Dissertação de Patrícia Alburqueque Maia - Mestrado Profissional ...

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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO-PPGA MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO PATRÍCIA DE ALBUQUERQUE MAIA RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL E COMPETÊNCIAS GERENCIAIS Natal-RN 2012

UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP<br />

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO<br />

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO-PPGA<br />

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO<br />

PATRÍCIA DE ALBUQUERQUE MAIA<br />

RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL<br />

E COMPETÊNCIAS GERENCIAIS<br />

Natal-RN<br />

2012


PATRÍCIA DE ALBUQUERQUE MAIA<br />

RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL E<br />

COMPETÊNCIAS GERENCIAIS<br />

<strong>Dissertação</strong> apresentada ao Programa <strong>de</strong> Pós-<br />

Graduação em Administração da Universida<strong>de</strong><br />

Potiguar – UnP, como requisito necessário para a<br />

obtenção do título <strong>de</strong> Mestre em Administração da<br />

Universida<strong>de</strong> Potiguar – Laureate International<br />

Universities.<br />

Orientadora: Profª Dra. <strong>Patrícia</strong> Whebber Souza <strong>de</strong><br />

Oliveira.<br />

Co-Orientador: Prof. Dr.Rodrigo José Guerra<br />

Leone.<br />

Natal-RN<br />

2012


M217r <strong>Maia</strong>, <strong>Patrícia</strong> <strong>de</strong> Albuquerque.<br />

Relação entre o perfil profissional/comportamental e<br />

competências gerenciais / <strong>Patrícia</strong> <strong>de</strong> Albuquerque <strong>Maia</strong>. – Natal,<br />

2012.<br />

152 f.<br />

<strong>Dissertação</strong> (<strong>Mestrado</strong> em Administração). – Universida<strong>de</strong><br />

Potiguar. Pró - Reitoria Acadêmica.<br />

Referências: f. 119-125.<br />

1. Administração – <strong>Dissertação</strong>. 2. Competências Gerenciais.<br />

3. Mo<strong>de</strong>los Gerenciais. 4. Comportamento. 5. DISC ETALENT. I.<br />

Título.<br />

RN/UnP/BSFP CDU: 658(043.3)


PATRÍCIA DE ALBUQUERQUE MAIA<br />

RELAÇÃO ENTRE PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL E<br />

COMPETÊNCIAS GERENCIAIS<br />

Data da aprovação: ______/______/_______.<br />

<strong>Dissertação</strong> apresentada ao Programa <strong>de</strong> Pós-<br />

Graduação em Administração da Universida<strong>de</strong><br />

Potiguar – UnP, como requisito necessário para a<br />

obtenção do título <strong>de</strong> Mestre em Administração da<br />

Universida<strong>de</strong> Potiguar – Laureate International<br />

Universities.<br />

BANCA EXAMINADORA<br />

______________________________________________<br />

Profª <strong>Patrícia</strong> Whebber Souza <strong>de</strong> Oliveira, Dra.<br />

Orientadora<br />

Universida<strong>de</strong> Potiguar - UnP<br />

______________________________________________<br />

Prof. Rodrigo José Guerra Leone, Dr.<br />

Co-Orientador<br />

Universida<strong>de</strong> Potiguar – UnP<br />

______________________________________________<br />

Profª Fernanda Fernan<strong>de</strong>s Gurgel, Dra.<br />

Membro Examinador Interno<br />

Universida<strong>de</strong> Potiguar - UnP<br />

______________________________________________<br />

Profª Maria Valéria Pereira <strong>de</strong> Araújo, Dra.<br />

Membro Examinador Externo<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte - UFRN


DEDICATÓRIA<br />

Aos meus amores, palavras chave na minha vida:<br />

Nelson <strong>Maia</strong> (in memoriam) amado pai<br />

Maria Elisa, mãe, fonte maior <strong>de</strong> inspiração<br />

Gabriel Lucas e Rodolfo, adorados filhos<br />

Henrique, alma gêmea<br />

Andréa e Nelson, irmãos e companheiros<br />

Guilherme e Mateus, filhos do coração<br />

Vinícius, admirado sobrinho<br />

Família, abstract da vida


AGRADECIMENTOS<br />

A DEUS,<br />

Pelo dom da vida, pelo simples respirar, por po<strong>de</strong>r apren<strong>de</strong>r cada dia algo novo, por<br />

me dar força e coragem, quando as incertezas fizeram parte da caminhada, por me<br />

fazer acreditar como Paulo que disse: tudo posso Naquele que me fortalece.<br />

A FAMÍLIA,<br />

Apesar <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicar todo esse trabalho a vocês, agra<strong>de</strong>ço o apoio incondicional, a<br />

compreensão das ausências, os abraços nas horas <strong>de</strong> angústias, o silêncio nas<br />

horas que foram necessários à minha concentração, os fins <strong>de</strong> semana sem a mãe,<br />

mulher e companheira. Sem vocês eu não teria conseguido.<br />

A PATRICIA WHEBBER DE OLIVEIRA,<br />

Minha orientadora, professora e amiga pela sábia condução do processo, pelo<br />

aprendizado, pela construção e edificação <strong>de</strong> novas competências, mas<br />

principalmente pelo apoio incondicional em um momento <strong>de</strong> tantas perdas pessoais,<br />

on<strong>de</strong> ela encontrou suas próprias fortalezas para fortalecer minhas metas, a você<br />

meu reconhecimento.<br />

A FERNANDA FERNANDES GURGEL<br />

Cara professora, pelas contribuições e apoio incondicional na elaboração <strong>de</strong>ste<br />

trabalho, principalmente pelos conselhos nas horas difíceis, on<strong>de</strong> o caminho parecia<br />

não ter saída. Um gran<strong>de</strong> exemplo.<br />

A UNIVERSIDADE POTIGUAR<br />

Por oportunizar o <strong>Mestrado</strong> <strong>Profissional</strong> em Administração, na competência <strong>de</strong> sua<br />

Coor<strong>de</strong>nação Profª Tereza <strong>de</strong> Souza, pelo constante apoio, ao corpo docente, por<br />

compartilhar o conhecimento e construir saberes, sempre prontos a apoiar e


incentivar <strong>de</strong> forma a transformar-nos em profissionais mais completos. Profºs<br />

Rodrigo Leone, Lydia Pinto e Nilda Leone.<br />

Sempre nos dando apoio nos bastidores, confi<strong>de</strong>nte e apoiadora, a assistente Glícia<br />

Xavier, sempre doce, acalmava-nos nos momentos <strong>de</strong> maior estresse e todos que<br />

direta ou indiretamente participam para que possamos, hoje, finalizarmos o objetivo<br />

inicial a que nos propusemos.<br />

AOS AMIGOS<br />

Pessoais e virtuais, pela torcida, pelas palavras <strong>de</strong> carinho, pelas “curtidas”,<br />

principalmente pelo incentivo. Em especial a minha amiga e eterna Professora Maria<br />

Deusa <strong>de</strong> Souza, há 40 anos<br />

que lê meus rabiscos e atualmente leu infinitas vezes meus trabalhos, do esqueleto<br />

do projeto inicial até a <strong>Dissertação</strong>, sempre acompanhando meus passos, <strong>de</strong> uma<br />

menininha apren<strong>de</strong>ndo a ler, a uma futura Mestra.<br />

A Anielson Barbosa da Silva pelo ser humano especial que é, mas principalmente<br />

por ter me apresentado pela primeira vez ao tema que norteou minha carreira: As<br />

pessoas e suas competências.<br />

AOS COLEGAS DE TURMA<br />

Aos colegas da “turma F” do <strong>Mestrado</strong> <strong>Profissional</strong> em Administração da UnP,<br />

caminhamos juntos e separados, construímos, edificamos: trabalhos, conhecimento<br />

e amiza<strong>de</strong>s, em especial da linha <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong> Gestão Estratégica <strong>de</strong> Pessoas<br />

todos ao seu tempo cumprirão os objetivos, levaremos além do aprendizado, o<br />

carinho das relações, Ary, A<strong>de</strong>lmo, Alex, Adaías, Aurinei<strong>de</strong>, Ananery, Claúdio,<br />

Gleice, Fábio, Gracinha, Mateus, Samara, especialmente Regina Maciel e Vanessa<br />

Carvalho, pelos cafés, pelas lágrimas, pelo companheirismo, pelas trocas - essas<br />

relações levaremos por toda vida.


A ETALENT<br />

A todos que fazem a ETALENT em particular a Jorge Matos e Shana<br />

Wajntraub pelo suporte, treinamento, imersão, <strong>de</strong>dicação e, sobretudo por acreditar<br />

que era possível.<br />

AS EMPRESAS E GERENTES<br />

A todas as empresas e seus gerentes por participarem, facilitarem o acesso e confiar<br />

na união da prática e da ciência.<br />

A Ed Lorega por todo acolhimento, paciência e indicações.<br />

AS CONTRIBUIÇÕES<br />

A todos que contribuíram <strong>de</strong> forma direta ou indiretamente para que a realização<br />

<strong>de</strong>ste trabalho e não foi citado nominalmente, mesmo assim, cada contribuição foi<br />

imprescindível para finalização com sucesso do trabalho.<br />

Sem cada um na minha vida, não teria sido possível, pois cada peça que compõe o<br />

universo tem seu propósito.


Queremos ter certezas e não dúvidas, resultados e não<br />

experiências, mas nem mesmo percebemos que as<br />

certezas só po<strong>de</strong>m surgir através das dúvidas e os<br />

resultados somente através das experiências.<br />

(Carl Gustav Jung)


RESUMO<br />

As exigências do mercado e os <strong>de</strong>safios da contemporaneida<strong>de</strong> por estruturas,<br />

ferramentas e processos gerenciais a<strong>de</strong>quadas a proporcionar às organizações um<br />

diferencial competitivo frente às <strong>de</strong>mais empresas, tem sido uma das buscas <strong>de</strong><br />

posicionamento estratégico no mundo globalizado. Reconhecer que muito do<br />

diferencial das organizações perpassa pelo capital humano, traduz a importância da<br />

função gerencial, suas capacida<strong>de</strong>s, competências e comportamentos específicos<br />

para o <strong>de</strong>sempenho eficaz <strong>de</strong>ssa função. A pesquisa teve como objetivo principal<br />

I<strong>de</strong>ntificar a relação existente entre o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003) e a<br />

elaboração do perfil profissional/comportamental pelo DISC ETALENT. Sendo<br />

realizada uma elaboração do perfil socio<strong>de</strong>mográfico dos 70 gerentes pesquisados,<br />

uma análise do perfil profissional/comportamental – estrutural e adaptado –<br />

i<strong>de</strong>ntificado pela ferramenta DISC ETALENT e a i<strong>de</strong>ntificação dos mo<strong>de</strong>los<br />

gerenciais <strong>de</strong> competências baseados em Quinn. O estudo realizado como sendo<br />

uma pesquisa <strong>de</strong> campo, <strong>de</strong>scritiva, <strong>de</strong> caráter exploratório e com abordagem<br />

quantitativa, através da aplicação <strong>de</strong> dois questionários. Os gerentes <strong>de</strong> imobiliárias<br />

<strong>de</strong> Natal em sua maioria são do gênero feminino; com ida<strong>de</strong> entre 31 e 35 anos; são<br />

casadas e com nível superior completo. São atuantes na área entre 6 e 10 anos e<br />

estão no cargo ou função entre 1 e 5 anos, assim como exercem a função na<br />

empresa neste mesmo período. No que se refere às competências, a maior média<br />

encontrada foi “fornecer apoio para a construção <strong>de</strong> um ambiente produtivo”, e o<br />

papel gerencial mais elevado o <strong>de</strong> Produtor. Quanto ao Mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />

predominante foi o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial dos Sistemas Abertos. O perfil<br />

profissional/comportamental estrutural DISC ETALENT predominante consistiu na<br />

Estabilida<strong>de</strong>, para o adaptado o da Dominância. Ficou i<strong>de</strong>ntificada uma forte relação<br />

entre o Perfil da Dominância com o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Metas Racionais; o Perfil<br />

da Influencia com o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial dos Sistemas Abertos; o Perfil da Estabilida<strong>de</strong><br />

com o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Relações Humanas e O Perfil da Conformida<strong>de</strong> com o<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos. O estabelecimento <strong>de</strong>ssa relação apresenta-se como<br />

uma nova ferramenta <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoas, introduzindo um novo elemento<br />

associado, para que juntos possam somar no <strong>de</strong>senvolvimento das equipes.<br />

Palavras-chave: Competências Gerenciais. Mo<strong>de</strong>los Gerenciais. Comportamento.<br />

DISC ETALENT.


ABSTRACT<br />

In or<strong>de</strong>r to achieve a competitive differential organizations are currently aware of<br />

<strong>de</strong>mands and challenges regarding issues such as better structures, tools for existing<br />

managerial processes. These <strong>de</strong>mands have enabled strategic positioning in a<br />

globalized world. It is seen that the differential lies on the human capital and its<br />

importance for managerial <strong>de</strong>cisions, relying on their capabilities, competences and<br />

specific behavior a<strong>de</strong>quate for human performance in specific functions. This<br />

research aims to i<strong>de</strong>ntify the relationship between the Quinn et al (2003) managerial<br />

mo<strong>de</strong>l and the elaboration of a professional/behavior profile according to DISC<br />

ETALENT. Thus a social-<strong>de</strong>mographic profile was ma<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ring 70 managers as<br />

well as a professional/behavior profile i<strong>de</strong>ntified by the DISC ETALENT tool and<br />

competence based managerial Quinn mo<strong>de</strong>ls. The study was an exploratory<br />

<strong>de</strong>scriptive field research and had a quantitative approach with the use of two<br />

questionnaires. The real estate managers in Natal aging 31 to 35 are married and<br />

graduated. They have 6 to 10 years work experience and have been working in the<br />

same company sector for 1 to 5 years. Regarding the necessary competence the<br />

most indicated was to “provi<strong>de</strong> support for the construction of a productive<br />

environment” and the most important role was of the Producer. The predominant<br />

managerial mo<strong>de</strong>l was The Open System Managerial Mo<strong>de</strong>l. The structural<br />

professional/behavior profile predominant in DISC ETALENT was Stability that was<br />

adapted to Dominance. A strong relation was set between the Dominance Profile and<br />

Rational Target Managerial Mo<strong>de</strong>l; the Influence Profile and Open System<br />

Managerial Mo<strong>de</strong>l; The stability Profile and the Human Relations Managerial Mo<strong>de</strong>l;<br />

The Accordance Profile and the Internal Process Mo<strong>de</strong>l. The establishment of these<br />

relations presents itself as a new tool for Personnel Management and introduces new<br />

mo<strong>de</strong>ls making team management possible.<br />

Keywords: Managerial Competences. Managerial Mo<strong>de</strong>ls. Behavior. DISC<br />

ETALENT.


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................17<br />

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .............................................................................18<br />

1.2 PROBLEMA E QUESTÕES DA PESQUISA .............................................20<br />

1.3 OBJETIVOS ...............................................................................................22<br />

1.3.1 Geral ..........................................................................................................22<br />

1.3.2 Específicos ...............................................................................................23<br />

1.4 JUSTIFICATIVA .........................................................................................23<br />

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................25<br />

2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................27<br />

2.1 COMPETÊNCIAS ......................................................................................27<br />

2.1.1 Evolução dos estudos sobre competências – Estudos e <strong>de</strong>finições ..27<br />

2.2 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS ...............................................................29<br />

2.2.1 Função gerencial .....................................................................................30<br />

2.2.2 O mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> competências Quinn .......................................33<br />

2.3 O COMPORTAMENTO HUMANO.............................................................42<br />

2.3.1 O comportamento humano estudado por tipologia: um resgate<br />

histórico ....................................................................................................42<br />

2.3.1.1 Da tipologia junguiana às tipologias contemporâneas adaptadas .............43<br />

2.4 AVALIANDO PERFIS PROFISSIONAIS E COMPORTAMENTAIS ...........46<br />

2.4.1 A metodologia DISC e a ferramenta ETALENT .....................................46<br />

2.4.1.1 Dominância ................................................................................................46<br />

2.4.1.2 Influência ...................................................................................................47<br />

2.4.1.3 Estabilida<strong>de</strong> ...............................................................................................48<br />

2.4.1.4 Conformida<strong>de</strong> ............................................................................................49<br />

2.4.2 Perfis Gerados .........................................................................................52<br />

2.4.2.1 Perfil Estrutural ..........................................................................................52<br />

2.4.2.2 Perfil Adaptado ..........................................................................................52<br />

2.4.2.3 Perfil Resultante ........................................................................................53<br />

2.4.2.4 Perfil <strong>de</strong> Mudança ......................................................................................53<br />

2.4.3 Outras análises ........................................................................................54<br />

2.4.3.1 Resumo do comportamento .......................................................................54<br />

2.4.3.2 Características que se <strong>de</strong>stacam ...............................................................54


2.4.3.3 Características que não se <strong>de</strong>stacam ........................................................55<br />

2.4.3.4 Como se motiva .........................................................................................55<br />

2.4.3.5 Como se comunica ....................................................................................58<br />

2.4.3.6 Como toma <strong>de</strong>cisão ...................................................................................59<br />

2.4.3.7 Como planeja e organiza ...........................................................................60<br />

2.4.3.8 Como gerencia outras pessoas .................................................................61<br />

2.4.3.9 Como gostaria <strong>de</strong> ser gerenciado ..............................................................61<br />

2.4.3.10 O seu Talento ...........................................................................................61<br />

2.4.3.11 Do<strong>de</strong>caedro <strong>de</strong> Competências Pessoais ..................................................67<br />

2.5 RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL DISC<br />

ETALENT E O MODELO GERENCIAL DAS COMPETÊNCIAS DE QUINN<br />

ET AL (2003)..............................................................................................69<br />

2.6 ESTUDOS RELEVANTES SOBRE A TEMÁTICA .....................................72<br />

3 METODOLOGIA ........................................................................................77<br />

3.1 TIPO DE PESQUISA .................................................................................77<br />

3.2 UNIVERSO/AMOSTRA DA PESQUISA ....................................................78<br />

3.3 VARIÁVEIS ANÁLITICAS (OU DE ESTUDO) ...........................................80<br />

3.4 COLETA DE DADOS .................................................................................80<br />

3.4.1 Teste piloto ...............................................................................................81<br />

3.4.2 Instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados .............................................................83<br />

3.5 TRATAMENTO DOS DADOS ....................................................................84<br />

3.5.1 Teste <strong>de</strong> hipótese Qui-Quadrado ............................................................86<br />

3.5.2 Como calcular a estatística Qui-Quadrado ............................................86<br />

3.5.3 Hipóteses testadas ..................................................................................87<br />

3.5.4 Correção <strong>de</strong> Yates (ou correção <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>) ...............................87<br />

3.5.5 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência. ..................................................................88<br />

3.5.6 Teste ANOVA <strong>de</strong> Friedman .....................................................................89<br />

3.5.7 Resumo <strong>de</strong> mensuração dos construtos ...............................................89<br />

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................91<br />

4.1 CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO<br />

DOS GERENTES ......................................................................................91<br />

4.2 PERFIL DO MODELO GERENCIAL BASEADO EM QUINN ET AL<br />

(2003) ........................................................................................................95<br />

4.2.1 Mo<strong>de</strong>lo das Relações Humanas ............................................................100


4.2.2 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos ...............................................................101<br />

4.2.3 Mo<strong>de</strong>lo das Metas Racionais .................................................................101<br />

4.2.4 Mo<strong>de</strong>lo dos Sistemas Abertos ................................................................102<br />

4.3 O PERFIL PROFISSIONAL / COMPORTAMENTAL ESTRUTURAL E<br />

ADAPTADO - PELO INSTRUMENTO DISC ETALENT DOS<br />

GERENTES ...............................................................................................104<br />

4.3.1 Perfil Estrutural ........................................................................................104<br />

4.3.2 Perfil Adaptado ........................................................................................107<br />

4.4 RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL<br />

ESTRUTURAL E ADAPTADO IDENTIFICADO PELO INSTRUMENTO<br />

DISC ETALENT E O MODELO GERENCIAL DE COMPETÊNCIAS QUINN<br />

ET AL (2003) ........................................................................................... 108<br />

4.4.1 Relação entre o perfil profissional/comportamental estrutural<br />

i<strong>de</strong>ntificado pelo instrumento DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong><br />

Competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003) .................................................... 108<br />

4.4.1.1 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong> Pearson (Correlação) ............................ 111<br />

4.4.2 Relação entre o perfil profissional/comportamental adaptado<br />

i<strong>de</strong>ntificado pelo instrumento DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong><br />

Competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003) .................................................... 112<br />

4.4.2.1 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong> Pearson (Correlação) ............................ 114<br />

4.4.3 Consi<strong>de</strong>rações sobre as relações estabelecidas entre os mo<strong>de</strong>los . 114<br />

5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .................................................... 116<br />

REFERÊNCIAS ....................................................................................... 119<br />

ANEXOS .................................................................................................. 126<br />

APÊNDICES ............................................................................................ 145


LISTA DE QUADROS<br />

Quadro 1 - Conceitos <strong>de</strong> Competências ................................................................... 29<br />

Quadro 2 – As competências <strong>de</strong> Boyatizis ................................................................ 31<br />

Quadro 3 – Os papéis gerenciais <strong>de</strong> Mintzberg ........................................................ 33<br />

Quadro 4 - Características dos quatro mo<strong>de</strong>los gerenciais ....................................... 34<br />

Quadro 5 - Características básicas <strong>de</strong> acordo com o sistema <strong>de</strong> Jung ..................... 45<br />

Quadro 6 - Resumo das tipologias ............................................................................ 46<br />

Quadro 7 – Principais características dos fatores DISC – Dominância ..................... 48<br />

Quadro 8 - Principais características dos fatores DISC – Influência ......................... 49<br />

Quadro 9 - Principais características dos fatores DISC – Estabilida<strong>de</strong> ..................... 49<br />

Quadro 10 - Principais características dos fatores DISC – Conformida<strong>de</strong> ................ 50<br />

Quadro 11 – Compilação dos elementos importantes do perfil DISC ....................... 51<br />

Quadro 12 - Verbos I<strong>de</strong>ntificadores dos fatores DISC .............................................. 51<br />

Quadro 13 - Motivação - Cronologia dos conceitos ................................................... 56<br />

Quadro 14 - Resumo das teorias motivacionais ........................................................ 57<br />

Quadro 15 – Variáveis analíticas ou <strong>de</strong> estudos ....................................................... 80<br />

Quadro 16 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> tabulação do segundo Constructo ...................................... 85<br />

Quadro 17 - Constructos e suas variáveis <strong>de</strong> mensuração ....................................... 90<br />

Quadro 18 – Frequências observadas e proporções por grupos – perfil estrutural x<br />

mo<strong>de</strong>lo gerencial ................................................................................ 109<br />

Quadro 19 – Frequências esperadas para as variáveis – Perfil estrutural x Mo<strong>de</strong>lo<br />

gerencial ............................................................................................ 110<br />

Quadro 20 – Frequências observadas e proporções por grupos <strong>de</strong> variáveis Perfil<br />

estrutural x Mo<strong>de</strong>lo gerencial ............................................................. 112<br />

Quadro 21 – Frequências esperadas para as variáveis Perfil estrutural x Mo<strong>de</strong>lo<br />

gerencial ............................................................................................ 113


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1 - Resumo dos Papeis Gerenciais – 1 ......................................................... 39<br />

Tabela 2 - Resumo dos Papeis Gerenciais – 2 ......................................................... 40<br />

