPA), posteriormente sistematizada por Hendrickson na década <strong>de</strong> 50<br />
(VERGÍLIO; VANALLE, 2005).<br />
As duas dimensões que originaram a matriz que <strong>de</strong>fine a interação do<br />
indivíduo com o meio através <strong>de</strong> padrões típicos, com quatro características<br />
distintas: Dominância, Influência, Estabilida<strong>de</strong>, Conformida<strong>de</strong>, que origina o acróstico<br />
e <strong>de</strong>signação DISC. Na teoria Marston (1928) ilustrou que a maioria das pessoas é<br />
capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar esses quatro padrões em momentos diferentes e sob o mesmo<br />
estímulo, com esse estudo foi possível i<strong>de</strong>ntificar as características que compõe o<br />
perfil <strong>de</strong> um ser humano, sendo uma <strong>de</strong> suas maiores contribuições. Contudo, foi<br />
possível também verificar que um indivíduo <strong>de</strong>senvolve, por meio <strong>de</strong> aprendizagem<br />
e reforço, um estilo <strong>de</strong> vida que enfatize mais alguns aspectos comportamentais e<br />
menos outros. (MATOS, 2008). O trabalho <strong>de</strong> Marston é base conceitual <strong>de</strong> várias<br />
ferramentas utilizadas mundialmente no levantamento <strong>de</strong> características pessoais<br />
que são empregadas na atualida<strong>de</strong> (VERGÍLIO; VANALLE, 2005).<br />
A seguir um resumo das tipologias ao longo dos tempos:<br />
AUTOR<br />
Quadro 6 - Resumo das tipologias<br />
TIPOLOGIAS<br />
Astrologia Terra Água Fogo Ar<br />
Ezequiel(590<br />
a.C).<br />
Leão Boi Homem Águia<br />
Platão (340 a.C.) Artesão Guardião I<strong>de</strong>alista Dialético<br />
Aristótales<br />
a.C.)<br />
(325 Hedônico Proprietário Ético Dialético<br />
Hipócrates<br />
a.C.)<br />
(370 Sanguíneo Melancólico Colérico Fleumático<br />
Paracelsus<br />
d.C.)<br />
(190 Mutável Laborioso Inspirado Curioso<br />
Adickes (1905) Inovador Tradicional Doutrinal Cético<br />
Spranger 1914 Estático Econômico Religioso Teórico<br />
Kretschmer Picnico Leptossômico Atlético Displástico<br />
(1920)<br />
Jung (1921) Produtor Sensitivo Intuitivo Analítico<br />
From (1947) Explorador Poupador Receptivo Marketing<br />
Myers (1958) Experimentador Planificador Amistoso Objetivo<br />
Marston (1928) Dominância Influência Estabilida<strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong><br />
Fonte: Elaboração e adaptação <strong>de</strong> KEIRSEY (1998); SERTEK (2002); MATOS (2008).<br />
Muitos instrumentos e testes ao longo dos tempos foram usados para aferir<br />
personalida<strong>de</strong>, comportamento e inteligência. Matos (2008) faz um resgate <strong>de</strong> vários<br />
<strong>de</strong>sses instrumentos, que são reunidos ao final <strong>de</strong>sse trabalho.<br />
Cada estudo, em seu tempo, contribuiu <strong>de</strong> forma significativa para a<br />
formatação do conhecimento do ser humano. Durante toda evolução dos trabalhos<br />
46
acerca da personalida<strong>de</strong> como influencia <strong>de</strong>terminante do comportamento humano<br />
evoluiu com os sistemas <strong>de</strong> tipologia, tendo como expoente Jung que fundamentou<br />
os postulados mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> estudo do início do <strong>de</strong>senvolvimento da tipologia<br />
junguiana até a expansão do seu trabalho com a adaptação por vários trabalhos<br />
posteriores.<br />
2.4 AVALIANDO PERFIS PROFISSIONAIS E COMPORTAMENTAIS<br />
2.4.1 A metodologia DISC e a ferramenta ETALENT<br />
O metodologia/ferramenta foi elaborado pela ETALENT empresa que atua há<br />
mais <strong>de</strong> 20 anos, oferecendo soluções em gestão <strong>de</strong> pessoas e carreiras. A<br />
expertise <strong>de</strong>senvolvida, através da Metodologia DISC, amplamente utilizada em todo<br />
mundo, com base na elaboração DISC <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Perfil Comportamental,<br />
baseado no estudo <strong>de</strong>senvolvido por Marston (1928), presente em mais <strong>de</strong> 60<br />
países e utilizado por milhões <strong>de</strong> pessoas e empresas.<br />
A metodologia contempla a existência <strong>de</strong> quatro fatores comportamentais que<br />
estão presentes em todos os seres humanos, cada um em diferentes graus <strong>de</strong><br />
intensida<strong>de</strong> e variam <strong>de</strong> pessoa para pessoa. As características presentes <strong>de</strong>finem a<br />
essência <strong>de</strong> um indivíduo, contribuem para a formação <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> suas<br />
competências e <strong>de</strong> como se adaptam às realida<strong>de</strong>s que se apresentam. Marston<br />
(1928) os <strong>de</strong>nominou <strong>de</strong> Dominância, Influência, eStabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong>,<br />
conhecido mundialmente pelo acróstico DISC. O relatório DISC da ETALENT foi<br />
pesquisado e adaptado ao perfil brasileiro ao longo <strong>de</strong> 20 anos <strong>de</strong> pesquisa<br />
realizadas com mais 2 milhões <strong>de</strong> pessoas. (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS,<br />
2008).<br />
2.4.1.1 Dominância<br />
O primeiro fator da metodologia DISC é a dominância, as pessoas<br />
i<strong>de</strong>ntificadas neste perfil geralmente são ativas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e dinâmicas, com<br />
uma li<strong>de</strong>rança nata, além <strong>de</strong> serem objetivas, assertivas, orientadas a resultados e<br />
estimuladas por <strong>de</strong>safios. Po<strong>de</strong>m ten<strong>de</strong>r a emoções violentas sob certas condições.<br />
O “Alto D” é reconhecidamente um empreen<strong>de</strong>dor, gostam <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios e não<br />
47
costumam recuar diante <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s ou riscos (MATOS, PORTELA, 2006;<br />
MATOS, 2008).<br />
Quando possui alta ou baixa dominância no perfil a pessoa ten<strong>de</strong> a<br />
apresentar <strong>de</strong>terminadas características conforme resumo no quadro 7:<br />
Quadro 7 – Principais características dos fatores DISC – Dominância<br />
ALTA DOMINÂNCIA BAIXA DOMINÂNCIA<br />
Possui iniciativa Conservador<br />
É competitivo Reservado<br />
Busca resultados Pouco agressivo<br />
Elevada autoestima Diplomático<br />
Assertivo Cauteloso<br />
Assume o po<strong>de</strong>r Mo<strong>de</strong>rado<br />
Determinado Despretensioso<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />
2.4.1.2 Influência<br />
O segundo fator DISC é a influência, as pessoas i<strong>de</strong>ntificadas neste perfil são<br />
associadas à comunicação, à extroversão, à abertura e ao relacionamento com as<br />
pessoas. A forma calorosa e amigável com que se relacionam permite alta<br />
sociabilida<strong>de</strong>. Conhecidos como “Altos I” são integradores, possuem extrema<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se encontrar e conversar com outras pessoas (MATOS; PORTELA,<br />
2006; MATOS, 2008).<br />
Naturalmente os Altos I são confiantes e pouco maliciosos, socialmente<br />
confiantes, impulsivos e com necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impressionar quem os ro<strong>de</strong>ia. Sua<br />
facilida<strong>de</strong> natural em comunicação permite sair <strong>de</strong> situações complexas, causadas<br />
muitas vezes pela própria falta <strong>de</strong> tato (MATOS, PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
Quando possui alta ou baixa influência no perfil a pessoa ten<strong>de</strong> a apresentar<br />
<strong>de</strong>terminadas características conforme resumo no quadro que se segue:<br />
48
Quadro 8 - Principais características dos fatores DISC – Influência<br />
ALTA INFLUÊNCIA BAIXA INFLUÊNCIA<br />
Empático Sério<br />
Confiante Lógico<br />
Otimista Cético<br />
Persuasivo Formal<br />
Participativo Reservado<br />
Sociável Reflexivo<br />
Positivo Racional<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />
2.4.1.3 Estabilida<strong>de</strong><br />
O terceiro fator DISC é a estabilida<strong>de</strong>, representado pela letra “S”, são<br />
pessoas i<strong>de</strong>ntificadas, associadas à pon<strong>de</strong>ração, ao alto nível <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>.<br />
Pacientes, possuem simpatia e lealda<strong>de</strong>, excelentes para funções <strong>de</strong> apoio por<br />
terem profundo interesse nos sentimentos alheios. Com <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> alto<br />
po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> concentração os chamados “Altos S” continuam concentrados em tarefas<br />
rotineiras até a conclusão <strong>de</strong> uma tarefa, por isso são também conhecidos como<br />
organizadores (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
Não gostam <strong>de</strong> mudanças, preferem ambientes previsíveis, atuam <strong>de</strong> forma<br />
mais passiva e evitam ao máximo as confrontações e conflitos. Quando possui alta<br />
ou baixa estabilida<strong>de</strong> no perfil a pessoa ten<strong>de</strong> a apresentar <strong>de</strong>terminadas<br />
características conforme resumo no quadro 9:<br />
Quadro 9 - Principais características dos fatores DISC – Estabilida<strong>de</strong><br />
ALTA ESTABILIDADE BAIXA ESTABILIDADE<br />
Bom ouvinte Ativo<br />
Auto controlado Inquieto<br />
Paciente Impetuoso<br />
Amável Urgente<br />
Previsível Tem muita energia<br />
Tenaz Gosta <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong><br />
Pon<strong>de</strong>rado Flexível<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />
49
2.4.1.4 Conformida<strong>de</strong><br />
O quarto fator DISC é a conformida<strong>de</strong>, talvez o mais complexo dos fatores,<br />
pessoas i<strong>de</strong>ntificadas com esse perfil são associadas a regras, ao alto nível <strong>de</strong><br />
sofisticação. Estruturados, <strong>de</strong>talhistas, precisos e exatos, naturalmente passivos e<br />
reticentes. Os chamados “Altos C” são conhecidos como planejadores pela exatidão,<br />
organização e trabalho técnico. São também dominantes no <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> controlarem o<br />
ambiente, apesar <strong>de</strong> passivos no estilo, são orientados por regras e normas rígidas<br />
<strong>de</strong> conduta, são “seguidores do manual” (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
Por supervalorizarem regras, muitas vezes são afetadas em vários aspectos<br />
da vida, pois ten<strong>de</strong>m a dar extrema importância à etiqueta e à tradição. São atraídos<br />
para trabalhos que necessitem <strong>de</strong> muitas especificações técnicas. Quando possui<br />
alta ou baixa conformida<strong>de</strong> no perfil a pessoa ten<strong>de</strong> a apresentar <strong>de</strong>terminadas<br />
características conforme resumo no quadro 10:<br />
Quadro 10 - Principais características dos fatores DISC – Conformida<strong>de</strong><br />
ALTA CONFORMIDADE BAIXA CONFORMIDADE<br />
Auto disciplinado Firme<br />
Bom senso Persistente<br />
Preciso Audacioso<br />
Detalhista In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
Precavido Espírito <strong>de</strong> aventura<br />
Orientado para procedimentos Capaz <strong>de</strong> assumir riscos<br />
Perfeccionista Impulsivo<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />
Outros elementos <strong>de</strong>vem ser evi<strong>de</strong>nciados para cada perfil <strong>de</strong> acordo com o<br />
resumo <strong>de</strong>monstrado no quadro 11:<br />
50
Quadro 11 – Compilação dos elementos importantes do perfil DISC<br />
DOMINÂNCIA INFLUÊNCIA ESTABILIDADE CONFORMIDADE<br />
Calado,<br />
<strong>de</strong>sconfiado, gosta<br />
Influenciar e<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes, <strong>de</strong><br />
motivar pessoas,<br />
regras e normas,<br />
Po<strong>de</strong>r, rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> comunicativo,<br />
<strong>de</strong> trabalhar<br />
<strong>de</strong>cisão,<br />
confiante, intuitivo, Pessoa<br />
sozinho. Não<br />
agilida<strong>de</strong>, otimista,<br />
organizada e expressa seus<br />
iniciativa, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gosta <strong>de</strong> ter tudo sentimentos.<br />
competitivo e, convencer, que precisa no Analisa o passado,<br />
direto, agressivo, emotivo e lugar. É sensível e compara com o<br />
voltado para o <strong>de</strong>monstra muito voltado para presente e projeta<br />
Características futuro.<br />
empatia.<br />
o passado. para o futuro<br />
Imediatos e que<br />
De longo prazo,<br />
tragam<br />
Imediatos e que De longo prazo e com o objetivo <strong>de</strong><br />
lucrativida<strong>de</strong>. tragam satisfação que sejam atingir a garantia<br />
Utiliza-se do para as pessoas. confiáveis e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
comando e <strong>de</strong> Utiliza-se da permanentes. Utiliza-se do<br />
or<strong>de</strong>ns para persuasão e da Utiliza-se <strong>de</strong> planejamento para<br />
alcançar os motivação para persistência para alcançar os<br />
Busca resultados resultados. alcançá-los alcançá-los. resultados.<br />
Perda <strong>de</strong><br />
Tempo<br />
liberda<strong>de</strong>,<br />
insuficiente,<br />
trabalhar sozinho, Excesso <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> objetivo,<br />
Repressão, rotina, rotina, pren<strong>de</strong>r-se solicitações, trabalhar em<br />
normas e nem <strong>de</strong> às regras, não mudanças e falta grupo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r<br />
Não gosta receber or<strong>de</strong>ns.<br />
Arrogância,<br />
centralizador,<br />
competição<br />
participar. <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições. dos outros.<br />
<strong>de</strong>smedida,<br />
Medo <strong>de</strong> mudar,<br />
atropela as<br />
medo <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r,<br />
pessoas, não se<br />
medo <strong>de</strong> falar,<br />
submete, não Inconsequência, medo <strong>de</strong> ser, Rigi<strong>de</strong>z, crítica,<br />
sabe parar, não irresponsabilida<strong>de</strong>, engole sapos, isolamento,<br />
sabe se divertir, rebeldia,<br />
magoa-se teimosia,<br />
não aceita impaciência, facilmente, fanatismo,<br />
inter<strong>de</strong>pendência, inconveniência, acomoda-se, não convencimento,<br />
<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra as procrastinação e ocupa seu não se expõe,<br />
Desequilíbrio pessoas<br />
adaptação.<br />
Priorizar a si<br />
mesmo, ver o<br />
espaço.<br />
soberba.<br />
ganho pessoal, Desenvolver seu<br />
Ver o outro, continuida<strong>de</strong>, eixo, usar o corpo, Dividir, partilhar,<br />
compartilhar, aperfeiçoamento, ver o óbvio, se ajudar, criar<br />
inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r, sair da emoção e expor,<br />
empatia, sentir,<br />
Precisa apren<strong>de</strong>r relaxar, paciência. disciplina. movimentar-se. sonhar.<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />
Torna-se fundamental evi<strong>de</strong>nciar que não existe um perfil ou fator melhor ou<br />
pior, quando se elabora um perfil profissional/comportamental DISC, traçando um<br />
estilo <strong>de</strong> comportamento, com os pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>staques (os pontos fortes) e os pontos<br />
que não se <strong>de</strong>stacam (as <strong>de</strong>ficiências, ou pontos <strong>de</strong> alavancagem). Muitas vezes é<br />
comum encontrar um estilo <strong>de</strong> comportamentos on<strong>de</strong> prevalece apenas um fator -<br />
51
uma pessoa, alto D, <strong>de</strong> estilo altamente Dominante ou um alto “S” <strong>de</strong> extrema<br />
Estabilida<strong>de</strong>. Porém o mais comum e frequente é a composição entre dois <strong>de</strong>sses<br />
fatores, o que leva a interpretações mais complexas.<br />
Entretanto, o entendimento inicial dos fatores básicos alicerçarão as<br />
interpretações das composições <strong>de</strong> fatores. “Os fatores ajudam a <strong>de</strong>finir as<br />
motivações e <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> uma pessoa, suas aversões e do que não gostam, além do<br />
seu estilo geral <strong>de</strong> comportamento”. (MATOS, 2012).<br />
Baixo:<br />
A tabela 4 é o resumo dos fatores quando são apresentados em Alto ou<br />
Fonte: Adaptado pela autora (MATOS, 2012).<br />
Tabela 4 - Resumo dos Fatores <strong>de</strong> Alto e Baixo<br />
Segundo Matos (2012) alguns verbos são i<strong>de</strong>ntificadores dos fatores DISC,<br />
através <strong>de</strong>les é possível compreen<strong>de</strong>r em parte os perfis.<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS (2012).<br />
Quadro 12 - Verbos i<strong>de</strong>ntificadores dos fatores DISC<br />
52
Compreen<strong>de</strong>r os fatores individuais e <strong>de</strong> suas equipes propociona aos<br />
gestores e as próprias pessoas os pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque e as <strong>de</strong>ficiências, isso amplia<br />
as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> autoconhecimento, auto<strong>de</strong>senvolvimento e direcionamento <strong>de</strong><br />
metas e objetivos.<br />
A partir das informações iniciais, o relatório DISC ETALENT propicia uma<br />
série <strong>de</strong> informações conforme se seguem.<br />
2.4.2 Perfis Gerados<br />
A ferramenta DISC gera quatro tipos <strong>de</strong> gráficos para análise na elaboração<br />
do perfil comportamental:<br />
2.4.2.1 Perfil Estrutural<br />
Este gráfico representa a essência da pessoa, com características que<br />
<strong>de</strong>screvem o verda<strong>de</strong>iro estilo comportamental quando está completamente à<br />
vonta<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong> ser percebido também quando a pessoa é exposta a uma situação <strong>de</strong><br />
intensa pressão, já que tal condição limita a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação. Este perfil<br />
ten<strong>de</strong> a permanecer mais constante ao longo do tempo (MATOS; PORTELA, 2006;<br />
MATOS, 2008).<br />
Abaixo um exemplo <strong>de</strong> um perfil estrutural:<br />
2.4.2.2 Perfil Adaptado<br />
Figura 5 – Perfil Estrutural<br />
Fonte: Gerado a partir do relatório DISC ETALENT (2012).<br />
Este gráfico <strong>de</strong>screve o comportamento o que está se apresentando,<br />
consciente ou inconscientemente, no presente momento. São as características que<br />
53
a pessoa tentará utilizar no ambiente <strong>de</strong> trabalho, como resposta ao que julga ser a<br />
<strong>de</strong>manda <strong>de</strong>le (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
Segue um exemplo do perfil adaptado:<br />
2.4.2.3 Perfil Resultante<br />
Figura 6 – Perfil Adaptado<br />
Fonte: Gerado a partir do relatório DISC ETALENT (2012).<br />
Este perfil é o comportamento mais provável no momento <strong>de</strong> uma avaliação,<br />
pois é o resultado da combinação do Perfil Estrutural e com o Perfil Adaptado.<br />
(MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
Segue um exemplo do perfil resultante:<br />
2.4.2.4 Perfil <strong>de</strong> Mudança<br />
Figura 7 – Perfil Resultante<br />
Fonte: Gerado a partir do relatório DISC ETALENT (2012).<br />
Representa as possíveis mudanças entre o Perfil Estrutural e o Adaptado,<br />
indicando, a ampliação ou a diminuição da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um dos fatores<br />
DISC. (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
Segue um exemplo do perfil <strong>de</strong> mudança:<br />
54
2.4.3 Outras análises<br />
Figura 8 – Perfil <strong>de</strong> Mudança<br />
Fonte: Gerado a partir do relatório DISC ETALENT (2012).<br />
O relatório gerado pela ferramenta comportamental DISC é rico e composto<br />
<strong>de</strong> outras análises <strong>de</strong>scritivas, que propiciam um suporte e apoio estratégico na<br />
administração das organizações contemporâneas.<br />
Dentre os relatórios são apresentados os seguintes:<br />
2.4.3.1 Resumo do comportamento<br />
Neste item são especificados os comentários gerais sobre o estilo <strong>de</strong><br />
comportamento do analisado, indicando os principais fatores por trás da conduta do<br />
perfil da pessoa entrevistada. (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
Segue-se um exemplo <strong>de</strong> uma análise:<br />
Maria Fictícia tem bastante confiança em si mesma, e por isso se sente<br />
extremamente à vonta<strong>de</strong> em situações sociais. Gosta <strong>de</strong> conhecer gente<br />
nova, e também sempre busca novos <strong>de</strong>safios no trabalho. Ten<strong>de</strong> a<br />
valorizar as amiza<strong>de</strong>s antigas, mas po<strong>de</strong> se sentir entediada se tiver que<br />
trabalhar por muito tempo em uma posição <strong>de</strong> apoio, on<strong>de</strong> sinta que sua<br />
in<strong>de</strong>pendência e suas iniciativas não são bem aproveitadas. Gosta <strong>de</strong> ser<br />
reconhecida por seu trabalho, e busca a aprovação das pessoas ao seu<br />
redor. É flexível e muitas vezes é capaz <strong>de</strong> encontrar soluções para as<br />
situações mais complicadas.<br />
Neste item é avaliado o gráfico do perfil resultante.<br />
2.4.3.2 Características que se <strong>de</strong>stacam<br />
Neste item são especificados os pontos <strong>de</strong>stacados associados ao estilo da<br />
pessoa. Pontos positivos, que favorecem o comportamento e a personalida<strong>de</strong> na<br />
55
execução <strong>de</strong> tarefas ou no ambiente social ou profissional (MATOS; PORTELA,<br />
2006; MATOS, 2008).<br />
(Anexo B).<br />
É possível verificar o exemplo a partir do anexo <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório<br />
Neste item é avaliado o gráfico do perfil resultante.<br />
2.4.3.3 Características que não se <strong>de</strong>stacam<br />
Neste item são especificados os pontos <strong>de</strong> melhoria, ou que não estão<br />
presentes, ou sem <strong>de</strong>staque associados ao estilo da pessoa. Sejam no perfil<br />
profissional ou pessoal (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
Como o anterior, o exemplo consta do mo<strong>de</strong>lo (anexo B) do relatório DISC.<br />
Também é avaliado pelo gráfico do perfil resultante.<br />
2.4.3.4 Como se motiva<br />
Neste item são especificadas as motivações primárias <strong>de</strong> uma pessoa<br />
(MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
Neste caso é avaliado pelo gráfico do perfil estrutural.<br />
A motivação sempre permeou o estudo do comportamento humano ao longo<br />
<strong>de</strong> toda história. Até os dias <strong>de</strong> hoje as teorias procuram relacionar a motivação com<br />
o comportamento humano.<br />
Para que exista a compreensão da motivação é necessário inicialmente<br />
compreen<strong>de</strong>r o conceito. Todorov e Moreira (2005) compilaram os conceitos em<br />
or<strong>de</strong>m cronológica, que são resumidos no quadro 13:<br />
56
Quadro 13 - Motivação - Cronologia dos conceitos<br />
Autor/es Definição<br />
Uma busca dos <strong>de</strong>terminantes (todos os <strong>de</strong>terminantes) da<br />
Young, 1961, p. 24 ativida<strong>de</strong> humana e animal.<br />
Kimble; Garmezy, 1963, p. A proprieda<strong>de</strong> básica dos motivos é a energização do<br />
405<br />
comportamento.<br />
Lewis, 1963, p. 560 O energizador do comportamento.<br />
Po<strong>de</strong>-se falar em uma teoria da motivação e significar uma<br />
concepção coerente dos <strong>de</strong>terminantes contemporâneos da<br />
Atkinson, 1964, p. 274 direção, do vigor e da persistência da ação.<br />
Motivação: o termo geral que <strong>de</strong>screve o comportamento regulado<br />
Deese, 1964, p. 404 por necessida<strong>de</strong> e instinto com respeito a objetivos.<br />
Motivação é um termo como aprendizagem no sentido <strong>de</strong> que tem<br />
sido usado <strong>de</strong> numerosas maneiras, com vários graus <strong>de</strong> precisão.<br />
Não nos preocuparemos com seu sentido exato, principalmente<br />
Logan; Wagner, 1965, p. 91 porque não tem sido usado <strong>de</strong> maneira precisa neste contexto.<br />
A psicologia ten<strong>de</strong> a limitar a palavra motivação [...] aos fatores<br />
envolvidos em processos <strong>de</strong> energia, e a incluir outros fatores na<br />
Cofer, 1972, p. 2<br />
<strong>de</strong>terminação do comportamento.<br />
Motivação, como muitos outros conceitos na psicologia, não é<br />
facilmente <strong>de</strong>limitado [...] inferimos que 'uma pessoa está motivada'<br />
com base em comportamentos específicos que a pessoa manifesta<br />
ou com base em eventos específicos que observamos estarem<br />
Ferguson, 1976, p. 3 ocorrendo.<br />
A questão da motivação é a questão 'por que' formulada no<br />
contexto do comportamento. Interrogações <strong>de</strong>sse teor po<strong>de</strong>m ser<br />
feitas in<strong>de</strong>finidamente e limitamos o âmbito <strong>de</strong> nossas respostas ao<br />
que <strong>de</strong>lineamos, com certa precisão, como a disciplina da<br />
Evans, 1976, p. 23 psicologia.<br />
Catania, 1979, p. 61<br />
Rogers, Ludington;<br />
Graham, 1997, p. 2<br />
Dweck, 1999, p. 134<br />
Lieury; Fenouillet, 2000, p.<br />
9<br />
Mudanças na significância <strong>de</strong> estímulos são a preocupação básica<br />
do estudo da motivação<br />
Sempre que sentimos um <strong>de</strong>sejo ou necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algo, estamos<br />
em um estado <strong>de</strong> motivação. Motivação é um sentimento interno é<br />
um impulso que alguém tem <strong>de</strong> fazer alguma coisa<br />
Os motivos são concebidos [...] como forças que são moldadas pela<br />
experiência.<br />
[...] a motivação é o conjunto <strong>de</strong> mecanismos biológicos e<br />
psicológicos que possibilitam o <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar da ação, da orientação<br />
(para uma meta ou, ao contrário, para se afastar <strong>de</strong>la) e, enfim, da<br />
intensida<strong>de</strong> e da persistência: quanto mais motivada a pessoa está,<br />
mais persistente e maior é a ativida<strong>de</strong>.<br />
Em abordagem operacional, (motivação) é o conjunto <strong>de</strong> relações<br />
entre as operações <strong>de</strong> estimulação ou privação e as modificações<br />
observadas no comportamento que se processa após as citadas<br />
Penna, 2001, p. 19 operações.<br />
[...] intrinsic motivation occurs when three ''psychological states” are<br />
present: experienced meaningfulness of the work, experienced<br />
responsibility for outcomes of the work, and knowledge of actual<br />
Thomas, 2002, p. 116 results of the work.<br />
A motivação tem sido entendida ora como um fator psicológico, ou<br />
conjunto <strong>de</strong> fatores, ora como um processo. Existe um consenso<br />
generalizado entre os autores quanto à dinâmica <strong>de</strong>sses fatores<br />
psicológicos ou do processo, em qualquer ativida<strong>de</strong> humana. Eles<br />
levam a uma escolha, instigam, fazem iniciar um comportamento<br />
Bzuneck, 2004, p. 9 direcionado a um objetivo [...].<br />
Fonte: Adaptado pela autora (TODOROV; MOREIRA, 2005).<br />
57
Godoi (2001 apud SILVEIRA, 2006 p. 28) <strong>de</strong>fine através <strong>de</strong> um consenso, que<br />
a motivação é “um conjunto <strong>de</strong> processos implicados na ativação, direção,<br />
intensida<strong>de</strong> e persistência da conduta dos indivíduos”. Desta feita a motivação é a<br />
força propulsora para o comportamento humano.<br />
Muitas teorias ao longo da história procuraram explicar o que motiva o que<br />
impulsiona o comportamento do homem.<br />
história:<br />
O quadro 14 compila as teorias e suas principais características ao longo da<br />
Quadro 14 - Resumo das teorias motivacionais<br />
TEORIA AUTOR/ES PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS<br />
Teorias<br />
Hedonistas<br />
Teorias do<br />
Instinto<br />
Filósofos dos<br />
séculos XVIII e<br />
XIX<br />
William James,<br />
Sigmund Freud e<br />
William<br />
McDougal<br />
Teoria das<br />
Necessida<strong>de</strong>s Abraham Maslow<br />
Teoria das<br />
Necessida<strong>de</strong>s<br />
(Teoria X e Y)<br />
Teoria dos dois<br />
fatores<br />
Douglas<br />
McGregor<br />
Fre<strong>de</strong>rick<br />
Herzberg<br />
Teoria da<br />
Equida<strong>de</strong> J. Stacey Adams<br />
Teoria do<br />
Reforço<br />
Burrhus E.<br />
Skinner<br />
Teoria da<br />
Expectância Victor Vroom<br />
Teoria das<br />
Necessida<strong>de</strong>s<br />
Manifestas Henry Murray<br />
58<br />
Defendiam o princípio <strong>de</strong> que o comportamento humano achase<br />
especialmente orientado para o prazer e consequentemente<br />
procura evitar a dor e o sofrimento.<br />
Tiveram inspiração não trabalho <strong>de</strong> Darwin e <strong>de</strong>fendiam o ponto<br />
<strong>de</strong> vista <strong>de</strong> alguns comportamentos mais simples, como reflexos<br />
incondicionados, herdados e outras ações mais complexas<br />
po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>nominadas instintos, que tem como objetivo<br />
principal preservar a espécie.<br />
Segundo Maslow, o comportamento humano é <strong>de</strong>terminado por<br />
suas necessida<strong>de</strong>s. Organizada em formato <strong>de</strong> pirâmi<strong>de</strong>,<br />
partindo da base com as necessida<strong>de</strong>s fisiológica, <strong>de</strong><br />
segurança, sociais, <strong>de</strong> estima e finalmente <strong>de</strong> autorealização.<br />
Dois estilos antagônicos: <strong>de</strong> um lado, um estilo baseado na<br />
teoria tradicional, excessivamente mecanicista e pragmática<br />
(teoria X), que apregoava que o homem é por natureza<br />
indolente e trabalha o menos possível e, <strong>de</strong> outro, um estilo<br />
baseado nas concepções mo<strong>de</strong>rnas a respeito do<br />
comportamento humano (teoria Y) on<strong>de</strong> esforço físico e mental<br />
para o trabalhador é tão natural quanto à diversão e o repouso.<br />
Desenvolveu a teoria que havia dois conjuntos <strong>de</strong><br />
necessida<strong>de</strong>s: os fatores higiênicos que são extrinsecos,<br />
externos aos indivíduos e não estão sob seu controle e fatores<br />
motivacionais que são intrínsecos, internos e que estão sob o<br />
controle dos indivíduos.<br />
Baseia-se principalmente na percepção <strong>de</strong> justiça por parte das<br />
pessoas, ou seja, as pessoas costumam fazer comparações e<br />
<strong>de</strong>sejam equida<strong>de</strong> ou justiça.<br />
O comportamento é <strong>de</strong>terminado por suas consequências, com<br />
reforços positivos (recompensas, elogios, prestigio, entre outros)<br />
e reforço negativo (retirada <strong>de</strong> algo importante, punições,<br />
advertência, etc).<br />
A motivação po<strong>de</strong> ser explicada em função dos objetivos e das<br />
escolhas dos indivíduos e <strong>de</strong> suas expectativas em atingir esses<br />
objetivos. Defen<strong>de</strong> que a força da motivação(M) <strong>de</strong> uma pessoa<br />
correspon<strong>de</strong> ao produto do valor previsto por si atribuído a um<br />
objetivo (V=Valência) pela probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alcançar esse<br />
mesmo objetivo (E=Expectativa): M = V . E<br />
Define as necessida<strong>de</strong>s como preocupações recorrentes com<br />
<strong>de</strong>terminadas metas ou situações finais. Cada necessida<strong>de</strong> é<br />
composta por dois elementos: o objeto para qual a necessida<strong>de</strong><br />
está voltada e a força da necessida<strong>de</strong> daquele objeto.