Tabela 3 - Perfis gerenciais eficazes e perfis gerenciais ineficazes .......................... 41<br />

Tabela 4 - Resumo dos Fatores <strong>de</strong> Alto e Baixo ....................................................... 51<br />

Tabela 5 - Verbos i<strong>de</strong>ntificadores dos fatores DISC .................................................. 51<br />

Tabela 6 - Fatores, subfatores e suas características ............................................... 65<br />

Tabela 7 - Características comportamentais ............................................................. 68<br />

Tabela 8 - População e amostra do estudo ............................................................... 79<br />

Tabela 9 -Teste piloto -1 ........................................................................................... 82<br />

Tabela 10 - Teste piloto - 2........................................................................................ 82<br />

Tabela 11 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Gênero ........................................................... 91<br />

Tabela 12 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Ida<strong>de</strong> .............................................................. 92<br />

Tabela 13 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Ida<strong>de</strong> .............................................................. 92<br />

Tabela 14 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Escolarida<strong>de</strong> .................................................. 93<br />

Tabela 15 - Tempo <strong>de</strong> atuação na área .................................................................... 94<br />

Tabela 16 - Tempo <strong>de</strong> atuação no cargo e tempo <strong>de</strong> atuação na empresa .............. 95<br />

Tabela 17 - Teste ANOVA <strong>de</strong> Friedman para os papeis gerenciais .......................... 96<br />

Tabela 18 - Mo<strong>de</strong>los Gerenciais <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003) ................. 97<br />

Tabela 19 - Resumo dos mo<strong>de</strong>los gerenciais predominantes ................................. 103<br />

Tabela 20 - Perfil profissional/comportamental DISC ETALENT – Estrutural.......... 104<br />

Tabela 21 - Perfil profissional/comportamental DISC ETALENT – Adaptado.......... 107


LISTA DE GRÁFICOS<br />

Gráfico 1 - Papeis gerenciais................................................................................104


LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 1 - Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s gerenciais <strong>de</strong> Katz ............................................. 31<br />

Figura 2 - Papeis e competências gerenciais ......................................................... 34<br />

Figura 3 - Quadro <strong>de</strong> valores competitivos: critérios <strong>de</strong> eficácia ............................ 37<br />

Figura 4 - Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Gestão e Papeis Gerenciais ............................................... 38<br />

Figura 5 - Perfil Estrutural ....................................................................................... 52<br />

Figura 6 - Perfil Adaptado ....................................................................................... 53<br />

Figura 7 - Perfil Resultante ...................................................................................... 53<br />

Figura 8 - Perfil <strong>de</strong> Mudança ................................................................................... 54<br />

Figura 9 - Mapa dos Talentos .................................................................................. 62<br />

Figura 10 - Características predominantes dos perfis ............................................... 62<br />

Figura 11 - Adaptação do mapa <strong>de</strong> talentos e características predominantes dos<br />

perfis ...................................................................................................... 63<br />

Figura 12 - Pirâmi<strong>de</strong> do comportamento ................................................................... 66<br />

Figura 13 - Do<strong>de</strong>caedro das competências ............................................................... 67<br />

Figura 14 - Sobreposição dos dois mo<strong>de</strong>los - Pressuposto teórico da relação ......... 72<br />

Figura 15 - Elaboração do segundo constructo ......................................................... 84<br />

Figura 16 - DISC ETALENT: perfil estruturado e perfil adaptado .............................. 84


1 INTRODUÇÃO<br />

Um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios gerenciais da contemporaneida<strong>de</strong> é encontrar<br />

mecanismos, ferramentas e processos gerenciais capazes <strong>de</strong> oferecer às<br />

organizações, um diferencial competitivo frente às <strong>de</strong>mais empresas. São muitos<br />

estudos que apontam esse diferencial para uma mesma direção: O Ser Humano.<br />

As pesquisas sobre Gestão <strong>de</strong> Recursos Humanos (Taylor; Beechler; Napier,<br />

1996), Gestão do Capital Intelectual (Stewart, 1998), Gestão do Conhecimento<br />

(Nonaka e Takeuchi, 1997) e, sobretudo, Gestão <strong>de</strong> Competência (Mcclelland, 1973;<br />

Boyatizis, 1982; Prahalad; Hamel, 1995; Quinn, 1996; Zariflan, 1999) <strong>de</strong>monstram<br />

esse direcionamento, enfatizando os estudos das pessoas como <strong>de</strong>terminante na<br />

competitivida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna.<br />

O mercado atual e globalizado está provocando nas empresas ações<br />

necessárias e cada vez mais competitivas. Essa assertiva possibilita articular novas<br />

formas <strong>de</strong> gestão, principalmente, no que diz respeito à Gestão <strong>de</strong> Competências,<br />

entre outras vertentes uma disciplina viabilizadora <strong>de</strong> um novo potencial e <strong>de</strong> uma<br />

estratégia <strong>de</strong> vantagem competitiva.<br />

Definições sobre competência começaram a ser elaboradas a partir da<br />

década <strong>de</strong> 70, com McClelland (1973) em seu artigo Testing for competence rather<br />

than intelligence, e com esse trabalho iniciaram-se as discussões acerca <strong>de</strong><br />

competência nos Estados Unidos. Nos anos 80 Boyatizis (1982) reanalisa os<br />

estudos principalmente com relação as competências gerenciais. Prahalad e Hamel<br />

(1995) apontam que as competências <strong>de</strong>vem ser gerenciadas como um sistema e os<br />

objetivos estratégicos das organizações geridos como uma imagem única e sintética<br />

<strong>de</strong> todos os elementos organizacionais, compondo <strong>de</strong>ssa maneira uma visão<br />

holística da empresa. A competência na literatura europeia emerge nos estudos<br />

franceses <strong>de</strong> Zariflan (1999) e Le Boterf (2003) os quais evi<strong>de</strong>ncia a emergência do<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> competência para a gestão das organizações. Le Boterf (2003) introduz o<br />

mo<strong>de</strong>lo baseado em três dimensões, conhecido como CHA que envolvem<br />

conhecimentos (saber o que fazer), habilida<strong>de</strong>s (saber como fazer) e atitu<strong>de</strong>s<br />

(querer fazer) (LEITE; PORSSE, 2003; FLEURY; FLEURY, 2004).<br />

Quinn et al (2003) evi<strong>de</strong>nciam a premente necessida<strong>de</strong> da utilização das<br />

competências e comportamentos no <strong>de</strong>sempenho da função gerencial, e concebe<br />

18


quatro mo<strong>de</strong>los gerenciais com oito papeis. Cada um dos mo<strong>de</strong>los com três<br />

competências requeridas.<br />

No Brasil os estudos são impulsionados por Ruas (2001), Bitencourt (2001) e<br />

Fleury e Fleury (2004) com articulações e aplicações na gestão brasileira, on<strong>de</strong> o<br />

enfoque principal se dá nos estudos das capacida<strong>de</strong>s, fato esse, corroborado por<br />

D´Amélio (2007).<br />

Prahalad (1999) i<strong>de</strong>ntificou no final da década <strong>de</strong> 90, oito mudanças<br />

significativas que se encontravam em andamento: globalização; <strong>de</strong>sregulamentação<br />

e privatização; volatilida<strong>de</strong>; convergência; fronteiras menos <strong>de</strong>finidas entre os<br />

setores <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>; prevalência <strong>de</strong> padrões; fim da intermediação e nova<br />

consciência ecológica; e a importância <strong>de</strong> administrar <strong>de</strong> forma simultânea essas<br />

mudanças apontando as dificulda<strong>de</strong>s para administrar as competências neste novo<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mercado.<br />

Há <strong>de</strong> se verificar nos estudos que, o conhecimento é fator primordial na<br />

diferenciação e posicionamento <strong>de</strong> uma empresa hodierna no novo mercado e esse<br />

conhecimento perpassa por várias esferas na organização como: na gestão da<br />

informação; na gestão do capital intelectual; na construção e retenção das<br />

competências. Assim, o <strong>de</strong>safio corporativo cotidiano está na busca por talentos e<br />

competências gerenciais, <strong>de</strong>sta forma a produção acadêmica cada vez mais discute<br />

e analisa essas temáticas contemporâneas a fim <strong>de</strong> que se fortaleçam as vantagens<br />

competitivas relacionadas ao <strong>de</strong>senvolvimento humano no seu contexto maior.<br />

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO<br />

A globalização e a dinâmica mercadológica vêm tornando prepon<strong>de</strong>rante às<br />

organizações, uma ação <strong>de</strong> elevada competitivida<strong>de</strong>. A concorrência no atual<br />

momento <strong>de</strong> globalização <strong>de</strong> gestão, processos e informações po<strong>de</strong> se diferenciar<br />

na forma <strong>de</strong> vantagem competitiva em cada momento da administração,<br />

principalmente na contratação e manutenção <strong>de</strong> um <strong>de</strong> seus ativos intangíveis - os<br />

recursos humanos.<br />

Assim, tratando os recursos humanos como um dos ativos intangíveis, Sveiby<br />

(1998, p. 9) aponta que:<br />

19


As pessoas são os únicos verda<strong>de</strong>iros agentes na empresa, todos os ativos<br />

e estruturas, quer tangíveis ou intangíveis, são resultados das ações<br />

humanas. Todos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m das pessoas, em última instância, para<br />

continuar a existir.<br />

Com esse mesmo pensamento Davenport (2001, p. 18) evi<strong>de</strong>ncia que “as<br />

pessoas são o gran<strong>de</strong> motor da prosperida<strong>de</strong> da maioria das organizações.”<br />

Para Fischer (2002 apud FLEURY, 2002) as organizações<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do tamanho, são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes em uma escala maior ou menor<br />

do <strong>de</strong>sempenho das pessoas para seu sucesso, <strong>de</strong>sse modo fica claro que as<br />

pessoas representam um ativo importante para a empresa e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

suas competências apresenta um diferencial competitivo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância.<br />

O novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoas por habilida<strong>de</strong>s e competências vem<br />

<strong>de</strong>spertando um profundo interesse nos profissionais, nas organizações e nos meios<br />

acadêmicos. Os profissionais ao conhecerem suas habilida<strong>de</strong>s e competências e<br />

reconhecerem as falhas e lacunas em sua formação profissional e pessoal, po<strong>de</strong>m<br />

ampliar e se fortalecerem através <strong>de</strong> capacitação e treinamentos que venham a<br />

suprir as suas necessida<strong>de</strong>s do mundo no qual está inserido. No caso das<br />

organizações, gerir através <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e competências, permite potencializar<br />

suas contratações com perfis mais a<strong>de</strong>quados para cada área, manutenção <strong>de</strong><br />

pessoal, redução <strong>de</strong> conflitos, redução <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>, citando apenas parte <strong>de</strong> um<br />

leque que po<strong>de</strong> ser amplamente explorado. Já no âmbito acadêmico amplia a área<br />

<strong>de</strong> estudo da ciência e possibilitam novas análises, novas teorias, baseadas nesse<br />

novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão (ROCHA, 2008).<br />

Quando o assunto é competência gerencial Quinn et al (2003) apontam para<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>r e usar as competências e<br />

comportamentos frente aos vários papéis gerenciais, seja estes intrínsecos ou<br />

extrínsecos, a fim <strong>de</strong> garantirem as competências requeridas frente aos <strong>de</strong>safios do<br />

mundo mo<strong>de</strong>rno dos negócios. Boog (2004) vincula a ativida<strong>de</strong> gerencial, às<br />

competências que estão relacionadas com o alcance <strong>de</strong> metas, pautando, pois, o<br />

sucesso organizacional nessa <strong>de</strong>pendência. Já na visão <strong>de</strong> Prata (2008) as<br />

competências, bem como a atuação gerencial são fundamentais para garantir a<br />

manutenção e, principalmente o crescimento das organizações com alto nível <strong>de</strong><br />

competitivida<strong>de</strong>.<br />

20


Assim, a competência gerencial possui a dinâmica <strong>de</strong> influenciar a<br />

participação das pessoas nas questões organizacionais, favorecem os processos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão através das iniciativas individuais ou <strong>de</strong> um grupo, oferecendo mais<br />

dinamismo e flexibilida<strong>de</strong> aos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão (BUNDCHEN; ROSSETTO; SILVA,<br />

2008). Nesta visão, é possível colocar em prática os projetos das organizações,<br />

preconizando que, a competência não existe no vazio, mas apenas no ato<br />

(ANTONELLO; RUAS, 2005; LE BOTERF, 2003).<br />

A importância do conhecimento das competências como fonte geradora <strong>de</strong><br />

diferencial competitivo, <strong>de</strong>u-se no século 20, a partir dos anos setenta e começa a<br />

direcionar a gestão das competências como uma das fontes econômicas e<br />

propulsoras do mercado, on<strong>de</strong> a força motriz da gestão é o conhecimento do Ser<br />

Humano.<br />

Nessa mundialização as transformações são praticamente instantâneas e se<br />

espalham <strong>de</strong> forma global e generalizada, como também, diversificada e<br />

multifacetada em busca da totalida<strong>de</strong>, sua visão perpassa e vai além <strong>de</strong>, até tornar-<br />

se a ser, o que <strong>de</strong>vem ser. São muitos os fatores que permeiam o sucesso das<br />

organizações contemporâneas, a gestão do conhecimento, a gestão do capital<br />

humano e intelectual, ao aprendizado contínuo das empresas e dos indivíduos, entre<br />

outros, sempre mantendo uma visão sistêmica e compartilhada <strong>de</strong> como gerir esse<br />

novo mo<strong>de</strong>lo organizacional.<br />

Esse mo<strong>de</strong>lo exige cada vez mais competitivida<strong>de</strong> das organizações, uma<br />

necessida<strong>de</strong> premente <strong>de</strong> estruturação e re-estruturação, nessa arena controversa<br />

<strong>de</strong> mudança, tempo e velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações on<strong>de</strong> se faz obrigatório o<br />

conhecimento e <strong>de</strong>senvolvimento das competências.<br />

1.2 PROBLEMA E QUESTÕES DA PESQUISA<br />

Percebendo-se que o conhecimento das competências por si só não é uma<br />

vantagem, mas como as organizações mo<strong>de</strong>rnas po<strong>de</strong>m administrar, gerir, criar e ou<br />

recriar as competências, tornando-as verda<strong>de</strong>iramente algo relevante e percebido<br />

como valor para o mercado. Essa prática po<strong>de</strong> não apenas, manter uma empresa no<br />

mercado, mas fazê-la sobressair em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outras.<br />

No que diz respeito às ativida<strong>de</strong>s gerenciais, cuja função é <strong>de</strong>terminante no<br />

sucesso das organizações, os gerentes são peças chave na articulação dos<br />

21


ecursos e ativos, tangíveis ou intangíveis, através da coor<strong>de</strong>nação das ativida<strong>de</strong>s<br />

organizacionais. Os estudos acerca das competências relacionam estas com os<br />

aspectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e implementação do conhecimento, habilida<strong>de</strong>s e<br />

atitu<strong>de</strong>s dos indivíduos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>ntro das empresas.<br />

A pertinência do conhecimento é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor para a função gerencial já<br />

que possibilita uma melhor valoração dos recursos disponibilizados para capacitar,<br />

adaptar práticas <strong>de</strong> trabalho, buscar melhores <strong>de</strong>sempenhos, compreen<strong>de</strong>r e<br />

impulsionar a aprendizagem individual e organizacional proporcionando suporte nos<br />

relacionamentos inter e entre indivíduos (BITENCOURT, 2001).<br />

Nesse contexto, <strong>de</strong>staca-se o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s imobiliárias no<br />

Nor<strong>de</strong>ste brasileiro que tem provocado um gran<strong>de</strong> dinamismo das economias locais,<br />

na nova <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma estrutura como cida<strong>de</strong> e como espaço urbano,<br />

principalmente em se tratando <strong>de</strong> suas áreas metropolitanas.<br />

Na cida<strong>de</strong> do Natal, assim como em todo Nor<strong>de</strong>ste, a instalação <strong>de</strong><br />

empreendimentos imobiliários, tem impactado <strong>de</strong> forma concreta a vida cotidiana,<br />

com a elevação <strong>de</strong> prédios, a ocupação <strong>de</strong> áreas urbanas, a falta <strong>de</strong><br />

estacionamento, a redução <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s, bem como intensificando os problemas<br />

sócio-espaciais. Por outro lado, surgem na cida<strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios,<br />

com o crescimento do mercado imobiliário.<br />

Em 2011, segundo o CRECI/RN (Conselho Regional dos Corretores <strong>de</strong><br />

Imóveis do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte) já existem instaladas em Natal, 339 imobiliárias<br />

formalizadas, o que torna evi<strong>de</strong>nte novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empregabilida<strong>de</strong> e<br />

renda. O número atual apresentou um crescimento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 150% (cento e<br />

cinquenta) por cento, em um período <strong>de</strong> 5 anos (CRECI/RN, 2011).<br />

Essa <strong>de</strong>manda por novos negócios relacionados ao mercado imobiliário,<br />

perpassa pela necessida<strong>de</strong> cada vez maior <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> indivíduos com<br />

capacida<strong>de</strong>s e competências para a gestão das empresas. Sabe-se que, a<br />

excelência dos resultados e a competitivida<strong>de</strong> estão interligadas à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus<br />

recursos e <strong>de</strong> como são administrados eficientemente. Destarte, é possível ainda<br />

relacionar competências e <strong>de</strong>senvolvimento contínuo ao diferencial competitivo,<br />

on<strong>de</strong> a capacitação pessoal, técnica e interpessoal, aliada ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

processos e a busca por resultados que gerem valor organizacional são primordiais<br />

para a construção das novas organizações.<br />

22


Baseado nessas premissas, o papel do gestor é evi<strong>de</strong>nciado como fator<br />

<strong>de</strong>terminante nesse novo mo<strong>de</strong>lo e as competências elencadas por Le Boterf (2003)<br />

através da tría<strong>de</strong>: conhecimento, habilida<strong>de</strong> e atitu<strong>de</strong>s (CHA) são fundamentais para<br />

o alcance <strong>de</strong> resultados.<br />

Desta forma, consi<strong>de</strong>rando que a teoria <strong>de</strong> Quinn et al (2003) acerca das<br />

competências gerenciais: 1. I<strong>de</strong>ntifica quatro mo<strong>de</strong>los e oito papeis gerenciais; 2.<br />

Que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do perfil profissional/comportamental pelo instrumento<br />

DISC ETALENT aponta quatro estilos <strong>de</strong> perfis e os relacionam com os<br />

comportamentos profissionais. Assim, cabe formular a seguinte hipótese: existe<br />

relação entre o perfil profissional/comportamental DISC ETALENT – Estrutural e<br />

Adaptado – e o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003).<br />

A partir da hipótese formulada segue-se a questão <strong>de</strong> pesquisa: “Qual a<br />

relação entre o perfil profissional/comportamental elaborado pela ferramenta DISC<br />

do relatório ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das competências <strong>de</strong> Quinn dos<br />

gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal?”<br />

A partir do questionamento principal, outras questões se seguem como<br />

<strong>de</strong>corrência e que também foram levantadas:<br />

Qual o perfil sócio-<strong>de</strong>mográfico dos gerentes das imobiliárias <strong>de</strong> Natal?<br />

Qual o Mo<strong>de</strong>lo gerencial dos Gerentes <strong>de</strong> imobiliárias baseadas no mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> Quinn et al (2003)?<br />

Qual o perfil profissional/comportamental estrutural elaborado pelo<br />

instrumento DISC ETALENT?<br />

Qual o perfil profissional/comportamental adaptado elaborado pelo<br />

instrumento DISC ETALENT?<br />

1.3 OBJETIVOS<br />

1.3.1 Geral<br />

I<strong>de</strong>ntificar a relação existente entre mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003) e a<br />

elaboração do perfil profissional/comportamental pelo DISC ETALENT.<br />

23


1.3.2 Específicos<br />

I<strong>de</strong>ntificar o perfil sócio-<strong>de</strong>mográfico dos gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal;<br />

Conhecer o Mo<strong>de</strong>lo gerencial dos gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal,<br />

baseados no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al (2003);<br />

Elaborar o perfil profissional/comportamental estrutural pelo instrumento<br />

DISC ETALENT;<br />

Elaborar o perfil profissional/comportamental adaptado pelo instrumento<br />

DISC ETALENT.<br />

1.4 JUSTIFICATIVA<br />

O momento atual do mercado direciona para organizações cada vez mais<br />

competitivas, on<strong>de</strong> gerir os recursos <strong>de</strong> forma eficiente é condição sine qua non para<br />

a manutenção do mercado, bem como <strong>de</strong> ganhos <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>.<br />

Silva e Ferreira (2007) apontam um crescimento na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 200% na<br />

aquisição <strong>de</strong> imóveis por turistas no Nor<strong>de</strong>ste e <strong>de</strong> alugueis um crescimento <strong>de</strong><br />

64,52%, dados coletados da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e<br />

Turístico no Nor<strong>de</strong>ste Brasileiro (ADIT). A manutenção da tendência <strong>de</strong> aumento<br />

nesses números é reforçada pelo gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> novos investimentos na<br />

construção <strong>de</strong> novos imóveis em Natal, alavancados principalmente pelo<br />

investimento realizado pelo Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento do Turismo – NE, no final<br />

dos anos 90 e atualmente pelo Programa Governamental “Minha Casa, Minha Vida”<br />

(SILVA; FERREIRA, 2007; ROLNIK; KLINK, 2011).<br />

O crescimento dos setores imobiliário e <strong>de</strong> construção civil tem sido mais<br />

intenso nos últimos anos; dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil<br />

(Sinduscon/RN) indicam que no primeiro semestre <strong>de</strong> 2006 o número <strong>de</strong><br />

contratações aumentou 14%, duas vezes mais que a média nacional para o setor<br />

(IMÓVEIS..., 2006). Nesse panorama <strong>de</strong> expansão do mercado, a mão <strong>de</strong> obra<br />

especializada e qualificada torna-se escassa em todos os níveis.<br />

Apesar do crescimento abaixo do prognosticado na construção civil, bem<br />

como no setor imobiliário do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte em 2011, os empreen<strong>de</strong>dores,<br />

investidores e a própria economia não arrefeceu os ânimos para o futuro próximo,<br />

principalmente pela <strong>de</strong>manda sempre crescente por moradias, apontando uma<br />

24


gran<strong>de</strong> retomada <strong>de</strong>ste mercado em 2012, muito possivelmente pela proximida<strong>de</strong> da<br />

Copa <strong>de</strong> 2014 e a continuida<strong>de</strong> dos programas governamentais <strong>de</strong> moradia<br />

(CONSTRUÇÃO..., 2012).<br />

A perspectiva <strong>de</strong> um mercado mais promissor em 2012 e nos próximos anos,<br />

vêm provocando a multiplicação <strong>de</strong> empresas incorporadoras, construtoras e<br />

imobiliárias em atuação no mercado local (CONSTRUÇÃO..., 2012).<br />

Há muito se percebe que o setor imobiliário está vivendo uma franca<br />

expansão na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Natal, o que justifica um estudo no que diz respeito ao nível<br />

gerencial que lida diretamente com o público, que treina suas equipes e faz a<br />

interface entre a socieda<strong>de</strong> (clientes) e a organização. Nesse sentido, torna-se<br />

oportuno analisar o perfil e as competências dos gestores, em especial os gerentes<br />

<strong>de</strong> imobiliárias, <strong>de</strong>vido à importância dos mesmos no <strong>de</strong>sempenho das empresas e<br />

na ligação direta <strong>de</strong> comunicação entre elas e o público, bem como com as<br />

empresas construtoras <strong>de</strong> empreendimentos.<br />

Estudar o perfil profissional/comportamental dos gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong><br />

Natal, com o uso <strong>de</strong> um instrumento novo, DISC ETALENT, permitirá mapear os<br />

perfis <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa metodologia <strong>de</strong> análise comportamental. Será possível conhecer<br />

também as competências baseadas no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn para a ativida<strong>de</strong> gerencial<br />

<strong>de</strong>sempenhada, <strong>de</strong> forma a gerar o diferencial necessário. Esse conhecimento<br />

proporcionará informações para o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho do grupo objeto <strong>de</strong><br />

estudo, bem como das empresas associadas ao trabalho, pois os mesmos passarão<br />

a conhecer as competências sobre as quais possuem maior ou menor domínio.<br />

O conhecimento, compreensão e i<strong>de</strong>ntificação dos perfis<br />

profissionais/comportamentais e das competências gerenciais viabilizará aos<br />

indivíduos ou à suas organizações uma maior otimização dos investimentos em<br />

capacitação gerencial. Esse trabalho também possibilitará a<strong>de</strong>quação mais efetiva,<br />

<strong>de</strong> acordo com o perfil existente, bem como com possíveis programas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento e treinamento corporativos que visem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

competências e habilida<strong>de</strong>s gerenciais dos funcionários ou novas contratações,<br />

contribuindo <strong>de</strong> forma significativa para o apoio e suporte do planejamento da função<br />

gerencial.<br />

O estudo da utilização <strong>de</strong> instrumentos e ferramentas <strong>de</strong> gestão no seu<br />

cotidiano laboral complementa estudos sobre li<strong>de</strong>rança, motivação, treinamento,<br />

capacitação, recrutamento, gestão <strong>de</strong> conflitos e mapeamento <strong>de</strong> equipes e partem<br />

25


do pressuposto <strong>de</strong> que os responsáveis pela gestão quando do conhecimento <strong>de</strong><br />

suas habilida<strong>de</strong>s e competências po<strong>de</strong>m realizar uma gestão mais completa,<br />

dinâmica e eficiente, portanto a pesquisa contempla um estudo pormenorizado sobre<br />

o assunto.<br />

No âmbito acadêmico o trabalho visa agregar conhecimento sobre o estudo<br />

da Gestão <strong>de</strong> Competências, baseado no uso do instrumento DISC ETALENT para o<br />

levantamento do perfil, bem como das habilida<strong>de</strong>s e competências dos gerentes das<br />

imobiliárias <strong>de</strong> Natal, possibilitando uma visão complementar na elaboração da<br />

análise comportamental dos gestores e dando suporte para a ativida<strong>de</strong> gerencial. A<br />

pesquisa objetiva ainda contribuir para o <strong>de</strong>bate teórico sobre mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão por<br />

competências, comparando o resultado encontrado com a teorização já conhecida e<br />

<strong>de</strong>senvolvida por vários autores, compreen<strong>de</strong>ndo que o estudo das competências<br />

ainda requer maiores estudos e consequentemente maiores <strong>de</strong>bates acadêmicos.<br />

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO<br />

Este trabalho está estruturado em cinco capítulos. O primeiro capítulo<br />

apresenta a parte introdutória, contendo contextualização, a problematização,<br />

questões <strong>de</strong> pesquisa, objetivo geral, objetivos específicos e a justificativa.<br />

Seguidamente uma revisão bibliográfica, compreen<strong>de</strong>ndo inicialmente um<br />

breve passeio histórico sobre a temática do comportamento humano, progredindo na<br />

Revisão da Literatura sobre os estudos acerca <strong>de</strong> competência, competências<br />

gerenciais e instrumentos para análise <strong>de</strong> competência.<br />

O terceiro capítulo proporciona a <strong>de</strong>scrição do método <strong>de</strong> pesquisa utilizado,<br />

com a estratégia geral e <strong>de</strong>talhamento dos procedimentos adotados nos estudos<br />

empíricos <strong>de</strong>senvolvidos, bem como da metodologia teórica empregada.<br />

O capítulo 4 compõe-se da análise e interpretações dos resultados, sendo<br />

apresentado a partir dos objetivos propostos, <strong>de</strong>monstrando as principais<br />

informações coletadas e balizando-as à luz das referências e estudos abordados<br />

sobre a temática.<br />

O capítulo 5 contempla as consi<strong>de</strong>rações finais sobre o estudo, as limitações<br />

e as sugestões para futuros trabalhos que possam sustentar e aprofundar a temática<br />

ou elucidar possíveis questionamentos surgidos com o trabalho.<br />

26


Finalmente as referências bibliográficas que nortearam e fundamentaram o<br />

estudo, seguidamente dos anexos e apêndices necessários e fundamentais.<br />

27


2 REFERENCIAL TEÓRICO<br />

2.1 COMPETÊNCIAS<br />

O <strong>de</strong>bate sobre competências não é algo novo, mas está sempre sendo re-<br />

estudado, os autores como visto na parte introdutória começaram a dar mais ênfase<br />

ao tema na década <strong>de</strong> setenta. A partir dos estudos iniciais os trabalhos seguiram<br />

sempre aperfeiçoando conceitos, <strong>de</strong>finições, importância e apresentando novos<br />

panoramas.<br />

2.1.1 Evolução dos estudos sobre competências: estudos e <strong>de</strong>finições<br />

A competência vista por Le Boterf (2003), é um saber agir responsável <strong>de</strong>ntro<br />

do contexto profissional, compreen<strong>de</strong>ndo o mobilizar, integrar e transmitir<br />

conhecimentos, recursos e habilida<strong>de</strong>s para que todos possam reconhecer como<br />

valor. Ainda segundo o autor “a competência é uma disposição para agir <strong>de</strong> modo<br />

pertinente em relação a uma situação específica” (LE BOTERF, 2003, p. 40).<br />

Os <strong>de</strong>bates sobre competências trazem a tona vários autores, e várias<br />

<strong>de</strong>finições, entre elas Resen<strong>de</strong> (2000, p. 31) afirma que: “o conceito <strong>de</strong> competência<br />

se aplica a uma característica ou a um conjunto <strong>de</strong> características ou requisitos.”<br />

Segundo Durand (1998 apud MELLO, 2006), o mo<strong>de</strong>lo baseado em três<br />

dimensões, conhecido como CHA que envolve conhecimentos (saber o que fazer),<br />

habilida<strong>de</strong>s (saber como fazer) e atitu<strong>de</strong>s (querer fazer), engloba aspectos<br />

cognitivos, técnicos, sociais e afetivos que estão relacionados ao trabalho.<br />

Bitencourt (2001) resgata historicamente as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> competência no<br />

período <strong>de</strong> 1982 a 2001 conforme o quadro 1:<br />

28


Quadro 1 - Conceitos <strong>de</strong> Competências<br />

CONCEITOS DE COMPETÊNCIAS<br />

Ano Autor Definição<br />

1982 Boyatizis (1982, p. 23)<br />

1991 Boog (1991, p. 16)<br />

1993 Spencer e Spencer (1993, p. 9)<br />

1994<br />

Sparrow e Bognanno (1994, p.<br />

3)<br />

29<br />

“Competências são aspectos verda<strong>de</strong>iros ligados à natureza<br />

humana. São comportamentos observáveis que <strong>de</strong>terminam,<br />

em gran<strong>de</strong> parte, o retorno da organização”.<br />

“Competência é a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem é capaz <strong>de</strong> apreciar e<br />

resolver certo assunto, fazer <strong>de</strong>terminada coisa; significa<br />

capacida<strong>de</strong>, habilida<strong>de</strong>, aptidão e idoneida<strong>de</strong>”.<br />

“A competência refere-se a características intrínsecas ao<br />

indivíduo que influencia e serve <strong>de</strong> referencial para seu<br />

<strong>de</strong>sempenho no ambiente <strong>de</strong> trabalho”.<br />

“Competências representam atitu<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas como<br />

relevantes para a obtenção <strong>de</strong> alto <strong>de</strong>sempenho em um<br />

trabalho específico, ao longo <strong>de</strong> uma carreira profissional, ou<br />

no contexto <strong>de</strong> uma estratégia corporativa”.<br />

“O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências compreen<strong>de</strong> os<br />

aspectos intelectuais inatos e adquiridos, conhecimentos,<br />

capacida<strong>de</strong>s, experiência, maturida<strong>de</strong>. Uma pessoa<br />

competente executa ações a<strong>de</strong>quadas e hábeis em seus<br />

1994 Moscovicci (1994, p. 26) afazeres, em sua área <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>”.<br />

“As competências se <strong>de</strong>finem mediante padrões <strong>de</strong><br />

comportamentos observáveis. São as causas dos<br />

1994 Cravino (1994, p. 161)<br />

comportamentos, e estes por sua vez, são a causa dos<br />

resultados. É um fator fundamental para o <strong>de</strong>sempenho”.<br />

“Um agrupamento <strong>de</strong> conhecimentos habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s<br />

correlacionados, que afeta parte consi<strong>de</strong>rável da ativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> alguém, que se relaciona com o <strong>de</strong>sempenho, que po<strong>de</strong><br />

ser medido segundo padrões preestabelecidos, e que po<strong>de</strong><br />

1996 Parry (1996, p. 48)<br />

ser melhorado por meio <strong>de</strong> treinamento e <strong>de</strong>senvolvimento”.<br />

“A noção <strong>de</strong> competência é construída a partir do significado<br />

do trabalho. Portanto, não implica exclusivamente na<br />

1996 Sandberg (1996, p. 411) aquisição <strong>de</strong> atributos”.<br />

1996 Bruce (1996, p. 6) “Competência é o resultado final da aprendizagem”.<br />

“Competência é assumir responsabilida<strong>de</strong>s frente a<br />

1997 Le Boterf (1997, p. 267)<br />

situações <strong>de</strong> trabalho complexas buscando lidar com<br />

eventos inéditos, surpreen<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong> natureza singular”.<br />

“Conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e experiências que<br />

1997 Magalhães et al (1997, p. 14) cre<strong>de</strong>nciam um profissional a exercer <strong>de</strong>terminada função”.<br />

“A noção <strong>de</strong> competência refere-se a práticas do quotidiano<br />

que se mobilizam através do saber baseado no senso<br />

1998 Perrenoud (1998, p.1)<br />

comum e do saber a partir <strong>de</strong> experiências”.<br />

“Conjuntos <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s<br />

inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e necessárias à consecução <strong>de</strong><br />

1998 Durand (1998, p.3)<br />

<strong>de</strong>terminado propósito"<br />

“Competência <strong>de</strong>screve as habilida<strong>de</strong>s observáveis,<br />

1998 Hase et al (1998, p. 9)<br />

conhecimentos e atitu<strong>de</strong>s das pessoas ou das organizações<br />

o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas funções [...]. A competência é<br />

observável e po<strong>de</strong> ser mensurada por meio <strong>de</strong> padrões.<br />

“Capacida<strong>de</strong> da pessoa gerar resultados <strong>de</strong>ntro dos<br />

objetivos estratégicos e organizacionais da empresa, se<br />

traduzindo pelo mapeamento do resultado esperado (output )<br />

e do conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s<br />

1998 Dutra et al (1998, p. 3) necessários para o seu atingimento (input)”.<br />

“É a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilizar, integrar e colocar em ação<br />

conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e formas <strong>de</strong> atuar (recursos <strong>de</strong><br />

competências) a fim <strong>de</strong> atingir/superar <strong>de</strong>sempenhos<br />

1999 Ruas (1999, p. 10)<br />

configurados na missão da empresa e da área”.


Ano Autor<br />

CONCEITOS DE COMPETÊNCIAS<br />

Definição<br />

“Competência: um saber agir responsável e reconhecido,<br />

que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos,<br />

recursos, habilida<strong>de</strong>s, que agreguem valor econômico à<br />

2000 Fleury e Fleury (2000, p. 21) organização e valor social ao indivíduo”.<br />

“O conceito <strong>de</strong> competência sintetiza a mobilização,<br />

integração e transferência <strong>de</strong> conhecimentos e capacida<strong>de</strong>s<br />

em estoque, <strong>de</strong>ve adicionar valor ao negócio, estimular um<br />

contínuo questionamento do trabalho e a aquisição <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>s por parte dos profissionais e agregar valor<br />

em duas dimensões: valor econômico para a organização e<br />

2000 Hipólito (2000, p. 7)<br />

valor social para o indivíduo”.<br />

“As competências <strong>de</strong>screvem <strong>de</strong> forma holística a aplicação<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s, conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação<br />

no ambiente <strong>de</strong> trabalho [...]. São essenciais para uma<br />

participação mais efetiva e para incrementar padrões<br />

competitivos. Focaliza-se na capacitação e aplicação <strong>de</strong><br />

conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma integrada no<br />

2000 Davis (2000, p. 1 e 15) ambiente <strong>de</strong> trabalho”.<br />

“A competência profissional é uma combinação <strong>de</strong><br />

conhecimentos, <strong>de</strong> saber-fazer, <strong>de</strong> experiências e<br />

2001 Zarifian (2001, p. 66)<br />

comportamentos que se exerce em um contexto preciso. Ela<br />

é constatada quando <strong>de</strong> sua utilização em situação<br />

profissional a partir da qual é passível <strong>de</strong> avaliação.<br />

Compete então à empresa i<strong>de</strong>ntificá-la, avaliá-la, validá-la e<br />

fazê-la evoluir”.<br />

“Competências referem-se a conhecimentos individuais,<br />

habilida<strong>de</strong>s ou características <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> que<br />

2001 Becker at al (2001, p.156)<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Bitencourt (2001).<br />

influenciam diretamente o <strong>de</strong>sempenho das pessoas”.<br />

2.2 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS<br />

Mapear e <strong>de</strong>senvolver competências gerenciais são fundamentais para que<br />

as organizações obtenham mais competitivida<strong>de</strong> e eficiência no mercado. O que são<br />

então essas competências gerenciais? Resen<strong>de</strong> (2000, p. 60) afirma que são:<br />

Capacitações mais específicas da competência <strong>de</strong> gestão, compreen<strong>de</strong>ndo<br />

habilida<strong>de</strong>s pessoais e conhecimentos <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> administração ou<br />

gerenciamento, <strong>de</strong> aplicação em situações <strong>de</strong> direção, coor<strong>de</strong>nação ou<br />

supervisão. Exemplos: capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conduzir reuniões <strong>de</strong> trabalho<br />

produtivas; saber administrar, convergir ações para resultados comuns.<br />

São ligadas aos gestores que exercem funções gerenciais, com atribuições e<br />

papeis correspon<strong>de</strong>ntes nas organizações em que trabalham.<br />

Diferentes autores apontam as competências necessárias para a função<br />

gerencial, o mo<strong>de</strong>lo Boyatizis propõe 21 competências para a construção <strong>de</strong> um<br />

perfil i<strong>de</strong>al do gestor, Bitencourt (2001, p.27) adaptou o mo<strong>de</strong>lo a seguir:<br />

30


1. Metas e Gestão pela ação<br />

2. Li<strong>de</strong>rança<br />

3. Recursos Humanos<br />

4. Direção <strong>de</strong> Subordinados<br />

5. Foco em outros Clusters<br />

6. Conhecimentos<br />

especializados<br />

Quadro 2 – As Competências <strong>de</strong> Boyatizis<br />

1. Orientação eficiente<br />

2. Produtivida<strong>de</strong><br />

3. Diagnóstico e uso <strong>de</strong> conceitos<br />

4. Preocupação com impactos (pro-ativo)<br />

5. Autoconfiança<br />

6. Uso <strong>de</strong> apresentações orais<br />

7. Pensamento lógico<br />

8.Conceitualização<br />

9. Uso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r socializado<br />

10. Otimismo<br />

11. Gestão <strong>de</strong> grupo<br />

12. Auto avaliação e senso crítico<br />

13. Desenvolvimento <strong>de</strong> outras pessoas<br />

14. Uso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r unilateral<br />

15. Espontaneida<strong>de</strong><br />

16. Autocontrole<br />

17. Objetivida<strong>de</strong> perceptual<br />

18. Adaptabilida<strong>de</strong><br />

19. Preocupação com relacionamentos<br />

próximos<br />

20. Memória<br />

21. Conhecimento especializado<br />

Fonte: Adaptado da obra (WOOD; PAYNE, 1998 apud BITENCOURT, 2001, p. 27).<br />

2.2.1 Função gerencial<br />

A função gerencial é fundamental na <strong>de</strong>finição e obtenção dos objetivos<br />

organizacionais. É responsável pelo planejamento, formulação e implementação<br />

das estratégias.<br />

Gran<strong>de</strong> parte da função gerencial perpassa por:<br />

[...] Gerenciar significa realizar equilibradamente o potencial <strong>de</strong> resultados,<br />

<strong>de</strong> pessoas e <strong>de</strong> inovação da organização. Os gerentes exercem um papel<br />

que tem uma única responsabilida<strong>de</strong>: atingir resultados com pessoas e com<br />

inovação! (BOOG, 2004, p. 123).<br />

Segundo Katz (1955 apud Lopes et al. 2010) são três habilida<strong>de</strong>s básicas<br />

para o gerente <strong>de</strong>sempenhar a sua função:<br />

a) Habilida<strong>de</strong> técnica: relacionadas com a ativida<strong>de</strong> específica do gerente,<br />

como conhecimentos, sistemas, método e equipamentos, ou seja, o domínio dos<br />

meios necessários para a realização das suas tarefas.<br />

31


) Habilida<strong>de</strong> humana: compreensão das pessoas, interesse e atitu<strong>de</strong>s. Como<br />

<strong>de</strong>senvolver a li<strong>de</strong>rança, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r, se comunicar, é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se relacionar.<br />

c) Habilida<strong>de</strong> conceitual: capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r e lidar com a<br />

complexida<strong>de</strong> da organização <strong>de</strong> forma global, ou seja, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formular as<br />

estratégias, através <strong>de</strong> planejamento, raciocínio e entendimento <strong>de</strong> situações mais<br />

complexas.<br />

Fonte: Lopes et al (2010).<br />

Figura 1 - Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Gerenciais <strong>de</strong> Katz<br />

A função gerencial vai além <strong>de</strong> ter a competência certa para o cargo, é<br />

preciso ir adiante, além <strong>de</strong> mobilizar a competência individual, ser capaz <strong>de</strong><br />

administrar as competências da equipe e transformá-las em competências coletivas.<br />

Le Boterf (2003, p. 229) afirma que:<br />

Administrar e <strong>de</strong>senvolver o capital <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> uma empresa não<br />

se limita à administração e ao <strong>de</strong>senvolvimento das competências<br />

individuais <strong>de</strong> seus empregados. A competência <strong>de</strong> uma empresa ou <strong>de</strong><br />

uma <strong>de</strong> suas unida<strong>de</strong>s não equivale à soma das competências <strong>de</strong> seus<br />

membros. Nessa área, o valor do capital <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> não tanto <strong>de</strong> seus<br />

elementos constitutivos, mas da qualida<strong>de</strong> da combinação ou da articulação<br />

entre esses elementos.<br />

Confirma ainda que “a competência coletiva é uma competência <strong>de</strong> re<strong>de</strong>.<br />

Simondon propõe a noção <strong>de</strong> “meio associado” para <strong>de</strong>signar o conjunto das<br />

pessoas com as quais um indivíduo se comunica e coopera para realizar sua<br />

missão” (LE BOTERF, 2003, p. 232).<br />

32


Mintzberg (1986, p.13) <strong>de</strong>lineia os gerentes em <strong>de</strong>z papéis, cada papel com<br />

significado que dizem respeito às categorias específicas relacionadas ao<br />

comportamento gerencial, sendo possível agrupá-los em três temas: relações<br />

interpessoais, transferência <strong>de</strong> informações e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, o quadro 3 expõe<br />

melhor essa divisão:<br />

Quadro 3 – Os papeis gerenciais <strong>de</strong> Mintzberg<br />

Categorias Papeis gerenciais do gestor Significados<br />

Interpessoais<br />

Informacionais<br />

Decisoriais<br />

Figura <strong>de</strong> Chefe<br />

Lí<strong>de</strong>r<br />

Ligação<br />

Monitor<br />

Disseminador<br />

Porta-voz<br />

Empreen<strong>de</strong>dor<br />

Controlador <strong>de</strong> distúrbios<br />

Administrador <strong>de</strong> recursos<br />

Negociador <strong>de</strong> recursos<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Mintzberg (1986).<br />

O gerente age como símbolo e<br />

representante da organização<br />

(relações públicas)<br />

A li<strong>de</strong>rança se envolve em todas as<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> influência interpessoal<br />

Envolve a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacionamentos<br />

que o gerente <strong>de</strong>ve manter, obtendo<br />

vantagem natural<br />

Recebe e procura informações para<br />

enten<strong>de</strong>r o que se passa na<br />

organização e no sistema<br />

O papel do monitor se complementa<br />

com a disseminação externa para<br />

<strong>de</strong>ntro da organização e <strong>de</strong> informação<br />

interna <strong>de</strong> um colaborador para outro<br />

É o papel inverso do disseminador,<br />

levando informações da organização<br />

para o meio ambiente.<br />

Iniciador e planejador da maior parte<br />

das mudanças controladas em sua<br />

organização<br />

São as situações que estão<br />

parcialmente fora do controle gerencial<br />

É inerente à autorida<strong>de</strong> formal, está<br />

presente em praticamente qualquer<br />

<strong>de</strong>cisão gerencial<br />

É o gerente que li<strong>de</strong>ra os membros <strong>de</strong><br />

sua organização em negociações, que<br />

po<strong>de</strong> lidar com sindicatos, clientes,<br />

empregados, e outras representações.<br />

O novo gerente tem um papel <strong>de</strong>safiador <strong>de</strong>ntro da organização, é alguém<br />

que trabalha com os recursos da organização, lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> equipe e que se preocupa<br />

com as pessoas, tornando-se um elo articulador entre as pessoas da organização e<br />

o meio, com um papel <strong>de</strong>safiador, por requer no <strong>de</strong>sempenho da função, habilida<strong>de</strong>s<br />

33


para administrar conflitos entre empregados e o ambiente empresarial (BOOG, 2004;<br />

BAND, 1997).<br />

O <strong>de</strong>sempenho, assim como a eficiência do gerente para a organização está<br />

diretamente relacionado na compreensão da função que ocupa ou o cargo com que<br />

está relacionado, nas especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suas tarefas, nos objetivos da empresa e<br />

nas metas a serem alcançadas.<br />

2.2.2 O mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn<br />

Os mo<strong>de</strong>los gerenciais facilitam compreen<strong>de</strong>r e melhorar o <strong>de</strong>sempenho dos<br />

gerentes em suas funções. Os mo<strong>de</strong>los estão em constante evolução, sempre<br />

buscando melhorar e moldando-se às necessida<strong>de</strong>s das organizações<br />

contemporâneas.<br />

O mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn é fundamentado em quatro mo<strong>de</strong>los gerenciais<br />

com oito papéis gerenciais e cada um com três competências requeridas para o<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>las (QUINN et al, 2003).<br />

O quadro 4 mostra as características <strong>de</strong> cada mo<strong>de</strong>lo gerencial, e a Figura 2<br />

permite conhecer os oito papéis e as competências requeridas para o <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les.<br />