Teoria das<br />
Necessiada<strong>de</strong>s Davis McClelland<br />
Teoria da<br />
Aprendizagem<br />
social Albert Bandura<br />
Teoria ERG Clayton Al<strong>de</strong>rfer<br />
Teoria da<br />
Modificação do<br />
Comportament<br />
o<br />
Organizacional<br />
Teoria da<br />
Definição <strong>de</strong><br />
Objetivos<br />
Teoria da<br />
Avaliação<br />
Fred Luthans e<br />
Robert Kreitner<br />
Edwin Locke e<br />
Gary Latham<br />
Cognitiva Edward Deci<br />
59<br />
Baseia-se que a motivação parte <strong>de</strong> três necessida<strong>de</strong>s: <strong>de</strong><br />
realização, que traduz o <strong>de</strong>sejo da pessoa em atingir objetivos;<br />
<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, isto é, o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> controlar, <strong>de</strong>cidir e <strong>de</strong> influenciar<br />
ou ser responsável pelo <strong>de</strong>sempenho dos outros; <strong>de</strong> afiliação,<br />
que representa o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> manter relações pessoais estreitas<br />
e <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>.<br />
É uma observacional que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que as pessoas apren<strong>de</strong>m<br />
comportamentos observando os outros e mo<strong>de</strong>lando os<br />
comportamentos que percebem como eficazes.<br />
Existem três grupos <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s: existence (E) ou<br />
existência, equivalente às necessida<strong>de</strong>s básicas, fisiológicas e<br />
<strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> Maslow; relatedness (R) ou relacionamento.<br />
Contrapõem-se a Maslow, pois afimam que as necessida<strong>de</strong>s<br />
humanas são lineares.<br />
Consi<strong>de</strong>ra que o comportamento humano é produto <strong>de</strong><br />
estímulos do meio exterior. Desta feita o comportamento das<br />
pessoas po<strong>de</strong> ser previsto e controlado, já que <strong>de</strong> acordo com<br />
esta teoria o comportamento recompensado ten<strong>de</strong> a ser<br />
repetido, enquanto que o comportamento que é punido ten<strong>de</strong> a<br />
ser eliminado.<br />
Baseia-se na premissa <strong>de</strong> que o comportamento é regulado por<br />
valores e metas.<br />
Esta teoria sugere que existem dois subsistemas motivacionais.<br />
Um subsistema intrínseco com locus <strong>de</strong> controle interno. O<br />
outro subsistema é composto por fatores extrínsecos, com locus<br />
<strong>de</strong> controle externo.<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> BANOV (2011); WAGNER III; HOLLENBECK (2004); BERGAMINI (2010);<br />
AGUIAR (2009); ROBBINS (2004); MOTTA; VASCOCELOS (2006).<br />
Resumindo o estudo das teorias, é possível inferir que a motivação é<br />
intrínseca ao ser humano, levando-o a se comportar <strong>de</strong> várias maneiras e <strong>de</strong> acordo<br />
com as suas necessida<strong>de</strong>s. O que motiva o ser humano é complexo, subjetivo e<br />
relacionado com a personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um. As ações humanas estão associadas<br />
aos motivos, ou seja, o que leva o indivíduo a realizar uma ação. Sendo assim, a<br />
motivação é algo que cada indivíduo possui por si e em si mesmo, perpassa pelo<br />
ambiente on<strong>de</strong> estão inseridos e que assim influenciam direta ou indiretamente o<br />
seu comportamento, propiciando o <strong>de</strong>senvolvimento e fundamentando o<br />
comportamento humano.<br />
O exemplo da leitura e interpretação consta do mo<strong>de</strong>lo (anexo B) do relatório<br />
DISC ETALENT.<br />
2.4.3.5 Como se comunica<br />
Neste item são expressas as práticas mais frequentes <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong><br />
uma pessoa (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).
Compreen<strong>de</strong>-se que o ser humano é um produto da cultura e da socieda<strong>de</strong><br />
em que vive principalmente <strong>de</strong> suas relações <strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendência e a comunicação<br />
nesse contexto é essencial e indispensável (LIMONGI FRANÇA, 2011).<br />
Dentro <strong>de</strong> um grupo ou da organização, as funções da comunicação referem-<br />
se ao controle, à motivação, à expressão emocional e às informações. Reconhecer e<br />
compreen<strong>de</strong>r o processo e como se comunica os indivíduos e as organizações é <strong>de</strong><br />
fundamental importância, principalmente no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />
(LIMONGI FRANÇA, 2011).<br />
A autora enfoca ainda que, o processo po<strong>de</strong> fluir <strong>de</strong> forma vertical ou lateral,<br />
sendo que no sentido vertical para baixo é a comunicação por meio <strong>de</strong> informações<br />
dos níveis hierárquicos superiores (Diretores, gerentes...), <strong>de</strong>signando metas,<br />
instruções e procedimentos para os níveis mais baixos. É possível fluir verticalmente<br />
para cima no que se refere ao retorno aos superiores através do progresso das<br />
instruções, fornecimento <strong>de</strong> relatórios, <strong>de</strong>sta forma os gerentes obtêm os dados <strong>de</strong><br />
como melhorar as tarefas executadas. Sobre a comunicação lateral é a executada<br />
nos mesmos níveis hierárquicos, horizontalmente equivalentes.<br />
Limongi França (2011) distingue a capacida<strong>de</strong> do comportamento individual<br />
no que diz respeito à competência <strong>de</strong> se comunicar, que difere <strong>de</strong> pessoa para<br />
pessoa. Elencando três estilos:<br />
a. Assertivo – voltado ao próprio sucesso, mas possui noção <strong>de</strong> ética;<br />
b. Agressivo – prejudicial, po<strong>de</strong> carecer <strong>de</strong> ética;<br />
c. Passivo – tímido, ineficaz, fornece uma vantagem injusta.<br />
É possível verificar o exemplo a partir do anexo <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório.<br />
Neste caso é avaliado pelo gráfico do perfil resultante.<br />
2.4.3.6 Como toma <strong>de</strong>cisão<br />
Neste item são expressas as práticas <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Diferentes perfis<br />
tomam <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> forma diferente. Po<strong>de</strong> ser mais rapidamente ou mais lentamente.<br />
Po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> forma mais direta ou mais pon<strong>de</strong>rada (MATOS; PORTELA, 2006;<br />
MATOS, 2008).<br />
Algumas organizações compreen<strong>de</strong>m a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão como um evento,<br />
quando na realida<strong>de</strong> ele é um processo, não são processos simples, pois mesmos<br />
as <strong>de</strong>cisões triviais requerem vários fatores para influenciar nesses processos como<br />
60
cita CHAMON (2011) corroborando CLEMEN (1995): complexida<strong>de</strong> da situação ou<br />
problema; incerteza sobre as consequências, os diferentes objetivos e a<br />
sensibilida<strong>de</strong> da solução.<br />
Chamon (2011) sistematiza o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão seguindo o seguinte<br />
processo: i<strong>de</strong>ntificar a situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e os objetivos a serem atingidos;<br />
i<strong>de</strong>ntificar as alternativas; <strong>de</strong>compor e mo<strong>de</strong>lar o problema; escolher a melhor<br />
alternativa; tomar a <strong>de</strong>cisão e avaliá-la.<br />
Para Oliveira (2009) as organizações precisam estar preparadas para os<br />
processos <strong>de</strong>cisórios, principalmente aqueles voltados para resultados, assim não só<br />
seus colaboradores <strong>de</strong>vem ser qualificados no momento da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, mas<br />
as organizações <strong>de</strong>vem estar fortalecidas para o processo.<br />
Ainda segundo o autor, esse processo para obter resultados efetivos <strong>de</strong>ve ser<br />
consi<strong>de</strong>rado e <strong>de</strong>batido em três momentos <strong>de</strong> análise: preparação da empresa para<br />
o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>cisório direcionado para resultados; <strong>de</strong>senvolvimento e estruturação <strong>de</strong><br />
um otimizado mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>cisório direcionado para resultados e implementação e<br />
avaliação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>cisório direcionado para resultados.<br />
Com o exposto até aqui então é plausível concordar que “as <strong>de</strong>cisões não<br />
acontecem do nada” (CLUTTERBUCK, 2008, p. 277), faz parte <strong>de</strong> uma<br />
complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise mental, no nível básico, há três fase na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão:<br />
atentar para o potencial da ação; ter intenção <strong>de</strong> agir e comprometer-se com a ação.<br />
Para o exemplo <strong>de</strong> uma análise verificar-se no mo<strong>de</strong>lo em anexo B do<br />
relatório DISC ETALENT. Neste caso é avaliado pelo gráfico do perfil adaptado.<br />
2.4.3.7 Como planeja e organiza<br />
Neste item são expressas as práticas mais frequentes ao planejamento e a<br />
organização, já que outros perfis são voltados para a ação. (MATOS; PORTELA,<br />
2006; MATOS, 2008).<br />
É possível verificar o exemplo a partir um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório (anexo B).<br />
Neste caso também é avaliado pelo gráfico do perfil adaptado.<br />
61
2.4.3.8 Como gerencia outras pessoas<br />
Neste item são expressas as práticas mais frequentes ao seu estilo gerencial<br />
po<strong>de</strong>ndo ser mais objetivo e voltado para as tarefas ou mais subjetivo, centrado nas<br />
pessoas. (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
Para o exemplo <strong>de</strong> uma análise verificar-se no mo<strong>de</strong>lo do relatório DISC<br />
ETALENT (anexo B). Neste caso é avaliado pelo gráfico do perfil adaptado.<br />
2.4.3.9 Como gostaria <strong>de</strong> ser gerenciado<br />
Neste item são expressas as diferenças na forma <strong>de</strong> gerenciamento que<br />
funciona com uma pessoa não funciona necessariamente com outra. Aqui,<br />
encontram-se alguns aspectos que po<strong>de</strong>riam orientar como gerenciá-la para extrair<br />
<strong>de</strong>la mais eficiência e produtivida<strong>de</strong>. (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
É possível verificar o exemplo a partir <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório (anexo B).<br />
Neste caso é avaliado pelo gráfico do perfil estrutural.<br />
2.4.3.10 O seu Talento<br />
Após vinte anos <strong>de</strong> estudos e mais <strong>de</strong> dois milhões <strong>de</strong> questionários<br />
aplicados Matos e Portela (2006) <strong>de</strong>senvolveram ainda um mapa <strong>de</strong> 40 talentos<br />
originados do DISC. On<strong>de</strong> cada perfil teria 10 subdivisões <strong>de</strong> predominância que<br />
seriam seus talentos, talentos seriam os dons naturais, estruturais que são natos e<br />
que se tem <strong>de</strong> forma natural.<br />
Ao longo dos anos e das pesquisas resumiram em 36 talentos são<br />
representados na figura 9:<br />
62
Figura 9 – Mapa dos Talentos<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />
Os estudos apontaram também características <strong>de</strong>terminantes dos fatores<br />
DISC, resumidas por Matos e Portela (2006) na figura 10:<br />
Figura 10 – Características predominantes dos perfis<br />
Fonte: Adaptado pela autora (MATOS; PORTELA, 2006).<br />
A partir do mapa <strong>de</strong> talentos e da figura das características <strong>de</strong>terminantes é<br />
possível estabelecer um mapa <strong>de</strong> talentos adaptado, com foco nos eixos e nos<br />
<strong>de</strong>terminantes dos fatores DISC. Estabelecendo um novo mapa ou um mapa<br />
adaptado dos 36 talentos com um eixo horizontal no direcionamento a esquerda<br />
63
para passivida<strong>de</strong> e a direita para a assertivida<strong>de</strong> e o eixo vertical, para cima voltado<br />
para abertura e para baixo para o controle, conforme representado pela figura 11:<br />
Figura 11 – Adaptação do mapa <strong>de</strong> talentos e características predominantes dos perfis<br />
Fonte: Adaptado pela autora (MATOS; PORTELA, 2006).<br />
A análise do relatório também aponta o talento original, ou seja estrutural da<br />
pessoa. Segue-se um exemplo <strong>de</strong> uma análise <strong>de</strong> Talento:<br />
Comparando o perfil DISC <strong>de</strong> Aline Fictícia com 36 Talentos típicos,<br />
observamos que o seu Perfil Estrutural i<strong>de</strong>ntifica-se intensamente com<br />
aquele que <strong>de</strong>nominamos: Solucionador.<br />
Você encontra soluções, aliando flexibilida<strong>de</strong> à organização.<br />
Você ouve as pessoas, organiza e manda fazer.<br />
A Pessoa <strong>de</strong>ste tipo é uma verda<strong>de</strong>ira malabarista. Adora resolver<br />
problemas. Diante <strong>de</strong> uma situação complexa que envolve muitos fatores,<br />
procura <strong>de</strong>scobrir sempre a melhor maneira <strong>de</strong> fazer as coisas. Consegue<br />
reconfigurar e refazer tudo, para atingir o objetivo final. É um exemplo <strong>de</strong><br />
flexibilida<strong>de</strong> eficiente. Se tiver que mudar os planos <strong>de</strong> uma viagem por<br />
conta <strong>de</strong> uma reunião importante ou <strong>de</strong>cidir por uma melhor combinação <strong>de</strong><br />
pessoas ou recursos para atingir uma <strong>de</strong>terminada meta, ela é capaz <strong>de</strong><br />
encontrar a melhor opção. Do rotineiro ao complexo ela acha a solução<br />
mais a<strong>de</strong>quada. Sabe integrar trabalho e família <strong>de</strong>ixando todo mundo<br />
satisfeito. Para isto sabe influenciar e persuadir as pessoas a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seus<br />
pontos <strong>de</strong> vista e fazer negociações em áreas administrativas,<br />
especializadas ou técnicas, com resultado final compensador. Organização,<br />
liberda<strong>de</strong> para agir e autorida<strong>de</strong> para tomar <strong>de</strong>cisões são suas<br />
características. É firme, tem iniciativa própria, é amistosa, autoconfiante,<br />
persistente e metódica.<br />
64
Limongi França (2011) assinala nos seus trabalhos sobre a mensuração das<br />
habilida<strong>de</strong>s pessoais, on<strong>de</strong> é possível o talento potencial <strong>de</strong> cada pessoa, mas<br />
evi<strong>de</strong>ncia a inexistência <strong>de</strong> uma fórmula perfeita. A autora sugere três formas para<br />
observação <strong>de</strong>ssas habilida<strong>de</strong>s e para elaboração <strong>de</strong>sse talento:<br />
a. Avaliação feita pelo superior – registro feito pelo gestor acerca das<br />
habilida<strong>de</strong>s dos gerentes, por um período <strong>de</strong> avaliação;<br />
b. Observação múltipla – po<strong>de</strong> envolver <strong>de</strong> 6 a 9 pessoas, ou através <strong>de</strong> uma<br />
avaliação 360º;<br />
c. Base <strong>de</strong> dados por profissional especializado – garante isenção e laudos<br />
confiáveis.<br />
Torna-se evi<strong>de</strong>nte em seu trabalho a forma <strong>de</strong> avaliação cada vez mais<br />
utilizada neste mapeamento, o emprego <strong>de</strong> software para avaliação, sendo<br />
apontados as metodologias DISC, MBTI e o PI. “Cada um <strong>de</strong>sses instrumentos<br />
possui suas especificida<strong>de</strong>s, mas todos eles garantem a fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> do resultado.”<br />
(FRANÇA, 2011, p. 92).<br />
A metodologia DISC ETALENT realiza esse mapeamento, mas quando da<br />
i<strong>de</strong>ntificação do Talento inicial, como a combinação dos recursos existentes na<br />
pessoa, seus comportamentos e atitu<strong>de</strong>s frente às situações, cabe a pergunta: é<br />
possível a<strong>de</strong>quar, <strong>de</strong>senvolver ou melhorar o talento existente? De acordo com<br />
Matos e Portela (2006), sim, e apontam duas alternativas:<br />
a. Potencializar o que já existe <strong>de</strong> melhor, respeitando a essência do “eu”,<br />
i<strong>de</strong>ntificando possíveis lacunas a serem trabalhadas <strong>de</strong>ntro do próprio<br />
Talento.<br />
b. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da natureza e do Talento busca-se a<strong>de</strong>quação ao<br />
cargo/função ocupado ou que irá ocupar. Essas a<strong>de</strong>quações possuem três<br />
níveis <strong>de</strong> mudança:<br />
Nível I – as diferenças entre o perfil pessoal e o cargo são pequenas, o que<br />
requer um pequeno esforço, consequentemente pouco <strong>de</strong>sgaste físico,<br />
emocional e menor estresse.<br />
Nível II – os esforços requeridos são maiores, a envergadura das mudanças<br />
po<strong>de</strong>m suscitar custos físicos e emocionais, pois muitas características<br />
precisarão ser mudadas ou adaptadas.<br />
Nível III – gran<strong>de</strong>s mudanças e gran<strong>de</strong>s esforços que vão <strong>de</strong> encontro a<br />
natureza, o “eu” original, muitos fatores precisam ser avaliados para esse<br />
65
nível, principalmente o impacto a nível físico e emocional. Compreen<strong>de</strong>r a<br />
extensão da mudança e o nível do estresse relacionado.<br />
É preciso consi<strong>de</strong>rar que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do nível <strong>de</strong> mudança empregado, da<br />
adaptação necessária, as pessoas ten<strong>de</strong>m a consi<strong>de</strong>rar o esforço pequeno<br />
inicialmente e não leva em consi<strong>de</strong>ração o impacto do somatório <strong>de</strong>sse esforço ao<br />
longo do tempo (MATOS; PORTELA, 2006).<br />
A estrutura do comportamento no mo<strong>de</strong>lo DISC funciona como uma pirâmi<strong>de</strong>,<br />
on<strong>de</strong> no topo encontramos as Atitu<strong>de</strong>s, que são os movimentos como o ouvir, falar,<br />
pensar, ou seja, o que fazemos e são alicerçados pelos conhecimentos,<br />
comportamentos e habilida<strong>de</strong>s.<br />
Para melhor compreensão <strong>de</strong>ssa estrutura comportamental a tabela 6 e a<br />
figura 12 resumem o pensamento <strong>de</strong> Matos e Portela (2006).<br />
Tabela 6 - Fatores, subfatores e suas características<br />
Fatores Subfatores Características<br />
DOMINÂNCIA<br />
INFLUÊNCIA<br />
ESTABILIDADE<br />
DETERMINAÇÃO<br />
INDEPENDÊNCIA<br />
AUTOMOTIVAÇÃO<br />
SOCIABILIDADE<br />
ENTUSIASMO<br />
AUTOCONFIANÇA<br />
PACIÊNCIA<br />
PERSISTÊNCIA<br />
CONSIDERAÇÃO<br />
Firmeza<br />
Assertivida<strong>de</strong><br />
Tomada <strong>de</strong> Decisões<br />
Pioneirismo<br />
Mobilida<strong>de</strong><br />
Assumir Riscos<br />
Iniciativa<br />
Energia<br />
Competitivida<strong>de</strong><br />
Comunicação<br />
Empatia<br />
Participação<br />
Otimismo<br />
Fluência Verbal<br />
Criativida<strong>de</strong><br />
Flexibilida<strong>de</strong><br />
Persuasão<br />
Senso <strong>de</strong> urgência<br />
Comedimento<br />
Saber Ouvir<br />
Amabilida<strong>de</strong><br />
Autocontrole<br />
Responsabilida<strong>de</strong><br />
Organização<br />
Formalida<strong>de</strong><br />
Confiança<br />
Mo<strong>de</strong>ração<br />
66
CONFORMIDADE<br />
EXATIDÃO<br />
CONECTIVIDADE<br />
PERCEPTIVIDADE<br />
Fonte: MATOS; PORTELA (2006, p.199).<br />
Perfeccionismo<br />
Autodisciplina<br />
Precisão<br />
Lógica<br />
Reflexão Analítica<br />
Bom Senso<br />
Distanciamento<br />
Uniformida<strong>de</strong><br />
Planejamento<br />
Figura 12 - Pirâmi<strong>de</strong> do comportamento<br />
Fonte: MATOS; PORTELA (2006, p. 200).<br />
Todas as pessoas são dotadas do Talento, que através <strong>de</strong> seu fator <strong>de</strong><br />
predominância, associado aos subfatores e características geram um<br />
comportamento, sua forma <strong>de</strong> agir. Como foi visto anteriormente é possível a<strong>de</strong>quar,<br />
potencializar e até mesmo mudar o formato original.<br />
O talento original, o dom natural existente em cada um, é sobreposto no que<br />
se passa a ver a seguir, o do<strong>de</strong>caedro das competências pessoais, para que seja<br />
perceptível comparar o que é necessário para aquele talento e quais as<br />
competências existentes na pessoa, passando a perceber-se a existência ou não e<br />
qual a intensida<strong>de</strong>s dos gaps para o Talento.<br />
67
2.4.3.11 Do<strong>de</strong>caedro <strong>de</strong> Competências Pessoais<br />
Os quatro fatores Dominância, Influência, Estabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong> –<br />
DISC resumem o perfil comportamental, com a análise dos talentos aprofunda-se o<br />
conhecimento e amplia-se mais a interpretação com a integração dos subfatores na<br />
figura <strong>de</strong> 12 lados formando um do<strong>de</strong>caedro.<br />
Figura 13 – Do<strong>de</strong>caedro das competências<br />
Fonte: Gerado a partir do relatório DISC ETALENT (2012).<br />
Os subfatores <strong>de</strong> um perfil são relacionados a outro, ou seja, quando está em<br />
um mesmo eixo, em situação oposta, se um eleva-se, o outro necessariamente, é<br />
reduzido, por exemplo, para que uma pessoa seja mais automotivada ela <strong>de</strong>ve ser<br />
menos paciente, para ter mais autoconfiança, <strong>de</strong>ve ter menos exatidão, e assim<br />
sucessivamente <strong>de</strong> acordo com as posições no do<strong>de</strong>caedro (MATOS; PORTELA,<br />
2006; MATOS, 2008).<br />
A tabela 7 apresenta as características comportamentais do do<strong>de</strong>caedro das<br />
competências, on<strong>de</strong> as situações são opostas, ou seja, as características <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>terminação; in<strong>de</strong>pendência; automotivação; entusiasmo; autoconfiança e<br />
persistência que são opostas a sociabilida<strong>de</strong>; conectivida<strong>de</strong>; paciência;<br />
consi<strong>de</strong>ração; exatidão e perceptivida<strong>de</strong>, respectivamente.<br />
68
Tabela 7 - Características comportamentais<br />
CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS<br />
(D) Determinação<br />
A pessoa <strong>de</strong>terminada age <strong>de</strong> forma mais<br />
direta e tem dificulda<strong>de</strong> para ouvir as pessoas.<br />
Assim, quem é <strong>de</strong>terminado não será sociável<br />
e tomará <strong>de</strong>cisões impopulares.<br />
(D) In<strong>de</strong>pendência<br />
A pessoa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte age <strong>de</strong> acordo com<br />
aquilo que ela pensa que <strong>de</strong>ve fazer.<br />
(D) Automotivação<br />
A pessoa automotivada age <strong>de</strong> acordo com<br />
seus interesses pessoais que a impulsionam<br />
para a execução daquilo que ela <strong>de</strong>seja fazer.<br />
(I) Entusiasmo<br />
Quem tem muito entusiasmo tenta sempre<br />
convencer os <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>ias e<br />
persuadi-los sobre seu ponto <strong>de</strong> vista.<br />
(I) Autoconfiança<br />
A pessoa autoconfiante acredita firmemente<br />
em sua intuição e se rege por ela na maioria<br />
das vezes mesmo que os fatos mostrem uma<br />
situação diferente.<br />
(S) Persistência<br />
Uma pessoa persistente foca o caminho que<br />
<strong>de</strong>seja chegar e fecha os olhos para tudo o<br />
mais que possa tirá-lo daquela meta.<br />
Fonte: MATOS; PORTELA (2006, p. 200).<br />
Sociabilida<strong>de</strong> (I)<br />
A pessoa sociável procura estar bem com<br />
todos e ten<strong>de</strong> a não tomar atitu<strong>de</strong>s que<br />
possam gerar impactos nos <strong>de</strong>mais. Quem<br />
é sociável não agirá por impulso.<br />
Conectivida<strong>de</strong> (C)<br />
A conectivida<strong>de</strong> envolve estar em sintonia<br />
com as normas, procedimentos e o<br />
seguimento das regras e normas vigentes.<br />
Paciência (S)<br />
A pessoa paciente espera ter certeza.<br />
Muitas vezes <strong>de</strong>siste diante do que vai<br />
acontecendo porque sua motivação<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito mais do que percebe do<br />
meio e do impacto que sua ação terá nos<br />
<strong>de</strong>mais do que gostaria <strong>de</strong> fazer.<br />
Consi<strong>de</strong>ração (S)<br />
Quem tem consi<strong>de</strong>ração ouve as pessoas,<br />
consi<strong>de</strong>ra seus pontos <strong>de</strong> vista, ce<strong>de</strong>,<br />
compõe, não tenta convencer.<br />
(C) Exatidão<br />
Aquele que tem como fator predominante a<br />
exatidão, não dá ouvidos à intuição,<br />
trabalha apenas com dados exatos. Esta<br />
pessoa precisa <strong>de</strong> dados e fatos que<br />
comprovem e sustentem a ação que<br />
tomará.<br />
(C) Perceptivida<strong>de</strong><br />
Aquele que é perceptivo tem o dom <strong>de</strong><br />
observar tudo ao seu redor e não <strong>de</strong>ixa<br />
passar nada <strong>de</strong>spercebido. Isso interfere<br />
no rumo que está seguindo porque ele ao<br />
notar algo novo para, pensa, alinha, toma<br />
<strong>de</strong>cisões diferentes, volta atrás.<br />