Quadro 4 - Características dos quatro mo<strong>de</strong>los gerenciais<br />

METAS<br />

RACIONAIS<br />

SIMBOLO $<br />

Critérios <strong>de</strong><br />

eficácia<br />

Teoria<br />

referente a<br />

meios e fins<br />

Ênfase<br />

Atmosfera<br />

Produtivida<strong>de</strong>/<br />

lucro<br />

Uma direção clara<br />

leva a resultados<br />

produtivos<br />

Explicitação <strong>de</strong><br />

metas, análise<br />

racional e tomada<br />

<strong>de</strong> iniciativas<br />

PROCESSOS<br />

INTERNOS<br />

Estabilida<strong>de</strong>,<br />

continuida<strong>de</strong><br />

Rotinização leva à<br />

estabilida<strong>de</strong><br />

Definição <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>,<br />

mensuração,<br />

documentação<br />

Econômicoracional:<br />

"lucro<br />

líquido" Hierárquico<br />

Papel do<br />

Gerente Diretor e produtor<br />

Fonte: Quinn et al (2003, p. 11).<br />

Monitor e<br />

coor<strong>de</strong>nador<br />

34<br />

RELAÇÕES<br />

HUMANAS SISTEMAS ABERTOS<br />

Compromisso,<br />

coesão, moral<br />

Envolvimento<br />

resulta em<br />

compromisso<br />

Participação,<br />

resolução <strong>de</strong><br />

conflitos e criação<br />

<strong>de</strong> consenso<br />

Adaptabilida<strong>de</strong>, apoio<br />

externo<br />

Adaptação e inovação<br />

contínuas levam à<br />

aquisição e<br />

manutenção <strong>de</strong><br />

recursos externos<br />

Adaptação política,<br />

resolução criativa <strong>de</strong><br />

problemas, inovação,<br />

gerenciamento <strong>de</strong><br />

mudança<br />

Orientado a<br />

equipes Inovadora, flexível<br />

Mentor e<br />

facilitador<br />

Inovador e<br />

negociador/mediador


Fonte: Quinn et al (2003, p.17).<br />

Figura 2 - Papeis e competências gerenciais<br />

Ao longo do século XX muitos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão surgiram. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Quinn et al foi baseado nos estudos que se seguem:<br />

a. 1900-1925: A EMERGÊNCIA DO MODELO DE METAS RACIONAIS E<br />

DO MODELO DE PROCESSOS INTERNOS<br />

Mo<strong>de</strong>lo das metas racionais. O clima organizacional é econômicoracional,<br />

e todas as <strong>de</strong>cisões são motivadas por consi<strong>de</strong>rações quanto ao<br />

“lucro líquido”. Se um empregado há 20 anos na empresa estiver<br />

produzindo com apenas 80% <strong>de</strong> eficiência, a medida correta é clara:<br />

substituí-lo por alguém capaz <strong>de</strong> contribuir com 100% <strong>de</strong> eficiência.<br />

Mo<strong>de</strong>los dos processos internos. O clima organizacional é hierárquico, e<br />

todas as <strong>de</strong>cisões são coloridas pelas regras, estruturas e tradições<br />

existentes. Se a eficiência <strong>de</strong> um empregado cai, aumenta-se o controle, por<br />

meio da aplicação <strong>de</strong> diversas políticas e procedimentos. (QUINN et al,<br />

2003, p. 4).<br />

Dentro do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> metas racionais on<strong>de</strong> os fins almejados são<br />

produtivida<strong>de</strong>, realização e consecução dos objetivos. A maior preocupação é a<br />

35


maximixação (otimização) dos resultados. Nesses papéis os gerentes assumem o<br />

comando principalmente no estabelecimento <strong>de</strong> objetivos, planejamento da estrutura<br />

organizacional e formulação <strong>de</strong> políticas. Com elevada preocupação para a ação,<br />

in<strong>de</strong>pendência e obstinação. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> metas racionais é o paradigma <strong>de</strong> eficácia<br />

mais antigo, alguns o consi<strong>de</strong>ram inerentemente bom, por sempre ser voltada à<br />

produtivida<strong>de</strong> e eficácia.<br />

Quando em sua função <strong>de</strong> diretores, os gerentes <strong>de</strong>vem ter competências<br />

mais voltadas aos processos, voltados para o planejamento, à <strong>de</strong>limitação dos<br />

objetivos e das metas organizacionais. Enquanto os gerentes produtores são<br />

orientados para tarefas, com o foco no trabalho e maior grau <strong>de</strong> interesse,<br />

motivação, energia e ímpeto pessoal. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> metas racionais, objetiva<br />

produtivida<strong>de</strong> e o lucro da organização, voltado para a eficiência dos recursos, para<br />

o controle.<br />

No tocante ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processos internos os fins são almejados são a<br />

estabilida<strong>de</strong> e o controle e os meios para atingi-los estão relacionados à rotinização,<br />

mensuração e documentação. O gerente com essas competências procura manter<br />

o fluxo do trabalho e as informações sem sobressaltos e gerir as estruturas<br />

organizacionais com regras, procedimentos e políticas. Um mo<strong>de</strong>lo altamente<br />

complementar ao das metas racionais com o clima organizacional muito<br />

hierarquizado.<br />

Os papeis <strong>de</strong> monitor e coor<strong>de</strong>nador presentes no mo<strong>de</strong>lo dos processos<br />

internos são gerentes cumpridores <strong>de</strong> regras e averiguadores se o setor está<br />

fazendo sua parte. O monitor requer cuidado com <strong>de</strong>talhes, controle e análise, já o<br />

gerente coor<strong>de</strong>nador, preocupa-se em dar sustentação à estrutura e ao fluxo do<br />

sistema. Geralmente o coor<strong>de</strong>nador é organizado, e procura os esforços da equipe,<br />

o enfrentamento <strong>de</strong> crises e a logística. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processos internos <strong>de</strong>staca a<br />

burocracia profissional, requer estabilida<strong>de</strong> e a continuida<strong>de</strong>, gosta <strong>de</strong> rotina e<br />

competência para tornar confiável. (QUINN et al. 2003).<br />

b. 1926-1950: A EMERGÊNCIA DO MODELO DAS RELAÇÕES HUMANAS<br />

Mo<strong>de</strong>los das relações humanas. [...] Nele, a ênfase central é no<br />

compromisso, coesão e moral. A premissa quanto aos meios e fins em<br />

questão é que o envolvimento resulta em compromisso, e os valores<br />

centrais são participação, resolução <strong>de</strong> conflitos e construção <strong>de</strong> consenso.<br />

(Ibid., 2003, p. 6).<br />

36


Nos mo<strong>de</strong>los das relações humanas o gerente executa os papéis <strong>de</strong><br />

facilitador e <strong>de</strong> mentor. Os facilitadores são aqueles cujas competências repousam<br />

nos esforços coletivos, em ações e trabalho em equipe e administram conflitos<br />

pessoais. Já os mentores possuem competências para <strong>de</strong>senvolver pessoas, com<br />

orientações, através da empatia, o gerente orienta, contribui e planeja o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento individual ou da equipe. O principal fator é que o envolvimento gera<br />

compromisso; os valores centrais são a participação, a resolução <strong>de</strong> conflitos e a<br />

construção do consenso. Assim o gerente assume a função <strong>de</strong> mentor e facilitador<br />

dos processos, centrado no ser humano e voltado para gerar o compromisso com a<br />

organização.<br />

c. 1951-1975: A EMERGÊNCIA DO MODELO DE SISTEMAS ABERTOS<br />

Mo<strong>de</strong>los dos sistemas abertos. No mo<strong>de</strong>lo dos sistemas abertos, a<br />

organização <strong>de</strong>para-se com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> competir num ambiente<br />

ambíguo e competitivo. Os critérios básicos <strong>de</strong> eficácia organizacional são a<br />

adaptabilida<strong>de</strong> e o apoio externo. (Ibid., 2003, p.9).<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sistema aberto origina os gerentes com dois papéis: <strong>de</strong> inovador<br />

e negociador. O gerente inovador costuma ser visionário, facilitador <strong>de</strong> mudanças e<br />

adaptações, com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar tendências e tolerar as incertezas e os riscos.<br />

Por outro lado os gerentes negociadores são mais ligados na legitimida<strong>de</strong> exterior e<br />

a obtenção <strong>de</strong> recursos externos, <strong>de</strong>vendo ter capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> persuadir e influenciar.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sistemas abertos torna-se necessário as organizações <strong>de</strong>vido à<br />

velocida<strong>de</strong> das transformações e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> administrá-las. Vivendo em<br />

ambientes altamente imprevisíveis, esses gerentes possuem pouco tempo para<br />

<strong>de</strong>dicar-se à organização e ao planejamento, sendo forçados a tomar <strong>de</strong>cisões<br />

rápidas. Esse gerente <strong>de</strong>ve tornar-se um inovador criativo e um negociador com<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influenciar e com gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se adaptar.<br />

eficácia:<br />

A figura 3 apresenta os valores competitivos <strong>de</strong> cada mo<strong>de</strong>lo e os critérios <strong>de</strong><br />

37


Figura 3 - Quadro <strong>de</strong> valores competitivos: critérios <strong>de</strong> eficácia<br />

Fonte: Quinn et al ( 2003, p.13).<br />

Os estudos <strong>de</strong> Quinn <strong>de</strong>monstram a importância dos quatro mo<strong>de</strong>los para a<br />

organização, já que cada mo<strong>de</strong>lo cumpre sua função <strong>de</strong>ntro da organização, <strong>de</strong><br />

acordo com a necessida<strong>de</strong> e a complexida<strong>de</strong> do cargo e da empresa.<br />

Além do que já foi explicitado anteriormente, Quinn et al (2003) ressaltam o<br />

que é esperado <strong>de</strong> cada gerente no <strong>de</strong>sempenho dos papeis:<br />

a. Facilitador: habilida<strong>de</strong> na construção <strong>de</strong> equipes; uso <strong>de</strong> tomada<br />

participativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e habilida<strong>de</strong> na administração <strong>de</strong> conflitos.<br />

b. Monitor: administração <strong>de</strong> informações por meio do pensamento crítico;<br />

administração da sobrecarga <strong>de</strong> informações e administração dos processos<br />

essenciais.<br />

c. Coor<strong>de</strong>nador: gerenciamento <strong>de</strong> projetos; planejamento do trabalho e<br />

gerenciamento multifuncional.<br />

d. Diretor: <strong>de</strong>senvolvimento e comunicação <strong>de</strong> uma visão; estabelecimento <strong>de</strong><br />

metas e objetivos e planejamento e organização.<br />

e. Produtor: trabalho produtivo; fomento a um ambiente <strong>de</strong> trabalho produtivo<br />

e administração do estresse/equilíbrio <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas concorrentes.<br />

f. Negociador: Construção e manutenção <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r; negociação<br />

<strong>de</strong> acordos e compromissos e apresentação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias.<br />

38


g. Inovador: Convivência da mudança; pensamento criativo e gestão da<br />

mudança.<br />

A figura 4 apresenta os Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Gestão e Papeis Gerenciais.<br />

Figura 4 - Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Gestão e Papeis Gerenciais<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Quinn et al (2003).<br />

Mo<strong>de</strong>los, tipologias e conceitos são insuficientes para dar o amplo significado<br />

à palavra competência, são apenas norteadores <strong>de</strong> estudos para o aprofundamento<br />

da teoria e da prática dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão nas organizações.<br />

Para melhor compreensão, a tabela 1 resume os papeis <strong>de</strong> facilitador, mentor,<br />

monitor e coor<strong>de</strong>nador, apresentando também, quando esses papeis são<br />

convenientes a organização e os papeis complementares.<br />

39


Tabela 1 - Resumo dos Papeis Gerenciais 1<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Quinn et al (2003, p.110-111-197-198).<br />

Da mesma forma a tabela 2 compila os papeis <strong>de</strong> diretor, produtor,<br />

negociador e inovador, apresentando quando esses papeis são convenientes a<br />

organização e os papeis complementares.<br />

40


Tabela 2 - Resumo dos Papeis Gerenciais - 2<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Quinn et al (2003, p.283-284-367-368).<br />

41


Quinn et al (2003) <strong>de</strong>monstram que o caminho para o domínio <strong>de</strong> uma<br />

ativida<strong>de</strong> é um processo <strong>de</strong> aprendizagem. Que é preciso esforço para a<br />

compreensão <strong>de</strong> novos conceitos e para a prática <strong>de</strong> novas habilida<strong>de</strong>s.<br />

etapas:<br />

Para a transformação <strong>de</strong> um novato em perito, elabora um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cinco<br />

a. Novato – apren<strong>de</strong> fatos e regras;<br />

b. Principiante avançado – a experiência começa a ser crucial, on<strong>de</strong> se<br />

coloca em prática os fatos e regras;<br />

c. Competente – se ganha competência conforme a complexida<strong>de</strong> da<br />

tarefa e per<strong>de</strong>-se a consciência <strong>de</strong> regras absolutas – o risco calculado;<br />

d. Proficiente – A análise e o cálculo racional parecem <strong>de</strong>saparecer, e<br />

emerge o inconsciente, apren<strong>de</strong>-se a “ler” as situações;<br />

e. Perito – a excelência no <strong>de</strong>sempenho passa a ser a natureza, veem e<br />

sentem intuitivamente.<br />

Neste mesmo direcionamento, Quinn et al (2003) trabalha a i<strong>de</strong>ia do gerente<br />

eficaz, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve:<br />

Integrar dinamicamente as competências <strong>de</strong> cada um dos papéis às<br />

situações; adquirir e saber utilizar essas competências associadas a cada<br />

papel gerencial e aproveitar as vantagens e minimizar as <strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong><br />

cada um dos Mo<strong>de</strong>los gerenciais.<br />

Na tabela 3 um resumo dos perfis gerenciais eficazes e ineficazes <strong>de</strong>scritos<br />

por Quinn et al (2003):<br />

Tabela 3 - Perfis gerenciais eficazes e perfis gerenciais ineficazes<br />

Fonte: Nóbrega (2011, p. 77) adaptado <strong>de</strong> Quinn et al (2003, p. 378-379).<br />

42


2.3 O COMPORTAMENTO HUMANO<br />

Buscar compreen<strong>de</strong>r a personalida<strong>de</strong> humana dividindo-a em tipos não é algo<br />

contemporâneo, remonta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong> e já se classificavam os homens pela<br />

distinção <strong>de</strong> suas personalida<strong>de</strong>s. Para melhor compreensão neste capítulo será<br />

estudado o comportamento humano através das classificações tipológicas.<br />

2.3.1 O comportamento humano estudado por tipologia – um resgate histórico<br />

Em algumas civilizações orientais como as da Mesopotâmia e a da China já<br />

era possível observar sistemas tipológicos <strong>de</strong>senvolvidos Zacharias (1995 apud<br />

SILVEIRA, 2006). Mais <strong>de</strong> 2600 anos antes <strong>de</strong> Cristo no antigo Império Chinês,<br />

Huang Ti, Imperador da época, sistematizou um calendário lunar associando cada<br />

dia, mês e ano <strong>de</strong> nascimento a um animal, associando e influenciando às<br />

características pessoais, às características dos animais, principalmente ao seu<br />

temperamento, <strong>de</strong>senvolvendo uma tipologia <strong>de</strong> acordo com o nascimento<br />

(ZACHARIAS, 1995 apud SILVEIRA, 2006).<br />

Outra tipologia da antiguida<strong>de</strong>, cujo uso se dá até a atualida<strong>de</strong>, é baseada na<br />

astrologia, on<strong>de</strong> os elementos que compõem o universo originam 12 signos do<br />

zodíaco (JUNG, 1991). No resgate histórico que aponta os trígonos dos elementos<br />

da natureza, ar, fogo, água e terra, que agrupam em 4 grupos <strong>de</strong> 3 signos os<br />

nascimentos, então as pessoas eram influenciadas pelo signo e pelo elemento<br />

<strong>de</strong>terminantes do seu nascimento, ou seja é associado a um <strong>de</strong>sses trígonos e seu<br />

temperamento e <strong>de</strong>stino é por ele influenciado (JUNG, 1991; LESSA, 2003).<br />

Morales (2004) em seu trabalho aponta ainda a tipologia quaternária da<br />

Bíblia, on<strong>de</strong> o profeta Ezequiel em 590 a.C. classificava a humanida<strong>de</strong> em “quatro<br />

criaturas viventes” com quatro faces: o leão, o boi, o homem e a águia.<br />

Historicamente a análise comportamental é referenciada também na Grécia<br />

antiga, on<strong>de</strong> empiricamente os comportamentos humanos eram <strong>de</strong>finidos por seus<br />

“humores” e estes estavam relacionados aos seus líquidos corporais. Galeano <strong>de</strong><br />

Pérgamo (129 a 199 d.C.), baseando-se nos estudos anteriores <strong>de</strong> Hipocrátes<br />

concretizou o estudo hipocrático conhecido como “doutrina dos quatro<br />

temperamentos” com divisão <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> comportamento humano, on<strong>de</strong> o<br />

43


<strong>de</strong>sequilíbrio <strong>de</strong> um dos elementos no corpo humano <strong>de</strong>terminaria sua<br />

personalida<strong>de</strong> (MORALES, 2004).<br />

Ele classificava a tipologia em quatro tipos: o sangue, que classificava uma<br />

pessoa como sanguínea; a bílis amarela, quando a pessoa era colérica; com<br />

excesso <strong>de</strong> fleuma produzia-se uma pessoa fleumática e, finalmente com excessiva<br />

bílis preta, um indivíduo melancólico (MATOS, 2008). O estudo <strong>de</strong> Galeano,<br />

conhecido como “tipologia galênica” permaneceu em uso por mais <strong>de</strong> 1800 anos,<br />

bem como os conhecimentos médicos <strong>de</strong>le e <strong>de</strong> Hipócrates, que continuaram em<br />

uso pelos estudos, inclusive nas Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Medicina da época (JUNG, 1991).<br />

2.3.1.1 Da tipologia junguiana às tipologias contemporâneas adaptadas<br />

Jung foi um dos autores que mais <strong>de</strong>senvolveu e estudou o comportamento e<br />

a personalida<strong>de</strong> humana, preocupando-se sempre com as relações humanas e o<br />

mundo externo (HALL; LINDZEY, 1973 apud SILVEIRA, 2006).<br />

Em 1921 Jung contribuiu para a compreensão da tipologia humana, com a<br />

publicação dos seus 20 anos <strong>de</strong> estudo no livro “Tipos Psicológicos”, neste estudo<br />

ele abalizou duas formas <strong>de</strong> comportamento dos indivíduos em relação ao objeto: os<br />

que focam sua atenção no mundo externo como sendo pessoas extrovertidas e as<br />

que focam o mundo interno ou impressões psíquicas ou indivíduos introvertidos<br />

(LESSA, 2003).<br />

Segundo Silveira (2006, p. 89) ele consi<strong>de</strong>rava “três dimensões, a saber:<br />

consciência, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo, sendo que o inconsciente<br />

correspon<strong>de</strong> à totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fenômenos psíquicos que não são conscientes”.<br />

Jung (1998) apresentou o consciente com sendo responsável pela adaptação<br />

e orientação no mundo, esta dimensão psíquica cujo centro coor<strong>de</strong>nador é o ego,<br />

que centraliza nossos <strong>de</strong>sejos e nossa atenção. O ego <strong>de</strong>scrito por Jung (1998)<br />

aponta a consciência como formadora da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, a consciência <strong>de</strong> existir, ele é<br />

mediador do consciente, essa consciência em contato com o mundo exterior permite<br />

a individualização do homem, traduz criativamente o mundo exterior em realida<strong>de</strong><br />

visível.<br />

No mesmo estudo Jung tipificou os indivíduos em oito tipos: quatro tipos<br />

irracionais e quatro tipos racionais que por sua vez são distinguidos por quatro<br />

funções, duas funções racionais: pensamento e sentimento e duas funções<br />

44


irracionais: percepção e intuição (FRANZ; HILLMAN, 2010). As funções racionais<br />

são as funções <strong>de</strong> julgamento, refletidas e influenciadas nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,<br />

enquanto as irracionais são apreendidas diretamente, sem julgamentos ou<br />

avaliações (LESSA, 2003).<br />

De acordo com Zacharias (1995 apud SILVEIRA, 2006) uma das maiores<br />

contribuições do postulado <strong>de</strong> Jung foi ser centrado <strong>de</strong> acordo como cada indivíduo<br />

se norteia preferencialmente no mundo. Contribuiu com a inovação no sistema<br />

tipológico, já que os estudos anteriores focavam principalmente, em padrões <strong>de</strong><br />

comportamento temperamental ou emocional.<br />

Para Franz e Hillman (2010) os quatro tipos irracionais da tipologia <strong>de</strong> Jung<br />

são: Perceptivo extrovertido; Perceptivo introvertido; Intuitivo extrovertido e Intuitivo<br />

introvertido. Para os mesmos autores os quatro tipos racionais da tipologia <strong>de</strong> Jung<br />

são: Pensativo extrovertido; Pensativo introvertido; Sentimental extrovertido e<br />

Sentimental introvertido.<br />

Através do estudo <strong>de</strong> Jung (1921) Briggs e Meyrs elaboraram em 1940 um<br />

instrumento que i<strong>de</strong>ntificava os Tipos Psicológicos Junguianos, ainda hoje utilizado<br />

como uma das ferramentas <strong>de</strong> análise comportamental a MBTI (Myers-Briggs Type<br />

Indicator), levando em consi<strong>de</strong>ração que a ferramenta avalia as preferências dos<br />

indivíduos e não suas habilida<strong>de</strong>s (LESSA, 2008).<br />

Segundo Vergílio e Vanalle (2005, p. 3) em 1994 essa ferramenta já havia<br />

sido aplicada em mais <strong>de</strong> 2,5 milhões <strong>de</strong> pessoas pelo mundo e através <strong>de</strong> um<br />

sistema <strong>de</strong> “quatro diferentes pares <strong>de</strong> atributos para criar uma matriz <strong>de</strong> 16 tipos <strong>de</strong><br />

personalida<strong>de</strong>: extroversão versus introversão; sensação versus intuição;<br />

pensamento versus sentimento e julgamento versus percepção”.<br />

Quadro 5 - Características básicas <strong>de</strong> acordo com o sistema <strong>de</strong> Jung<br />

E Extraverted (Estrovertido) I Introverted (Introvertido)<br />

S Sensory (Sensorial) N Intuitive (Intuitivo)<br />

T Thinking (Reflexivo) F Feeling (Sentimento)<br />

J Judging (Julgador) P Perceiving (Percepção)<br />

Fonte: Keirsey (1998 apud SERTEK, 2006, p.112).<br />

Nos anos vinte Marston (1928) levantou a teoria do comportamento humano a<br />

partir <strong>de</strong> seus estudos a resultante da análise <strong>de</strong> duas dimensões bipolares, uma<br />

exterior e outra interior. Partindo <strong>de</strong>sse estudo <strong>de</strong>senvolveu a Análise <strong>de</strong> Perfil<br />

45


Pessoal (PPA), posteriormente sistematizada por Hendrickson na década <strong>de</strong> 50<br />

(VERGÍLIO; VANALLE, 2005).<br />

As duas dimensões que originaram a matriz que <strong>de</strong>fine a interação do<br />

indivíduo com o meio através <strong>de</strong> padrões típicos, com quatro características<br />

distintas: Dominância, Influência, Estabilida<strong>de</strong>, Conformida<strong>de</strong>, que origina o acróstico<br />

e <strong>de</strong>signação DISC. Na teoria Marston (1928) ilustrou que a maioria das pessoas é<br />

capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar esses quatro padrões em momentos diferentes e sob o mesmo<br />

estímulo, com esse estudo foi possível i<strong>de</strong>ntificar as características que compõe o<br />

perfil <strong>de</strong> um ser humano, sendo uma <strong>de</strong> suas maiores contribuições. Contudo, foi<br />

possível também verificar que um indivíduo <strong>de</strong>senvolve, por meio <strong>de</strong> aprendizagem<br />

e reforço, um estilo <strong>de</strong> vida que enfatize mais alguns aspectos comportamentais e<br />

menos outros. (MATOS, 2008). O trabalho <strong>de</strong> Marston é base conceitual <strong>de</strong> várias<br />

ferramentas utilizadas mundialmente no levantamento <strong>de</strong> características pessoais<br />

que são empregadas na atualida<strong>de</strong> (VERGÍLIO; VANALLE, 2005).<br />

A seguir um resumo das tipologias ao longo dos tempos:<br />

AUTOR<br />

Quadro 6 - Resumo das tipologias<br />

TIPOLOGIAS<br />

Astrologia Terra Água Fogo Ar<br />

Ezequiel(590<br />

a.C).<br />

Leão Boi Homem Águia<br />

Platão (340 a.C.) Artesão Guardião I<strong>de</strong>alista Dialético<br />

Aristótales<br />

a.C.)<br />

(325 Hedônico Proprietário Ético Dialético<br />

Hipócrates<br />

a.C.)<br />

(370 Sanguíneo Melancólico Colérico Fleumático<br />

Paracelsus<br />

d.C.)<br />

(190 Mutável Laborioso Inspirado Curioso<br />

Adickes (1905) Inovador Tradicional Doutrinal Cético<br />

Spranger 1914 Estático Econômico Religioso Teórico<br />

Kretschmer Picnico Leptossômico Atlético Displástico<br />

(1920)<br />

Jung (1921) Produtor Sensitivo Intuitivo Analítico<br />

From (1947) Explorador Poupador Receptivo Marketing<br />

Myers (1958) Experimentador Planificador Amistoso Objetivo<br />

Marston (1928) Dominância Influência Estabilida<strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong><br />

Fonte: Elaboração e adaptação <strong>de</strong> KEIRSEY (1998); SERTEK (2002); MATOS (2008).<br />

Muitos instrumentos e testes ao longo dos tempos foram usados para aferir<br />

personalida<strong>de</strong>, comportamento e inteligência. Matos (2008) faz um resgate <strong>de</strong> vários<br />

<strong>de</strong>sses instrumentos, que são reunidos ao final <strong>de</strong>sse trabalho.<br />

Cada estudo, em seu tempo, contribuiu <strong>de</strong> forma significativa para a<br />

formatação do conhecimento do ser humano. Durante toda evolução dos trabalhos<br />

46


acerca da personalida<strong>de</strong> como influencia <strong>de</strong>terminante do comportamento humano<br />

evoluiu com os sistemas <strong>de</strong> tipologia, tendo como expoente Jung que fundamentou<br />

os postulados mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> estudo do início do <strong>de</strong>senvolvimento da tipologia<br />

junguiana até a expansão do seu trabalho com a adaptação por vários trabalhos<br />

posteriores.<br />

2.4 AVALIANDO PERFIS PROFISSIONAIS E COMPORTAMENTAIS<br />

2.4.1 A metodologia DISC e a ferramenta ETALENT<br />

O metodologia/ferramenta foi elaborado pela ETALENT empresa que atua há<br />

mais <strong>de</strong> 20 anos, oferecendo soluções em gestão <strong>de</strong> pessoas e carreiras. A<br />

expertise <strong>de</strong>senvolvida, através da Metodologia DISC, amplamente utilizada em todo<br />

mundo, com base na elaboração DISC <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Perfil Comportamental,<br />

baseado no estudo <strong>de</strong>senvolvido por Marston (1928), presente em mais <strong>de</strong> 60<br />

países e utilizado por milhões <strong>de</strong> pessoas e empresas.<br />

A metodologia contempla a existência <strong>de</strong> quatro fatores comportamentais que<br />

estão presentes em todos os seres humanos, cada um em diferentes graus <strong>de</strong><br />

intensida<strong>de</strong> e variam <strong>de</strong> pessoa para pessoa. As características presentes <strong>de</strong>finem a<br />

essência <strong>de</strong> um indivíduo, contribuem para a formação <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> suas<br />

competências e <strong>de</strong> como se adaptam às realida<strong>de</strong>s que se apresentam. Marston<br />

(1928) os <strong>de</strong>nominou <strong>de</strong> Dominância, Influência, eStabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong>,<br />

conhecido mundialmente pelo acróstico DISC. O relatório DISC da ETALENT foi<br />

pesquisado e adaptado ao perfil brasileiro ao longo <strong>de</strong> 20 anos <strong>de</strong> pesquisa<br />

realizadas com mais 2 milhões <strong>de</strong> pessoas. (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS,<br />

2008).<br />

2.4.1.1 Dominância<br />

O primeiro fator da metodologia DISC é a dominância, as pessoas<br />

i<strong>de</strong>ntificadas neste perfil geralmente são ativas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e dinâmicas, com<br />

uma li<strong>de</strong>rança nata, além <strong>de</strong> serem objetivas, assertivas, orientadas a resultados e<br />

estimuladas por <strong>de</strong>safios. Po<strong>de</strong>m ten<strong>de</strong>r a emoções violentas sob certas condições.<br />

O “Alto D” é reconhecidamente um empreen<strong>de</strong>dor, gostam <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios e não<br />

47


costumam recuar diante <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s ou riscos (MATOS, PORTELA, 2006;<br />

MATOS, 2008).<br />

Quando possui alta ou baixa dominância no perfil a pessoa ten<strong>de</strong> a<br />

apresentar <strong>de</strong>terminadas características conforme resumo no quadro 7:<br />

Quadro 7 – Principais características dos fatores DISC – Dominância<br />

ALTA DOMINÂNCIA BAIXA DOMINÂNCIA<br />

Possui iniciativa Conservador<br />

É competitivo Reservado<br />

Busca resultados Pouco agressivo<br />

Elevada autoestima Diplomático<br />

Assertivo Cauteloso<br />

Assume o po<strong>de</strong>r Mo<strong>de</strong>rado<br />

Determinado Despretensioso<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />

2.4.1.2 Influência<br />

O segundo fator DISC é a influência, as pessoas i<strong>de</strong>ntificadas neste perfil são<br />

associadas à comunicação, à extroversão, à abertura e ao relacionamento com as<br />

pessoas. A forma calorosa e amigável com que se relacionam permite alta<br />

sociabilida<strong>de</strong>. Conhecidos como “Altos I” são integradores, possuem extrema<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se encontrar e conversar com outras pessoas (MATOS; PORTELA,<br />

2006; MATOS, 2008).<br />

Naturalmente os Altos I são confiantes e pouco maliciosos, socialmente<br />

confiantes, impulsivos e com necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impressionar quem os ro<strong>de</strong>ia. Sua<br />

facilida<strong>de</strong> natural em comunicação permite sair <strong>de</strong> situações complexas, causadas<br />

muitas vezes pela própria falta <strong>de</strong> tato (MATOS, PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

Quando possui alta ou baixa influência no perfil a pessoa ten<strong>de</strong> a apresentar<br />

<strong>de</strong>terminadas características conforme resumo no quadro que se segue:<br />

48


Quadro 8 - Principais características dos fatores DISC – Influência<br />

ALTA INFLUÊNCIA BAIXA INFLUÊNCIA<br />

Empático Sério<br />

Confiante Lógico<br />

Otimista Cético<br />

Persuasivo Formal<br />

Participativo Reservado<br />

Sociável Reflexivo<br />

Positivo Racional<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />

2.4.1.3 Estabilida<strong>de</strong><br />

O terceiro fator DISC é a estabilida<strong>de</strong>, representado pela letra “S”, são<br />

pessoas i<strong>de</strong>ntificadas, associadas à pon<strong>de</strong>ração, ao alto nível <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>.<br />

Pacientes, possuem simpatia e lealda<strong>de</strong>, excelentes para funções <strong>de</strong> apoio por<br />

terem profundo interesse nos sentimentos alheios. Com <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> alto<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> concentração os chamados “Altos S” continuam concentrados em tarefas<br />

rotineiras até a conclusão <strong>de</strong> uma tarefa, por isso são também conhecidos como<br />

organizadores (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

Não gostam <strong>de</strong> mudanças, preferem ambientes previsíveis, atuam <strong>de</strong> forma<br />

mais passiva e evitam ao máximo as confrontações e conflitos. Quando possui alta<br />

ou baixa estabilida<strong>de</strong> no perfil a pessoa ten<strong>de</strong> a apresentar <strong>de</strong>terminadas<br />

características conforme resumo no quadro 9:<br />

Quadro 9 - Principais características dos fatores DISC – Estabilida<strong>de</strong><br />

ALTA ESTABILIDADE BAIXA ESTABILIDADE<br />

Bom ouvinte Ativo<br />

Auto controlado Inquieto<br />

Paciente Impetuoso<br />

Amável Urgente<br />

Previsível Tem muita energia<br />

Tenaz Gosta <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong><br />

Pon<strong>de</strong>rado Flexível<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />

49


2.4.1.4 Conformida<strong>de</strong><br />

O quarto fator DISC é a conformida<strong>de</strong>, talvez o mais complexo dos fatores,<br />

pessoas i<strong>de</strong>ntificadas com esse perfil são associadas a regras, ao alto nível <strong>de</strong><br />

sofisticação. Estruturados, <strong>de</strong>talhistas, precisos e exatos, naturalmente passivos e<br />

reticentes. Os chamados “Altos C” são conhecidos como planejadores pela exatidão,<br />

organização e trabalho técnico. São também dominantes no <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> controlarem o<br />

ambiente, apesar <strong>de</strong> passivos no estilo, são orientados por regras e normas rígidas<br />

<strong>de</strong> conduta, são “seguidores do manual” (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

Por supervalorizarem regras, muitas vezes são afetadas em vários aspectos<br />

da vida, pois ten<strong>de</strong>m a dar extrema importância à etiqueta e à tradição. São atraídos<br />

para trabalhos que necessitem <strong>de</strong> muitas especificações técnicas. Quando possui<br />

alta ou baixa conformida<strong>de</strong> no perfil a pessoa ten<strong>de</strong> a apresentar <strong>de</strong>terminadas<br />

características conforme resumo no quadro 10:<br />

Quadro 10 - Principais características dos fatores DISC – Conformida<strong>de</strong><br />

ALTA CONFORMIDADE BAIXA CONFORMIDADE<br />

Auto disciplinado Firme<br />

Bom senso Persistente<br />

Preciso Audacioso<br />

Detalhista In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

Precavido Espírito <strong>de</strong> aventura<br />

Orientado para procedimentos Capaz <strong>de</strong> assumir riscos<br />

Perfeccionista Impulsivo<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />

Outros elementos <strong>de</strong>vem ser evi<strong>de</strong>nciados para cada perfil <strong>de</strong> acordo com o<br />

resumo <strong>de</strong>monstrado no quadro 11:<br />

50


Quadro 11 – Compilação dos elementos importantes do perfil DISC<br />

DOMINÂNCIA INFLUÊNCIA ESTABILIDADE CONFORMIDADE<br />

Calado,<br />

<strong>de</strong>sconfiado, gosta<br />

Influenciar e<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes, <strong>de</strong><br />

motivar pessoas,<br />

regras e normas,<br />

Po<strong>de</strong>r, rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> comunicativo,<br />

<strong>de</strong> trabalhar<br />

<strong>de</strong>cisão,<br />

confiante, intuitivo, Pessoa<br />

sozinho. Não<br />

agilida<strong>de</strong>, otimista,<br />

organizada e expressa seus<br />

iniciativa, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gosta <strong>de</strong> ter tudo sentimentos.<br />

competitivo e, convencer, que precisa no Analisa o passado,<br />

direto, agressivo, emotivo e lugar. É sensível e compara com o<br />

voltado para o <strong>de</strong>monstra muito voltado para presente e projeta<br />

Características futuro.<br />

empatia.<br />

o passado. para o futuro<br />

Imediatos e que<br />

De longo prazo,<br />

tragam<br />

Imediatos e que De longo prazo e com o objetivo <strong>de</strong><br />

lucrativida<strong>de</strong>. tragam satisfação que sejam atingir a garantia<br />

Utiliza-se do para as pessoas. confiáveis e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

comando e <strong>de</strong> Utiliza-se da permanentes. Utiliza-se do<br />

or<strong>de</strong>ns para persuasão e da Utiliza-se <strong>de</strong> planejamento para<br />

alcançar os motivação para persistência para alcançar os<br />

Busca resultados resultados. alcançá-los alcançá-los. resultados.<br />

Perda <strong>de</strong><br />

Tempo<br />

liberda<strong>de</strong>,<br />

insuficiente,<br />

trabalhar sozinho, Excesso <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> objetivo,<br />

Repressão, rotina, rotina, pren<strong>de</strong>r-se solicitações, trabalhar em<br />

normas e nem <strong>de</strong> às regras, não mudanças e falta grupo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r<br />

Não gosta receber or<strong>de</strong>ns.<br />

Arrogância,<br />

centralizador,<br />

competição<br />

participar. <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições. dos outros.<br />

<strong>de</strong>smedida,<br />

Medo <strong>de</strong> mudar,<br />

atropela as<br />

medo <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r,<br />

pessoas, não se<br />

medo <strong>de</strong> falar,<br />

submete, não Inconsequência, medo <strong>de</strong> ser, Rigi<strong>de</strong>z, crítica,<br />

sabe parar, não irresponsabilida<strong>de</strong>, engole sapos, isolamento,<br />

sabe se divertir, rebeldia,<br />

magoa-se teimosia,<br />

não aceita impaciência, facilmente, fanatismo,<br />

inter<strong>de</strong>pendência, inconveniência, acomoda-se, não convencimento,<br />

<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra as procrastinação e ocupa seu não se expõe,<br />

Desequilíbrio pessoas<br />

adaptação.<br />

Priorizar a si<br />

mesmo, ver o<br />

espaço.<br />

soberba.<br />

ganho pessoal, Desenvolver seu<br />

Ver o outro, continuida<strong>de</strong>, eixo, usar o corpo, Dividir, partilhar,<br />

compartilhar, aperfeiçoamento, ver o óbvio, se ajudar, criar<br />

inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r, sair da emoção e expor,<br />

empatia, sentir,<br />

Precisa apren<strong>de</strong>r relaxar, paciência. disciplina. movimentar-se. sonhar.<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />

Torna-se fundamental evi<strong>de</strong>nciar que não existe um perfil ou fator melhor ou<br />

pior, quando se elabora um perfil profissional/comportamental DISC, traçando um<br />

estilo <strong>de</strong> comportamento, com os pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>staques (os pontos fortes) e os pontos<br />

que não se <strong>de</strong>stacam (as <strong>de</strong>ficiências, ou pontos <strong>de</strong> alavancagem). Muitas vezes é<br />

comum encontrar um estilo <strong>de</strong> comportamentos on<strong>de</strong> prevalece apenas um fator -<br />

51


uma pessoa, alto D, <strong>de</strong> estilo altamente Dominante ou um alto “S” <strong>de</strong> extrema<br />

Estabilida<strong>de</strong>. Porém o mais comum e frequente é a composição entre dois <strong>de</strong>sses<br />

fatores, o que leva a interpretações mais complexas.<br />

Entretanto, o entendimento inicial dos fatores básicos alicerçarão as<br />

interpretações das composições <strong>de</strong> fatores. “Os fatores ajudam a <strong>de</strong>finir as<br />

motivações e <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> uma pessoa, suas aversões e do que não gostam, além do<br />

seu estilo geral <strong>de</strong> comportamento”. (MATOS, 2012).<br />

Baixo:<br />

A tabela 4 é o resumo dos fatores quando são apresentados em Alto ou<br />

Fonte: Adaptado pela autora (MATOS, 2012).<br />

Tabela 4 - Resumo dos Fatores <strong>de</strong> Alto e Baixo<br />

Segundo Matos (2012) alguns verbos são i<strong>de</strong>ntificadores dos fatores DISC,<br />

através <strong>de</strong>les é possível compreen<strong>de</strong>r em parte os perfis.<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS (2012).<br />

Quadro 12 - Verbos i<strong>de</strong>ntificadores dos fatores DISC<br />

52


Compreen<strong>de</strong>r os fatores individuais e <strong>de</strong> suas equipes propociona aos<br />

gestores e as próprias pessoas os pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque e as <strong>de</strong>ficiências, isso amplia<br />

as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> autoconhecimento, auto<strong>de</strong>senvolvimento e direcionamento <strong>de</strong><br />

metas e objetivos.<br />

A partir das informações iniciais, o relatório DISC ETALENT propicia uma<br />

série <strong>de</strong> informações conforme se seguem.<br />

2.4.2 Perfis Gerados<br />

A ferramenta DISC gera quatro tipos <strong>de</strong> gráficos para análise na elaboração<br />

do perfil comportamental:<br />

2.4.2.1 Perfil Estrutural<br />

Este gráfico representa a essência da pessoa, com características que<br />

<strong>de</strong>screvem o verda<strong>de</strong>iro estilo comportamental quando está completamente à<br />

vonta<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong> ser percebido também quando a pessoa é exposta a uma situação <strong>de</strong><br />

intensa pressão, já que tal condição limita a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação. Este perfil<br />

ten<strong>de</strong> a permanecer mais constante ao longo do tempo (MATOS; PORTELA, 2006;<br />

MATOS, 2008).<br />

Abaixo um exemplo <strong>de</strong> um perfil estrutural:<br />

2.4.2.2 Perfil Adaptado<br />

Figura 5 – Perfil Estrutural<br />

Fonte: Gerado a partir do relatório DISC ETALENT (2012).<br />

Este gráfico <strong>de</strong>screve o comportamento o que está se apresentando,<br />

consciente ou inconscientemente, no presente momento. São as características que<br />

53


a pessoa tentará utilizar no ambiente <strong>de</strong> trabalho, como resposta ao que julga ser a<br />

<strong>de</strong>manda <strong>de</strong>le (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

Segue um exemplo do perfil adaptado:<br />

2.4.2.3 Perfil Resultante<br />

Figura 6 – Perfil Adaptado<br />

Fonte: Gerado a partir do relatório DISC ETALENT (2012).<br />

Este perfil é o comportamento mais provável no momento <strong>de</strong> uma avaliação,<br />

pois é o resultado da combinação do Perfil Estrutural e com o Perfil Adaptado.<br />

(MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

Segue um exemplo do perfil resultante:<br />

2.4.2.4 Perfil <strong>de</strong> Mudança<br />

Figura 7 – Perfil Resultante<br />

Fonte: Gerado a partir do relatório DISC ETALENT (2012).<br />

Representa as possíveis mudanças entre o Perfil Estrutural e o Adaptado,<br />

indicando, a ampliação ou a diminuição da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um dos fatores<br />

DISC. (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

Segue um exemplo do perfil <strong>de</strong> mudança:<br />

54


2.4.3 Outras análises<br />

Figura 8 – Perfil <strong>de</strong> Mudança<br />

Fonte: Gerado a partir do relatório DISC ETALENT (2012).<br />

O relatório gerado pela ferramenta comportamental DISC é rico e composto<br />

<strong>de</strong> outras análises <strong>de</strong>scritivas, que propiciam um suporte e apoio estratégico na<br />

administração das organizações contemporâneas.<br />

Dentre os relatórios são apresentados os seguintes:<br />

2.4.3.1 Resumo do comportamento<br />

Neste item são especificados os comentários gerais sobre o estilo <strong>de</strong><br />

comportamento do analisado, indicando os principais fatores por trás da conduta do<br />

perfil da pessoa entrevistada. (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

Segue-se um exemplo <strong>de</strong> uma análise:<br />

Maria Fictícia tem bastante confiança em si mesma, e por isso se sente<br />

extremamente à vonta<strong>de</strong> em situações sociais. Gosta <strong>de</strong> conhecer gente<br />

nova, e também sempre busca novos <strong>de</strong>safios no trabalho. Ten<strong>de</strong> a<br />

valorizar as amiza<strong>de</strong>s antigas, mas po<strong>de</strong> se sentir entediada se tiver que<br />

trabalhar por muito tempo em uma posição <strong>de</strong> apoio, on<strong>de</strong> sinta que sua<br />

in<strong>de</strong>pendência e suas iniciativas não são bem aproveitadas. Gosta <strong>de</strong> ser<br />

reconhecida por seu trabalho, e busca a aprovação das pessoas ao seu<br />

redor. É flexível e muitas vezes é capaz <strong>de</strong> encontrar soluções para as<br />

situações mais complicadas.<br />

Neste item é avaliado o gráfico do perfil resultante.<br />

2.4.3.2 Características que se <strong>de</strong>stacam<br />

Neste item são especificados os pontos <strong>de</strong>stacados associados ao estilo da<br />

pessoa. Pontos positivos, que favorecem o comportamento e a personalida<strong>de</strong> na<br />

55


execução <strong>de</strong> tarefas ou no ambiente social ou profissional (MATOS; PORTELA,<br />

2006; MATOS, 2008).<br />

(Anexo B).<br />

É possível verificar o exemplo a partir do anexo <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório<br />

Neste item é avaliado o gráfico do perfil resultante.<br />

2.4.3.3 Características que não se <strong>de</strong>stacam<br />

Neste item são especificados os pontos <strong>de</strong> melhoria, ou que não estão<br />

presentes, ou sem <strong>de</strong>staque associados ao estilo da pessoa. Sejam no perfil<br />

profissional ou pessoal (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

Como o anterior, o exemplo consta do mo<strong>de</strong>lo (anexo B) do relatório DISC.<br />

Também é avaliado pelo gráfico do perfil resultante.<br />

2.4.3.4 Como se motiva<br />

Neste item são especificadas as motivações primárias <strong>de</strong> uma pessoa<br />

(MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

Neste caso é avaliado pelo gráfico do perfil estrutural.<br />

A motivação sempre permeou o estudo do comportamento humano ao longo<br />

<strong>de</strong> toda história. Até os dias <strong>de</strong> hoje as teorias procuram relacionar a motivação com<br />

o comportamento humano.<br />

Para que exista a compreensão da motivação é necessário inicialmente<br />

compreen<strong>de</strong>r o conceito. Todorov e Moreira (2005) compilaram os conceitos em<br />

or<strong>de</strong>m cronológica, que são resumidos no quadro 13:<br />

56


Quadro 13 - Motivação - Cronologia dos conceitos<br />

Autor/es Definição<br />

Uma busca dos <strong>de</strong>terminantes (todos os <strong>de</strong>terminantes) da<br />

Young, 1961, p. 24 ativida<strong>de</strong> humana e animal.<br />

Kimble; Garmezy, 1963, p. A proprieda<strong>de</strong> básica dos motivos é a energização do<br />

405<br />

comportamento.<br />

Lewis, 1963, p. 560 O energizador do comportamento.<br />

Po<strong>de</strong>-se falar em uma teoria da motivação e significar uma<br />

concepção coerente dos <strong>de</strong>terminantes contemporâneos da<br />

Atkinson, 1964, p. 274 direção, do vigor e da persistência da ação.<br />

Motivação: o termo geral que <strong>de</strong>screve o comportamento regulado<br />

Deese, 1964, p. 404 por necessida<strong>de</strong> e instinto com respeito a objetivos.<br />

Motivação é um termo como aprendizagem no sentido <strong>de</strong> que tem<br />

sido usado <strong>de</strong> numerosas maneiras, com vários graus <strong>de</strong> precisão.<br />

Não nos preocuparemos com seu sentido exato, principalmente<br />

Logan; Wagner, 1965, p. 91 porque não tem sido usado <strong>de</strong> maneira precisa neste contexto.<br />