A análise do relatório em relação ao do<strong>de</strong>caedro do exemplo anterior, cujo<br />
Talento principal era <strong>de</strong> “Solucionador”:<br />
Sobrepondo os Subfatores DISC <strong>de</strong> Aline Fictícia com o seu Talento<br />
Primário (aquele com maior a<strong>de</strong>quação) no Do<strong>de</strong>caedro <strong>de</strong> Competências<br />
Comportamentais (os 12 subfatores DISC), po<strong>de</strong>mos ver o quanto eles se<br />
harmonizam.<br />
Este não e o único Talento com o qual Aline Fictícia se mostra compatível.<br />
No entanto é o que tem mais a<strong>de</strong>quação e provavelmente exigirá menos <strong>de</strong><br />
<strong>Patrícia</strong>, tornando sua vida mais produtiva e prazerosa. Na parte da Análise<br />
Comparativa com os Talentos, relacionamos os 36 tipos, classificando-os <strong>de</strong><br />
forma <strong>de</strong>crescente com o perfil <strong>de</strong> Aline Fictícia.<br />
Neste gráfico é possível avaliar três blocos <strong>de</strong> informações: Na cor laranja<br />
i<strong>de</strong>ntifica-se seu perfil representado pelos subfatores. Na cor cinza os<br />
subfatores exigidos pelo Talento. A área comum entre as duas cores<br />
correspon<strong>de</strong> aos fatores em consonância com os exigidos pelo Talento e<br />
seu perfil.<br />
69
Os aspectos comportamentais po<strong>de</strong>m ser elencados através <strong>de</strong> várias<br />
ferramentas e testes, neste estudo a metodologia DISC será utilizada para esse fim,<br />
sabendo-se da importância hoje <strong>de</strong> sua utilização no mapeamento das<br />
competências, ajustes <strong>de</strong> cargos e pessoas e assumindo gran<strong>de</strong> peso nos<br />
processos <strong>de</strong> recursos humanos.<br />
2.5 RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL DISC<br />
ETALENT E O MODELO GERENCIAL DAS COMPETÊNCIAS DE QUINN ET AL<br />
(2003)<br />
Os referenciais teóricos acerca do comportamento humano nos trabalhos <strong>de</strong><br />
Jung (1991, 1998, 1999), corroborados por Lessa (2003), Morales (2004) e Silveira<br />
(2006), já tipificavam o homem em comportamentos. Vergílio e Vanalle (2005) e<br />
Sertek (2006) tratam das tipologias junguiana adaptadas como o MBTI, DISC e PPA.<br />
Em Matos e Portela (2006), Matos (2006) o DISC ETALENT é apresentado com as<br />
características dos fatores, as motivações, a busca <strong>de</strong> resultados, os <strong>de</strong>sequilíbrios<br />
(a ineficácia), entre outros.<br />
Por outro lado os estudos do Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn et<br />
al (2003) são apresentados pelos estudos <strong>de</strong> Prata (2003) e Nóbrega (2011)<br />
fundamentando as competências, os papeis e os mo<strong>de</strong>los gerenciais do mo<strong>de</strong>lo.<br />
Os dois estudos apontaram para o pressuposto teórico da existência <strong>de</strong><br />
relação entre o perfil profissional/comportamental e o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong><br />
competências, pois as características presentes nesses mo<strong>de</strong>los apresentam muita<br />
similarida<strong>de</strong>.<br />
A teoria estudada direciona o Mo<strong>de</strong>lo gerencial das Metas Racionais on<strong>de</strong> os<br />
fins almejados são produtivida<strong>de</strong>, realização e consecução dos objetivos. A maior<br />
preocupação é a maximixação dos resultados, cujos papeis gerenciais assumem o<br />
comando principalmente no estabelecimento <strong>de</strong> objetivos, planejamento da estrutura<br />
organizacional e formulação <strong>de</strong> políticas, com elevada preocupação para a ação,<br />
in<strong>de</strong>pendência e obstinação (QUINN et al 2003).<br />
No pressuposto teórico o mo<strong>de</strong>lo das Metas Racionais tem relação com o<br />
Perfil profissional/comportamental DISC ETALENT da Dominância, pois a pessoa<br />
com esse perfil tem como características: <strong>de</strong>terminação, firmeza, assertivida<strong>de</strong> e<br />
tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões; com muita In<strong>de</strong>pendência, pioneirismo, mobilida<strong>de</strong> e que gosta<br />
70
<strong>de</strong> assumir riscos; automotivada, com iniciativa, energia e competitivida<strong>de</strong>, voltada<br />
para os objetivos (MATOS, 2008).<br />
Tanto para o mo<strong>de</strong>lo gerencial das Metas Racionais e o Perfil <strong>de</strong> Dominância,<br />
estão suportados no eixo vertical <strong>de</strong> controle e no horizontal para o foco externo e<br />
diferenciação no caso do Mo<strong>de</strong>lo gerencial e na assertivida<strong>de</strong> para o Perfil.<br />
No tocante ao Mo<strong>de</strong>lo gerencial dos Sistemas abertos, os fins figuram o apoio<br />
externo, a aquisição <strong>de</strong> recursos e o crescimento. Os meios para atingi-los estão<br />
relacionados a insight, inovação e adaptação. A preocupação principal neste<br />
quadrante é <strong>de</strong>senvolver abordagens inovadoras, para se adaptar às constantes<br />
transformações, on<strong>de</strong> se encara as mudanças como uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento, tanto para organização, como para os funcionários.<br />
Os gerentes <strong>de</strong>sses papeis prospectam o futuro e investigam novas formas <strong>de</strong><br />
romper com o status quo (QUINN et al, 2003).<br />
Seguindo as teorias a direção aponta para uma relação com o Perfil<br />
profissional/comportamental <strong>de</strong> Influência, cujas pessoas possuem características <strong>de</strong><br />
sociabilida<strong>de</strong>, comunicação, empatia e participação; procuram alcançar objetivos<br />
com entusiasmo, otimismo, fluência verbal e senso <strong>de</strong> urgência, são possuidoras <strong>de</strong><br />
autoconfiança, flexibilida<strong>de</strong> e persuasão (MATOS, 2008).<br />
O mo<strong>de</strong>lo gerencial dos Sistemas Abertos e o Perfil <strong>de</strong> Influência estão<br />
suportados no eixo vertical <strong>de</strong> Flexibilida<strong>de</strong> e Abertura respectivamente e no<br />
horizontal para o foco externo e diferenciação no caso do Mo<strong>de</strong>lo gerencial e na<br />
assertivida<strong>de</strong> para o Perfil.<br />
Para o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Relações Humanas on<strong>de</strong> as principais metas<br />
almejadas são comprometimento e o moral; os meios para atingi-las são discussão,<br />
participação e receptivida<strong>de</strong>. Os indivíduos não <strong>de</strong>vem concentrar-se em aspirações<br />
pessoais, on<strong>de</strong> os gerentes <strong>de</strong>vem concentrar suas habilida<strong>de</strong>s na construção e<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do time (QUINN et al, 2003).<br />
Para essa relação o Perfil profissional/comportamental que mais se adéqua e<br />
se relaciona é o da Estabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> pessoas com paciência, comedimento, saber<br />
ouvir e amabilida<strong>de</strong>. Muito presente a persistência, autocontrole, responsabilida<strong>de</strong>,<br />
organização e consi<strong>de</strong>ração, também com muito apego à formalida<strong>de</strong>, confiança e<br />
mo<strong>de</strong>ração (MATOS, 2008).<br />
O mo<strong>de</strong>lo gerencial das Relações Humanas e o Perfil da Conformida<strong>de</strong> estão<br />
suportados no eixo vertical <strong>de</strong> Flexibilida<strong>de</strong> e Abertura respectivamente e no<br />
71
horizontal para o foco interno e integração no caso do Mo<strong>de</strong>lo gerencial e na<br />
passivida<strong>de</strong> para o Perfil.<br />
No que se referem ao Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Processos Internos os objetivos<br />
almejados são a estabilida<strong>de</strong> e o controle e os meios para atingi-los estão<br />
relacionados à rotinização, mensuração e documentação. Os gerentes com essas<br />
competências procura manter o fluxo do trabalho e as informações sem sobressaltos<br />
e gerir as estruturas organizacionais com regras, procedimentos e políticas (QUINN<br />
et al, 2003).<br />
Quando é relacionado ao perfil i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT é possível<br />
estabelecer a relação teórica com o perfil da Conformida<strong>de</strong> cujas pessoas têm<br />
características <strong>de</strong> exatidão, perfeccionismo, a autodisciplina e a precisão.<br />
Estabelecem conectivida<strong>de</strong>, possuem lógica, reflexão analítica e o bom senso,<br />
apresenta ainda perceptivida<strong>de</strong> com o distanciamento, uniformida<strong>de</strong> e planejamento<br />
(MATOS, 2008).<br />
O mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Processos Internos e o Perfil da Conformida<strong>de</strong> estão<br />
suportados no eixo vertical do controle e no horizontal para o foco interno e<br />
integração no caso do Mo<strong>de</strong>lo gerencial e na passivida<strong>de</strong> para o Perfil.<br />
A figura 14 é uma sobreposição do Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong><br />
Quinn et al (2003) e o Mo<strong>de</strong>lo Adaptado <strong>de</strong> Características Predominantes dos<br />
Perfis <strong>de</strong> Matos e Portela (2008), on<strong>de</strong> se sobrepõem os eixos e os quadrantes das<br />
relações dos pressupostos teóricos.<br />
72
Figura 14 - Sobreposição dos dois mo<strong>de</strong>los - Pressuposto teórico da relação<br />
Fonte: Adaptado <strong>de</strong> QUINN et al (2003); MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />
A partir dos pressupostos, na metodologia é estabelecida a hipótese geral a<br />
ser provada e consequentemente estabelecida a relação em cada mo<strong>de</strong>lo.<br />
2.6 ESTUDOS RELEVANTES SOBRE A TEMÁTICA<br />
Rocha (2008) ao estudar os níveis <strong>de</strong> consciência da li<strong>de</strong>rança e as<br />
competências gerenciais verificou pesos diferenciados e <strong>de</strong> maior expressivida<strong>de</strong>,<br />
para algumas das correlações estabelecidas entre os níveis <strong>de</strong> consciência da<br />
li<strong>de</strong>rança e as competências gerenciais. As conclusões apontaram para<br />
<strong>de</strong>sequilíbrios entre os níveis <strong>de</strong> consciência da li<strong>de</strong>rança e as competências<br />
gerenciais.<br />
No estudo das competências gerenciais Nóbrega (2011) analisou as<br />
competências requeridas e efetivas para o exercício da gerência, baseando-se no<br />
instrumento <strong>de</strong> Quinn et al (2003). Constatou-se principalmente na percepção do<br />
73
profissional é que a empresa requer as competências em um nível superior aos que<br />
os profissionais apresentam, indicando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma melhor formação<br />
profissional e também a realização <strong>de</strong> capacitação por parte da empresa, para que<br />
se possa <strong>de</strong>sempenhar a ativida<strong>de</strong> gerencial <strong>de</strong> forma satisfatória.<br />
Tratando ainda da gestão <strong>de</strong> competências gerenciais, em um estudo mais<br />
amplo com empresas brasileiras e australianas, Bitencourt (2001) evi<strong>de</strong>ncia a<br />
contribuição da aprendizagem organizacional on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacam a importância das<br />
práticas informais e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estabelecer uma estratégia articulada no<br />
que se refere à gestão <strong>de</strong> competências gerenciais. Os principais elementos <strong>de</strong><br />
Aprendizagem Organizacional que representam uma potencial contribuição para a<br />
gestão <strong>de</strong> competências gerenciais referem-se às questões da interação entre as<br />
pessoas (reflexões que privilegiam o coletivo), visão processual (<strong>de</strong>senvolvimento<br />
contínuo) e a ênfase na questão pragmática (práticas <strong>de</strong> trabalho).<br />
Já Prata (2008) pesquisou a temática <strong>de</strong> competência gerenciais pelo<br />
enfoque <strong>de</strong> Quinn et al (2003), procurando comparar as competências requeridas e<br />
efetivas na opinião dos gestores <strong>de</strong> uma mineradora. Verificou-se que o mo<strong>de</strong>lo não<br />
se enquadra em nenhum dos perfis propostos pelo autor, apesar <strong>de</strong> os níveis<br />
apresentados serem consi<strong>de</strong>rados eficazes, <strong>de</strong>notando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajustes do<br />
mo<strong>de</strong>lo adotado; e as respostas com relação às competências prescritas pela<br />
organização indicam que os médios e baixos gestores parecem conhecer o que é<br />
<strong>de</strong>mandado <strong>de</strong>les em termos das competências prescritas formalmente pela<br />
empresa em suas políticas internas.<br />
Na área <strong>de</strong> gestão do conhecimento e perfil motivacional Silveira (2006) fez<br />
uma investigação através dos tipos psicológicos junguianos e como um dos<br />
resultados principais encontrou a relação entre os tipos psicológicos junguianos e<br />
alguns fatores motivacionais para o trabalho; além <strong>de</strong> particularida<strong>de</strong>s motivacionais<br />
dos diferentes tipos psicológicos dos indivíduos. Foi possível observar também que<br />
não se po<strong>de</strong>m separar as características comportamentais <strong>de</strong>rivadas dos tipos<br />
psicológicos do fenômeno motivacional.<br />
Seguindo a linha comportamental e comportamento gerencial Fleck (2008)<br />
analisa as inteligências múltiplas e o comportamento gerencial e a existência <strong>de</strong><br />
ligação entre esses fatores. Constatou-se que a inteligência linguística e a<br />
inteligência interpessoal foram as que se <strong>de</strong>stacaram como as mais a<strong>de</strong>quadas para<br />
um perfil gerencial; no estudo a inteligência intrapessoal foi a que mais teve<br />
74
<strong>de</strong>staque, <strong>de</strong>monstrando que a mesma também exerce influência em um perfil<br />
gerencial; além <strong>de</strong> avançar e incluir um pouco mais uma teoria vinda da psicologia,<br />
que é a teoria das inteligências múltiplas, e que po<strong>de</strong> vir a contribuir muito ainda nas<br />
ciências administrativas.<br />
No mapeamento da dominância cerebral como base para <strong>de</strong>finir a<br />
competência Gomes (2010) em seu trabalho apresentado em Lisboa, analisa a<br />
teoria da Dominância Cerebral versus conhecimento do perfil das equipes; a<br />
<strong>de</strong>scoberta da relação entre a teoria e a pesquisa verda<strong>de</strong>iramente aplicada,<br />
permitindo inferências comparativas; e a generalização da relação encontrada para<br />
situações supostamente similares. Os principais resultados encontrados com a<br />
pesquisa permite aos gestores das equipes envolvidas no estudo, um melhor<br />
conhecimento <strong>de</strong> suas respectivas equipes, bem como das preferências,<br />
comportamentos e características <strong>de</strong> forma particularizada que implicam na<br />
<strong>de</strong>finição do perfil <strong>de</strong> competências para cada cargo ou <strong>de</strong>partamento específico; os<br />
resultados advindos <strong>de</strong>ste estudo servirão <strong>de</strong> suporte ao gerente na <strong>de</strong>finição<br />
<strong>de</strong>ssas competências, buscando em médio prazo concentrar as ações da política <strong>de</strong><br />
treinamentos da empresa para buscar uma sintonia em relação aos perfis<br />
<strong>de</strong>lineados.<br />
Já no mapeamento dos perfis comportamentais, a utilização da ferramenta<br />
DISC é apresentada na <strong>Dissertação</strong> <strong>de</strong> Matos (2008), apresentada também em<br />
Lisboa, a aplicação <strong>de</strong> inventários comportamentais, para pessoas e funções,<br />
notadamente por meio da metodologia DISC, trazem profundo valor às pessoas,<br />
suas relações pessoais e profissionais, bem como às organizações, no que tange<br />
aos processos <strong>de</strong> recrutamento e seleção, treinamento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
profissionais, orientação vocacional e <strong>de</strong> carreira e nas relações pessoais. Como a<br />
metodologia foi quantitativa utilizando como instrumento o questionário DISC. Os<br />
principais resultados encontrados apontam importante benefício que surgiu dos<br />
questionarmos quanto à valida<strong>de</strong> e completu<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo CHA. Com a ajuda da<br />
metodologia DISC, foi possível criar o mo<strong>de</strong>lo C2H=A. Esse novo mo<strong>de</strong>lo ofereceu<br />
ao autor a clareza <strong>de</strong> que necessitava para construir uma série <strong>de</strong> programas e<br />
ferramentas que, na visão do mesmo, que vem ajudando as organizações,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do porte ou setor da economia.<br />
Relacionando competência e tipos psicológicos junguianos, Morales (2004)<br />
procurou relacionar a intensida<strong>de</strong> com que os tipos psicológicos junguianos se<br />
75
elacionam com as competências para empreen<strong>de</strong>dores do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Cooley. Os<br />
resultados apontaram uma baixa correlação entre as competências e os tipos<br />
psicológicos <strong>de</strong> Jung. Po<strong>de</strong>ndo ser interpretado como quanto mais forte o papel dos<br />
“reforçadores” comportamentais citados por McClelland e Rotter no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
das “competências empreen<strong>de</strong>doras” do que <strong>de</strong> uma “pré-disposição” ao<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas competências <strong>de</strong>vido ao tipo psicológico.<br />
As estratégias <strong>de</strong> aprendizagem e as competências gerenciais foi um estudo<br />
<strong>de</strong> Orbi (2007) que procurou relacionar estratégias <strong>de</strong> aprendizagem no trabalho a<br />
domínios <strong>de</strong> competências gerenciais usados por gerentes <strong>de</strong> nível médio. Sobre as<br />
estratégias <strong>de</strong> aprendizagem, cabe <strong>de</strong>stacar que a aplicação prática e a busca <strong>de</strong><br />
ajuda interpessoal foram apontadas como as principais estratégias <strong>de</strong> aprendizagem<br />
utilizadas para <strong>de</strong>senvolver as competências gerenciais. Concluiu-se com o estudo<br />
que o conceito <strong>de</strong> domínio <strong>de</strong> competências é impreciso na explicação do que é<br />
exigido dos gerentes em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências. Além disso, é<br />
possível inferir que a aprendizagem gerencial, apesar <strong>de</strong> estar relacionada as<br />
competências diferenciadas, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada um fenômeno global, em que<br />
poucas estratégias <strong>de</strong> aprendizagem são suficientes para garantir o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> variadas competências.<br />
Estudos sobre a temática imobiliária são escassos e permeiam<br />
majoritariamente sobre crescimento <strong>de</strong> vendas, bolhas imobiliárias, estudos<br />
financeiros. Mas um estudo na área contábil, que abordou pontos <strong>de</strong> Gestão, no<br />
trabalho <strong>de</strong> Ribeiro (2004) teve como objetivo i<strong>de</strong>ntificar como as imobiliárias da<br />
cida<strong>de</strong> do Natal me<strong>de</strong>m seu <strong>de</strong>sempenho organizacional, que <strong>de</strong> forma tradicional,<br />
as organizações realizam suas avaliações pelos seus índices financeiros. Entretanto,<br />
o estudo salienta a importância do novo olhar para outros parâmetros avaliativos<br />
como: o avanço tecnológico, a internacionalização da economia e a mudança no<br />
comportamento do consumidor. Isso faz com que as organizações procurem à<br />
contínua melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus produtos e serviços. Nesse sentido, as<br />
empresas precisam associar os seus resultados financeiros ao seu <strong>de</strong>sempenho<br />
global, apontando ao imperativo <strong>de</strong> outros mo<strong>de</strong>los que associem aferições<br />
financeiras e não-financeiras à estratégia das empresas.<br />
Já em São Paulo Gines (2008) realizou um estudo sobre fatores<br />
motivacionais dos corretores <strong>de</strong> São Paulo que impulsiona alguns estudos no que<br />
diz respeito à Gestão <strong>de</strong> Pessoas. Com esse trabalho se evi<strong>de</strong>ncia a rotina <strong>de</strong><br />
76
trabalho do corretor <strong>de</strong> imóveis, as informações sobre o setor da construção civil,<br />
mercado imobiliário, investimentos no setor e outras informações importantes, mas<br />
dados quantitativos sobre estes profissionais são difíceis <strong>de</strong> encontrar, todavia os<br />
dados levantados no estudo referem-se ao mercado paulista.<br />
Nesse contexto o estudo evi<strong>de</strong>ncia a particularida<strong>de</strong> da profissão do corretor<br />
<strong>de</strong> imóveis, que é uma ativida<strong>de</strong> autônoma, po<strong>de</strong>ndo estar ou não, em associação a<br />
uma imobiliária, mas sem vínculos empregatícios com a mesma. Nos seus<br />
resultados, para São Paulo, o estudo encontrou um perfil, para os corretores <strong>de</strong><br />
imóveis, como sendo o seguinte: no universo dos corretores <strong>de</strong> imóveis 65% são do<br />
gênero masculino, ou seja, a cada profissional do gênero feminino existente, foram<br />
encontrados dois profissionais do gênero masculino; trabalhando exclusivamente<br />
como corretores <strong>de</strong> imóveis a menos <strong>de</strong> 2 anos estão 59%, sendo que, 75% estão a<br />
menos <strong>de</strong> 5 anos na profissão; em relação ao grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, 60% não<br />
concluíram o nível superior ou têm apenas o segundo grau; apenas 5% têm curso <strong>de</strong><br />
Pós-graduação; e, a faixa etária está distribuída <strong>de</strong> forma linear tendo corretores dos<br />
20 até mais <strong>de</strong> 60 anos.<br />
77
3 METODOLOGIA<br />
Neste capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos<br />
empregados, <strong>de</strong>lineando as opções relativas à metodologia <strong>de</strong> pesquisa e ao tipo <strong>de</strong><br />
estudo adotado no trabalho. Para melhor entendimento po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finir uma<br />
pesquisa como sendo um “processo <strong>de</strong> obtenção da melhor compreensão da<br />
complexida<strong>de</strong> da experiência humana e, em alguns tipos <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>cidir ações<br />
baseadas nessa compreensão.” (MARSHALL; ROSSMAN, 1999, p. 21).<br />
3.1 TIPO DE PESQUISA<br />
A presente pesquisa caracterizou-se por ser uma pesquisa <strong>de</strong> campo que<br />
aprofundou as questões propostas, bem como estudou um único grupo em termos<br />
<strong>de</strong> estrutura social (CERVO; BERVIAN, 2002; GIL, 2009). Esse grupo foi composto<br />
por gestores <strong>de</strong> empresas do setor imobiliário que compõem a representação <strong>de</strong><br />
uma estrutura social.<br />
Também foi um estudo <strong>de</strong>scritivo, pois objetivou a narração das<br />
características <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada população ou fenômeno que estabeleceu relações<br />
entre as variáveis através <strong>de</strong> técnicas padronizadas <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados (VERGARA,<br />
2007; GIL, 2009). O estudo teve caráter exploratório, pois há poucos conhecimentos<br />
sobre o assunto proposto. “As pesquisas exploratórias objetivam familiarizar-se com<br />
o fenômeno ou obter nova percepção do mesmo e <strong>de</strong>scobrir novas i<strong>de</strong>ias.” (CERVO;<br />
BERVIAN 2002, p. 69).<br />
O caráter <strong>de</strong>scritivo e exploratório do trabalho justificou-se pelos objetivos,<br />
<strong>de</strong>scritivo, pois objetivou i<strong>de</strong>ntificar perfis e estabelecer relações entres eles<br />
(variáveis) e <strong>de</strong>screveu as características <strong>de</strong>ssa população e o estudo exploratório<br />
que proporcionou uma melhor compreensão do fenômeno que foi estudado, pois não<br />
foi possível i<strong>de</strong>ntificar nenhum estudo correlacionando o Perfil comportamental DISC<br />
com as Competências gerenciais <strong>de</strong> Quinn, apenas alguns estudos com o uso <strong>de</strong><br />
outros mapeamentos comportamentais correlacionados a área <strong>de</strong> gestão ou<br />
competências gerenciais (MORALES, 2004; SILVEIRA, 2006; FLECK, 2008;<br />
ROCHA 2008; MATOS, 2008; GOMES, 2010) .<br />
Tratou-se ainda <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso, segundo Collis e Hussey (2005), já<br />
que consistiu no exame <strong>de</strong> um fenômeno focado no entendimento da dinâmica<br />
78
presente em um único ambiente, buscando reunir informações e acontecimentos que<br />
foram posteriormente analisados, no caso o estudo das competências gerenciais<br />
baseados em Quinn (2003) e os Perfis comportamentais/profissionais dos gerentes<br />
<strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal.<br />
Quanto à abordagem foi quantitativa consi<strong>de</strong>rando que tudo po<strong>de</strong> ser<br />
quantificável, traduzindo em números opiniões e informações para classificá-las e<br />
analisá-las. Requerendo o uso <strong>de</strong> recursos e <strong>de</strong> técnicas estatísticas (MINAYO,<br />
2007; LAKATOS; MARCONI, 2003).<br />
3.2 UNIVERSO/AMOSTRA DA PESQUISA<br />
Para investigação sobre questões <strong>de</strong> perfis profissionais/comportamentais e<br />
competências gerenciais uma questão importante foi consi<strong>de</strong>rada, a área <strong>de</strong><br />
abrangência da pesquisa, pois uma pesquisa geral – com diversos setores da<br />
economia – <strong>de</strong>mandaria um tempo muito longo, além da existência <strong>de</strong> uma clara<br />
distinção, <strong>de</strong> perfis, conhecimento, cultura, competências e estrutura organizacional.<br />
Assim sendo, optou-se por estudar um só setor <strong>de</strong> empresas com foco na gestão,<br />
salientando, porém que, mesmo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse setor as estruturas organizacionais<br />
ainda são divergentes, principalmente no que tange às funções e nomenclaturas.<br />
Este estudo foi <strong>de</strong>senvolvido no setor imobiliário, que engloba empresas <strong>de</strong><br />
venda e locação, imobiliárias tradicionais e as Houses, construtoras que<br />
incorporaram aos seus negócios suas próprias imobiliárias para venda <strong>de</strong> seus<br />
empreendimentos e venda e locação <strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong> seus clientes.<br />
A escolha pelo setor imobiliário foi fundamentado principalmente pela<br />
expansão ocorrida no setor nos últimos 5 anos, como argumentado no primeiro<br />
capítulo. O órgão <strong>de</strong> registro – CRECI/RN informou a existência <strong>de</strong> 339 imobiliárias<br />
em Natal, esse número é a área <strong>de</strong> abrangência da pesquisa, já que como já<br />
enfatizado anteriormente, <strong>de</strong>vido às estruturas diversas, nem todas possuem função<br />
ou cargo <strong>de</strong> gerência. Só constituíram o universo <strong>de</strong> estudo as imobiliárias que têm<br />
esse cargo ou função em sua estrutura organizacional.<br />
O universo do estudo correspon<strong>de</strong> à população objeto e o campo <strong>de</strong><br />
investigação Gil (2009) e a amostra é um subconjunto <strong>de</strong>sse universo.<br />
Pela dificulda<strong>de</strong> na obtenção da informação da existência ou não do cargo <strong>de</strong><br />
gerência nas imobiliárias no órgão <strong>de</strong> registro, inicialmente foi utilizada a<br />
79
amostragem não probabilística por julgamento, que segundo Acevedo e Nohara<br />
(2007, p. 56) “os sujeitos são selecionados segundo um critério específico <strong>de</strong><br />
julgamento do investigador, que baseia sua <strong>de</strong>cisão em suas crenças sobre o que o<br />
elemento selecionado possa oferecer ao estudo”, para o caso <strong>de</strong>sse estudo a<br />
pesquisadora, reuniu-se com experts da área e com a ajuda dos mesmos<br />
selecionaram inicialmente algumas empresas on<strong>de</strong> existiam o cargo ou função <strong>de</strong><br />
gerência.<br />
A visita a cada empresa inicialmente selecionada iniciou-se outro processo,<br />
<strong>de</strong> amostragem bola <strong>de</strong> neve, que segundo Malhotra (2012) é uma técnica não<br />
probabilística on<strong>de</strong> um grupo selecionado anteriormente, indica os subsequentes, o<br />
processo é executado em ondas sucessivas, obtendo-se referências a partir <strong>de</strong><br />
outras referências.<br />
Como metodologia totalizou-se um número <strong>de</strong> 78 empresas existentes, que o<br />
cargo ou função <strong>de</strong> gerência fazia parte da estrutura organizacional, <strong>de</strong>cidindo-se<br />
pela pesquisa censitária. A pesquisa censitária é aquela na qual toda a população <strong>de</strong><br />
interesse da pesquisa é consultada (ACEVEDO; NOHARA, 2007).<br />
Das 78 empresas contatadas (visitadas pessoalmente, por email ou telefone),<br />
40 não aceitaram participar, o que representou 51,28%; 25 empresas participaram,<br />
fornecendo informações, recebendo questionários e permitindo o acesso da<br />
pesquisadora à estrutura organizacional, o que representou a um resultado <strong>de</strong><br />
32,05% e 13 empresas apenas forneceram informações sobre sua estrutura<br />
organizacional, mas optaram por não participar com os seus gerentes da pesquisa, o<br />
que representou 16,67%.<br />
Quanto à população e a amostra, foi assim elaborada:<br />
Gerentes Totais<br />
Tabela 8 - População e amostra do estudo<br />
Questionários<br />
Enviados (Gerentes<br />
Pesquisados)<br />
Questionários<br />
Devolvidos<br />
(Amostra)<br />
158 127 70<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
As imobiliárias que forneceram dados sobre sua estrutura organizacional no<br />
que diz respeito à gestão i<strong>de</strong>ntificaram 158 gerentes em 38 empresas, porém<br />
apenas 25 empresas aceitaram participar da pesquisa, nessas empresas os<br />
80
gerentes totalizaram 127. Para tanto foram enviados <strong>de</strong> forma online os<br />
questionários, tendo <strong>de</strong> retorno 70 questionários, representando 55,30% dos<br />
pesquisados, que passou a representar a amostra do estudo. Em resumo a<br />
população <strong>de</strong>ste estudo foi composto por 127 gerentes e a amostra foi <strong>de</strong> 70<br />
gerentes.<br />
3.3 VARIÁVEIS ANÁLITICAS (OU DE ESTUDO)<br />
Os constructos pesquisados nesse trabalho estão apresentados no quadro<br />
abaixo, com os objetivos específicos do estudo, as variáveis analíticas e as questões<br />
<strong>de</strong> referência, bem como o mo<strong>de</strong>lo teórico utilizado.<br />
Quadro 15 - Variáveis analíticas ou <strong>de</strong> estudos<br />
Objetivos Específicos Variáveis Questões<br />
Elaborar o perfil sócio-<strong>de</strong>mográfico Gênero;<br />
Questões sócios-<br />
dos gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Formação;<br />
<strong>de</strong>mógráficas iniciais.<br />
Natal.<br />
Ida<strong>de</strong>;<br />
Tempo <strong>de</strong> trabalho.<br />
Conhecer o Mo<strong>de</strong>lo gerencial dos I<strong>de</strong>ntificação dos Mo<strong>de</strong>los Mo<strong>de</strong>lo das relações<br />
gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal, Gerenciais:<br />
humanas – Questões<br />
baseados no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al Relações humanas;<br />
1,5,9,13,17 e 21<br />
(2003).<br />
Processos Internos;<br />
Mo<strong>de</strong>lo dos Processos<br />
Metas Racionais;<br />
internos – questões <strong>de</strong><br />
Sistemas Abertos.<br />
2,6,10,14,18 e 22<br />
Mo<strong>de</strong>lo das Metas<br />
Racionais – Questões <strong>de</strong><br />
3,7,11,15,19 e 23<br />
Mo<strong>de</strong>lo dos Sistemas<br />
abertos – Questões <strong>de</strong><br />
4,8,12,16,20 e 24.<br />
I<strong>de</strong>ntificar o perfil profissional e I<strong>de</strong>ntificação dos perfis: I<strong>de</strong>ntificação realizada<br />
comportamental pelo instrumento Dominância<br />
pelo instrumento DISC<br />
DISC ETALENT (MATOS, 2006). Influência<br />
ETALENT com a<br />
Estabilida<strong>de</strong><br />
equalização e a<br />
Conformida<strong>de</strong><br />
valoração <strong>de</strong> cada<br />
composição <strong>de</strong> fatores e<br />
características do perfil.<br />
Correlacionar o perfil<br />
Existência <strong>de</strong> Relação; Correlação realizada<br />
profissional/comportamental dos Grau <strong>de</strong> relação.<br />
através <strong>de</strong> estatística<br />
gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal<br />
entre os dois resultados:<br />
i<strong>de</strong>ntificadas através do DISC<br />
o percentual DISC do<br />
ETALENT com as competências<br />
perfil <strong>de</strong> cada gerente e<br />
gerenciais proposta por Quinn et al<br />
suas competências<br />
(2003).<br />
gerenciais pela proposta<br />
<strong>de</strong> Quinn.<br />
Fonte: Elaborado pela autora (2012).<br />
81
3.4 COLETA DE DADOS<br />
3.4.1 Teste piloto<br />
Para validação da ferramenta foi realizado um teste piloto ou pré-teste com<br />
<strong>de</strong>z gerentes, para análise das variáveis, correção <strong>de</strong> eventuais falhas e realização<br />
<strong>de</strong> ajustes necessários.<br />
O pré-teste é um ensaio geral, projetado e implementado como será na hora<br />
efetiva da coleta <strong>de</strong> dados, Goo<strong>de</strong> e Hatt (1972) afirmam que mesmo com a<br />
compreensão lógica do que <strong>de</strong>ve ser realizado o pesquisador <strong>de</strong>ve realizar o pré-<br />
teste, pois nada po<strong>de</strong> substituir a verificação empírica.<br />
Para tanto foram selecionados 10 gerentes por acessibilida<strong>de</strong> e enviado por<br />
via online o questionário DISC ETALENT, no mo<strong>de</strong>lo adjetivos, <strong>de</strong> Matos (2008) e o<br />
elaborado pela pesquisadora, baseado no mo<strong>de</strong>lo Quinn et al (2003), com as<br />
instruções para o preenchimento e solicitado que, além do preenchimento, fossem<br />
relatadas as dificulda<strong>de</strong>s encontradas durante o processo e enviadas por e-mail ou<br />
relatadas por telefone.<br />
Durante o processo 2 gerentes reportaram dificulda<strong>de</strong>s em reconhecer todos<br />
os adjetivos do questionário DISC ETALENT, tendo que fazer uso do dicionário para<br />
saber o significado <strong>de</strong> algumas palavras, ressalva que o questionário <strong>de</strong> adjetivos<br />
<strong>de</strong>ve ser aplicado a quem tem nível superior e o <strong>de</strong> frases a quem tem ensino médio,<br />
assim por <strong>de</strong>sconhecer o nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e ter sido encontrado no pré-teste<br />
dificulda<strong>de</strong>s em relação ao questionário <strong>de</strong> adjetivos, a pesquisadora <strong>de</strong>cidiu por<br />
aplicar o questionário <strong>de</strong> frases que contextualiza o uso dos adjetivos,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da escolarida<strong>de</strong>, para todos os pesquisados.<br />
Quanto ao segundo questionário, 3 gerentes apontaram 5 questões on<strong>de</strong><br />
encontraram dificulda<strong>de</strong>s na compreensão da redação das questões acerca das<br />
competências gerencias. Para melhor entendimento a redação foi alterada.<br />
Detectou-se também que as perguntas em blocos sequenciais dos mo<strong>de</strong>los,<br />
geravam uma tendência, assim <strong>de</strong>cidiu-se por alternar as questões e reaplicar o<br />
mo<strong>de</strong>lo e <strong>de</strong>pois verificar se não haveria alteração do resultado.<br />
Encontraram-se as seguintes respostas para as questões sequenciadas:<br />
82
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Tabela 9 - Teste piloto -1<br />
Quando foram alternadas as questões, o mo<strong>de</strong>lo predominante manteve-se,<br />
embora alguns valores tenham-se alterado, mas o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> predominância foi<br />
mantido e foi observado pela pesquisadora para o grupo teste, que as respostas<br />
foram mais congruentes, assim optou-se pelo questionário <strong>de</strong> perguntas alternadas<br />
do mo<strong>de</strong>lo. O resultado é o que se apresenta na tabela 10:<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Tabela 10 - Teste piloto - 2<br />
A verificação prévia dos efeitos que produziram nos pesquisados, possibilitou<br />
corrigir, substituir ou excluir algumas questões se, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa simulação,<br />
algumas perguntas produzissem efeitos adversos do esperado. Neste caso foi<br />
alterada apenas a or<strong>de</strong>m das questões.<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al (2003) não preten<strong>de</strong> apontar erros e acertos, pois as<br />
realida<strong>de</strong>s são diferentes, no tocante as estruturas organizacionais, mas mapear as<br />
competências nas empresas e que assim po<strong>de</strong>m selecionar ou a<strong>de</strong>quar os que<br />
melhor favorecem os objetivos organizacionais. Em termos <strong>de</strong> eficácia do mo<strong>de</strong>lo os<br />
83
critérios estabelecidos por Prata (2008) e Nóbrega (2011) para os papéis sugerem o<br />
seguinte:<br />
a) Caso o valor encontrado estiver entre 1,0 e 3,5 (exclusive), o exercício da<br />
competência e do papel seria consi<strong>de</strong>rado como insatisfatório;<br />
b) Caso o valor encontrado estiver entre 3,5 (inclusive) e 4,5 (exclusive), o<br />
exercício da competência e do papel seria classificado como mediano;<br />
c) Caso o valor encontrado estiver entre 4,5 (inclusive) e 7,0, o exercício da<br />
competência e do papel seria tido como satisfatório.<br />
Para o estudo foi acrescido também, a aferição do exercício <strong>de</strong> cada<br />
competência, para que sejam i<strong>de</strong>ntificadas as mais ou menos satisfatórias para o<br />
perfil dos gerentes do estudo.<br />
3.4.2 Instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados<br />
Foram utilizados dois instrumentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados, o primeiro o formulário<br />
DISC ETALENT, <strong>de</strong>senvolvido pela empresa ETALENT e validado cientificamente<br />
em trabalhos compilados no livro <strong>de</strong> Matos e Portela (2006) e na dissertação <strong>de</strong><br />
Matos (2008). Esse primeiro questionário po<strong>de</strong> ser aplicado online ou pessoalmente<br />
em formato físico. Consiste em 24 questões, cada questão com quatro opções. O<br />
candidato <strong>de</strong>ve escolher qual das quatro opções melhor o <strong>de</strong>screve e qual a que<br />
menos lhe representa. O processo leva em média 10 minutos, não <strong>de</strong>vendo superar<br />
<strong>de</strong>zoito minutos. Por escolha da pesquisadora na ocasião do pré-teste com os<br />
gerentes foi escolhida a versão expandida, com a introdução <strong>de</strong> frases completas,<br />
substituindo os tradicionais adjetivos. Esse primeiro levantamento mapeou o perfil<br />
profissional e comportamental dos gerentes. O mo<strong>de</strong>lo está disponibilizado no anexo<br />
B e C.<br />
O segundo instrumento foi um questionário estruturado, composto <strong>de</strong> duas<br />
partes: a primeira contendo questões para coletar as informações sócio-<br />
<strong>de</strong>mográficas a respeito da amostra estudada. A segunda parte, com o propósito <strong>de</strong><br />
realizar a avaliação e mapeamento das competências gerenciais <strong>de</strong>scritas no<br />
mo<strong>de</strong>lo teórico <strong>de</strong> Quinn at al (2003), foi <strong>de</strong>senvolvido pela autora a partir <strong>de</strong> um<br />
estudo referente à teoria e em outros instrumentos já estudados que referenciavam a<br />
mesma teórica com outros enfoques, como norteadores <strong>de</strong> um novo formato.<br />
84
A construção norteou-se em dois eixos: o horizontal (Interno-Externo) e o<br />
vertical (Flexibilida<strong>de</strong>-Controle) e em quatro mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> competências gerenciais:<br />
Relações humanas; Processos internos; Sistemas abertos e Metas racionais. O<br />
constructo foi avaliado através <strong>de</strong> Escala <strong>de</strong> Likert (1-7) aplicado online através do<br />
programa Google Docs. Para melhor visualização po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificado na figura<br />
15 e no questionário do Apêndice A.<br />
Fonte: Elaborado pela autora (2012).<br />
3.5 TRATAMENTO DOS DADOS<br />
Figura 15 - Elaboração do segundo constructo<br />
O primeiro instrumento foi analisado automaticamente pelo programa DISC<br />
ETALENT, que gera dois resultados para cada pesquisado, um perfil estrutural e um<br />
perfil adaptado, conforme exemplo a seguir:<br />
Figura 16 – DISC ETALENT: perfil estruturado e perfil adaptado<br />
Fonte: Elaborado pela autora (2012).<br />
85
A partir <strong>de</strong>sses gráficos foi gerada uma tabela no Microsoft Excell 2010, para<br />
cada pesquisado, com os valores percentuais DISC (Dominância, Influência,<br />
Estabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong>) no perfil estrutural e adaptado e evi<strong>de</strong>nciado o<br />
percentual mais elevado <strong>de</strong> cada perfil e <strong>de</strong> cada pesquisado.<br />
Para o segundo instrumento foi tabulado os valores <strong>de</strong> forma automática,<br />
extraída no programa Google docs, a partir das respostas dos respon<strong>de</strong>ntes. Os<br />
valores são da escala <strong>de</strong> likert <strong>de</strong> 1 a 7. Os dados foram obtidos mediante média<br />
aritmética simples, on<strong>de</strong> cada três questões acerca <strong>de</strong> um papel que compõe um<br />
dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gerencia <strong>de</strong> Quinn dividido por três e encontrado o valor do papel<br />
<strong>de</strong>sse gerente. Já o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gerência foi realizado a partir da média aritmética<br />
entre os dois papeis do mo<strong>de</strong>lo. Isso realizado para cada respon<strong>de</strong>nte. Conforme o<br />
exemplo a seguir:<br />
Quadro 16 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> tabulação do segundo Constructo<br />
Relações Humanas - Processos Internos - Metas Racionais - Sistemas Abertos -<br />
Estabilida<strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong><br />
Dominância Influência<br />
Negoci Inovad<br />
Mentor Facilitador R Monitor Coor<strong>de</strong>nador R Diretor Produtor R ador or R<br />
A.<br />
5,3<br />
Fictício 5,00 5,66 3 6,00 5,66 5,83 6,66 6,66 6,66 6,66 6,66 6,66<br />
Fonte: Elaborado pela autora (2012).<br />
Como o objetivo geral do estudo é saber se existe relação entre Perfil<br />
<strong>Profissional</strong>/Comportamental e O Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das competências <strong>de</strong> Quinn et al<br />
(2003), como já explanado anteriormente o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial Competências <strong>de</strong><br />
Quinn é dividido em quatro:<br />
Mo<strong>de</strong>lo das Relações Humanas;<br />
Mo<strong>de</strong>lo dos Processos Internos;<br />
Mo<strong>de</strong>lo das Metas Racionais e<br />
Mo<strong>de</strong>los dos Sistemas Abertos.<br />
Os Perfis <strong>Profissional</strong>/Comportamental Estrutural e Adaptado DISC ETALENT<br />
também são divididos em quatro categorias:<br />
D – Dominância;<br />
I – Influência;<br />
S – eStabilida<strong>de</strong> e<br />
C – Conformida<strong>de</strong>.<br />
86
Como se nota as variáveis são categóricas (qualitativas) nominais e <strong>de</strong>seja-se<br />
obter a Correlação (grau <strong>de</strong> relação) entre as variáveis em estudo, logo à priori<br />
sugere-se um Teste <strong>de</strong> Hipótese do Tipo Qui-quadrado.<br />
Para a análise dos dados da pesquisa (tabulação e correlações) e para a<br />
construção dos gráficos e tabelas foi utilizado Microsoft Excell 2010 e Software<br />
Estatístico Statistica 7.0.<br />
3.5.1 Teste <strong>de</strong> hipótese Qui-Quadrado<br />
Qui Quadrado é um teste <strong>de</strong> hipóteses que procura encontrar um valor da<br />
dispersão para duas variáveis nominais e avalia a relação existente entre variáveis<br />
qualitativas, não é paramétrico, pois in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos parâmetros populacionais, como<br />
média e variância (KAZMIER 2007).<br />
Compara-se proporções e as possíveis divergências entre as frequências<br />
observadas e esperadas para um certo evento e observa-se se dois grupos se<br />
comportam <strong>de</strong> forma esperada entre as frequências observadas (MALHOTRA,<br />
2012).<br />
Para utilizar o Qui-Quadrado <strong>de</strong>ve-se ter: variáveis in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes; os<br />
elementos <strong>de</strong> cada grupo selecionado aleatoriamente; pertencer a mesma categoria<br />
e amostra relativamente gran<strong>de</strong> (ou usar a correção <strong>de</strong> Yates – explicada em outro<br />
tópico) (KAZMIER 2007).<br />
3.5.2 Como calcular a estatística Qui-Quadrado<br />
sendo:<br />
Para o cálculo do Qui-quadrado Pearson propôs a seguinte fórmula:<br />
<br />
n<br />
2 2<br />
( oi ei)<br />
/ ei<br />
i1<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
i o = frequência observada para cada classe,<br />
i e = frequência esperada para aquela classe.<br />
As frequências observadas são retiradas da amostra pesquisada e as<br />
esperadas calculadas a partir <strong>de</strong>la (CONTI, 2011).<br />
87
3.5.3 Hipóteses testadas<br />
A utilização do Qui-Quadrado é para um teste <strong>de</strong> hipótese que ao mesmo<br />
tempo estabelece uma relação, po<strong>de</strong>ndo ser utilizado como um coeficiente <strong>de</strong><br />
correlação <strong>de</strong> variáveis não paramétricas, on<strong>de</strong> o pesquisador trabalha com duas<br />
hipóteses:<br />
• Hipótese nula (H0): hipótese a ser rejeitada, on<strong>de</strong> as frequências observadas<br />
não são diferentes das frequências esperadas, ou seja, não existe diferença entre as<br />
frequências dos grupos. Portanto, não há relação entre os grupos.<br />
• Hipótese alternativa (H1): hipótese a ser confirmada, on<strong>de</strong> as frequências<br />
observadas são diferentes das frequências esperadas, existindo assim diferença<br />
entre as frequências. Portanto, há relação entre os grupos.<br />
Para o estudo foram estudas as seguintes hipóteses:<br />
a. Hipótese nula (H0): Não existe relação entre o perfil<br />
profissional/comportamental DISC ETALENT – Estrutural e Adaptado – e o<br />
mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003).<br />
b. Hipótese alternativa (H1): Existe relação entre o perfil<br />
profissional/comportamental DISC ETALENT – Estrutural e Adaptado – e o<br />
mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003).<br />
Para que se encontre o valor é preciso dois valores estatísticos <strong>de</strong>nominados<br />
2<br />
calculado e<br />
2<br />
tabelado. Sendo que, o<br />
88<br />
2<br />
calculado é obtido a partir dos dados<br />
pesquisados, consi<strong>de</strong>rando-se os valores observados e os esperados (CONTI,<br />
2011).<br />
Para o<br />
2<br />
tabelado <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do G.L (graus <strong>de</strong> Liberda<strong>de</strong>) estabelecido e do<br />
nível <strong>de</strong> significância adotado.<br />
Para o Teste <strong>de</strong> Hipótese Qui-Quadrado, tem-se:<br />
• Se<br />
• Se<br />
2<br />
2<br />
cal calculado > ou = tab tabelado: Rejeita-se H0.<br />
2<br />
2<br />
cal calculado < tab tabelado: Aceita-se H0.(CONTI, 2011)<br />
3.5.4 Correção <strong>de</strong> Yates (ou correção <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>)<br />
Ao se utilizar o Qui-quadrado ou teste <strong>de</strong><br />
2<br />
, po<strong>de</strong>-se supor amostras<br />
gran<strong>de</strong>s, mas se po<strong>de</strong> em amostras finitas ou assumir números inteiros, mesmo para
amostras fracionadas. Quando se obtém um valor <strong>de</strong><br />
é pequena (menor que 5) a fórmula <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong><br />
maior que o real.<br />
89<br />
2<br />
significativo, mas a amostra<br />
2<br />
po<strong>de</strong>rá produzir um valor<br />
Quando o número <strong>de</strong> observações em cada casela (células) for maior ou igual<br />
a 5 o teste <strong>de</strong><br />
2<br />
po<strong>de</strong> ser usado, caso contrário, <strong>de</strong>ve-se utilizar a correção <strong>de</strong><br />
Yates, para cada classe conforme a fórmula a seguir:<br />
<br />
n<br />
2 2<br />
( oi ei 0.5) / ei<br />
i1<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Apesar <strong>de</strong> o assunto ser controverso, <strong>de</strong> modo geral, usa-se a correção <strong>de</strong><br />
Yates quando:<br />
2011).<br />
• o valor <strong>de</strong> Qui Quadrado obtido é maior que o crítico e;<br />
• o valor <strong>de</strong> N é menor que 40 ou;<br />
• há pelo menos uma classe com número <strong>de</strong> esperados menor que 5(CONTI,<br />
3.5.5 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência<br />
Segundo Conti (2011) Pearson <strong>de</strong>finiu ainda uma medida <strong>de</strong> correlação para<br />
variáveis qualitativa chamada coeficiente <strong>de</strong> contingência, dado por:<br />
C <br />
2<br />
<br />
2<br />
n<br />
Este coeficiente me<strong>de</strong> a relação entre dois conjuntos <strong>de</strong> atributos quando um<br />
ou ambos os conjuntos são medidos em escala nominal.<br />
Consi<strong>de</strong>re uma tabela <strong>de</strong> contingência k x r, que representa as frequências<br />
cruzadas dos escores A (divididos em k categorias) e escores B (divididos em r<br />
categorias). O grau <strong>de</strong> relação entre dois conjuntos <strong>de</strong> atributos é calculado acima,<br />
on<strong>de</strong>:<br />
2<br />
é a estatística Qui-quadrado calculada conforme já visto anteriormente.