A psicologia ten<strong>de</strong> a limitar a palavra motivação [...] aos fatores<br />

envolvidos em processos <strong>de</strong> energia, e a incluir outros fatores na<br />

Cofer, 1972, p. 2<br />

<strong>de</strong>terminação do comportamento.<br />

Motivação, como muitos outros conceitos na psicologia, não é<br />

facilmente <strong>de</strong>limitado [...] inferimos que 'uma pessoa está motivada'<br />

com base em comportamentos específicos que a pessoa manifesta<br />

ou com base em eventos específicos que observamos estarem<br />

Ferguson, 1976, p. 3 ocorrendo.<br />

A questão da motivação é a questão 'por que' formulada no<br />

contexto do comportamento. Interrogações <strong>de</strong>sse teor po<strong>de</strong>m ser<br />

feitas in<strong>de</strong>finidamente e limitamos o âmbito <strong>de</strong> nossas respostas ao<br />

que <strong>de</strong>lineamos, com certa precisão, como a disciplina da<br />

Evans, 1976, p. 23 psicologia.<br />

Catania, 1979, p. 61<br />

Rogers, Ludington;<br />

Graham, 1997, p. 2<br />

Dweck, 1999, p. 134<br />

Lieury; Fenouillet, 2000, p.<br />

9<br />

Mudanças na significância <strong>de</strong> estímulos são a preocupação básica<br />

do estudo da motivação<br />

Sempre que sentimos um <strong>de</strong>sejo ou necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algo, estamos<br />

em um estado <strong>de</strong> motivação. Motivação é um sentimento interno é<br />

um impulso que alguém tem <strong>de</strong> fazer alguma coisa<br />

Os motivos são concebidos [...] como forças que são moldadas pela<br />

experiência.<br />

[...] a motivação é o conjunto <strong>de</strong> mecanismos biológicos e<br />

psicológicos que possibilitam o <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar da ação, da orientação<br />

(para uma meta ou, ao contrário, para se afastar <strong>de</strong>la) e, enfim, da<br />

intensida<strong>de</strong> e da persistência: quanto mais motivada a pessoa está,<br />

mais persistente e maior é a ativida<strong>de</strong>.<br />

Em abordagem operacional, (motivação) é o conjunto <strong>de</strong> relações<br />

entre as operações <strong>de</strong> estimulação ou privação e as modificações<br />

observadas no comportamento que se processa após as citadas<br />

Penna, 2001, p. 19 operações.<br />

[...] intrinsic motivation occurs when three ''psychological states” are<br />

present: experienced meaningfulness of the work, experienced<br />

responsibility for outcomes of the work, and knowledge of actual<br />

Thomas, 2002, p. 116 results of the work.<br />

A motivação tem sido entendida ora como um fator psicológico, ou<br />

conjunto <strong>de</strong> fatores, ora como um processo. Existe um consenso<br />

generalizado entre os autores quanto à dinâmica <strong>de</strong>sses fatores<br />

psicológicos ou do processo, em qualquer ativida<strong>de</strong> humana. Eles<br />

levam a uma escolha, instigam, fazem iniciar um comportamento<br />

Bzuneck, 2004, p. 9 direcionado a um objetivo [...].<br />

Fonte: Adaptado pela autora (TODOROV; MOREIRA, 2005).<br />

57


Godoi (2001 apud SILVEIRA, 2006 p. 28) <strong>de</strong>fine através <strong>de</strong> um consenso, que<br />

a motivação é “um conjunto <strong>de</strong> processos implicados na ativação, direção,<br />

intensida<strong>de</strong> e persistência da conduta dos indivíduos”. Desta feita a motivação é a<br />

força propulsora para o comportamento humano.<br />

Muitas teorias ao longo da história procuraram explicar o que motiva o que<br />

impulsiona o comportamento do homem.<br />

história:<br />

O quadro 14 compila as teorias e suas principais características ao longo da<br />

Quadro 14 - Resumo das teorias motivacionais<br />

TEORIA AUTOR/ES PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS<br />

Teorias<br />

Hedonistas<br />

Teorias do<br />

Instinto<br />

Filósofos dos<br />

séculos XVIII e<br />

XIX<br />

William James,<br />

Sigmund Freud e<br />

William<br />

McDougal<br />

Teoria das<br />

Necessida<strong>de</strong>s Abraham Maslow<br />

Teoria das<br />

Necessida<strong>de</strong>s<br />

(Teoria X e Y)<br />

Teoria dos dois<br />

fatores<br />

Douglas<br />

McGregor<br />

Fre<strong>de</strong>rick<br />

Herzberg<br />

Teoria da<br />

Equida<strong>de</strong> J. Stacey Adams<br />

Teoria do<br />

Reforço<br />

Burrhus E.<br />

Skinner<br />

Teoria da<br />

Expectância Victor Vroom<br />

Teoria das<br />

Necessida<strong>de</strong>s<br />

Manifestas Henry Murray<br />

58<br />

Defendiam o princípio <strong>de</strong> que o comportamento humano achase<br />

especialmente orientado para o prazer e consequentemente<br />

procura evitar a dor e o sofrimento.<br />

Tiveram inspiração não trabalho <strong>de</strong> Darwin e <strong>de</strong>fendiam o ponto<br />

<strong>de</strong> vista <strong>de</strong> alguns comportamentos mais simples, como reflexos<br />

incondicionados, herdados e outras ações mais complexas<br />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>nominadas instintos, que tem como objetivo<br />

principal preservar a espécie.<br />

Segundo Maslow, o comportamento humano é <strong>de</strong>terminado por<br />

suas necessida<strong>de</strong>s. Organizada em formato <strong>de</strong> pirâmi<strong>de</strong>,<br />

partindo da base com as necessida<strong>de</strong>s fisiológica, <strong>de</strong><br />

segurança, sociais, <strong>de</strong> estima e finalmente <strong>de</strong> autorealização.<br />

Dois estilos antagônicos: <strong>de</strong> um lado, um estilo baseado na<br />

teoria tradicional, excessivamente mecanicista e pragmática<br />

(teoria X), que apregoava que o homem é por natureza<br />

indolente e trabalha o menos possível e, <strong>de</strong> outro, um estilo<br />

baseado nas concepções mo<strong>de</strong>rnas a respeito do<br />

comportamento humano (teoria Y) on<strong>de</strong> esforço físico e mental<br />

para o trabalhador é tão natural quanto à diversão e o repouso.<br />

Desenvolveu a teoria que havia dois conjuntos <strong>de</strong><br />

necessida<strong>de</strong>s: os fatores higiênicos que são extrinsecos,<br />

externos aos indivíduos e não estão sob seu controle e fatores<br />

motivacionais que são intrínsecos, internos e que estão sob o<br />

controle dos indivíduos.<br />

Baseia-se principalmente na percepção <strong>de</strong> justiça por parte das<br />

pessoas, ou seja, as pessoas costumam fazer comparações e<br />

<strong>de</strong>sejam equida<strong>de</strong> ou justiça.<br />

O comportamento é <strong>de</strong>terminado por suas consequências, com<br />

reforços positivos (recompensas, elogios, prestigio, entre outros)<br />

e reforço negativo (retirada <strong>de</strong> algo importante, punições,<br />

advertência, etc).<br />

A motivação po<strong>de</strong> ser explicada em função dos objetivos e das<br />

escolhas dos indivíduos e <strong>de</strong> suas expectativas em atingir esses<br />

objetivos. Defen<strong>de</strong> que a força da motivação(M) <strong>de</strong> uma pessoa<br />

correspon<strong>de</strong> ao produto do valor previsto por si atribuído a um<br />

objetivo (V=Valência) pela probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alcançar esse<br />

mesmo objetivo (E=Expectativa): M = V . E<br />

Define as necessida<strong>de</strong>s como preocupações recorrentes com<br />

<strong>de</strong>terminadas metas ou situações finais. Cada necessida<strong>de</strong> é<br />

composta por dois elementos: o objeto para qual a necessida<strong>de</strong><br />

está voltada e a força da necessida<strong>de</strong> daquele objeto.


Teoria das<br />

Necessiada<strong>de</strong>s Davis McClelland<br />

Teoria da<br />

Aprendizagem<br />

social Albert Bandura<br />

Teoria ERG Clayton Al<strong>de</strong>rfer<br />

Teoria da<br />

Modificação do<br />

Comportament<br />

o<br />

Organizacional<br />

Teoria da<br />

Definição <strong>de</strong><br />

Objetivos<br />

Teoria da<br />

Avaliação<br />

Fred Luthans e<br />

Robert Kreitner<br />

Edwin Locke e<br />

Gary Latham<br />

Cognitiva Edward Deci<br />

59<br />

Baseia-se que a motivação parte <strong>de</strong> três necessida<strong>de</strong>s: <strong>de</strong><br />

realização, que traduz o <strong>de</strong>sejo da pessoa em atingir objetivos;<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, isto é, o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> controlar, <strong>de</strong>cidir e <strong>de</strong> influenciar<br />

ou ser responsável pelo <strong>de</strong>sempenho dos outros; <strong>de</strong> afiliação,<br />

que representa o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> manter relações pessoais estreitas<br />

e <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>.<br />

É uma observacional que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que as pessoas apren<strong>de</strong>m<br />

comportamentos observando os outros e mo<strong>de</strong>lando os<br />

comportamentos que percebem como eficazes.<br />

Existem três grupos <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s: existence (E) ou<br />

existência, equivalente às necessida<strong>de</strong>s básicas, fisiológicas e<br />

<strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> Maslow; relatedness (R) ou relacionamento.<br />

Contrapõem-se a Maslow, pois afimam que as necessida<strong>de</strong>s<br />

humanas são lineares.<br />

Consi<strong>de</strong>ra que o comportamento humano é produto <strong>de</strong><br />

estímulos do meio exterior. Desta feita o comportamento das<br />

pessoas po<strong>de</strong> ser previsto e controlado, já que <strong>de</strong> acordo com<br />

esta teoria o comportamento recompensado ten<strong>de</strong> a ser<br />

repetido, enquanto que o comportamento que é punido ten<strong>de</strong> a<br />

ser eliminado.<br />

Baseia-se na premissa <strong>de</strong> que o comportamento é regulado por<br />

valores e metas.<br />

Esta teoria sugere que existem dois subsistemas motivacionais.<br />

Um subsistema intrínseco com locus <strong>de</strong> controle interno. O<br />

outro subsistema é composto por fatores extrínsecos, com locus<br />

<strong>de</strong> controle externo.<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> BANOV (2011); WAGNER III; HOLLENBECK (2004); BERGAMINI (2010);<br />

AGUIAR (2009); ROBBINS (2004); MOTTA; VASCOCELOS (2006).<br />

Resumindo o estudo das teorias, é possível inferir que a motivação é<br />

intrínseca ao ser humano, levando-o a se comportar <strong>de</strong> várias maneiras e <strong>de</strong> acordo<br />

com as suas necessida<strong>de</strong>s. O que motiva o ser humano é complexo, subjetivo e<br />

relacionado com a personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um. As ações humanas estão associadas<br />

aos motivos, ou seja, o que leva o indivíduo a realizar uma ação. Sendo assim, a<br />

motivação é algo que cada indivíduo possui por si e em si mesmo, perpassa pelo<br />

ambiente on<strong>de</strong> estão inseridos e que assim influenciam direta ou indiretamente o<br />

seu comportamento, propiciando o <strong>de</strong>senvolvimento e fundamentando o<br />

comportamento humano.<br />

O exemplo da leitura e interpretação consta do mo<strong>de</strong>lo (anexo B) do relatório<br />

DISC ETALENT.<br />

2.4.3.5 Como se comunica<br />

Neste item são expressas as práticas mais frequentes <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong><br />

uma pessoa (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).


Compreen<strong>de</strong>-se que o ser humano é um produto da cultura e da socieda<strong>de</strong><br />

em que vive principalmente <strong>de</strong> suas relações <strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendência e a comunicação<br />

nesse contexto é essencial e indispensável (LIMONGI FRANÇA, 2011).<br />

Dentro <strong>de</strong> um grupo ou da organização, as funções da comunicação referem-<br />

se ao controle, à motivação, à expressão emocional e às informações. Reconhecer e<br />

compreen<strong>de</strong>r o processo e como se comunica os indivíduos e as organizações é <strong>de</strong><br />

fundamental importância, principalmente no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

(LIMONGI FRANÇA, 2011).<br />

A autora enfoca ainda que, o processo po<strong>de</strong> fluir <strong>de</strong> forma vertical ou lateral,<br />

sendo que no sentido vertical para baixo é a comunicação por meio <strong>de</strong> informações<br />

dos níveis hierárquicos superiores (Diretores, gerentes...), <strong>de</strong>signando metas,<br />

instruções e procedimentos para os níveis mais baixos. É possível fluir verticalmente<br />

para cima no que se refere ao retorno aos superiores através do progresso das<br />

instruções, fornecimento <strong>de</strong> relatórios, <strong>de</strong>sta forma os gerentes obtêm os dados <strong>de</strong><br />

como melhorar as tarefas executadas. Sobre a comunicação lateral é a executada<br />

nos mesmos níveis hierárquicos, horizontalmente equivalentes.<br />

Limongi França (2011) distingue a capacida<strong>de</strong> do comportamento individual<br />

no que diz respeito à competência <strong>de</strong> se comunicar, que difere <strong>de</strong> pessoa para<br />

pessoa. Elencando três estilos:<br />

a. Assertivo – voltado ao próprio sucesso, mas possui noção <strong>de</strong> ética;<br />

b. Agressivo – prejudicial, po<strong>de</strong> carecer <strong>de</strong> ética;<br />

c. Passivo – tímido, ineficaz, fornece uma vantagem injusta.<br />

É possível verificar o exemplo a partir do anexo <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório.<br />

Neste caso é avaliado pelo gráfico do perfil resultante.<br />

2.4.3.6 Como toma <strong>de</strong>cisão<br />

Neste item são expressas as práticas <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Diferentes perfis<br />

tomam <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> forma diferente. Po<strong>de</strong> ser mais rapidamente ou mais lentamente.<br />

Po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> forma mais direta ou mais pon<strong>de</strong>rada (MATOS; PORTELA, 2006;<br />

MATOS, 2008).<br />

Algumas organizações compreen<strong>de</strong>m a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão como um evento,<br />

quando na realida<strong>de</strong> ele é um processo, não são processos simples, pois mesmos<br />

as <strong>de</strong>cisões triviais requerem vários fatores para influenciar nesses processos como<br />

60


cita CHAMON (2011) corroborando CLEMEN (1995): complexida<strong>de</strong> da situação ou<br />

problema; incerteza sobre as consequências, os diferentes objetivos e a<br />

sensibilida<strong>de</strong> da solução.<br />

Chamon (2011) sistematiza o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão seguindo o seguinte<br />

processo: i<strong>de</strong>ntificar a situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e os objetivos a serem atingidos;<br />

i<strong>de</strong>ntificar as alternativas; <strong>de</strong>compor e mo<strong>de</strong>lar o problema; escolher a melhor<br />

alternativa; tomar a <strong>de</strong>cisão e avaliá-la.<br />

Para Oliveira (2009) as organizações precisam estar preparadas para os<br />

processos <strong>de</strong>cisórios, principalmente aqueles voltados para resultados, assim não só<br />

seus colaboradores <strong>de</strong>vem ser qualificados no momento da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, mas<br />

as organizações <strong>de</strong>vem estar fortalecidas para o processo.<br />

Ainda segundo o autor, esse processo para obter resultados efetivos <strong>de</strong>ve ser<br />

consi<strong>de</strong>rado e <strong>de</strong>batido em três momentos <strong>de</strong> análise: preparação da empresa para<br />

o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>cisório direcionado para resultados; <strong>de</strong>senvolvimento e estruturação <strong>de</strong><br />

um otimizado mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>cisório direcionado para resultados e implementação e<br />

avaliação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>cisório direcionado para resultados.<br />

Com o exposto até aqui então é plausível concordar que “as <strong>de</strong>cisões não<br />

acontecem do nada” (CLUTTERBUCK, 2008, p. 277), faz parte <strong>de</strong> uma<br />

complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise mental, no nível básico, há três fase na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão:<br />

atentar para o potencial da ação; ter intenção <strong>de</strong> agir e comprometer-se com a ação.<br />

Para o exemplo <strong>de</strong> uma análise verificar-se no mo<strong>de</strong>lo em anexo B do<br />

relatório DISC ETALENT. Neste caso é avaliado pelo gráfico do perfil adaptado.<br />

2.4.3.7 Como planeja e organiza<br />

Neste item são expressas as práticas mais frequentes ao planejamento e a<br />

organização, já que outros perfis são voltados para a ação. (MATOS; PORTELA,<br />

2006; MATOS, 2008).<br />

É possível verificar o exemplo a partir um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório (anexo B).<br />

Neste caso também é avaliado pelo gráfico do perfil adaptado.<br />

61


2.4.3.8 Como gerencia outras pessoas<br />

Neste item são expressas as práticas mais frequentes ao seu estilo gerencial<br />

po<strong>de</strong>ndo ser mais objetivo e voltado para as tarefas ou mais subjetivo, centrado nas<br />

pessoas. (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

Para o exemplo <strong>de</strong> uma análise verificar-se no mo<strong>de</strong>lo do relatório DISC<br />

ETALENT (anexo B). Neste caso é avaliado pelo gráfico do perfil adaptado.<br />

2.4.3.9 Como gostaria <strong>de</strong> ser gerenciado<br />

Neste item são expressas as diferenças na forma <strong>de</strong> gerenciamento que<br />

funciona com uma pessoa não funciona necessariamente com outra. Aqui,<br />

encontram-se alguns aspectos que po<strong>de</strong>riam orientar como gerenciá-la para extrair<br />

<strong>de</strong>la mais eficiência e produtivida<strong>de</strong>. (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

É possível verificar o exemplo a partir <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório (anexo B).<br />

Neste caso é avaliado pelo gráfico do perfil estrutural.<br />

2.4.3.10 O seu Talento<br />

Após vinte anos <strong>de</strong> estudos e mais <strong>de</strong> dois milhões <strong>de</strong> questionários<br />

aplicados Matos e Portela (2006) <strong>de</strong>senvolveram ainda um mapa <strong>de</strong> 40 talentos<br />

originados do DISC. On<strong>de</strong> cada perfil teria 10 subdivisões <strong>de</strong> predominância que<br />

seriam seus talentos, talentos seriam os dons naturais, estruturais que são natos e<br />

que se tem <strong>de</strong> forma natural.<br />

Ao longo dos anos e das pesquisas resumiram em 36 talentos são<br />

representados na figura 9:<br />

62


Figura 9 – Mapa dos Talentos<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />

Os estudos apontaram também características <strong>de</strong>terminantes dos fatores<br />

DISC, resumidas por Matos e Portela (2006) na figura 10:<br />

Figura 10 – Características predominantes dos perfis<br />

Fonte: Adaptado pela autora (MATOS; PORTELA, 2006).<br />

A partir do mapa <strong>de</strong> talentos e da figura das características <strong>de</strong>terminantes é<br />

possível estabelecer um mapa <strong>de</strong> talentos adaptado, com foco nos eixos e nos<br />

<strong>de</strong>terminantes dos fatores DISC. Estabelecendo um novo mapa ou um mapa<br />

adaptado dos 36 talentos com um eixo horizontal no direcionamento a esquerda<br />

63


para passivida<strong>de</strong> e a direita para a assertivida<strong>de</strong> e o eixo vertical, para cima voltado<br />

para abertura e para baixo para o controle, conforme representado pela figura 11:<br />

Figura 11 – Adaptação do mapa <strong>de</strong> talentos e características predominantes dos perfis<br />

Fonte: Adaptado pela autora (MATOS; PORTELA, 2006).<br />

A análise do relatório também aponta o talento original, ou seja estrutural da<br />

pessoa. Segue-se um exemplo <strong>de</strong> uma análise <strong>de</strong> Talento:<br />

Comparando o perfil DISC <strong>de</strong> Aline Fictícia com 36 Talentos típicos,<br />

observamos que o seu Perfil Estrutural i<strong>de</strong>ntifica-se intensamente com<br />

aquele que <strong>de</strong>nominamos: Solucionador.<br />

Você encontra soluções, aliando flexibilida<strong>de</strong> à organização.<br />

Você ouve as pessoas, organiza e manda fazer.<br />

A Pessoa <strong>de</strong>ste tipo é uma verda<strong>de</strong>ira malabarista. Adora resolver<br />

problemas. Diante <strong>de</strong> uma situação complexa que envolve muitos fatores,<br />

procura <strong>de</strong>scobrir sempre a melhor maneira <strong>de</strong> fazer as coisas. Consegue<br />

reconfigurar e refazer tudo, para atingir o objetivo final. É um exemplo <strong>de</strong><br />

flexibilida<strong>de</strong> eficiente. Se tiver que mudar os planos <strong>de</strong> uma viagem por<br />

conta <strong>de</strong> uma reunião importante ou <strong>de</strong>cidir por uma melhor combinação <strong>de</strong><br />

pessoas ou recursos para atingir uma <strong>de</strong>terminada meta, ela é capaz <strong>de</strong><br />

encontrar a melhor opção. Do rotineiro ao complexo ela acha a solução<br />

mais a<strong>de</strong>quada. Sabe integrar trabalho e família <strong>de</strong>ixando todo mundo<br />

satisfeito. Para isto sabe influenciar e persuadir as pessoas a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seus<br />

pontos <strong>de</strong> vista e fazer negociações em áreas administrativas,<br />

especializadas ou técnicas, com resultado final compensador. Organização,<br />

liberda<strong>de</strong> para agir e autorida<strong>de</strong> para tomar <strong>de</strong>cisões são suas<br />

características. É firme, tem iniciativa própria, é amistosa, autoconfiante,<br />

persistente e metódica.<br />

64


Limongi França (2011) assinala nos seus trabalhos sobre a mensuração das<br />

habilida<strong>de</strong>s pessoais, on<strong>de</strong> é possível o talento potencial <strong>de</strong> cada pessoa, mas<br />

evi<strong>de</strong>ncia a inexistência <strong>de</strong> uma fórmula perfeita. A autora sugere três formas para<br />

observação <strong>de</strong>ssas habilida<strong>de</strong>s e para elaboração <strong>de</strong>sse talento:<br />

a. Avaliação feita pelo superior – registro feito pelo gestor acerca das<br />

habilida<strong>de</strong>s dos gerentes, por um período <strong>de</strong> avaliação;<br />

b. Observação múltipla – po<strong>de</strong> envolver <strong>de</strong> 6 a 9 pessoas, ou através <strong>de</strong> uma<br />

avaliação 360º;<br />

c. Base <strong>de</strong> dados por profissional especializado – garante isenção e laudos<br />

confiáveis.<br />

Torna-se evi<strong>de</strong>nte em seu trabalho a forma <strong>de</strong> avaliação cada vez mais<br />

utilizada neste mapeamento, o emprego <strong>de</strong> software para avaliação, sendo<br />

apontados as metodologias DISC, MBTI e o PI. “Cada um <strong>de</strong>sses instrumentos<br />

possui suas especificida<strong>de</strong>s, mas todos eles garantem a fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> do resultado.”<br />

(FRANÇA, 2011, p. 92).<br />

A metodologia DISC ETALENT realiza esse mapeamento, mas quando da<br />

i<strong>de</strong>ntificação do Talento inicial, como a combinação dos recursos existentes na<br />

pessoa, seus comportamentos e atitu<strong>de</strong>s frente às situações, cabe a pergunta: é<br />

possível a<strong>de</strong>quar, <strong>de</strong>senvolver ou melhorar o talento existente? De acordo com<br />