O p-valor associado ao valor da estatística Qui-quadrado com (r-1) x (k-1)<br />
graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> é a prova <strong>de</strong> significância do coeficiente <strong>de</strong> contingência C.<br />
O coeficiente C se caracteriza por assumir valor zero quando há inexistência<br />
<strong>de</strong> associação, porém nunca será igual à 1. O limite superior do coeficiente é dado<br />
por<br />
k 1<br />
k (quando k = r). ***K é o numero <strong>de</strong> categorias máximo das variáveis.<br />
Coeficiente <strong>de</strong> Contingência para o teste: Perfil Estrutural x Mo<strong>de</strong>lo Gerencial.<br />
No estudo tem-se um C máximo <strong>de</strong><br />
(SIEGEL, 1956).<br />
3.5.6 Teste ANOVA <strong>de</strong> Friedman<br />
90<br />
k 141 0,87 . Baseado em<br />
k 4<br />
O teste <strong>de</strong> Friedman utilizado para comparar os resultados <strong>de</strong> três ou mais<br />
amostras relacionadas, or<strong>de</strong>na os resultados para cada um dos casos e <strong>de</strong>pois<br />
calcula a média das or<strong>de</strong>ns para cada amostra. Se não existem diferenças entre as<br />
amostras, as suas médias das or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong>vem ser similares. A estatística <strong>de</strong>ste teste<br />
tem uma distribuição <strong>de</strong> qui-quadrado (MALHOTRA, 2012).<br />
3.5.7 Resumo <strong>de</strong> mensuração dos construtos<br />
O referencial teórico sobre a temática é bastante escasso, a teoria DISC tem<br />
sido abordada pelas pesquisas com gran<strong>de</strong> ênfase em estudos do comportamento<br />
humano e os estudos <strong>de</strong> Quinn nas abordagens <strong>de</strong> estudos específicos <strong>de</strong><br />
competências gerenciais. Assim os constructos não foram baseados em estudos<br />
prévios organizados <strong>de</strong> outros estudos, mas <strong>de</strong>senvolvidos pela autora como<br />
conforme norteiam o quadro 17:
Quadro 17 - Constructos e suas variáveis <strong>de</strong> mensuração<br />
CONSTRUCTOS E SUAS VARIÁVEIS DE MENSURAÇÃO<br />
CONSTRUTO MENSURAÇÃO<br />
AUTOMÁTICO DO<br />
CONSTRUCTO 1 - DISC ETALENT - ESTRUTURAL<br />
PROGRAMA<br />
DOMINÂNCIA 0%-100%<br />
INFLUÊNCIA 0%-100%<br />
ESTABILIDADE 0%-100%<br />
CONFORMIDADE 0%-100%<br />
AUTOMÁTICO DO<br />
CONSTRUCTO 1 - DISC ETALENT -ADAPTADO<br />
PROGRAMA<br />
DOMINÂNCIA 0%-100%<br />
INFLUÊNCIA 0%-100%<br />
ESTABILIDADE 0%-100%<br />
CONFORMIDADE 0%-100%<br />
CONSTRUCTO 2 -MODELO GERENCIAL DE QUINN ET AL SOFTWARE EXCELL<br />
MODELO DAS RELAÇÕES HUMANAS - PAPEL MENTOR medida: média simples<br />
MODELO DAS RELAÇÕES HUMANAS - PAPEL FACILITADOR medida: média simples<br />
GERENTE MODELO DAS RELAÇÕES HUMANAS - Mentor + Facilitador medida: média simples<br />
MODELO DE PROCESSOS INTERNOS - PAPEL MONITOR medida: média simples<br />
MODELO DE PROCESSOS INTERNOS - PAPEL COORDENADOR medida: média simples<br />
GERENTE MODELO DE PROCESSOS INTERNOS - Monitor<br />
+Coor<strong>de</strong>nador medida: média simples<br />
MODELO DAS METAS RACIONAIS - PAPEL DIRETOR medida: média simples<br />
MODELO DAS METAS RACIONAIS - PAPEL PRODUTOR medida: média simples<br />
GERENTE MODELO DAS METAS RACIONAIS - Diretor + Produtor medida: média simples<br />
MODELO DOS SISTEMAS ABERTOS - PAPEL NEGOCIADOR medida: média simples<br />
MODELO DOS SISTEMAS ABERTOS - PAPEL INOVADOR medida: média simples<br />
GERENTE MODELO DOS SISTEMAS ABERTOS - Negociador + Inovador medida: média simples<br />
CONSTRUCTO 3 - CORRELACIONAR O PERFIL<br />
PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL DISC - ETALENT COM OS<br />
MODELOS GERENCIAIS DE QUINN ET AL<br />
O PERFIL DE DOMINÂNCIA COM O GERENTE MODELO DAS METAS<br />
RACIONAIS<br />
O PERFIL DE INFLUÊNCIA COM GERENTE MODELO DOS SISTEMAS<br />
ABERTOS<br />
O PERFIL DE ESTABILIDADE COM O GERENTE MODELO DAS<br />
RELAÇÕES HUMANAS<br />
O PERFIL DE CONFORMIDADE COM O GERENTE MODELO DE<br />
PROCESSOS INTERNOS<br />
Fonte: Elaborado pela autora (2012).<br />
91<br />
SOFTWARE<br />
STATISTICA<br />
Qui Quadrado e<br />
Coeficiente <strong>de</strong><br />
Contingência <strong>de</strong> Pearson<br />
Qui Quadrado e<br />
Coeficiente <strong>de</strong><br />
Contingência <strong>de</strong> Pearson<br />
Qui Quadrado e<br />
Coeficiente <strong>de</strong><br />
Contingência <strong>de</strong> Pearson<br />
Qui Quadrado e<br />
Coeficiente <strong>de</strong><br />
Contingência <strong>de</strong> Pearson
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS<br />
4.1 CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DOS<br />
GERENTES<br />
Os dados referem-se ao perfil socio<strong>de</strong>mográfico dos entrevistados no tocante<br />
ao gênero, ida<strong>de</strong>, estado civil, escolarida<strong>de</strong>, tempo <strong>de</strong> atuação na área, no cargo e<br />
na empresa.<br />
Quanto ao gênero a distribuição <strong>de</strong>u-se <strong>de</strong> acordo com a tabela 11, com um<br />
percentual um pouco mais elevado <strong>de</strong> mulheres nas funções <strong>de</strong> gestão das<br />
imobiliárias.<br />
Tabela 11 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Gênero<br />
GÊNERO FREQUÊNCIA %<br />
FEMININO 36 51,4%<br />
MASCULINO 34 48,6%<br />
TOTAL 70 100,0%<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Situação diferente da encontrada por Gines (2008) na caracterização dos<br />
corretores imobiliários <strong>de</strong> São Paulo, on<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificou que 65% <strong>de</strong>les eram do<br />
gênero masculino, ou seja, que para cada profissional feminino existia dois do<br />
gênero masculino.<br />
Quanto à faixa etária a maior incidência está entre 31 e 40 anos, com 33<br />
gerentes, representando um percentual <strong>de</strong> 47,1% dos gerentes; logo após aparecem<br />
os gerentes com ida<strong>de</strong> entre 26 e 30 anos, com um percentual <strong>de</strong> 18,6%; seguidos<br />
<strong>de</strong> 41 a 50 anos que somados representam 24,3%; 6 gerentes acima <strong>de</strong> 50 anos<br />
que totalizam 9% e apenas 1(um) com até 25 anos.<br />
Esses dados ratificam os estudos <strong>de</strong> Gines (2008) que apresenta que a faixa<br />
etária dos corretores tem sido distribuída <strong>de</strong> forma linear, com corretores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os<br />
20 anos até mais <strong>de</strong> 60 anos. Nesta pesquisa encontram-se gestores com ida<strong>de</strong>s<br />
até 25 e mais <strong>de</strong> 50, apesar <strong>de</strong> uma concentração maior na ida<strong>de</strong> entre 31 e 40<br />
anos, porém para as faixas etárias pesquisadas foram i<strong>de</strong>ntificados gerentes em<br />
todas elas, conforme é possível visualizá-los na tabela 12.<br />
92
Tabela 12 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Ida<strong>de</strong><br />
IDADE FREQUÊNCIA %<br />
ATÉ 25 ANOS 1 1,4%<br />
DE 26 a 30 ANOS 13 18,6%<br />
DE 31 a 35 ANOS 19 27,1%<br />
DE 36 a 40 ANOS 14 20,0%<br />
DE 41 a 45 ANOS 9 12,9%<br />
DE 45 a 50 ANOS 8 11,4%<br />
ACIMA DE 50 ANOS 6 8,6%<br />
TOTAL 70 100,0%<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Quanto ao estado civil da maioria dos gerentes é casado, com 41,4% dos<br />
entrevistados, solteiro e divorciado/separado/<strong>de</strong>squitado aparecem em segundo<br />
lugar com 21,4% cada, seguidos dos que mantém uma união estável com 12,9%,<br />
1(um) é viúvo e 1 (um) relacionou que o estado civil como outro. A tabela 13<br />
apresenta o resultado:<br />
Tabela 13 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Ida<strong>de</strong><br />
ESTADO CIVIL FREQUÊNCIA %<br />
SOLTEIRO 15 21,4%<br />
CASADO 29 41,4%<br />
DIVORCIADO/SEPARADO/DESQUITADO 15 21,4%<br />
VIÚVO 1 1,4%<br />
UNIÃO ESTÁVEL 9 12,9%<br />
OUTRO 1 1,43%<br />
TOTAL 70 100,0%<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Com relação ao nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> 23 dos entrevistados possuem o ensino<br />
superior completo, o que representa 32,9%; com o ensino médio completo e ensino<br />
superior incompleto são 15 gerentes cada, totalizando 42,8% dos pesquisados; com<br />
Pós-graduação completa foram i<strong>de</strong>ntificados 12 gerentes, representando assim<br />
17,14% e ainda cursando pós-graduação, 5 gerentes, 7,1%. Quando se analisa os<br />
resultados <strong>de</strong>sse item geral, po<strong>de</strong>-se inferir que dos 70 gerentes, 40 possuem ensino<br />
superior completo, totalizando 57,14% dos pesquisados.<br />
93
Situação inversa à encontrada por Gines (2008), que i<strong>de</strong>ntificou 60% dos<br />
entrevistados possuía apenas o ensino médio, que é a condição obrigatória para ser<br />
corretor <strong>de</strong> imóveis. Nesse mesmo estudo apenas 5% eram pós-graduados.<br />
Também diferem dos resultados <strong>de</strong> Ribeiro (2004), quando pesquisou<br />
especificamente, os gerentes <strong>de</strong> venda e gerentes imobiliários em Natal e encontrou<br />
os seguintes níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>: 3% com nível médio incompleto; 16,7% com<br />
nível médio completo; 19,7% com nível superior incompleto; 45,4% com nível<br />
superior completo e 15,2% dos entrevistados com pós-graduação.<br />
Nesses 8 (oito) anos, para a função <strong>de</strong> gestão nas empresas pesquisadas<br />
não foram mais i<strong>de</strong>ntificados gestores com ensino médio incompleto, como percebe-<br />
se houve um aumento na pós-graduação, como o dado anterior não faz referência a<br />
pós incompleta, atualmente já são 24,24% <strong>de</strong> gerentes que concluíram ou estão<br />
cursando uma pós. Em relação ao ensino superior completo, os valores<br />
praticamente mantiveram-se os mesmos, na pesquisa <strong>de</strong> Ribeiro (2004) a<br />
totalização dos gerentes com ensino superior completo era <strong>de</strong> 60,6% e hoje o valor<br />
encontrado foi <strong>de</strong> 57,14%.<br />
Para o estudo a tabela 14 <strong>de</strong>monstra o resultado acerca da escolarida<strong>de</strong>:<br />
Tabela 14 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Escolarida<strong>de</strong><br />
ESCOLARIDADE FREQUÊNCIA %<br />
ENSINO MÉDIO COMPLETO 15 21,4%<br />
ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO 15 21,4%<br />
ENSINO SUPERIOR COMPLETO 23 32,9%<br />
PÓS GRADUAÇÃO INCOMPLETA 5 7,1%<br />
PÓS GRADUAÇÃO COMPLETA 12 17,14%<br />
TOTAL 70 100,0%<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Os dados referentes ao tempo <strong>de</strong> atuação na área imobiliária quando<br />
analisados, verifica-se que a maior frequência encontrada foi <strong>de</strong> 25 gerentes que<br />
atuam <strong>de</strong> 6 a 10 anos no ramo, seguidos <strong>de</strong> 20 pesquisados <strong>de</strong> 1 a 5 anos, esses<br />
dois grupos representam 64,3% dos entrevistados. Com atuação <strong>de</strong> 16 a 20 anos<br />
foram i<strong>de</strong>ntificados 10 gerentes, entre 11 e 15 anos, que soma 24,3% e, finalmente<br />
com mais <strong>de</strong> 20 anos e com menos <strong>de</strong> 1 ano, 4 respectivamente, perfazendo um<br />
total <strong>de</strong> 11,4%.<br />
94
Ao comparar os resultados do tempo <strong>de</strong> atuação com a ida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>-se<br />
verificar que os 4 gerentes com mais <strong>de</strong> 50 anos, atuam na área há mais <strong>de</strong> 20<br />
anos.<br />
explicitados:<br />
Os dados <strong>de</strong> referência sobre o tempo <strong>de</strong> atuação na área estão abaixo<br />
Tabela 15 - Tempo <strong>de</strong> atuação na área<br />
TEMPO DE ATUAÇÃO NA ÁREA TOTAL %<br />
MENOS DE UM ANO 4 5,7%<br />
DE 1 A 5 ANOS 20 28,6%<br />
DE 6 A 10 ANOS 25 35,7%<br />
DE 11 A 15 ANOS 7 10,0%<br />
DE 16 A 20 ANOS 10 14,3%<br />
MAIS DE 20 ANOS 4 5,7%<br />
TOTAL 70 100,0%<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Devido à similarida<strong>de</strong> dos resultados encontrados para os questionamentos<br />
tempo <strong>de</strong> atuação no cargo/função e tempo <strong>de</strong> atuação na empresa, os dois foram<br />
analisados, concomitantemente. Para atuação no cargo/função e tempo <strong>de</strong> atuação<br />
na empresa o maior resultado encontrado foi <strong>de</strong> 1 a 5 anos com 58,6% e 57,1%<br />
respectivamente, isso significa que para esse grupo, com exceção <strong>de</strong> um gerente,<br />
todos possuem o mesmo tempo <strong>de</strong> atuação no cargo/função e na empresa.<br />
Para o grupo com menos <strong>de</strong> 1 (um) ano e <strong>de</strong> 6 a 10 anos, também se repete,<br />
sendo que neste caso, juntos representam 38,6% e 38,6% do total dos pesquisados.<br />
Já para os gerentes que atuam entre 11 e 15 anos é igual, tanto o tempo <strong>de</strong> atuação<br />
na empresa, quanto no cargo/função. Para o tempo <strong>de</strong> empresa <strong>de</strong> 16 a 20 anos,<br />
não existe nenhum gerente atuando na área <strong>de</strong>ntre os entrevistados.<br />
No estudo <strong>de</strong> Ribeiro (2004) para as funções <strong>de</strong> gerente financeiro e gerente<br />
imobiliário foram mapeados os seguintes resultados: com até 5 anos na função<br />
24,2% dos entrevistados, <strong>de</strong> 6 a 10 anos, 36,4%; <strong>de</strong> 11 a 15 anos, 19,7% e acima<br />
<strong>de</strong> 15 anos, 19,7%.<br />
A tabela 16 expõe o que foi antes <strong>de</strong>scrito:<br />
95
Tabela 16 - Tempo <strong>de</strong> atuação no cargo e tempo <strong>de</strong> atuação na empresa<br />
TEMPO DE ATUAÇÃO<br />
NO CARGO TOTAL %<br />
TEMPO DE ATUAÇÃO NA<br />
EMPRESA TOTAL %<br />
MENOS DE UM ANO 11 15,7% MENOS DE UM ANO 10 14,3%<br />
DE 1 A 5 ANOS 41 58,6% DE 1 A 5 ANOS 40 57,1%<br />
DE 6 A 10 ANOS 16 22,9% DE 6 A 10 ANOS 17 24,3%<br />
DE 11 A 15 ANOS 2 2,9% DE 11 A 15 ANOS 2 2,9%<br />
DE 16 A 20 ANOS 0 0,0% DE 16 A 20 ANOS 1 1,4%<br />
MAIS DE 20 ANOS 0 0,0% MAIS DE 20 ANOS 0 0,0%<br />
TOTAL 70 100,0% TOTAL 70 100,0%<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Resumidamente o perfil socio<strong>de</strong>mográfico dos gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong><br />
Natal é em sua maioria do gênero feminino, com 51,4%; com ida<strong>de</strong> entre 31 e 35<br />
anos, representando 27,1%; em sua maioria são casadas com um percentual <strong>de</strong><br />
41,4% e com nível superior completo, com 32,9%. São atuantes na área entre 6 e<br />
10 anos com um percentual <strong>de</strong> 35,7% e estão no cargo ou função entre 1 e 5 anos,<br />
assim como estão exercendo a função na empresa neste mesmo período, com uma<br />
representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 58,6%.<br />
4.2 PERFIL DO MODELO GERENCIAL BASEADO EM QUINN ET AL (2003)<br />
Nesta seção são i<strong>de</strong>ntificadas e analisadas o mo<strong>de</strong>lo gerencial, o papel e as<br />
competências dos pesquisados baseados no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al.(2003)<br />
Destaca-se que nenhuma das médias, segundo os parâmetros, foram<br />
consi<strong>de</strong>radas insatisfatórias, pelo contrário, todas as médias achadas são elevadas<br />
e equilibradas, com nenhum valor inferior a 5,00 (cinco).<br />
Nesse estudo as competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003) foram pesquisadas<br />
somente na visão do próprio pesquisado, sendo então o auto-reconhecimento <strong>de</strong><br />
suas competências.<br />
Como as médias foram muito próximas realizou-se o teste ANOVA <strong>de</strong><br />
Friedman, estabelecendo as seguintes hipóteses:<br />
H0: As notas obtidas pelos gerentes são iguais para os 8 papeis gerenciais.<br />
96
H1: As notas obtidas pelos gerentes são diferentes para os 8 papeis<br />
gerenciais.<br />
Estabeleceu-se 7 graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> (G.L), pois são 8 papeis gerenciais G.L =<br />
(F-1), realizando um teste com alfa <strong>de</strong> 5% (95% <strong>de</strong> confiança), tem-se um Qui-<br />
Quadrado tabelado ( <br />
=15,507<br />
), para as variáveis foi encontrado um Qui-<br />
2<br />
tab<br />
Quadrado calculado <strong>de</strong> ( =23,49081).<br />
Como se tem um<br />
2<br />
cal<br />
<br />
2 2<br />
tab cal<br />
, logo se recusa a hipótese nula com 95% <strong>de</strong><br />
97<br />
confiança, ou seja, as médias obtidas pelos gerentes são diferentes para os 8 papeis<br />
gerenciais. Implicitamente não foi realizado para as competências e para os<br />
Mo<strong>de</strong>los, pois como as papeis são uma média das competências e os Mo<strong>de</strong>los<br />
gerenciais, uma média dos papeis, elas também seriam confirmadas na hipótese H1.<br />
A tabela 17 <strong>de</strong>monstra o resultado:<br />
Tabela 17 - Teste ANOVA <strong>de</strong> Friedman para os papeis gerenciais<br />
Papel<br />
Gerencial<br />
Média da<br />
Classe<br />
Soma da<br />
Classe<br />
Média D. Padrão<br />
Mentor 4.764286 333.5000 6.123810 0.627269<br />
Facilitador 4.078571 285.5000 5.976190 0.655268<br />
Monitor 3.707143 259.5000 5.890476 0.741504<br />
Coor<strong>de</strong>nador 4.814286 337.0000 6.104762 0.745449<br />
Diretor 4.071429 285.0000 5.928571 0.927124<br />
Produtor 5.128571 359.0000 6.176190 0.719459<br />
Negociador 4.535714 317.5000 6.095238 0.624623<br />
Inovador 4.900000 343.0000 6.147619 0.787658<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
A seguir para melhor compreensão os dados foram analisados por partes.<br />
Inicialmente as competências, seguido dos papeis e <strong>de</strong>pois dos mo<strong>de</strong>los gerenciais.<br />
Foram caracterizadas todas as competências, papeis e mo<strong>de</strong>los, estão evi<strong>de</strong>nciados<br />
na Tabela 18 os maiores valores em negrito e os menores valores em negrito e<br />
itálico para melhor visualização e, na sequência as leituras e/ou análises.
Tabela 18 - Mo<strong>de</strong>los Gerenciais <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003)<br />
MÉDIA MÉDIA MÉDIA<br />
MODELO PAPEL COMPETÊNCIA<br />
Compreensão <strong>de</strong> si e dos outros em<br />
situações vivenciadas no trabalho (você é<br />
capaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r você mesmo e as<br />
COMPETÊNCIAS PAPEL MODELO<br />
Mentor<br />
outras pessoas).<br />
Você possui a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
5,89<br />
6,12<br />
Mo<strong>de</strong>lo das<br />
comunicar eficazmente nas situações<br />
vivenciadas no trabalho. 6,19<br />
Relações<br />
Humanas –<br />
Estimula o <strong>de</strong>sempenho da equipe.<br />
Estimula o crescimento da equipe,<br />
6,30<br />
6,05<br />
RH - S<br />
trabalhando o comprometimento e<br />
compartilhamento dos dados e<br />
Facilitad<br />
or<br />
informações.<br />
As <strong>de</strong>cisões são tomadas com<br />
6,21<br />
5,98<br />
participação dos membros da equipe.<br />
Gerencia da melhor forma os conflitos<br />
5,51<br />
existentes entres os membros da equipe.<br />
Acompanha o <strong>de</strong>senvolvimento individual<br />
dos membros da equipe através do<br />
6,20<br />
monitoramento. 5,43<br />
Monitor<br />
Possui capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciar o<br />
<strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s e trabalhos<br />
5,89<br />
coletivos 6,14<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
Processos<br />
Internos –<br />
PI - C<br />
Analiso as informações com pensamento<br />
crítico - possuo senso crítico.<br />
Gerencio projetos (realizando<br />
planejamento e monitoramento)<br />
compreen<strong>de</strong>ndo o impacto para as<br />
6,10<br />
6,00<br />
Coor<strong>de</strong>n<br />
ador<br />
pessoas e para a organização.<br />
Planejo o trabalho a ser realizado <strong>de</strong><br />
forma clara e objetiva.<br />
Tenho consciência <strong>de</strong> que as <strong>de</strong>cisões<br />
que tomo, interferem nos outros setores<br />
5,63<br />
6,23<br />
6,10<br />
ou <strong>de</strong>partamentos da empresa.<br />
Sou capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e comunicar a<br />
visão (os objetivos, metas, missão) da<br />
6,46<br />
empresa <strong>de</strong> forma clara. 6,00<br />
Diretor Estabeleço metas e objetivos para minha<br />
5,93<br />
equipe. 5,86<br />
Mo<strong>de</strong>lo das<br />
Planejo e organizo as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
Metas<br />
Racionais –<br />
MR - D<br />
minha equipe.<br />
Estimulo a produtivida<strong>de</strong> no trabalho.<br />
Forneço apoio para a construção <strong>de</strong> um<br />
5,93<br />
6,29<br />
6,05<br />
Produtor ambiente <strong>de</strong> trabalho produtivo.<br />
Gerencio o estresse e o tempo da equipe<br />
através da otimização, observação e<br />
6,49<br />
6,18<br />
orientações.<br />
Construo e mantenho o po<strong>de</strong>r através da<br />
5,76<br />
<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e, dando<br />
oportunida<strong>de</strong>s para os colaboradores que<br />
se <strong>de</strong>stacam. 6,03<br />
Negocia<br />
dor<br />
Negocio acordos e compromissos com a<br />
equipe, observando a satisfação das<br />
6,10<br />
Mo<strong>de</strong>lo dos<br />
necessida<strong>de</strong>s. 6,09<br />
Sistemas<br />
Abertos –<br />
Apresento minhas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> forma clara,<br />
percebendo e acompanhando a<br />
6,12<br />
SSA - I<br />
compreensão das mesmas.<br />
Apresento a equipe como conviver com<br />
as mudanças, e trabalho essas<br />
6,17<br />
Inovador<br />
mudanças <strong>de</strong> forma positiva.<br />
Gerencio <strong>de</strong> forma saudável as<br />
6,01<br />
6,15<br />
mudanças que ocorrem 6,31<br />
Possuo pensamento criativo 6,11<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
98
Inicialmente avaliam-se separadamente as competências dos pesquisados, a<br />
partir da competência, o papel e <strong>de</strong>pois o mo<strong>de</strong>lo gerencial.<br />
A segunda competência do papel <strong>de</strong> Produtor - Forneço apoio para a<br />
construção <strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> trabalho produtivo - foi a <strong>de</strong> maior média encontrada<br />
para os gerentes pesquisados, com um valor <strong>de</strong> 6,49.<br />
Essa competência fornece um ambiente <strong>de</strong> motivação e produção, na busca<br />
por resultados, apoiado pela Teoria Motivacional da Expectância <strong>de</strong> Victor Vroom<br />
(BANOV, 2011; WAGNER III; HOLLENBECK, 2004; BERGAMINI, 2010; AGUIAR,<br />
2009; ROBBINS, 2004; MOTTA; VASCOCELOS, 2006) on<strong>de</strong> a motivação po<strong>de</strong> ser<br />
explicada em função dos objetivos e das escolhas dos indivíduos e <strong>de</strong> suas<br />
expectativas em atingir esses objetivos. Quinn et al (2003) afirmam que a motivação<br />
Vroom (1964), que o colaborador se sente motivado na relação das suas<br />
expectativas ao esforço <strong>de</strong>sempenhado para o trabalho e o resultado obtido. Nessa<br />
mesma linha Quinn et al (2003) baseando-se na Teoria da Expectância aponta<br />
algumas direções para os gerentes com essa competência: vincular o esforço ao<br />
<strong>de</strong>sempenho; ligar <strong>de</strong>sempenho e resultado e compreen<strong>de</strong>r as valências dos<br />
resultados.<br />
No ramo da economia pesquisado, on<strong>de</strong> parte dos colaboradores, são<br />
autônomos (corretores <strong>de</strong> imóveis) e estabelecem com seus gerentes uma relação<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, ou seja, a equipe é remunerada exclusivamente por seu<br />
<strong>de</strong>sempenho, através <strong>de</strong> comissionamento.<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al (2003) direciona para excelência <strong>de</strong>ssa competência<br />
evi<strong>de</strong>nciando sobretudo, o contexto singular das organizações e as especificida<strong>de</strong>s<br />
dos pessoas envolvidas, que em gran<strong>de</strong> parte esse ambiente produtivo perpassa por<br />
uma função <strong>de</strong> controle das organizações sobre a informação, conhecimento,<br />
recompensas e po<strong>de</strong>r, mas que não po<strong>de</strong> ser maior do que a compreensão do ser<br />
humano, principalmente nos fatores intrínsecos <strong>de</strong> relevância ao que lhe motiva.<br />
Quanto ao papel gerencial predominante, o papel <strong>de</strong> Produtor, que pertence<br />
ao Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Metas Racionais. Os produtores são motivados,<br />
comprometidos e autônomos. No eixo horizontal para o ambiente externo e o vertical<br />
para o controle, ao mesmo tempo centraliza e integraliza mantendo a consistência<br />
da equipe. A média encontrada foi <strong>de</strong> 6,18 para o papel. Se visto isoladamente<br />
po<strong>de</strong>ria ser consi<strong>de</strong>rado um gerente ineficaz, pois Nóbrega (2011) adaptando o<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al (2003) <strong>de</strong>staca que quando apenas o papel <strong>de</strong> produtor<br />
99
obtém <strong>de</strong>staque o perfil é <strong>de</strong> um gerente “workaholics sufocantes”, o que difere, já<br />
que 4 outros papeis também obtiveram uma média acima 6,00 e os outros 3 muito<br />
próximos a 5,90. Assim, não existe esse <strong>de</strong>sequilíbrio que possa apontar os<br />
workaholics sufocantes.<br />
No que diz respeito ao Mo<strong>de</strong>lo Gerencial, o predominante entre os<br />
pesquisados foi o dos Sistemas Abertos com uma média <strong>de</strong> 6,12, formatado no<br />
eixo da abertura e adaptabilida<strong>de</strong> ao meio externo.<br />
A busca <strong>de</strong> inovação contínua e adaptação que levam à aquisição e<br />
manutenção <strong>de</strong> recursos no meio externo, foi possível i<strong>de</strong>ntificar uma gran<strong>de</strong> ênfase<br />
na resolutivida<strong>de</strong> criativa <strong>de</strong> problemas e gerenciamento <strong>de</strong> mudanças. Essa<br />
gerência propicia uma atmosfera inovadora e flexível, necessária à ativida<strong>de</strong> que se<br />
relaciona com diversos públicos, <strong>de</strong>vido à natureza da ativida<strong>de</strong>: ven<strong>de</strong>dores,<br />
compradores, investidores, agentes bancários, colaboradores [...] (QUINN et al,<br />
2003).<br />
Quinn et al (2003) afirmam uma tendência a acreditar que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
sistemas abertos seja o mais a<strong>de</strong>quado para os nossos tempos. Diversas<br />
organizações são perpassadas pela sensação <strong>de</strong> que é preciso reinventar,<br />
re<strong>de</strong>senhar, reestruturar, mas os lí<strong>de</strong>res gerenciais que ficam <strong>de</strong>masiadamente<br />
concentrados na expansão e na mudança po<strong>de</strong>m per<strong>de</strong>r a noção do quanto a<br />
estabilida<strong>de</strong> é necessária e criam uma atmosfera <strong>de</strong> anarquia caótica, on<strong>de</strong> reinam a<br />
incerteza e a confusão.<br />
Quanto aos impactos e as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mudanças para alcançar o<br />
equilíbrio em relação aos outros elementos pesquisados foram atribuídos os<br />
menores valores.<br />
A respeito da competência a menor média encontrada foi 5,43 - Acompanha<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento individual dos membros da equipe através do<br />
monitoramento – Quinn et al (2003) afiançam que os gerentes eficazes precisam<br />
ser capazes <strong>de</strong> monitorar o <strong>de</strong>sempenho individual <strong>de</strong> sua equipe, não só possuir a<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciar o <strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s e trabalhos coletivos.<br />
As empresas do setor imobiliário, segundo Ribeiro (2004, p. 9) “normalmente<br />
tem como ativida<strong>de</strong> básica à administração e venda <strong>de</strong> imóveis, colocados à sua<br />
disposição pelo cliente ‘ven<strong>de</strong>dor’ e/ou ‘locador’”. Essas ativida<strong>de</strong>s são realizadas<br />
por corretores <strong>de</strong> imóveis, segundo Gines (2008) exerce a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira<br />
autônoma, po<strong>de</strong>ndo estar ou não, em associação a uma imobiliária, mas sem<br />
100
vínculos empregatícios com a mesma, <strong>de</strong>sta feita é muito importante para os<br />
gerentes o continuum monitoramento e motivação da equipe, dado importante que<br />
<strong>de</strong>ve ser analisado no futuro com muita atenção pelos pesquisados.<br />
O papel gerencial do Monitor, o menor encontrado entre os papeis é aquele<br />
on<strong>de</strong> o gerente <strong>de</strong>ve saber o que se passa na sua unida<strong>de</strong>, organização, <strong>de</strong>terminar<br />
se as pessoas estão cumprindo as regras e averiguar se o setor está fazendo sua<br />
parte, apesar <strong>de</strong> ser a menor média apresentada para os papeis, com 5,89, ainda<br />
assim, está no nível satisfatório para o papel. Neste caso, conforme a leitura <strong>de</strong><br />
Quinn et al (2003) e Nóbrega (2011) apesar do papel apresentar uma média mais<br />
baixa em relação aos outros mo<strong>de</strong>los, o gerente passa a ter um perfil mais eficaz<br />
sendo conceituado <strong>de</strong> Produtores Conceituais.<br />
O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos, com uma média <strong>de</strong> 6,00, está situado no<br />
eixo horizontal que é amparado pelo foco interno, já no vertical pelo extremo<br />
controle, o que sugere ser <strong>de</strong> maior utilida<strong>de</strong> para situações <strong>de</strong> consistência na<br />
produção ou prestação <strong>de</strong> serviço. Complementar ao Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Metas Racionais,<br />
quando não necessite <strong>de</strong> ação imediata e os objetivos estejam bem <strong>de</strong>finidos,<br />
principalmente às tarefas <strong>de</strong> rotina.<br />
Apesar <strong>de</strong> essa média apresentar um resultado numericamente inferior, a<br />
diferença não apresenta um valor significativamente alto.<br />
A seguir são apresentados os resumos dos resultados encontrados para<br />
todos os Mo<strong>de</strong>los Gerenciais <strong>de</strong> Quinn et al (2003), com a maior média encontrada<br />
para o papel e a competência, seguido <strong>de</strong> um quadro resumo.<br />
4.2.1 Mo<strong>de</strong>lo das Relações Humanas<br />
O Gerente do Mo<strong>de</strong>lo das Relações Humanas teve uma média <strong>de</strong> 6,05;<br />
esse mo<strong>de</strong>lo é amparado pelo eixo horizontal voltado para ação e no vertical para a<br />
flexibilida<strong>de</strong>, prioritariamente para as <strong>de</strong>cisões on<strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>de</strong>m menos comando e<br />
<strong>de</strong>cisões pouco autoritárias e em situações que envolvam trabalho coletivo.<br />
Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autoconsciência como uma das competências fundamentais a esse<br />
tipo <strong>de</strong> gerência. Possui gran<strong>de</strong> eficácia com o compromisso, coesão e moral, on<strong>de</strong><br />
o envolvimento resulta em compromisso e sua orientação é voltada para equipes.<br />
No Mo<strong>de</strong>lo das Relações Humanas o principal papel i<strong>de</strong>ntificado foi o <strong>de</strong><br />
Mentor com uma média <strong>de</strong> 6,12 e a principal competência foi o <strong>de</strong> estimular o<br />
101
<strong>de</strong>sempenho da equipe, com a média <strong>de</strong> 6,30. A competência <strong>de</strong> estimular o<br />
<strong>de</strong>sempenho da equipe transcorre pela <strong>de</strong>legação eficaz, os gerentes dão-lhes<br />
oportunida<strong>de</strong>s para que possam também <strong>de</strong>senvolver suas habilida<strong>de</strong>s e<br />
competências. Para Quinn et al (2003) a <strong>de</strong>legação envolve três elementos<br />
essenciais: responsabilida<strong>de</strong>, autorida<strong>de</strong> e prestação <strong>de</strong> contas, <strong>de</strong>vendo o gerente<br />
ter consciência que ainda é o responsável pelo processo. Neste caso cabe atenção,<br />
uma vez que a competência <strong>de</strong> acompanhar o <strong>de</strong>senvolvimento individual dos<br />
membros da equipe através do monitoramento foi a menor competência<br />
encontrada para os gerentes.<br />
4.2.2 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos<br />
O mo<strong>de</strong>lo já foi comentado no item <strong>de</strong> menor média encontrada para o<br />
mo<strong>de</strong>lo gerencial.<br />
Para o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos on<strong>de</strong> as médias mais inferiores foram<br />
encontradas, no que tange a competência e ao papel, a maior competência<br />
i<strong>de</strong>ntificada foi: tenho consciência <strong>de</strong> que as <strong>de</strong>cisões que tomo interferem em<br />
outros setores ou <strong>de</strong>partamentos da empresa, com o valor <strong>de</strong> 6,46.<br />
Quinn et al (2003) afirma que a gerência dos Processos Internos no Papel <strong>de</strong><br />
Coor<strong>de</strong>nador não implica que o gerente tome todas as <strong>de</strong>cisões sobre<br />
planejamento, fluxo <strong>de</strong> trabalho ou rotinas, mas que é <strong>de</strong> sua responsabilida<strong>de</strong> que<br />
as pessoas estejam alocadas nas funções corretas, bem como com os recursos<br />
disponíveis para a execução <strong>de</strong>ssa tarefa.<br />
4.2.3 Mo<strong>de</strong>lo das Metas Racionais<br />
O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Metas Racionais é o paradigma <strong>de</strong> eficácia mais antigo, alguns<br />
o consi<strong>de</strong>ram inerentemente bom, mas nos papeis <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo com muito<br />
<strong>de</strong>staque e o efeito na ênfase principal, seja na produtivida<strong>de</strong> exagerada, po<strong>de</strong>ndo<br />
ocasionar elevados níveis <strong>de</strong> estresse. Desse modo, mesclar com outros papeis a<br />
fim <strong>de</strong> equilibrar com os <strong>de</strong>mais, é mais aconselhável para o contexto. É evi<strong>de</strong>nte<br />
que os papeis do quadrante <strong>de</strong> metas racionais <strong>de</strong>vem ser visto e utilizados <strong>de</strong><br />
maneira a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>ntro da organização e que a produtivida<strong>de</strong> e a clareza <strong>de</strong><br />
direção são valores fundamentais na empresa, uma vez que, gran<strong>de</strong> parte da<br />
102
competitivida<strong>de</strong>, passa pela produtivida<strong>de</strong> e o alcance <strong>de</strong> metas e objetivos <strong>de</strong> forma<br />
estratégica.<br />
Embora tenha sido encontrado, isoladamente, no Mo<strong>de</strong>lo das Metas<br />
Racionais, o maior valor médio para a competência e o papel, o mesmo não<br />
aconteceu para o mo<strong>de</strong>lo gerencial, cuja média foi <strong>de</strong> 6,05. Conforme Quinn et al<br />
(2003) as metas racionais são focadas no eixo horizontal para o externo e o vertical<br />
para o controle. Com papeis centralizadores e integralizadores se aplicam bem,<br />
sobretudo em situações com objetivos bem <strong>de</strong>finidos e que se faz necessário manter<br />
a consistência na produção, dando ênfase maior às pressões externas e prazos<br />
curtos, voltado sobremaneira à produtivida<strong>de</strong> e ao lucro em uma atmosfera<br />
econômico-racional.<br />
Os indicadores competência maior e papel predominante foram explicados no<br />
item <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>sempenho.<br />
4.2.4 Mo<strong>de</strong>lo dos Sistemas Abertos<br />
O Mo<strong>de</strong>lo dos Sistemas Abertos que alcançou a maior média isoladamente,<br />
teve como competência predominante entre seus gerentes: Gerencio <strong>de</strong> forma<br />
saudável as mudanças que ocorrem, com a média <strong>de</strong> 6,31.<br />
Nesse mesmo mo<strong>de</strong>lo foi i<strong>de</strong>ntificado como papel predominante gerencial o<br />
Inovador, com uma média <strong>de</strong> 6,15. O papel do gerente inovador envolve o uso da<br />
criativida<strong>de</strong> e o gerenciamento da adaptação ao ambiente externo (QUINN et al,<br />
2003). Muito associado às empresas empreen<strong>de</strong>doras, como nas 21 competências<br />
on<strong>de</strong> a 18º é a adaptabilida<strong>de</strong> (BOYATIZIS apud BITENCOURT, 2001) e nos 10<br />
papeis gerenciais <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dor, que inicia e planeja parte das mudanças<br />
controladas da organização (MINTZBERG, 1986).<br />
A tabela 19 em resumo i<strong>de</strong>ntifica os gerentes pesquisados, para cada mo<strong>de</strong>lo<br />
baseado em Quinn et at (2003) e sua média, o maior valor para o papel do mo<strong>de</strong>lo<br />
gerencial e a competência melhor <strong>de</strong>senvolvida para o papel e, consequentemente<br />
para o mo<strong>de</strong>lo. Os dois mo<strong>de</strong>los principais são voltados para o eixo do ambiente<br />
externo, consi<strong>de</strong>rado o da assertivida<strong>de</strong>.<br />
O principal mo<strong>de</strong>lo é voltado para eixo vertical da flexibilida<strong>de</strong>, o<br />
gerenciamento da mudança, da criativida<strong>de</strong> e do empreendorismo. O papel mais<br />
elevado, assim como a competência foi do Produtor, que fomenta o trabalho com<br />
103
objetivida<strong>de</strong> e alcance <strong>de</strong> metas. Um reflexo muito claro do segmento pesquisado,<br />
que trabalha muito focado em resultados, comissionamento e alcance <strong>de</strong> metas.<br />
MODELO<br />
Mo<strong>de</strong>lo dos<br />
Sistemas<br />
Abertos<br />
Mo<strong>de</strong>lo das<br />
Metas<br />
Racionais<br />
Mo<strong>de</strong>lo das<br />
Relações<br />
Humanas<br />
Mo<strong>de</strong>lo dos<br />
Processos<br />
Internos<br />
Tabela 19 - Resumo dos mo<strong>de</strong>los gerenciais predominantes<br />
MÉDIA<br />
MODELO PAPEL<br />
6,12<br />
6,05<br />
6,05<br />
6,00<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Inovador<br />
MÉDIA<br />
PAPEL COMPETÊNCIA<br />
6,15<br />
Produtor 6,18<br />
Mentor<br />
Coor<strong>de</strong>nador<br />
6,12<br />
6,10<br />
Gerencio <strong>de</strong> forma<br />
saudável as mudanças<br />
104<br />
MÉDIA<br />
COMPETÊNCIA<br />
que ocorrem. 6,31<br />
Forneço apoio para a<br />
construção <strong>de</strong> um<br />
ambiente <strong>de</strong> trabalho<br />
produtivo. 6,49<br />
Estimula o <strong>de</strong>sempenho<br />
da equipe.<br />
Tenho consciência <strong>de</strong><br />
que as <strong>de</strong>cisões que<br />
6,30<br />
tomo, interferem nos<br />
outros setores ou<br />
<strong>de</strong>partamentos da<br />
empresa. 6,46<br />
Para as médias dos papeis i<strong>de</strong>ntificados nos gerentes pesquisados, foi<br />
elaborado o gráfico radar que se segue:<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Gráfico 1 - Papeis gerenciais<br />
Quando todos os papeis estão equilibrados e existe uma média mais baixa<br />
para o papel do monitor, os gerentes são eficazes como “produtores conceituais”, no
caso dos pesquisados todos os papeis estão em equilíbrio, sendo que os papeis <strong>de</strong><br />
diretor e facilitador também estão um pouco abaixo dos outros papeis, mas acima do<br />
papel do monitor. Para que fossem consi<strong>de</strong>rados realmente produtores conceituais,<br />
precisariam trabalhar mais as competências dos papeis <strong>de</strong> facilitador e diretor.<br />
4.3 O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL ESTRUTURAL E<br />
ADAPTADO - PELO INSTRUMENTO DISC ETALENT DOS GERENTES<br />
Nesta parte do trabalho será apresentado o perfil profissional/comportamental<br />
dos gerentes pela ferramenta DISC ETALENT no formato Estrutural e Adaptado,<br />
esse subitem respon<strong>de</strong> ao terceiro e quarto objetivo específico do trabalho.<br />
O relatório ETALENT com base na metodologia DISC, <strong>de</strong>senvolvido por<br />
Marston (1928), foi adaptado por Matos e Portela (2006). Através do acróstico DISC<br />
(Dominância, Influência, eStabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong>) on<strong>de</strong> todas as pessoas<br />
possuem os quatro fatores, variando a intensida<strong>de</strong>, para a composição <strong>de</strong> seus<br />
comportamentos, competências e atitu<strong>de</strong>s.<br />
4.3.1 Perfil Estrutural<br />
Para os pesquisados, os perfis estruturais predominantes encontrados são os<br />
que se seguem na Tabela 20:<br />
Tabela 20 - Perfil profissional/comportamental DISC ETALENT - Estrutural<br />
PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL DISC ETALENT - ESTRUTURAL<br />
FATOR DISC TOTAL %<br />
DOMINÂNCIA 17 24,3%<br />
INFLUÊNCIA 12 17,1%<br />
ESTABILIDADE 28 40,0%<br />
CONFORMIDADE 13 18,6%<br />
TOTAL 70 100,0%<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
O maior número <strong>de</strong> gerentes tem como fator dominante a Estabilida<strong>de</strong><br />
presente em 40,0% dos pesquisados. Matos e Portela (2006) i<strong>de</strong>ntificam através do<br />
DISC ETALENT como sendo uma pessoa organizada; gosta <strong>de</strong> ter tudo que precisa<br />
105
no lugar; sensível e muito voltado para o passado; voltada aos objetivos <strong>de</strong> longo<br />
prazo buscando resultados confiáveis e permanentes, utilizando a persistência para<br />
alcançá-los. Os subfatores presentes são paciência, persistência e consi<strong>de</strong>ração.<br />
Sobre a motivação <strong>de</strong>screve-se que os “Estáveis” precisam sentir-se seguros<br />
<strong>de</strong>ntro da situação e busca essa segurança nos procedimentos e referências<br />
históricas, procurando saber a origem das coisas. Nada <strong>de</strong>ve interferir na sua vida<br />
familiar ou ele po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> qualquer projeto. Precisa <strong>de</strong> tempo para adaptar-se<br />
a essas mudanças. Precisa que lhe digam sempre se está fazendo bem o que lhe<br />
pediram e fica feliz quando seu trabalho e o tempo que <strong>de</strong>dicou a ele são<br />
reconhecidos. Esse temperamento valoriza os prêmios por tempo <strong>de</strong> serviço<br />
(MATOS, 2006).<br />
Po<strong>de</strong>-se notar similarida<strong>de</strong> na Teoria do Reforço <strong>de</strong> Skinner (1945) on<strong>de</strong> o<br />
comportamento é <strong>de</strong>terminado por suas consequências, com reforços positivos<br />
(recompensas, elogios, prestigio, entre outros) e reforço negativo (retirada <strong>de</strong> algo<br />
importante, punições, advertência, etc), os estáveis buscam essas recompensas e<br />
esperam premiação por seus esforços (BANOV, 2011; WAGNER III e<br />
HOLLENBECK, 2004; BERGAMINI, 2010; AGUIAR, 2009; ROBBINS, 2004; MOTTA;<br />
VASCOCELOS, 2006).<br />
O Segundo fator <strong>de</strong> maior frequência foi o <strong>de</strong> Dominância com 24,3%, que<br />
para Matos e Portela (2006), apresentam uma pessoa <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r;<br />
rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão; agilida<strong>de</strong>; iniciativa; competitivo; direto; agressivo; voltado para o<br />
futuro imediato e que tragam lucrativida<strong>de</strong>. Utiliza-se do comando e <strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns para<br />
alcançar os resultados. Não aprecia a repressão, rotina, normas e nem <strong>de</strong> receber<br />