Matos e Portela (2006), sim, e apontam duas alternativas:<br />

a. Potencializar o que já existe <strong>de</strong> melhor, respeitando a essência do “eu”,<br />

i<strong>de</strong>ntificando possíveis lacunas a serem trabalhadas <strong>de</strong>ntro do próprio<br />

Talento.<br />

b. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da natureza e do Talento busca-se a<strong>de</strong>quação ao<br />

cargo/função ocupado ou que irá ocupar. Essas a<strong>de</strong>quações possuem três<br />

níveis <strong>de</strong> mudança:<br />

Nível I – as diferenças entre o perfil pessoal e o cargo são pequenas, o que<br />

requer um pequeno esforço, consequentemente pouco <strong>de</strong>sgaste físico,<br />

emocional e menor estresse.<br />

Nível II – os esforços requeridos são maiores, a envergadura das mudanças<br />

po<strong>de</strong>m suscitar custos físicos e emocionais, pois muitas características<br />

precisarão ser mudadas ou adaptadas.<br />

Nível III – gran<strong>de</strong>s mudanças e gran<strong>de</strong>s esforços que vão <strong>de</strong> encontro a<br />

natureza, o “eu” original, muitos fatores precisam ser avaliados para esse<br />

65


nível, principalmente o impacto a nível físico e emocional. Compreen<strong>de</strong>r a<br />

extensão da mudança e o nível do estresse relacionado.<br />

É preciso consi<strong>de</strong>rar que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do nível <strong>de</strong> mudança empregado, da<br />

adaptação necessária, as pessoas ten<strong>de</strong>m a consi<strong>de</strong>rar o esforço pequeno<br />

inicialmente e não leva em consi<strong>de</strong>ração o impacto do somatório <strong>de</strong>sse esforço ao<br />

longo do tempo (MATOS; PORTELA, 2006).<br />

A estrutura do comportamento no mo<strong>de</strong>lo DISC funciona como uma pirâmi<strong>de</strong>,<br />

on<strong>de</strong> no topo encontramos as Atitu<strong>de</strong>s, que são os movimentos como o ouvir, falar,<br />

pensar, ou seja, o que fazemos e são alicerçados pelos conhecimentos,<br />

comportamentos e habilida<strong>de</strong>s.<br />

Para melhor compreensão <strong>de</strong>ssa estrutura comportamental a tabela 6 e a<br />

figura 12 resumem o pensamento <strong>de</strong> Matos e Portela (2006).<br />

Tabela 6 - Fatores, subfatores e suas características<br />

Fatores Subfatores Características<br />

DOMINÂNCIA<br />

INFLUÊNCIA<br />

ESTABILIDADE<br />

DETERMINAÇÃO<br />

INDEPENDÊNCIA<br />

AUTOMOTIVAÇÃO<br />

SOCIABILIDADE<br />

ENTUSIASMO<br />

AUTOCONFIANÇA<br />

PACIÊNCIA<br />

PERSISTÊNCIA<br />

CONSIDERAÇÃO<br />

Firmeza<br />

Assertivida<strong>de</strong><br />

Tomada <strong>de</strong> Decisões<br />

Pioneirismo<br />

Mobilida<strong>de</strong><br />

Assumir Riscos<br />

Iniciativa<br />

Energia<br />

Competitivida<strong>de</strong><br />

Comunicação<br />

Empatia<br />

Participação<br />

Otimismo<br />

Fluência Verbal<br />

Criativida<strong>de</strong><br />

Flexibilida<strong>de</strong><br />

Persuasão<br />

Senso <strong>de</strong> urgência<br />

Comedimento<br />

Saber Ouvir<br />

Amabilida<strong>de</strong><br />

Autocontrole<br />

Responsabilida<strong>de</strong><br />

Organização<br />

Formalida<strong>de</strong><br />

Confiança<br />

Mo<strong>de</strong>ração<br />

66


CONFORMIDADE<br />

EXATIDÃO<br />

CONECTIVIDADE<br />

PERCEPTIVIDADE<br />

Fonte: MATOS; PORTELA (2006, p.199).<br />

Perfeccionismo<br />

Autodisciplina<br />

Precisão<br />

Lógica<br />

Reflexão Analítica<br />

Bom Senso<br />

Distanciamento<br />

Uniformida<strong>de</strong><br />

Planejamento<br />

Figura 12 - Pirâmi<strong>de</strong> do comportamento<br />

Fonte: MATOS; PORTELA (2006, p. 200).<br />

Todas as pessoas são dotadas do Talento, que através <strong>de</strong> seu fator <strong>de</strong><br />

predominância, associado aos subfatores e características geram um<br />

comportamento, sua forma <strong>de</strong> agir. Como foi visto anteriormente é possível a<strong>de</strong>quar,<br />

potencializar e até mesmo mudar o formato original.<br />

O talento original, o dom natural existente em cada um, é sobreposto no que<br />

se passa a ver a seguir, o do<strong>de</strong>caedro das competências pessoais, para que seja<br />

perceptível comparar o que é necessário para aquele talento e quais as<br />

competências existentes na pessoa, passando a perceber-se a existência ou não e<br />

qual a intensida<strong>de</strong>s dos gaps para o Talento.<br />

67


2.4.3.11 Do<strong>de</strong>caedro <strong>de</strong> Competências Pessoais<br />

Os quatro fatores Dominância, Influência, Estabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong> –<br />

DISC resumem o perfil comportamental, com a análise dos talentos aprofunda-se o<br />

conhecimento e amplia-se mais a interpretação com a integração dos subfatores na<br />

figura <strong>de</strong> 12 lados formando um do<strong>de</strong>caedro.<br />

Figura 13 – Do<strong>de</strong>caedro das competências<br />

Fonte: Gerado a partir do relatório DISC ETALENT (2012).<br />

Os subfatores <strong>de</strong> um perfil são relacionados a outro, ou seja, quando está em<br />

um mesmo eixo, em situação oposta, se um eleva-se, o outro necessariamente, é<br />

reduzido, por exemplo, para que uma pessoa seja mais automotivada ela <strong>de</strong>ve ser<br />

menos paciente, para ter mais autoconfiança, <strong>de</strong>ve ter menos exatidão, e assim<br />

sucessivamente <strong>de</strong> acordo com as posições no do<strong>de</strong>caedro (MATOS; PORTELA,<br />

2006; MATOS, 2008).<br />

A tabela 7 apresenta as características comportamentais do do<strong>de</strong>caedro das<br />

competências, on<strong>de</strong> as situações são opostas, ou seja, as características <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminação; in<strong>de</strong>pendência; automotivação; entusiasmo; autoconfiança e<br />

persistência que são opostas a sociabilida<strong>de</strong>; conectivida<strong>de</strong>; paciência;<br />

consi<strong>de</strong>ração; exatidão e perceptivida<strong>de</strong>, respectivamente.<br />

68


Tabela 7 - Características comportamentais<br />

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS<br />

(D) Determinação<br />

A pessoa <strong>de</strong>terminada age <strong>de</strong> forma mais<br />

direta e tem dificulda<strong>de</strong> para ouvir as pessoas.<br />

Assim, quem é <strong>de</strong>terminado não será sociável<br />

e tomará <strong>de</strong>cisões impopulares.<br />

(D) In<strong>de</strong>pendência<br />

A pessoa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte age <strong>de</strong> acordo com<br />

aquilo que ela pensa que <strong>de</strong>ve fazer.<br />

(D) Automotivação<br />

A pessoa automotivada age <strong>de</strong> acordo com<br />

seus interesses pessoais que a impulsionam<br />

para a execução daquilo que ela <strong>de</strong>seja fazer.<br />

(I) Entusiasmo<br />

Quem tem muito entusiasmo tenta sempre<br />

convencer os <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>ias e<br />

persuadi-los sobre seu ponto <strong>de</strong> vista.<br />

(I) Autoconfiança<br />

A pessoa autoconfiante acredita firmemente<br />

em sua intuição e se rege por ela na maioria<br />

das vezes mesmo que os fatos mostrem uma<br />

situação diferente.<br />

(S) Persistência<br />

Uma pessoa persistente foca o caminho que<br />

<strong>de</strong>seja chegar e fecha os olhos para tudo o<br />

mais que possa tirá-lo daquela meta.<br />

Fonte: MATOS; PORTELA (2006, p. 200).<br />

Sociabilida<strong>de</strong> (I)<br />

A pessoa sociável procura estar bem com<br />

todos e ten<strong>de</strong> a não tomar atitu<strong>de</strong>s que<br />

possam gerar impactos nos <strong>de</strong>mais. Quem<br />

é sociável não agirá por impulso.<br />

Conectivida<strong>de</strong> (C)<br />

A conectivida<strong>de</strong> envolve estar em sintonia<br />

com as normas, procedimentos e o<br />

seguimento das regras e normas vigentes.<br />

Paciência (S)<br />

A pessoa paciente espera ter certeza.<br />

Muitas vezes <strong>de</strong>siste diante do que vai<br />

acontecendo porque sua motivação<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito mais do que percebe do<br />

meio e do impacto que sua ação terá nos<br />

<strong>de</strong>mais do que gostaria <strong>de</strong> fazer.<br />

Consi<strong>de</strong>ração (S)<br />

Quem tem consi<strong>de</strong>ração ouve as pessoas,<br />

consi<strong>de</strong>ra seus pontos <strong>de</strong> vista, ce<strong>de</strong>,<br />

compõe, não tenta convencer.<br />

(C) Exatidão<br />

Aquele que tem como fator predominante a<br />

exatidão, não dá ouvidos à intuição,<br />

trabalha apenas com dados exatos. Esta<br />

pessoa precisa <strong>de</strong> dados e fatos que<br />

comprovem e sustentem a ação que<br />

tomará.<br />

(C) Perceptivida<strong>de</strong><br />

Aquele que é perceptivo tem o dom <strong>de</strong><br />

observar tudo ao seu redor e não <strong>de</strong>ixa<br />

passar nada <strong>de</strong>spercebido. Isso interfere<br />

no rumo que está seguindo porque ele ao<br />

notar algo novo para, pensa, alinha, toma<br />

<strong>de</strong>cisões diferentes, volta atrás.<br />

A análise do relatório em relação ao do<strong>de</strong>caedro do exemplo anterior, cujo<br />

Talento principal era <strong>de</strong> “Solucionador”:<br />

Sobrepondo os Subfatores DISC <strong>de</strong> Aline Fictícia com o seu Talento<br />

Primário (aquele com maior a<strong>de</strong>quação) no Do<strong>de</strong>caedro <strong>de</strong> Competências<br />

Comportamentais (os 12 subfatores DISC), po<strong>de</strong>mos ver o quanto eles se<br />

harmonizam.<br />

Este não e o único Talento com o qual Aline Fictícia se mostra compatível.<br />

No entanto é o que tem mais a<strong>de</strong>quação e provavelmente exigirá menos <strong>de</strong><br />

<strong>Patrícia</strong>, tornando sua vida mais produtiva e prazerosa. Na parte da Análise<br />

Comparativa com os Talentos, relacionamos os 36 tipos, classificando-os <strong>de</strong><br />

forma <strong>de</strong>crescente com o perfil <strong>de</strong> Aline Fictícia.<br />

Neste gráfico é possível avaliar três blocos <strong>de</strong> informações: Na cor laranja<br />

i<strong>de</strong>ntifica-se seu perfil representado pelos subfatores. Na cor cinza os<br />

subfatores exigidos pelo Talento. A área comum entre as duas cores<br />

correspon<strong>de</strong> aos fatores em consonância com os exigidos pelo Talento e<br />

seu perfil.<br />

69


Os aspectos comportamentais po<strong>de</strong>m ser elencados através <strong>de</strong> várias<br />

ferramentas e testes, neste estudo a metodologia DISC será utilizada para esse fim,<br />

sabendo-se da importância hoje <strong>de</strong> sua utilização no mapeamento das<br />

competências, ajustes <strong>de</strong> cargos e pessoas e assumindo gran<strong>de</strong> peso nos<br />

processos <strong>de</strong> recursos humanos.<br />

2.5 RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL DISC<br />

ETALENT E O MODELO GERENCIAL DAS COMPETÊNCIAS DE QUINN ET AL<br />

(2003)<br />

Os referenciais teóricos acerca do comportamento humano nos trabalhos <strong>de</strong><br />

Jung (1991, 1998, 1999), corroborados por Lessa (2003), Morales (2004) e Silveira<br />

(2006), já tipificavam o homem em comportamentos. Vergílio e Vanalle (2005) e<br />

Sertek (2006) tratam das tipologias junguiana adaptadas como o MBTI, DISC e PPA.<br />

Em Matos e Portela (2006), Matos (2006) o DISC ETALENT é apresentado com as<br />

características dos fatores, as motivações, a busca <strong>de</strong> resultados, os <strong>de</strong>sequilíbrios<br />

(a ineficácia), entre outros.<br />

Por outro lado os estudos do Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn et<br />

al (2003) são apresentados pelos estudos <strong>de</strong> Prata (2003) e Nóbrega (2011)<br />

fundamentando as competências, os papeis e os mo<strong>de</strong>los gerenciais do mo<strong>de</strong>lo.<br />

Os dois estudos apontaram para o pressuposto teórico da existência <strong>de</strong><br />

relação entre o perfil profissional/comportamental e o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong><br />

competências, pois as características presentes nesses mo<strong>de</strong>los apresentam muita<br />

similarida<strong>de</strong>.<br />

A teoria estudada direciona o Mo<strong>de</strong>lo gerencial das Metas Racionais on<strong>de</strong> os<br />

fins almejados são produtivida<strong>de</strong>, realização e consecução dos objetivos. A maior<br />

preocupação é a maximixação dos resultados, cujos papeis gerenciais assumem o<br />

comando principalmente no estabelecimento <strong>de</strong> objetivos, planejamento da estrutura<br />

organizacional e formulação <strong>de</strong> políticas, com elevada preocupação para a ação,<br />

in<strong>de</strong>pendência e obstinação (QUINN et al 2003).<br />

No pressuposto teórico o mo<strong>de</strong>lo das Metas Racionais tem relação com o<br />

Perfil profissional/comportamental DISC ETALENT da Dominância, pois a pessoa<br />

com esse perfil tem como características: <strong>de</strong>terminação, firmeza, assertivida<strong>de</strong> e<br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões; com muita In<strong>de</strong>pendência, pioneirismo, mobilida<strong>de</strong> e que gosta<br />

70


<strong>de</strong> assumir riscos; automotivada, com iniciativa, energia e competitivida<strong>de</strong>, voltada<br />

para os objetivos (MATOS, 2008).<br />

Tanto para o mo<strong>de</strong>lo gerencial das Metas Racionais e o Perfil <strong>de</strong> Dominância,<br />

estão suportados no eixo vertical <strong>de</strong> controle e no horizontal para o foco externo e<br />

diferenciação no caso do Mo<strong>de</strong>lo gerencial e na assertivida<strong>de</strong> para o Perfil.<br />

No tocante ao Mo<strong>de</strong>lo gerencial dos Sistemas abertos, os fins figuram o apoio<br />

externo, a aquisição <strong>de</strong> recursos e o crescimento. Os meios para atingi-los estão<br />

relacionados a insight, inovação e adaptação. A preocupação principal neste<br />

quadrante é <strong>de</strong>senvolver abordagens inovadoras, para se adaptar às constantes<br />

transformações, on<strong>de</strong> se encara as mudanças como uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento, tanto para organização, como para os funcionários.<br />

Os gerentes <strong>de</strong>sses papeis prospectam o futuro e investigam novas formas <strong>de</strong><br />

romper com o status quo (QUINN et al, 2003).<br />

Seguindo as teorias a direção aponta para uma relação com o Perfil<br />

profissional/comportamental <strong>de</strong> Influência, cujas pessoas possuem características <strong>de</strong><br />

sociabilida<strong>de</strong>, comunicação, empatia e participação; procuram alcançar objetivos<br />

com entusiasmo, otimismo, fluência verbal e senso <strong>de</strong> urgência, são possuidoras <strong>de</strong><br />

autoconfiança, flexibilida<strong>de</strong> e persuasão (MATOS, 2008).<br />

O mo<strong>de</strong>lo gerencial dos Sistemas Abertos e o Perfil <strong>de</strong> Influência estão<br />

suportados no eixo vertical <strong>de</strong> Flexibilida<strong>de</strong> e Abertura respectivamente e no<br />

horizontal para o foco externo e diferenciação no caso do Mo<strong>de</strong>lo gerencial e na<br />

assertivida<strong>de</strong> para o Perfil.<br />

Para o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Relações Humanas on<strong>de</strong> as principais metas<br />

almejadas são comprometimento e o moral; os meios para atingi-las são discussão,<br />

participação e receptivida<strong>de</strong>. Os indivíduos não <strong>de</strong>vem concentrar-se em aspirações<br />

pessoais, on<strong>de</strong> os gerentes <strong>de</strong>vem concentrar suas habilida<strong>de</strong>s na construção e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do time (QUINN et al, 2003).<br />

Para essa relação o Perfil profissional/comportamental que mais se adéqua e<br />

se relaciona é o da Estabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> pessoas com paciência, comedimento, saber<br />

ouvir e amabilida<strong>de</strong>. Muito presente a persistência, autocontrole, responsabilida<strong>de</strong>,<br />

organização e consi<strong>de</strong>ração, também com muito apego à formalida<strong>de</strong>, confiança e<br />

mo<strong>de</strong>ração (MATOS, 2008).<br />

O mo<strong>de</strong>lo gerencial das Relações Humanas e o Perfil da Conformida<strong>de</strong> estão<br />

suportados no eixo vertical <strong>de</strong> Flexibilida<strong>de</strong> e Abertura respectivamente e no<br />

71


horizontal para o foco interno e integração no caso do Mo<strong>de</strong>lo gerencial e na<br />

passivida<strong>de</strong> para o Perfil.<br />

No que se referem ao Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Processos Internos os objetivos<br />

almejados são a estabilida<strong>de</strong> e o controle e os meios para atingi-los estão<br />

relacionados à rotinização, mensuração e documentação. Os gerentes com essas<br />

competências procura manter o fluxo do trabalho e as informações sem sobressaltos<br />

e gerir as estruturas organizacionais com regras, procedimentos e políticas (QUINN<br />

et al, 2003).<br />

Quando é relacionado ao perfil i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT é possível<br />

estabelecer a relação teórica com o perfil da Conformida<strong>de</strong> cujas pessoas têm<br />

características <strong>de</strong> exatidão, perfeccionismo, a autodisciplina e a precisão.<br />

Estabelecem conectivida<strong>de</strong>, possuem lógica, reflexão analítica e o bom senso,<br />

apresenta ainda perceptivida<strong>de</strong> com o distanciamento, uniformida<strong>de</strong> e planejamento<br />

(MATOS, 2008).<br />

O mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Processos Internos e o Perfil da Conformida<strong>de</strong> estão<br />

suportados no eixo vertical do controle e no horizontal para o foco interno e<br />

integração no caso do Mo<strong>de</strong>lo gerencial e na passivida<strong>de</strong> para o Perfil.<br />

A figura 14 é uma sobreposição do Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong><br />

Quinn et al (2003) e o Mo<strong>de</strong>lo Adaptado <strong>de</strong> Características Predominantes dos<br />

Perfis <strong>de</strong> Matos e Portela (2008), on<strong>de</strong> se sobrepõem os eixos e os quadrantes das<br />

relações dos pressupostos teóricos.<br />

72


Figura 14 - Sobreposição dos dois mo<strong>de</strong>los - Pressuposto teórico da relação<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> QUINN et al (2003); MATOS; PORTELA (2006); MATOS (2008).<br />

A partir dos pressupostos, na metodologia é estabelecida a hipótese geral a<br />

ser provada e consequentemente estabelecida a relação em cada mo<strong>de</strong>lo.<br />

2.6 ESTUDOS RELEVANTES SOBRE A TEMÁTICA<br />

Rocha (2008) ao estudar os níveis <strong>de</strong> consciência da li<strong>de</strong>rança e as<br />

competências gerenciais verificou pesos diferenciados e <strong>de</strong> maior expressivida<strong>de</strong>,<br />

para algumas das correlações estabelecidas entre os níveis <strong>de</strong> consciência da<br />

li<strong>de</strong>rança e as competências gerenciais. As conclusões apontaram para<br />

<strong>de</strong>sequilíbrios entre os níveis <strong>de</strong> consciência da li<strong>de</strong>rança e as competências<br />

gerenciais.<br />

No estudo das competências gerenciais Nóbrega (2011) analisou as<br />

competências requeridas e efetivas para o exercício da gerência, baseando-se no<br />

instrumento <strong>de</strong> Quinn et al (2003). Constatou-se principalmente na percepção do<br />

73


profissional é que a empresa requer as competências em um nível superior aos que<br />

os profissionais apresentam, indicando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma melhor formação<br />

profissional e também a realização <strong>de</strong> capacitação por parte da empresa, para que<br />

se possa <strong>de</strong>sempenhar a ativida<strong>de</strong> gerencial <strong>de</strong> forma satisfatória.<br />

Tratando ainda da gestão <strong>de</strong> competências gerenciais, em um estudo mais<br />

amplo com empresas brasileiras e australianas, Bitencourt (2001) evi<strong>de</strong>ncia a<br />

contribuição da aprendizagem organizacional on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacam a importância das<br />

práticas informais e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estabelecer uma estratégia articulada no<br />

que se refere à gestão <strong>de</strong> competências gerenciais. Os principais elementos <strong>de</strong><br />

Aprendizagem Organizacional que representam uma potencial contribuição para a<br />

gestão <strong>de</strong> competências gerenciais referem-se às questões da interação entre as<br />

pessoas (reflexões que privilegiam o coletivo), visão processual (<strong>de</strong>senvolvimento<br />

contínuo) e a ênfase na questão pragmática (práticas <strong>de</strong> trabalho).<br />

Já Prata (2008) pesquisou a temática <strong>de</strong> competência gerenciais pelo<br />

enfoque <strong>de</strong> Quinn et al (2003), procurando comparar as competências requeridas e<br />

efetivas na opinião dos gestores <strong>de</strong> uma mineradora. Verificou-se que o mo<strong>de</strong>lo não<br />

se enquadra em nenhum dos perfis propostos pelo autor, apesar <strong>de</strong> os níveis<br />

apresentados serem consi<strong>de</strong>rados eficazes, <strong>de</strong>notando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajustes do<br />

mo<strong>de</strong>lo adotado; e as respostas com relação às competências prescritas pela<br />

organização indicam que os médios e baixos gestores parecem conhecer o que é<br />

<strong>de</strong>mandado <strong>de</strong>les em termos das competências prescritas formalmente pela<br />

empresa em suas políticas internas.<br />

Na área <strong>de</strong> gestão do conhecimento e perfil motivacional Silveira (2006) fez<br />

uma investigação através dos tipos psicológicos junguianos e como um dos<br />

resultados principais encontrou a relação entre os tipos psicológicos junguianos e<br />

alguns fatores motivacionais para o trabalho; além <strong>de</strong> particularida<strong>de</strong>s motivacionais<br />

dos diferentes tipos psicológicos dos indivíduos. Foi possível observar também que<br />

não se po<strong>de</strong>m separar as características comportamentais <strong>de</strong>rivadas dos tipos<br />

psicológicos do fenômeno motivacional.<br />

Seguindo a linha comportamental e comportamento gerencial Fleck (2008)<br />

analisa as inteligências múltiplas e o comportamento gerencial e a existência <strong>de</strong><br />

ligação entre esses fatores. Constatou-se que a inteligência linguística e a<br />

inteligência interpessoal foram as que se <strong>de</strong>stacaram como as mais a<strong>de</strong>quadas para<br />

um perfil gerencial; no estudo a inteligência intrapessoal foi a que mais teve<br />