or<strong>de</strong>ns.<br />
Em seu estudo Matos (2008) aponta como motivador para os “dominantes” o<br />
po<strong>de</strong>r e a autorida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> participar <strong>de</strong> uma equipe sem ser o lí<strong>de</strong>r não o <strong>de</strong>ixará<br />
interessado. Necessita <strong>de</strong> resultados palpáveis e mensuráveis do que está<br />
realizando, gosta <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios e ativida<strong>de</strong>s novas, ficando cada vez mais motivado ao<br />
perceber a eficiência nas operações e processo, mantê-lo afastado fará com que<br />
perca o interesse. Também motivado por recompensas e ganhos financeiros.<br />
A motivação do Dominante apresenta similarida<strong>de</strong> na Teoria das<br />
Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> McClelland, se baseando em que, a motivação é objeto <strong>de</strong> três<br />
necessida<strong>de</strong>s: <strong>de</strong> realização, que traduz o <strong>de</strong>sejo da pessoa em atingir objetivos; <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r, isto é, o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> controlar, <strong>de</strong>cidir e <strong>de</strong> influenciar ou ser responsável pelo<br />
106
<strong>de</strong>sempenho dos outros; <strong>de</strong> afiliação, que representa o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> manter relações<br />
pessoais estreitas e <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> (BANOV, 2011; WAGNER III; HOLLENBECK, 2004;<br />
BERGAMINI, 2010; AGUIAR, 2009; ROBBINS, 2004; MOTTA; VASCOCELOS,<br />
2006).<br />
O terceiro fator <strong>de</strong> maior frequência com 18,6% dos pesquisados, foi o da<br />
Conformida<strong>de</strong>, para Matos e Portela (2006), as pessoas mapeadas pelo DISC<br />
ETALENT com esse perfil, são caladas, <strong>de</strong>sconfiadas, que gostam <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes, <strong>de</strong><br />
regras e normas, <strong>de</strong> trabalhar sozinhas. Não expressam seus sentimentos. Analisam<br />
o passado, comparam com o presente e projetam para o futuro Os objetivos são <strong>de</strong><br />
longo prazo, procurando a garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, com planejamento para alcançar<br />
os resultados. Não apreciam o tempo insuficiente, falta <strong>de</strong> objetivo, trabalhar em<br />
grupo e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r dos outros.<br />
Matos (2008) aponta alguns fatores motivacionais para os “Conformes”, a<br />
certeza e a precisão são suas maiores motivações, assim como operações e<br />
procedimentos padrões e rotinização.<br />
As mudanças, só previamente acordadas, isso remete a Teoria da Definição<br />
<strong>de</strong> Objetivos, <strong>de</strong> Edwin Locke e Gary Lathan, on<strong>de</strong> o comportamento é regulado por<br />
valores, metas e objetivos claros e bem <strong>de</strong>finidos (BANOV, 2011; WAGNER III;<br />
HOLLENBECK, 2004; BERGAMINI, 2010; AGUIAR, 2009; ROBBINS, 2004; MOTTA<br />
e VASCOCELOS, 2006).<br />
A menor frequência foi referente ao fator Influência, com 15,7%, on<strong>de</strong> Matos<br />
e Portela (2006) caracterizam como sendo uma pessoa com esse fator <strong>de</strong><br />
predominância, que apresenta um comportamento capaz <strong>de</strong> influenciar e motivar<br />
pessoas. Comunicativo, confiante, intuitivo, otimista, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> convencer,<br />
emotivo e <strong>de</strong>monstra empatia. Utiliza-se da persuasão e da motivação para alcançar<br />
os objetivos. Não gosta <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r a liberda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> trabalhar sozinho, <strong>de</strong> rotina, <strong>de</strong><br />
pren<strong>de</strong>r-se às regras ou <strong>de</strong> não participar.<br />
No que diz respeito à motivação, Matos (2008) evi<strong>de</strong>ncia que esse perfil<br />
precisa sentir que é popular e que todos gostam <strong>de</strong>le. Valoriza também um bom<br />
padrão <strong>de</strong> vida. Precisa que reconheçam publicamente suas habilida<strong>de</strong>s, participar<br />
<strong>de</strong> grupos e conviver com relacionamentos <strong>de</strong>mocráticos.<br />
Po<strong>de</strong>-se remeter a Teoria ERC <strong>de</strong> Al<strong>de</strong>rfer, on<strong>de</strong> existem três grupos <strong>de</strong><br />
necessida<strong>de</strong>s: Existência (E), equivalente às necessida<strong>de</strong>s básicas, fisiológicas e <strong>de</strong><br />
segurança; Relacionamento (R) e Crescimento (C), voltados para a exploração das<br />
107
habilida<strong>de</strong>s e potenciais contidas no indivíduo e um <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> continuar crescendo e<br />
<strong>de</strong>senvolvendo-se como um todo. (BANOV, 2011; WAGNER III; HOLLENBECK,<br />
2004; BERGAMINI, 2010; AGUIAR, 2009; ROBBINS, 2004; MOTTA e<br />
VASCOCELOS, 2006).<br />
O principal fator i<strong>de</strong>ntificado, a Estabilida<strong>de</strong>, é voltado no eixo horizontal para<br />
a passivida<strong>de</strong> e vertical para a abertura, com ênfase nas pessoas. O segundo fator,<br />
a Dominância, no eixo horizontal é voltado para a assertivida<strong>de</strong> e no vertical para o<br />
controle, voltado a metas e a tangibilida<strong>de</strong>.<br />
4.3.2 Perfil Adaptado<br />
Quando é estudado o perfil Adaptado, <strong>de</strong>screve o comportamento que o<br />
gerente está apresentando, consciente ou inconscientemente, as características<br />
utilizadas no ambiente <strong>de</strong> trabalho, como resposta ao que julga ser a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>le.<br />
Foram i<strong>de</strong>ntificadas diferenças significantes a ser analisadas.<br />
Tabela 21 - Perfil profissional/comportamental DISC ETALENT - adaptado<br />
PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL DISC ETALENT - ADAPTADO<br />
FATOR DISC TOTAL %<br />
DOMINÂNCIA 30 42,9%<br />
INFLUÊNCIA 12 17,1%<br />
ESTABILIDADE 7 10,0%<br />
CONFORMIDADE 21 30,0%<br />
TOTAL 70 100,0%<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Houve uma mudança no perfil para a adaptação da função/cargo dos<br />
pesquisados, a concentração maior dos entrevistados passou a ser no Fator <strong>de</strong><br />
Dominância com 42,9% dos pesquisados, seguidos da Conformida<strong>de</strong> com 30,0%<br />
dos gerentes, juntos totalizam 72,9% dos analisados.<br />
Os dois fatores apoiam no eixo vertical do controle. Os gerentes com o fator<br />
<strong>de</strong> dominância maior buscam resultados imediatos que tragam lucrativida<strong>de</strong>,<br />
utilizando do comando e <strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns para obter e alcançar os resultados. Adaptação<br />
necessária à função/cargo <strong>de</strong>sempenhado no setor econômico on<strong>de</strong> exercem seu<br />
trabalho, como já analisado anteriormente, indispensável para o alcance <strong>de</strong><br />
resultados, o que um perfil <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong>, que estruturalmente, a maioria<br />
108
apresentou, é um perfil <strong>de</strong> maior paciência, sensibilida<strong>de</strong> e passivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sta feita,<br />
os gerentes ten<strong>de</strong>m a buscar neste perfil <strong>de</strong> adaptabilida<strong>de</strong>, maior foco, maior<br />
objetivida<strong>de</strong> e assertivida<strong>de</strong>.<br />
Retomando Matos (2008), nenhum dos fatores é melhor ou pior, mas sim<br />
mais a<strong>de</strong>quado a <strong>de</strong>terminadas funções, por isso os gerentes em suas funções,<br />
mudam do estrutural para o adaptado.<br />
4.4 RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL<br />
ESTRUTURAL E ADAPTADO IDENTIFICADO PELO INSTRUMENTO DISC<br />
ETALENT E O MODELO GERENCIAL DE COMPETÊNCIAS QUINN ET AL (2003)<br />
Neste item analisa-se a existência ou não da relação entre o perfil<br />
profissional/comportamental estrutural e adaptado mapeado pelo DISC ETALENT e<br />
o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003) respon<strong>de</strong>ndo o objetivo<br />
geral da pesquisa.<br />
Como <strong>de</strong>talhado ao longo do referencial e na metodologia os dois estudos<br />
apontaram para o pressuposto teórico da existência <strong>de</strong> relação entre o perfil<br />
profissional/comportamental e o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> competências. Assim <strong>de</strong>sejou-<br />
se testar se o perfil i<strong>de</strong>ntificado pelo questionário DISC ETALENT estrutural e<br />
adaptado tem relação com o mo<strong>de</strong>lo gerencial Quinn et al (2003).<br />
A seguir apresentam-se os seguintes resultados:<br />
4.4.1 Relação entre o perfil profissional/comportamental estrutural i<strong>de</strong>ntificado<br />
pelo instrumento DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong><br />
Quinn et al (2003)<br />
Para estabelecer a existência ou não entre os dois mo<strong>de</strong>los, estabeleceram-<br />
se as seguintes hipóteses:<br />
H0: Não existe relação entre o Perfil profissional/comportamental<br />
Estrutural i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong><br />
Quinn et al (2003).<br />
H1: Existe relação entre o Perfil profissional/comportamental Estrutural<br />
i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Quinn et al<br />
(2003).<br />
109
Ao se testar essa hipótese verificou-se que cada perfil<br />
profissional/comportamental com cada Mo<strong>de</strong>lo Gerencial, para que, além <strong>de</strong> se<br />
estabelecer a relação, o nível <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> da relação, fosse possível também<br />
comprovar o pressuposto teórico estabelecido no referencial.<br />
Para o estudo, o teste em interesse teve um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95%<br />
(alfa=5%), logo se tem uma estatística Qui-Quadrado, tabelada <strong>de</strong> ( =3,325).<br />
Abaixo se tem a tabela com as frequências observadas para todos os grupos<br />
formados pelas variáveis em estudo:<br />
Quadro 18 - Frequências observadas e proporções por grupos - perfil estrutural x mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Observou-se que em algumas células a frequência encontrada foi menor que<br />
5, o que sugere a realização do teste Qui-Quadrado com correção <strong>de</strong> Yates.<br />
Para o teste foi estabelecido um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95% (alfa=5%) e com 9<br />
graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, logo se tem uma estatística Qui-Quadrado tabelada <strong>de</strong><br />
( =3,325).<br />
2<br />
tab<br />
Em seguida a Tabela 25 apresenta os resultados do teste: valor Qui-<br />
Quadrado com correlação <strong>de</strong> Yates calculada ( =64, 6536), assim como os graus<br />
<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> (G.L.) e o valor-p do teste.<br />
Comparando os valores <strong>de</strong> Qui-Quadrado, vê-se que:<br />
2<br />
cal<br />
2<br />
tab<br />
2 2<br />
tab cal<br />
110<br />
, assim<br />
recusa-se a Hipótese Nula com 95% <strong>de</strong> confiança, ou seja, existe relação entre o<br />
perfil profissional/comportamental mapeado pelo questionário Estrutural DISC<br />
ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003).
Quadro 19 - Frequências esperadas para as variáveis - Perfil estrutural x Mo<strong>de</strong>lo Gerencial<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Da totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 12 gerentes cujo perfil profissional/comportamental estrutural<br />
encontrado foi o <strong>de</strong> Influência, 8 apresentaram como mais predominante o mo<strong>de</strong>lo<br />
gerencial dos sistemas abertos – SSA-I. O perfil <strong>de</strong> influência como já referenciado<br />
em Matos e Portela (2006) e Matos (2008) possui em seus subfatores: Sociabilida<strong>de</strong><br />
- cujas características são comunicação, empatia e participação; Entusiasmo - com<br />
características <strong>de</strong> otimismo, fluência verbal e senso <strong>de</strong> urgência e Autoconfiança -<br />
cujas características são flexibilida<strong>de</strong>, persuasão e senso <strong>de</strong> urgência.<br />
Quinn et al (2003) no Mo<strong>de</strong>lo Gerencial dos Sistemas Abertos elenca como<br />
competências <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo: convívio com a mudança; pensamento crítico;<br />
gerenciamento da mudança; constituição e manutenção da base <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r;<br />
negociação <strong>de</strong> acordos e compromissos e apresentação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias.<br />
Entre os pesquisados do Perfil <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong>, que totalizaram 13, em sua<br />
maioria, 11, foram i<strong>de</strong>ntificados no Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Processos Internos – PI – C.<br />
O perfil Conforme possui em seus subfatores: Exatidão - entre as características o<br />
perfeccionismo, a autodisciplina e a precisão; a Conectivida<strong>de</strong> - com a lógica, a<br />
reflexão analítica e o bom senso e a Perceptivida<strong>de</strong> - com o distanciamento,<br />
uniformida<strong>de</strong> e planejamento (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />
O Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Processos Internos tem como principais<br />
competências: monitoramento do <strong>de</strong>sempenho individual; gerenciamento <strong>de</strong><br />
processos coletivos; análise <strong>de</strong> informações com pensamento crítico; gerenciamento<br />
<strong>de</strong> projetos, planejamento <strong>de</strong> trabalho e gerenciamento multidisciplinar (QUINN et al,<br />
2003).<br />
Para o Perfil <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong>, o total pesquisado foi <strong>de</strong> 28, on<strong>de</strong> 12<br />
apresentaram predominância no Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Relações Humanas – RH-S.<br />
Matos e Portela (2006); Matos (2008) relacionam para o perfil Estável os seguintes<br />
subfatores e suas características: Paciência – comedimento, saber ouvir e<br />
amabilida<strong>de</strong>; Persistência – autocontrole, responsabilida<strong>de</strong> e organização e<br />
111
Consi<strong>de</strong>ração – formalida<strong>de</strong>, confiança e mo<strong>de</strong>ração. Enquanto as competências<br />
i<strong>de</strong>ntificadas neste mo<strong>de</strong>lo segundo Quinn et al (2003) são: compreensão <strong>de</strong> si<br />
próprio e dos outros; comunicação eficaz; <strong>de</strong>senvolvimento dos colaboradores;<br />
constituição <strong>de</strong> equipes; processo <strong>de</strong>cisório participativo e gerenciamento <strong>de</strong><br />
conflitos.<br />
Para o Perfil <strong>de</strong> Dominância foram totalizados 17 pesquisados, <strong>de</strong>stes 14<br />
tiveram como mo<strong>de</strong>lo gerencial predominante ao Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Metas<br />
Racionais – MR-D. Segundo Matos e Portela (2006) e Matos (2008) o Dominante<br />
tem em seus subfatores e características principais: Determinação – firmeza,<br />
assertivida<strong>de</strong> e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões; In<strong>de</strong>pendência – pioneirismo, mobilida<strong>de</strong> e<br />
gosta <strong>de</strong> assumir riscos e Automotivação – iniciativa, energia e competitivida<strong>de</strong>.<br />
As competências i<strong>de</strong>ntificadas neste mo<strong>de</strong>lo segundo Quinn et al (2003) são:<br />
produtivida<strong>de</strong> do trabalho; fomento <strong>de</strong> um ambiente produtivo; gerenciamento do<br />
tempo e do estresse; planejamento e organização; estabelecimento <strong>de</strong> metas e<br />
objetivos e <strong>de</strong>senvolvimento e comunicação <strong>de</strong> uma visão.<br />
Neste resumo observa-se que as relações existentes entre o perfil<br />
comportamental/profissional e mo<strong>de</strong>lo gerencial i<strong>de</strong>ntificado, e se esta relação<br />
existente é fraca, forte ou mo<strong>de</strong>rada? Para respon<strong>de</strong>r a essa indagação,<br />
estabeleceu-se outra medida estatística <strong>de</strong>scrita a seguir:<br />
4.4.1.1 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong> Pearson (Correlação)<br />
Coeficiente <strong>de</strong> Contingência para o teste: Perfil profissional/comportamental<br />
Estrutural DISC ETALENT x Mo<strong>de</strong>lo Gerencial Quinn et al (2003).<br />
O Perfil profissional/comportamental Estrutural DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo<br />
Gerencial Quinn et al (2003) tem um coeficiente <strong>de</strong> contingência <strong>de</strong> 0,69; ou seja, a<br />
correlação entre o perfil profissional/comportamental estrutural e o mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />
é forte.<br />
112
4.4.2 Relação entre o perfil profissional/comportamental adaptado i<strong>de</strong>ntificado<br />
pelo instrumento DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong><br />
Quinn et al (2003)<br />
Para estabelecer a existência ou não entre os dois mo<strong>de</strong>los, estabeleceram-<br />
se as seguintes hipóteses:<br />
H0: Não existe relação entre o Perfil profissional/comportamental<br />
adaptado i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong><br />
Quinn et al (2003).<br />
H1: Existe relação entre o Perfil profissional/comportamental adaptado<br />
i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Quinn et al<br />
(2003).<br />
Para a pesquisa, o foi estabelecido um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95% (alfa=5%),<br />
logo se tem uma estatística Qui-Quadrado tabelada <strong>de</strong> ( =3,325).<br />
A seguir se tem o quadro 20 com as frequências observadas para todos os<br />
grupos formados pelas variáveis em estudo:<br />
Quadro 20 - Frequências observadas e proporções por grupos variáveis Perfil adaptado x Mo<strong>de</strong>lo<br />
gerencial<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Observa-se que em algumas células a frequência encontrada foi menor que 5,<br />
o que sugere a realização do teste Qui-Quadrado com correção <strong>de</strong> Yates.<br />
O teste em interesse teve um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95% (alfa=5%) e com 9<br />
graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, logo se tem uma estatística Qui-Quadrado tabelada <strong>de</strong><br />
( =3,325).<br />
2<br />
tab<br />
No quadro 21 são apresentados os resultados do teste: valor Qui-Quadrado<br />
com correlação <strong>de</strong> Yates calculada ( = 43, 0378), assim como os graus <strong>de</strong><br />
2<br />
cal<br />
liberda<strong>de</strong> (G.L.) e o valor-p do teste. Comparando os valores <strong>de</strong> Qui-Quadrado, vê-<br />
2<br />
tab<br />
113
se que<br />
, assim recusa-se a Hipótese Nula com 95% <strong>de</strong> confiança, ou seja,<br />
2 2<br />
tab cal<br />
existe relação entre o perfil profissional/comportamental traçado pelo Questionário<br />
Adaptado DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003).<br />
Quadro 21 - Frequências esperadas para as variáveis - Perfil adaptado x Mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />
Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />
Em todos os perfis adaptados ocorreram relações com os mo<strong>de</strong>los gerenciais<br />
<strong>de</strong> predominância como no perfil estrutural, com exceção do perfil<br />
profissional/comportamental <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong>, quando utilizado o perfil estrutural se<br />
relacionou com o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Processos Internos – PI – C.<br />
Sendo assim, são necessárias algumas análises para essa relação:<br />
a) No perfil profissional/comportamental i<strong>de</strong>ntificado dos gerentes já foi<br />
evi<strong>de</strong>nciado uma gran<strong>de</strong> mudança no eixo horizontal, on<strong>de</strong> os gerentes, na<br />
essência (perfil estrutural) foram i<strong>de</strong>ntificados para a flexibilida<strong>de</strong> e no<br />
adaptado inverteram o eixo para o controle. Para uma adaptação ao<br />
cargo/função que exercem;<br />
b) O Perfil <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong> é sustentado pelo mesmo eixo<br />
vertical, o da passivida<strong>de</strong>;<br />
c) O mo<strong>de</strong>lo gerencial PI – C e RH – S também são sustentados verticalmente<br />
no mesmo eixo, voltado para o interno.<br />
Assim, mesmo não tendo a relação direta estabelecida, para este único perfil<br />
e mo<strong>de</strong>lo, existem outras relações conforme analisadas acima.<br />
Após as inferências e as observações sobre as relações existentes entre o<br />
perfil comportamental/profissional e mo<strong>de</strong>lo gerencial i<strong>de</strong>ntificado, cabe a pergunta:<br />
se essa relação existente é fraca, forte ou mo<strong>de</strong>rada? Para respon<strong>de</strong>r a esta<br />
questão, se estabelece outra medida estatística que se segue:<br />
114
4.4.2.1 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong> Pearson (Correlação)<br />
Coeficiente <strong>de</strong> Contingência para o teste: Perfil profissional/comportamental<br />
Estrutural DISC ETALENT x Mo<strong>de</strong>lo Gerencial Quinn et al (2003).<br />
O Perfil profissional/comportamental Adaptado DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo<br />
Gerencial Quinn et al (2003) tem um coeficiente <strong>de</strong> contingência <strong>de</strong> 0,61; ou seja,<br />
mesmo um pouco mais baixa que a correlação entre o Estrutural, a correlação entre<br />
o perfil profissional/comportamental Adaptado e o mo<strong>de</strong>lo gerencial é forte.<br />
4.4.3 Consi<strong>de</strong>rações sobre as relações estabelecidas entre os mo<strong>de</strong>los<br />
Durante o tópico 4.4 e todos os subtópicos <strong>de</strong>sse item respon<strong>de</strong>u-se ao<br />
objetivo geral do trabalho, qual seja: I<strong>de</strong>ntificar a relação existente entre mo<strong>de</strong>lo<br />
gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003) e a elaboração do perfil<br />
profissional/comportamental pelo DISC ETALENT.<br />
Com o estudo i<strong>de</strong>ntificou-se que ficou comprovada que a relação é forte.<br />
Para i<strong>de</strong>ntificar a relação, foram estabelecidas outras relações mais<br />
específicas, inicialmente entre o Perfil profissional/comportamental estrutural pelo<br />
DISC ETALENT com o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gerencial <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003),<br />
on<strong>de</strong> os perfis e os mo<strong>de</strong>los relacionados nos pressupostos teóricos foram<br />
comprovados e a intensida<strong>de</strong> da correlação foi forte com um valor <strong>de</strong> 0,69;<br />
alcançando um valor muito próximo a correlação máxima possível entre as variáveis<br />
que seria <strong>de</strong> 0,87.<br />
No caso da relação entre o Perfil profissional/comportamental adaptado pelo<br />
DISC ETALENT com o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gerencial <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003),<br />
um dos perfis não se relacionou diretamente com o mo<strong>de</strong>lo do pressuposto teórico,<br />
porém mesmo assim a correlação geral encontrada foi forte com o valor <strong>de</strong> 0,61;<br />
também próxima ao valor máximo <strong>de</strong> 0,87.<br />
Segundo Matos e Portela (2006) e Matos (2008) o perfil estrutural <strong>de</strong>screve o<br />
estilo íntimo, o comportamento quando ela está completamente à vonta<strong>de</strong>, ou<br />
quando está sob pressão, pois limita a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação, ten<strong>de</strong> a<br />
permanecer mais constante ao longo do tempo. Assim, é possível que por ser o<br />
perfil interno, o perfil i<strong>de</strong>ntificado sob pressão, a estrutura pessoal sem a adaptação<br />
115
as exigências naturais, relacione-se <strong>de</strong> forma mais intensa com o mo<strong>de</strong>lo gerencial,<br />
já que “naturalmente” seu talento é um, sem adaptação.<br />
Quando estudado na forma do perfil adaptado, para Matos e Portela (2006) e<br />
Matos (2008) as pessoas geralmente não mantém sempre o mesmo<br />
comportamento, elas se adaptam às circunstâncias e às exigências <strong>de</strong> outros ou <strong>de</strong><br />
suas funções. Descreve que o estilo <strong>de</strong> comportamento que a pessoa consi<strong>de</strong>ra<br />
apropriado no momento presente, essa mudança po<strong>de</strong> ocorrer ao longo da vida, por<br />
eventos importantes, para ajustes a novas funções, cargos, novo emprego ou<br />
mudança <strong>de</strong> residência.<br />
Como foi visto no tópico 4.3 os pesquisados apresentaram uma mudança<br />
significativa no perfil adaptado, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser em sua maioria da Estabilida<strong>de</strong> para<br />
a Dominância, <strong>de</strong>sta forma quando foi mensurada a relação ela foi um pouco abaixo<br />
da estabelecida entre o estrutural. Possivelmente por refletir um momento <strong>de</strong><br />
adaptação dos gerentes as suas funções e não a essência <strong>de</strong> seus<br />
comportamentos.<br />
116
5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES<br />
O estudo teve como objetivo principal i<strong>de</strong>ntificar a relação existente entre o<br />
mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003) e a elaboração do perfil<br />
profissional/comportamental pelo DISC ETALENT.<br />
Além <strong>de</strong> todo alicerce referencial dos teóricos, para o alcance <strong>de</strong>sse objetivo<br />
e dos objetivos específicos foram aplicados dois questionários, sendo um já validado<br />
por estudos anteriores e outro um construto elaborado e validado após um teste<br />
piloto.<br />
Na pesquisa, respon<strong>de</strong>ndo ao objetivo específico <strong>de</strong> elaborar o perfil<br />
socio<strong>de</strong>mográfico dos pesquisados, foi encontrado o seguinte perfil: predominante<br />
do gênero feminino; com ida<strong>de</strong> entre 31 e 35 anos; em sua maioria são casadas e<br />
com nível superior completo. São atuantes na área entre 6 e 10 anos e estão no<br />
cargo ou função entre 1 e 5 anos, assim como estão exercendo a função na<br />
empresa neste mesmo período.<br />
Outro objetivo do estudo foi i<strong>de</strong>ntificar o mo<strong>de</strong>lo gerencial baseado nos<br />
estudos <strong>de</strong> Quinn et al (2003). Os resultados classificaram as competências<br />
predominantes, os papeis e mo<strong>de</strong>los. No que se refere às competências, a maior<br />
média encontrada foi fornecer apoio para a construção <strong>de</strong> um ambiente produtivo e o<br />
papel gerencial mais elevado o <strong>de</strong> Produtor, o que após as análises foi i<strong>de</strong>ntificado<br />
como eficiente para o ramo econômico estudado, o <strong>de</strong> gerentes <strong>de</strong> imobiliárias, já<br />
que a função/cargo <strong>de</strong>manda dos ocupantes a promoção constante <strong>de</strong>sse ambiente<br />
produtivo focado em metas e resultados.<br />
Retomando que muitas das equipes que são gerenciadas, vinculam suas<br />
remunerações, única e exclusivamente nos resultados. Quanto ao Mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />
predominante para o grupo estudado, o <strong>de</strong> maior média constatado foi o Mo<strong>de</strong>lo<br />
Gerencial dos Sistemas Abertos, um mo<strong>de</strong>lo voltado à abertura e a<strong>de</strong>quação rápida<br />
as mudanças, já sugerido em alguns trabalhos como sendo um mo<strong>de</strong>lo mais<br />
a<strong>de</strong>quado para os novos tempos, direcionado às novas organizações.<br />
Já para o objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar o perfil profissional/comportamental pelo DISC<br />
ETALENT foi encontrado que em sua maioria, no perfil estrutural, os gerentes têm<br />
um perfil <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong>, associado à pon<strong>de</strong>ração e ao alto nível <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>. A<br />
paciência, simpatia e lealda<strong>de</strong> se manifestam por exercerem com excelência as<br />
funções <strong>de</strong> apoio e por terem profundo interesse nos sentimentos alheios.<br />
117
Quando foram analisados no perfil adaptado, houve uma mudança<br />
significativa, concentrando-se em sua maioria no perfil <strong>de</strong> Dominância, com esse<br />
perfil, os gerentes se tornam mais ativos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e dinâmicos, passando a<br />
efetivar a li<strong>de</strong>rança, além <strong>de</strong> serem mais objetivos, assertivos, orientados a<br />
resultados e estimulados por <strong>de</strong>safios.<br />
O objetivo geral do estudo foi analisado em partes, inicialmente buscado<br />
estabelecer a relação entre o perfil estrutural e o mo<strong>de</strong>lo gerencial, para essa<br />
relação foi i<strong>de</strong>ntificada como uma forte relação on<strong>de</strong> o perfil da dominância teve<br />
relação com o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Metas Racionais; o perfil da influência com o<br />
Mo<strong>de</strong>lo Gerencial dos Sistemas Abertos; o perfil da estabilida<strong>de</strong> com o Mo<strong>de</strong>lo<br />
Gerencial das Relações Humanas e o perfil da conformida<strong>de</strong> com o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
Processos Internos.<br />
No segundo estudo foi estabelecida a relação entre o perfil adaptado e o<br />
mo<strong>de</strong>lo gerencial, para essa análise também foi encontrada uma forte interação,<br />
porém com um valor um pouco mais baixo do que a apresentada com o perfil<br />
estrutural. Todas as relações se mantiveram interagidas, com exceção do Perfil da<br />
Estabilida<strong>de</strong>, que não se relacionou com o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Relações<br />
Humanas e sim, com o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos.<br />
Conclui-se que os objetivos foram alcançados. Como contribuição esse<br />
estudo oferece para os pesquisados e suas organizações, alguns indicadores que<br />
po<strong>de</strong>rão se aplicados às práticas <strong>de</strong> gestão futura das empresas, já que possibilitou<br />
um esboço aprofundado dos perfis e das competências dos seus gestores. Po<strong>de</strong>ndo<br />
ainda, serem utilizadas para o direcionamento <strong>de</strong> treinamentos, capacitações,<br />
<strong>de</strong>senvolvimento e até <strong>de</strong> novas contratações.<br />
Para a aca<strong>de</strong>mia apresenta um novo olhar, uma nova discussão sobre as<br />
competências e o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003), introduzindo um novo<br />
elemento associado, para que juntos possam somar no <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
equipes.<br />
O estabelecimento <strong>de</strong>ssa relação entre o perfil profissional/comportamental<br />
i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn et<br />
al (2003), se apresenta como uma nova ferramenta <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
momento <strong>de</strong> uma contratação ou até mesmo quando aplicado em colaboradores já<br />
efetivados, torna mais fácil e eficiente à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> talentos, habilida<strong>de</strong>s e<br />
competências a<strong>de</strong>quadas para os cargos/funções, evitando rotativida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>missões,<br />
118
afastamentos e elementos motivadores <strong>de</strong> estresse. Ao mesmo tempo em que<br />
possibilita a reformulação da equipe com a<strong>de</strong>quações <strong>de</strong> pessoas a cargos e<br />
funções.<br />
Algumas <strong>de</strong>limitações po<strong>de</strong>m ser apontadas no estudo como: ter sido<br />
aplicado em um único setor econômico, com gerentes da mesma área e por se tratar<br />
<strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso, apesar <strong>de</strong> suas contribuições, dos cuidados e tratamentos<br />
estatísticos escolhidos, não se visualiza a generalização dos resultados.<br />
Sugerem-se a partir <strong>de</strong>sse estudo, novas pesquisas, ampliando os setores<br />
econômicos e as regiões para verificar a eficiência do mo<strong>de</strong>lo para outros públicos.<br />
Outra possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudo é a avaliação através da i<strong>de</strong>ntificação dos<br />
gerentes que não obtiveram relação entre o perfil e o mo<strong>de</strong>lo, po<strong>de</strong>ndo ser realizada<br />
uma intervenção para a<strong>de</strong>quação das competências ao perfil e <strong>de</strong>pois um novo<br />
estudo.<br />
É importante ressaltar que as organizações mo<strong>de</strong>rnas precisam não apenas e<br />
somente acumular conhecimento, mas praticar a educação continuada e focar a<br />
atenção na criação, sobretudo nos valores e na gestão <strong>de</strong> seus talentos.<br />
O trabalho ora realizado apresenta consi<strong>de</strong>rações relevantes que po<strong>de</strong>m ser<br />
incorporadas à pauta <strong>de</strong> estudos futuros e pesquisas mais amplas, vez que o<br />
aspecto humano é um processo contínuo <strong>de</strong> mudança, aprendizagem e evolução,<br />
por isso é imprescindível situá-lo nas áreas <strong>de</strong> Administração e da Psicologia porque<br />
são capazes <strong>de</strong> possibilitar uma visão sempre renovada e atual para novas análises<br />
comportamentais.<br />
119<br />
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao<br />
tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana”.<br />
(Carl Gustav Jung)
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ZARIFIAN, Philippe. Objetivo Competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas,<br />
2001.<br />
126
ANEXOS<br />
127
ANEXO A – Tipos <strong>de</strong> Instrumentos <strong>de</strong> Pesquisa Existentes<br />
1. ACRE – Teste <strong>de</strong> Atenção Concentrada, Rapi<strong>de</strong>z e Exatidão;<br />
2. Atenção Concentrada;<br />
3. Atenção Concentrada 15;<br />
4. Bateria Burocrática VIG;<br />
5. Bateria CEPA;<br />
6. Bateria <strong>de</strong> Funções Mentais para Motoristas – BFM-1;<br />
7. Bateria <strong>de</strong> Funções Mentais para Motoristas – BFM-2;<br />
8. Bateria <strong>de</strong> Funções Mentais para Motoristas – BFM-3;<br />
9. Bateria <strong>de</strong> Testes <strong>de</strong> Aptidão BTAG;<br />
10. Bateria TSP;<br />
11. BBT;<br />
12. Becasse Atitu<strong>de</strong>s Socioemocionais Crianças Pré-escolares;<br />
13. Becasse Maturida<strong>de</strong> Escolar;<br />
14. Ben<strong>de</strong>r Infantil;<br />
15. BPR-5;<br />
16. BTN – Bateria <strong>de</strong> Testes Neuropsicológicos;<br />
17. Coleção Papel <strong>de</strong> Carta;<br />
18. Como Chefiar?;<br />
19. Cornell In<strong>de</strong>x;<br />
20. Cubos <strong>de</strong> Kohs;<br />
21. D2 – Teste <strong>de</strong> Atenção Concentrada;<br />
22. Destreza Digital;<br />
23. Dezesseis PF;<br />
24. Diagnóstico Organizacional;<br />
25. Diagnóstico Tipológico Organizacional – DTO;<br />
26. Dominós D-48;<br />
27. DTVP-2 – Teste Evolutivo <strong>de</strong> Percepção Visual;<br />
28. Escala <strong>de</strong> Avaliação do Comportamento Infantil para Professor;<br />
29. Escala <strong>de</strong> Déficit <strong>de</strong> Atenção Hiperativida<strong>de</strong>;<br />
30. Escala <strong>de</strong> Inteligência Wechsler para Crianças;<br />
31. Escala <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong> para Escolha <strong>Profissional</strong>;<br />
32. Escala <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong> Mental Columbia;<br />
33. Escala <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Comrey;<br />
34. Escala <strong>de</strong> Preconceito <strong>Profissional</strong> – EPP;<br />
35. Escala <strong>de</strong> Sociabilida<strong>de</strong> e Emotivida<strong>de</strong> – ÉSSE;<br />
36. Escala <strong>de</strong> Stress Infantil – ESI;<br />
37. Escala <strong>de</strong> Transtorno <strong>de</strong> Déficit <strong>de</strong> Atenção e Hiperativida<strong>de</strong>;<br />
38. Escala Fatorial <strong>de</strong> Neuroticismo – EFN;<br />
39. Escala Reduzida <strong>de</strong> Autoconceito – ERA;<br />
40. Escore <strong>de</strong> Deteriorização Desenho Pessoa;<br />
41. Figuras Complexas <strong>de</strong> Rey;<br />
42. IAR – Instrumento <strong>de</strong> Avaliação do Repertório Básico para Alfabetização;<br />
128
43. INV;<br />
44. Inventário Multifásico Minnesota <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> – MMPI;<br />
45. Inventário <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> Tempo – ADT;<br />
46. Inventário <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> – IDATE-C;<br />
47. Inventário <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> – IDATE;<br />
48. Inventário <strong>de</strong> Atitu<strong>de</strong>s para o Trabalho – IAT;<br />
49. Inventário <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Sociais;<br />
50. Inventário <strong>de</strong> Interesses Angelini e Thurstone;<br />
51. Inventário <strong>de</strong> Interesses Profissionais;<br />
52. Inventário <strong>de</strong> Sintomas <strong>de</strong> Stress para Adultos <strong>de</strong> Lipp – ISSL;<br />
53. Inventário e Auto-Análise dos Interesses;<br />
54. Inventário <strong>de</strong> Expectativas e Crenças – IECPA;<br />
55. Inventário Fatorial <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong>;<br />
56. Inventário Ilustrado <strong>de</strong> Interesses – GEIST;<br />
57. Inventário S.T.A.X.I.;<br />
58. Ku<strong>de</strong>r Inventário <strong>de</strong> Interesses Vocacional;<br />
59. Li<strong>de</strong>rança e Po<strong>de</strong>r;<br />
60. LIP – Levantamento <strong>de</strong> Interesses Profissionais;<br />
61. Lista <strong>de</strong> Problemas Pessoais para Adolescentes;<br />
62. Lista <strong>de</strong> Problemas Pessoais para Adultos;<br />
63. Mandala <strong>de</strong> Palavras;<br />
64. Matrizes Progressivas Coloridas;<br />
65. Matrizes Progressivas – Escala Avançada;<br />
66. Matrizes Progressivas – Escala Geral;<br />
67. Medida <strong>de</strong> Fluência Verbal – MFV;<br />
68. Memória-R;<br />
69. MM – Teste as Minhas Mãos;<br />
70. MTB – Série Both <strong>de</strong> Testes Manuais;<br />
71. O Desenho da Figura Humana;<br />
72. O Desenvolvimento do Comportamento da Criança no Primeiro Ano;<br />
73. O Teste das Pirâmi<strong>de</strong>s das Cores;<br />
74. O Teste Gestáltico Ben<strong>de</strong>r para Crianças;<br />
75. Panorama <strong>de</strong> Atitu<strong>de</strong>s dos Pais – PAP;<br />
76. Programação <strong>de</strong> Hábitos e Desempenhos – PHD;<br />
77. Prova <strong>de</strong> Nível Mental;<br />
78. Psicônica Programador Previsor <strong>de</strong> Desempenho;<br />
79. QUATI – Questionário Avaliação Tipológica;<br />
80. Questionário Confi<strong>de</strong>ncial;<br />
81. Questionário <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> Dadahie;<br />
82. Questionário Desi<strong>de</strong>rativo;<br />
83. Questionário do Adolescente R-4;<br />
84. Questionário Íntimo;<br />
85. Questionário Saú<strong>de</strong> Geral Goldberg – QSG;<br />
86. QVI – Questionário Vocacional Interesses;<br />
129
87. R-6 Avaliação <strong>de</strong> Chefia;<br />
88. Reprodução <strong>de</strong> Figuras;<br />
89. Sondagem <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>;<br />
90. Suplemento para o Teste <strong>de</strong> Apercepção Infantil CAT-S;<br />
91. “I”AA – Teste <strong>de</strong> Aptidão Acadêmica;<br />
92. Teste Barcelona;<br />
93. Teste Caracterológico;<br />
94. Teste Coletivo Inteligência Adultos – CIA;<br />
95. Teste <strong>de</strong> Compreensão Técnico-Mecânica;<br />
96. Teste D-70;<br />
97. Teste das Cores;<br />
98. Teste das Dinâmicas Profissionais – TDP;<br />
99. Teste das Fábulas;<br />
100. Teste das Pirâmi<strong>de</strong>s Coloridas;<br />
101. Teste <strong>de</strong> Agradabilida<strong>de</strong> Básica;<br />
102. Teste <strong>de</strong> Apercepção Infantil CAT-A;<br />
103. Teste <strong>de</strong> Apercepção Infantil CAT-H<br />
104. Teste <strong>de</strong> Apercepção para Idosos<br />
A) Instrumentos <strong>de</strong> Inteligência<br />
1. Escala <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong> Mental. Columbia (Irving Lorge, Lucile Blue, Bessie<br />
Burgemeister, Casa do Psicólogo, 1993).<br />
2. Escala Wechsler <strong>de</strong> Avaliação da Inteligência para Crianças. WISC (David<br />
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3. O Desenho da Figura Humana. DFH (Solange Muglia Wechsler, Livro Pleno,<br />
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4. D-70 (Editions du Centre <strong>de</strong> Psychologie Appliqueé, Casa do Psicólogo, 1988).<br />
5. D-48 (Pierre Pichot, CEPA, sem data).<br />
6. Teste Barcelona (Técnicos do ISOP, CEPA, sem data).<br />
7. Teste <strong>de</strong> Matrizes Progressivas. Escala geral (J. Raven, CEPA, 1977).<br />
8. Teste <strong>de</strong> Matrizes Progressivas. Escalas avançada (J. Raven, CEPA, sem data).<br />
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10. Teste <strong>de</strong> Inteligência Não-verbal – G-38 (Efraim, Rojas Boccalandro, Vetor,<br />
1979).<br />
11. Teste Coletivo <strong>de</strong> Inteligência para Adultos. CIA forma I (David Wechsler,<br />
CEPA, sem data).<br />
12. Teste Não-verbal <strong>de</strong> inteligência – G36 (Efraim Rojas Boccalandro, Vetor, 1966).<br />
13. Prova <strong>de</strong> Nível Mental (Jacyr <strong>Maia</strong>, CEPA, sem data).<br />
14. Teste Equicultural <strong>de</strong> Inteligência escalas 2 e 3 (R. B. Cattell, A. K. S. Cattell,<br />
CEPA, sem data).<br />
15. Teste Não-verbal <strong>de</strong> Inteligência – R1 (Rynaldo <strong>de</strong> Oliveira, Vetor, sem data).<br />
16. Teste <strong>de</strong> Inteligência Não Verbal. INV (Pierre Weil, Eva Nick, CEPA, sem data).<br />
130
17. Teste dos Relógios (Fábio <strong>de</strong> Vasconcellos Souza, Suzy Vijan<strong>de</strong> Cambrais,<br />
Vetor, sem data).<br />
18. Teste <strong>de</strong> Capacida<strong>de</strong>s Intelectuais (Carlos Del Nero, Vetor, 1982).<br />
19. Teste <strong>de</strong> Sondagem Intelectual (J. A. Cunha, M. J. B. Moraes, N. S. R. Rocha, L.<br />
Werba, R. Valle, J. E. B.Moraes, J. C. Salermo, L. Costa, CEPA, sem data).<br />
20. Teste Verbal <strong>de</strong> Inteligência – V-47 (Efraim Rojas Boccalandro, Vetor, 1978 )<br />
21. Cubos <strong>de</strong> Kohs (CEPA, sem data).<br />
22. Bateria <strong>de</strong> provas <strong>de</strong> Raciocínio. BPR-5 (R. Primi, Leandro S. Almeida, Casa do<br />
Psicólogo, 1998).<br />
B) Instrumentos <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong><br />
1. Cornell In<strong>de</strong>x (Wei<strong>de</strong>r, Wolf, Brodman, Mittelman e Wechsler, CEPA, sem data).<br />
2. 16 PF - 5ª edição (Cattell, Cattell e Cattell, CEPA, 1999).<br />
3. Escala <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Comrey (Comrey, Vetor, 1997).<br />
4. Inventário Fatorial <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong>- IFP (Edwards, Casa do Psicólogo, 1997).<br />
5. Inventário Multifásico Minesota <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong>- MMPI (Hathaway e<br />
McKinley, CEPA, sem data).<br />
6. Pirâmi<strong>de</strong>s Coloridas <strong>de</strong> Pfister (Heiss e Hiltmann, CEPA, 1976).<br />
7. Psicodiagnóstico Miocinético- PMK (Mira y López, Vetor, 1987).<br />
8. Questionário <strong>de</strong> Avaliação Tipológica. QUATI (Zacharias, Vetor, 1994).<br />
9. Questionário <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> Dadahie (Andra<strong>de</strong>, Moraes e Wen<strong>de</strong>l, CEPA, sem<br />
data).<br />
10. Teste <strong>de</strong> Rorschach (Rorschach, Manole, 1997).<br />
11. Teste Caracterológico- TCO (Minicucci, Vetor, 1996).<br />
12. Testes das Cores (Braga, CEPA, 1978).<br />
13. Teste das Fábulas (Düss, CETEPP, 1993).<br />
14. Teste das Pirâmi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cores (Heiss e Hal<strong>de</strong>r, Vetor, 1971).<br />
15. Teste <strong>de</strong> Apercepção Infantil-CAT A (Bellak e Bellak, Mestre Jou, 1981).<br />
16. Teste <strong>de</strong> Apercepção Infantil-CAT H (Bellak e Bellak, Psy, 1992).<br />
17. Teste <strong>de</strong> Apercepção para idosos- SAT (Bellak e Bellak, Psy, 1992).<br />
18. Teste <strong>de</strong> Apercepção Temática- TAT (Murray, Mestre Jou, 1973).<br />
19. Teste Palográfico (Milá, Vetor, 1976).<br />
20. Teste Projetivo Ômega- TPO (Villas Boas Filho, CEPA, 1967).<br />
21. Teste <strong>de</strong> Wartegg (Wartegg, Casa do Psicólogo, 1993).<br />
131
ANEXO B<br />
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
ANEXO C<br />
142
ANEXO D<br />
143
144
145
APÊNDICES<br />
146
APÊNDICE A - Analisando as Competências Gerenciais (Mo<strong>de</strong>lo QUINN at al<br />
elaborado pela autora)<br />
Em relação ao perfil sócio <strong>de</strong>mográfico, responda as questões que se seguem:<br />
Gênero *<br />
Feminino<br />
Masculino<br />
Faixa Etária *<br />
até 25 anos<br />
<strong>de</strong> 26 a 30 anos<br />
<strong>de</strong> 31 a 35 anos<br />
<strong>de</strong> 36 a 40 anos<br />
<strong>de</strong> 41 a 45 anos<br />
<strong>de</strong> 46 a 50 anos<br />
mais <strong>de</strong> 50 anos<br />
Estado Civil *<br />
Solteiro<br />
Casado<br />
Desquitado/divorciado/separado<br />
Viúvo<br />
União estável<br />
Outro<br />
Escolarida<strong>de</strong> *<br />
Ensino médio incompleto<br />
Ensino médio completo<br />
Ensino superior incompleto<br />
Ensino superior completo<br />
Pós graduação incompleta<br />
Pós graduação completa<br />
Cargo/Função *<br />
147
Tempo <strong>de</strong> atuação na área *<br />
Menos <strong>de</strong> um ano<br />
<strong>de</strong> 1 a 5 anos<br />
<strong>de</strong> 6 a 10 anos<br />
<strong>de</strong> 11 a 15 anos<br />
<strong>de</strong> 15 a 20 anos<br />
mais <strong>de</strong> 20 anos<br />
Tempo <strong>de</strong> atuação no cargo *<br />
Menos <strong>de</strong> um ano<br />
<strong>de</strong> 1 a 5 anos<br />
<strong>de</strong> 6 a 10 anos<br />
<strong>de</strong> 11 a 15 anos<br />
<strong>de</strong> 15 a 20 anos<br />
mais <strong>de</strong> 20 anos<br />
Tempo <strong>de</strong> atuação na empresa *<br />
Menos <strong>de</strong> um ano<br />
<strong>de</strong> 1 a 5 anos<br />
<strong>de</strong> 6 a 10 anos<br />
<strong>de</strong> 11 a 15 anos<br />
<strong>de</strong> 15 a 20 anos<br />
mais <strong>de</strong> 20 anos<br />
Em relação às Competências Gerenciais, responda as questões que se seguem:<br />
01 - Compreensão <strong>de</strong> si e dos outros em situações vivenciadas no trabalho (você é capaz<br />
<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r você mesmo e as outras pessoas?) *Utilize a escala <strong>de</strong> 1 a 7 ( sendo 1<br />
para nunca e 7 para sempre)<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
148
02 - Acompanha o <strong>de</strong>senvolvimento individual dos membros da equipe através do<br />
monitoramento? *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
03 - Sou capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e comunicar a visão (os objetivos, metas, missão) da<br />
empresa <strong>de</strong> forma clara. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
04 - Construo e mantenho o po<strong>de</strong>r através da <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e, dando<br />
oportunida<strong>de</strong>s para os colaboradores que se <strong>de</strong>stacam. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
05 -Você possui a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se comunicar eficazmente nas situações vivenciadas no<br />
trabalho? *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
06 - Possui capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciar o <strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s e trabalhos coletivos? *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
07 - Estabeleço metas e objetivos para minha equipe. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
149
08 - Negocio acordos e compromissos com a equipe, observando a satisfação das<br />
necessida<strong>de</strong>s. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
09 - Estimula o <strong>de</strong>sempenho da equipe? *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
10 - Analiso as informações com pensamento crítico - possuo senso crítico. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
11 - Planejo e organizo as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> minha equipe. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
12 - Apresento minhas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> forma clara, percebendo e acompanhando a compreensão<br />
das mesmas. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
13 - Estimula o crescimento da equipe, trabalhando o comprometimento e compartilhamento<br />
dos dados e informações? *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
150
14 - Gerencio projetos ( realizando planejamento e monitoramento) compreen<strong>de</strong>ndo o<br />
impacto para as pessoas e para a organização. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
15 - Estimulo a produtivida<strong>de</strong> no trabalho. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
16 - Apresento a equipe como conviver com as mudanças, e trabalho essas mudanças <strong>de</strong><br />
forma positiva. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
17 - As <strong>de</strong>cisões são tomadas com participação dos membros da equipe? *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
18 - Planejo o trabalho a ser realizado <strong>de</strong> forma clara e objetiva. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
19 - Forneço apoio para a construção <strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> trabalho produtivo. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
20 - Gerencio <strong>de</strong> forma saudável as mudanças que ocorrem. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
151
21 - Gerencia da melhor forma os conflitos existentes entres os membros da equipe? *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
22 - Tenho consciência <strong>de</strong> que as <strong>de</strong>cisões que tomo, interferem nos outros setores ou<br />
<strong>de</strong>partamentos da empresa. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
23 -Gerencio o estresse e o tempo da equipe através da otimização, observação e<br />
orientações. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
24 - Possuo pensamento criativo. *<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
Des<strong>de</strong> já muito obrigada por respon<strong>de</strong>r o questionário! Para o retorno pessoal do resultado<br />
encontrado na pesquisa, é necessário <strong>de</strong>ixar nome, email e telefone. Seu anonimato será<br />
preservado no resultado geral da pesquisa. *<br />
152