74


<strong>de</strong>staque, <strong>de</strong>monstrando que a mesma também exerce influência em um perfil<br />

gerencial; além <strong>de</strong> avançar e incluir um pouco mais uma teoria vinda da psicologia,<br />

que é a teoria das inteligências múltiplas, e que po<strong>de</strong> vir a contribuir muito ainda nas<br />

ciências administrativas.<br />

No mapeamento da dominância cerebral como base para <strong>de</strong>finir a<br />

competência Gomes (2010) em seu trabalho apresentado em Lisboa, analisa a<br />

teoria da Dominância Cerebral versus conhecimento do perfil das equipes; a<br />

<strong>de</strong>scoberta da relação entre a teoria e a pesquisa verda<strong>de</strong>iramente aplicada,<br />

permitindo inferências comparativas; e a generalização da relação encontrada para<br />

situações supostamente similares. Os principais resultados encontrados com a<br />

pesquisa permite aos gestores das equipes envolvidas no estudo, um melhor<br />

conhecimento <strong>de</strong> suas respectivas equipes, bem como das preferências,<br />

comportamentos e características <strong>de</strong> forma particularizada que implicam na<br />

<strong>de</strong>finição do perfil <strong>de</strong> competências para cada cargo ou <strong>de</strong>partamento específico; os<br />

resultados advindos <strong>de</strong>ste estudo servirão <strong>de</strong> suporte ao gerente na <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong>ssas competências, buscando em médio prazo concentrar as ações da política <strong>de</strong><br />

treinamentos da empresa para buscar uma sintonia em relação aos perfis<br />

<strong>de</strong>lineados.<br />

Já no mapeamento dos perfis comportamentais, a utilização da ferramenta<br />

DISC é apresentada na <strong>Dissertação</strong> <strong>de</strong> Matos (2008), apresentada também em<br />

Lisboa, a aplicação <strong>de</strong> inventários comportamentais, para pessoas e funções,<br />

notadamente por meio da metodologia DISC, trazem profundo valor às pessoas,<br />

suas relações pessoais e profissionais, bem como às organizações, no que tange<br />

aos processos <strong>de</strong> recrutamento e seleção, treinamento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

profissionais, orientação vocacional e <strong>de</strong> carreira e nas relações pessoais. Como a<br />

metodologia foi quantitativa utilizando como instrumento o questionário DISC. Os<br />

principais resultados encontrados apontam importante benefício que surgiu dos<br />

questionarmos quanto à valida<strong>de</strong> e completu<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo CHA. Com a ajuda da<br />

metodologia DISC, foi possível criar o mo<strong>de</strong>lo C2H=A. Esse novo mo<strong>de</strong>lo ofereceu<br />

ao autor a clareza <strong>de</strong> que necessitava para construir uma série <strong>de</strong> programas e<br />

ferramentas que, na visão do mesmo, que vem ajudando as organizações,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do porte ou setor da economia.<br />

Relacionando competência e tipos psicológicos junguianos, Morales (2004)<br />

procurou relacionar a intensida<strong>de</strong> com que os tipos psicológicos junguianos se<br />

75


elacionam com as competências para empreen<strong>de</strong>dores do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Cooley. Os<br />

resultados apontaram uma baixa correlação entre as competências e os tipos<br />

psicológicos <strong>de</strong> Jung. Po<strong>de</strong>ndo ser interpretado como quanto mais forte o papel dos<br />

“reforçadores” comportamentais citados por McClelland e Rotter no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das “competências empreen<strong>de</strong>doras” do que <strong>de</strong> uma “pré-disposição” ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas competências <strong>de</strong>vido ao tipo psicológico.<br />

As estratégias <strong>de</strong> aprendizagem e as competências gerenciais foi um estudo<br />

<strong>de</strong> Orbi (2007) que procurou relacionar estratégias <strong>de</strong> aprendizagem no trabalho a<br />

domínios <strong>de</strong> competências gerenciais usados por gerentes <strong>de</strong> nível médio. Sobre as<br />

estratégias <strong>de</strong> aprendizagem, cabe <strong>de</strong>stacar que a aplicação prática e a busca <strong>de</strong><br />

ajuda interpessoal foram apontadas como as principais estratégias <strong>de</strong> aprendizagem<br />

utilizadas para <strong>de</strong>senvolver as competências gerenciais. Concluiu-se com o estudo<br />

que o conceito <strong>de</strong> domínio <strong>de</strong> competências é impreciso na explicação do que é<br />

exigido dos gerentes em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências. Além disso, é<br />

possível inferir que a aprendizagem gerencial, apesar <strong>de</strong> estar relacionada as<br />

competências diferenciadas, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada um fenômeno global, em que<br />

poucas estratégias <strong>de</strong> aprendizagem são suficientes para garantir o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> variadas competências.<br />

Estudos sobre a temática imobiliária são escassos e permeiam<br />

majoritariamente sobre crescimento <strong>de</strong> vendas, bolhas imobiliárias, estudos<br />

financeiros. Mas um estudo na área contábil, que abordou pontos <strong>de</strong> Gestão, no<br />

trabalho <strong>de</strong> Ribeiro (2004) teve como objetivo i<strong>de</strong>ntificar como as imobiliárias da<br />

cida<strong>de</strong> do Natal me<strong>de</strong>m seu <strong>de</strong>sempenho organizacional, que <strong>de</strong> forma tradicional,<br />

as organizações realizam suas avaliações pelos seus índices financeiros. Entretanto,<br />

o estudo salienta a importância do novo olhar para outros parâmetros avaliativos<br />

como: o avanço tecnológico, a internacionalização da economia e a mudança no<br />

comportamento do consumidor. Isso faz com que as organizações procurem à<br />

contínua melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus produtos e serviços. Nesse sentido, as<br />

empresas precisam associar os seus resultados financeiros ao seu <strong>de</strong>sempenho<br />

global, apontando ao imperativo <strong>de</strong> outros mo<strong>de</strong>los que associem aferições<br />

financeiras e não-financeiras à estratégia das empresas.<br />

Já em São Paulo Gines (2008) realizou um estudo sobre fatores<br />

motivacionais dos corretores <strong>de</strong> São Paulo que impulsiona alguns estudos no que<br />

diz respeito à Gestão <strong>de</strong> Pessoas. Com esse trabalho se evi<strong>de</strong>ncia a rotina <strong>de</strong><br />

76


trabalho do corretor <strong>de</strong> imóveis, as informações sobre o setor da construção civil,<br />

mercado imobiliário, investimentos no setor e outras informações importantes, mas<br />

dados quantitativos sobre estes profissionais são difíceis <strong>de</strong> encontrar, todavia os<br />

dados levantados no estudo referem-se ao mercado paulista.<br />

Nesse contexto o estudo evi<strong>de</strong>ncia a particularida<strong>de</strong> da profissão do corretor<br />

<strong>de</strong> imóveis, que é uma ativida<strong>de</strong> autônoma, po<strong>de</strong>ndo estar ou não, em associação a<br />

uma imobiliária, mas sem vínculos empregatícios com a mesma. Nos seus<br />

resultados, para São Paulo, o estudo encontrou um perfil, para os corretores <strong>de</strong><br />

imóveis, como sendo o seguinte: no universo dos corretores <strong>de</strong> imóveis 65% são do<br />

gênero masculino, ou seja, a cada profissional do gênero feminino existente, foram<br />

encontrados dois profissionais do gênero masculino; trabalhando exclusivamente<br />

como corretores <strong>de</strong> imóveis a menos <strong>de</strong> 2 anos estão 59%, sendo que, 75% estão a<br />

menos <strong>de</strong> 5 anos na profissão; em relação ao grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, 60% não<br />

concluíram o nível superior ou têm apenas o segundo grau; apenas 5% têm curso <strong>de</strong><br />

Pós-graduação; e, a faixa etária está distribuída <strong>de</strong> forma linear tendo corretores dos<br />

20 até mais <strong>de</strong> 60 anos.<br />

77


3 METODOLOGIA<br />

Neste capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos<br />

empregados, <strong>de</strong>lineando as opções relativas à metodologia <strong>de</strong> pesquisa e ao tipo <strong>de</strong><br />

estudo adotado no trabalho. Para melhor entendimento po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finir uma<br />

pesquisa como sendo um “processo <strong>de</strong> obtenção da melhor compreensão da<br />

complexida<strong>de</strong> da experiência humana e, em alguns tipos <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>cidir ações<br />

baseadas nessa compreensão.” (MARSHALL; ROSSMAN, 1999, p. 21).<br />

3.1 TIPO DE PESQUISA<br />

A presente pesquisa caracterizou-se por ser uma pesquisa <strong>de</strong> campo que<br />

aprofundou as questões propostas, bem como estudou um único grupo em termos<br />

<strong>de</strong> estrutura social (CERVO; BERVIAN, 2002; GIL, 2009). Esse grupo foi composto<br />

por gestores <strong>de</strong> empresas do setor imobiliário que compõem a representação <strong>de</strong><br />

uma estrutura social.<br />

Também foi um estudo <strong>de</strong>scritivo, pois objetivou a narração das<br />

características <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada população ou fenômeno que estabeleceu relações<br />

entre as variáveis através <strong>de</strong> técnicas padronizadas <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados (VERGARA,<br />

2007; GIL, 2009). O estudo teve caráter exploratório, pois há poucos conhecimentos<br />

sobre o assunto proposto. “As pesquisas exploratórias objetivam familiarizar-se com<br />

o fenômeno ou obter nova percepção do mesmo e <strong>de</strong>scobrir novas i<strong>de</strong>ias.” (CERVO;<br />

BERVIAN 2002, p. 69).<br />

O caráter <strong>de</strong>scritivo e exploratório do trabalho justificou-se pelos objetivos,<br />

<strong>de</strong>scritivo, pois objetivou i<strong>de</strong>ntificar perfis e estabelecer relações entres eles<br />

(variáveis) e <strong>de</strong>screveu as características <strong>de</strong>ssa população e o estudo exploratório<br />

que proporcionou uma melhor compreensão do fenômeno que foi estudado, pois não<br />

foi possível i<strong>de</strong>ntificar nenhum estudo correlacionando o Perfil comportamental DISC<br />

com as Competências gerenciais <strong>de</strong> Quinn, apenas alguns estudos com o uso <strong>de</strong><br />

outros mapeamentos comportamentais correlacionados a área <strong>de</strong> gestão ou<br />

competências gerenciais (MORALES, 2004; SILVEIRA, 2006; FLECK, 2008;<br />

ROCHA 2008; MATOS, 2008; GOMES, 2010) .<br />

Tratou-se ainda <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso, segundo Collis e Hussey (2005), já<br />

que consistiu no exame <strong>de</strong> um fenômeno focado no entendimento da dinâmica<br />

78


presente em um único ambiente, buscando reunir informações e acontecimentos que<br />

foram posteriormente analisados, no caso o estudo das competências gerenciais<br />

baseados em Quinn (2003) e os Perfis comportamentais/profissionais dos gerentes<br />

<strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal.<br />

Quanto à abordagem foi quantitativa consi<strong>de</strong>rando que tudo po<strong>de</strong> ser<br />

quantificável, traduzindo em números opiniões e informações para classificá-las e<br />

analisá-las. Requerendo o uso <strong>de</strong> recursos e <strong>de</strong> técnicas estatísticas (MINAYO,<br />

2007; LAKATOS; MARCONI, 2003).<br />

3.2 UNIVERSO/AMOSTRA DA PESQUISA<br />

Para investigação sobre questões <strong>de</strong> perfis profissionais/comportamentais e<br />

competências gerenciais uma questão importante foi consi<strong>de</strong>rada, a área <strong>de</strong><br />

abrangência da pesquisa, pois uma pesquisa geral – com diversos setores da<br />

economia – <strong>de</strong>mandaria um tempo muito longo, além da existência <strong>de</strong> uma clara<br />

distinção, <strong>de</strong> perfis, conhecimento, cultura, competências e estrutura organizacional.<br />

Assim sendo, optou-se por estudar um só setor <strong>de</strong> empresas com foco na gestão,<br />

salientando, porém que, mesmo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse setor as estruturas organizacionais<br />

ainda são divergentes, principalmente no que tange às funções e nomenclaturas.<br />

Este estudo foi <strong>de</strong>senvolvido no setor imobiliário, que engloba empresas <strong>de</strong><br />

venda e locação, imobiliárias tradicionais e as Houses, construtoras que<br />

incorporaram aos seus negócios suas próprias imobiliárias para venda <strong>de</strong> seus<br />

empreendimentos e venda e locação <strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong> seus clientes.<br />

A escolha pelo setor imobiliário foi fundamentado principalmente pela<br />

expansão ocorrida no setor nos últimos 5 anos, como argumentado no primeiro<br />

capítulo. O órgão <strong>de</strong> registro – CRECI/RN informou a existência <strong>de</strong> 339 imobiliárias<br />

em Natal, esse número é a área <strong>de</strong> abrangência da pesquisa, já que como já<br />

enfatizado anteriormente, <strong>de</strong>vido às estruturas diversas, nem todas possuem função<br />

ou cargo <strong>de</strong> gerência. Só constituíram o universo <strong>de</strong> estudo as imobiliárias que têm<br />

esse cargo ou função em sua estrutura organizacional.<br />

O universo do estudo correspon<strong>de</strong> à população objeto e o campo <strong>de</strong><br />

investigação Gil (2009) e a amostra é um subconjunto <strong>de</strong>sse universo.<br />

Pela dificulda<strong>de</strong> na obtenção da informação da existência ou não do cargo <strong>de</strong><br />

gerência nas imobiliárias no órgão <strong>de</strong> registro, inicialmente foi utilizada a<br />

79


amostragem não probabilística por julgamento, que segundo Acevedo e Nohara<br />

(2007, p. 56) “os sujeitos são selecionados segundo um critério específico <strong>de</strong><br />

julgamento do investigador, que baseia sua <strong>de</strong>cisão em suas crenças sobre o que o<br />

elemento selecionado possa oferecer ao estudo”, para o caso <strong>de</strong>sse estudo a<br />

pesquisadora, reuniu-se com experts da área e com a ajuda dos mesmos<br />

selecionaram inicialmente algumas empresas on<strong>de</strong> existiam o cargo ou função <strong>de</strong><br />

gerência.<br />

A visita a cada empresa inicialmente selecionada iniciou-se outro processo,<br />

<strong>de</strong> amostragem bola <strong>de</strong> neve, que segundo Malhotra (2012) é uma técnica não<br />

probabilística on<strong>de</strong> um grupo selecionado anteriormente, indica os subsequentes, o<br />

processo é executado em ondas sucessivas, obtendo-se referências a partir <strong>de</strong><br />

outras referências.<br />

Como metodologia totalizou-se um número <strong>de</strong> 78 empresas existentes, que o<br />

cargo ou função <strong>de</strong> gerência fazia parte da estrutura organizacional, <strong>de</strong>cidindo-se<br />

pela pesquisa censitária. A pesquisa censitária é aquela na qual toda a população <strong>de</strong><br />

interesse da pesquisa é consultada (ACEVEDO; NOHARA, 2007).<br />

Das 78 empresas contatadas (visitadas pessoalmente, por email ou telefone),<br />

40 não aceitaram participar, o que representou 51,28%; 25 empresas participaram,<br />

fornecendo informações, recebendo questionários e permitindo o acesso da<br />

pesquisadora à estrutura organizacional, o que representou a um resultado <strong>de</strong><br />

32,05% e 13 empresas apenas forneceram informações sobre sua estrutura<br />

organizacional, mas optaram por não participar com os seus gerentes da pesquisa, o<br />

que representou 16,67%.<br />

Quanto à população e a amostra, foi assim elaborada:<br />

Gerentes Totais<br />

Tabela 8 - População e amostra do estudo<br />

Questionários<br />

Enviados (Gerentes<br />

Pesquisados)<br />

Questionários<br />

Devolvidos<br />

(Amostra)<br />

158 127 70<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

As imobiliárias que forneceram dados sobre sua estrutura organizacional no<br />

que diz respeito à gestão i<strong>de</strong>ntificaram 158 gerentes em 38 empresas, porém<br />

apenas 25 empresas aceitaram participar da pesquisa, nessas empresas os<br />

80


gerentes totalizaram 127. Para tanto foram enviados <strong>de</strong> forma online os<br />

questionários, tendo <strong>de</strong> retorno 70 questionários, representando 55,30% dos<br />

pesquisados, que passou a representar a amostra do estudo. Em resumo a<br />

população <strong>de</strong>ste estudo foi composto por 127 gerentes e a amostra foi <strong>de</strong> 70<br />

gerentes.<br />

3.3 VARIÁVEIS ANÁLITICAS (OU DE ESTUDO)<br />

Os constructos pesquisados nesse trabalho estão apresentados no quadro<br />

abaixo, com os objetivos específicos do estudo, as variáveis analíticas e as questões<br />

<strong>de</strong> referência, bem como o mo<strong>de</strong>lo teórico utilizado.<br />

Quadro 15 - Variáveis analíticas ou <strong>de</strong> estudos<br />

Objetivos Específicos Variáveis Questões<br />

Elaborar o perfil sócio-<strong>de</strong>mográfico Gênero;<br />

Questões sócios-<br />

dos gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Formação;<br />

<strong>de</strong>mógráficas iniciais.<br />

Natal.<br />

Ida<strong>de</strong>;<br />

Tempo <strong>de</strong> trabalho.<br />

Conhecer o Mo<strong>de</strong>lo gerencial dos I<strong>de</strong>ntificação dos Mo<strong>de</strong>los Mo<strong>de</strong>lo das relações<br />

gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal, Gerenciais:<br />

humanas – Questões<br />

baseados no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al Relações humanas;<br />

1,5,9,13,17 e 21<br />

(2003).<br />

Processos Internos;<br />

Mo<strong>de</strong>lo dos Processos<br />

Metas Racionais;<br />

internos – questões <strong>de</strong><br />

Sistemas Abertos.<br />

2,6,10,14,18 e 22<br />

Mo<strong>de</strong>lo das Metas<br />

Racionais – Questões <strong>de</strong><br />

3,7,11,15,19 e 23<br />

Mo<strong>de</strong>lo dos Sistemas<br />

abertos – Questões <strong>de</strong><br />

4,8,12,16,20 e 24.<br />

I<strong>de</strong>ntificar o perfil profissional e I<strong>de</strong>ntificação dos perfis: I<strong>de</strong>ntificação realizada<br />

comportamental pelo instrumento Dominância<br />

pelo instrumento DISC<br />

DISC ETALENT (MATOS, 2006). Influência<br />

ETALENT com a<br />

Estabilida<strong>de</strong><br />

equalização e a<br />

Conformida<strong>de</strong><br />

valoração <strong>de</strong> cada<br />

composição <strong>de</strong> fatores e<br />

características do perfil.<br />

Correlacionar o perfil<br />

Existência <strong>de</strong> Relação; Correlação realizada<br />

profissional/comportamental dos Grau <strong>de</strong> relação.<br />

através <strong>de</strong> estatística<br />

gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong> Natal<br />

entre os dois resultados:<br />

i<strong>de</strong>ntificadas através do DISC<br />

o percentual DISC do<br />

ETALENT com as competências<br />

perfil <strong>de</strong> cada gerente e<br />

gerenciais proposta por Quinn et al<br />

suas competências<br />

(2003).<br />

gerenciais pela proposta<br />

<strong>de</strong> Quinn.<br />

Fonte: Elaborado pela autora (2012).<br />

81


3.4 COLETA DE DADOS<br />

3.4.1 Teste piloto<br />

Para validação da ferramenta foi realizado um teste piloto ou pré-teste com<br />

<strong>de</strong>z gerentes, para análise das variáveis, correção <strong>de</strong> eventuais falhas e realização<br />

<strong>de</strong> ajustes necessários.<br />

O pré-teste é um ensaio geral, projetado e implementado como será na hora<br />

efetiva da coleta <strong>de</strong> dados, Goo<strong>de</strong> e Hatt (1972) afirmam que mesmo com a<br />

compreensão lógica do que <strong>de</strong>ve ser realizado o pesquisador <strong>de</strong>ve realizar o pré-<br />

teste, pois nada po<strong>de</strong> substituir a verificação empírica.<br />

Para tanto foram selecionados 10 gerentes por acessibilida<strong>de</strong> e enviado por<br />

via online o questionário DISC ETALENT, no mo<strong>de</strong>lo adjetivos, <strong>de</strong> Matos (2008) e o<br />

elaborado pela pesquisadora, baseado no mo<strong>de</strong>lo Quinn et al (2003), com as<br />

instruções para o preenchimento e solicitado que, além do preenchimento, fossem<br />

relatadas as dificulda<strong>de</strong>s encontradas durante o processo e enviadas por e-mail ou<br />

relatadas por telefone.<br />

Durante o processo 2 gerentes reportaram dificulda<strong>de</strong>s em reconhecer todos<br />

os adjetivos do questionário DISC ETALENT, tendo que fazer uso do dicionário para<br />

saber o significado <strong>de</strong> algumas palavras, ressalva que o questionário <strong>de</strong> adjetivos<br />

<strong>de</strong>ve ser aplicado a quem tem nível superior e o <strong>de</strong> frases a quem tem ensino médio,<br />

assim por <strong>de</strong>sconhecer o nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e ter sido encontrado no pré-teste<br />

dificulda<strong>de</strong>s em relação ao questionário <strong>de</strong> adjetivos, a pesquisadora <strong>de</strong>cidiu por<br />

aplicar o questionário <strong>de</strong> frases que contextualiza o uso dos adjetivos,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da escolarida<strong>de</strong>, para todos os pesquisados.<br />

Quanto ao segundo questionário, 3 gerentes apontaram 5 questões on<strong>de</strong><br />

encontraram dificulda<strong>de</strong>s na compreensão da redação das questões acerca das<br />

competências gerencias. Para melhor entendimento a redação foi alterada.<br />

Detectou-se também que as perguntas em blocos sequenciais dos mo<strong>de</strong>los,<br />

geravam uma tendência, assim <strong>de</strong>cidiu-se por alternar as questões e reaplicar o<br />

mo<strong>de</strong>lo e <strong>de</strong>pois verificar se não haveria alteração do resultado.<br />

Encontraram-se as seguintes respostas para as questões sequenciadas:<br />

82


Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Tabela 9 - Teste piloto -1<br />

Quando foram alternadas as questões, o mo<strong>de</strong>lo predominante manteve-se,<br />

embora alguns valores tenham-se alterado, mas o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> predominância foi<br />

mantido e foi observado pela pesquisadora para o grupo teste, que as respostas<br />

foram mais congruentes, assim optou-se pelo questionário <strong>de</strong> perguntas alternadas<br />

do mo<strong>de</strong>lo. O resultado é o que se apresenta na tabela 10:<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Tabela 10 - Teste piloto - 2<br />

A verificação prévia dos efeitos que produziram nos pesquisados, possibilitou<br />

corrigir, substituir ou excluir algumas questões se, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa simulação,<br />

algumas perguntas produzissem efeitos adversos do esperado. Neste caso foi<br />

alterada apenas a or<strong>de</strong>m das questões.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al (2003) não preten<strong>de</strong> apontar erros e acertos, pois as<br />

realida<strong>de</strong>s são diferentes, no tocante as estruturas organizacionais, mas mapear as<br />

competências nas empresas e que assim po<strong>de</strong>m selecionar ou a<strong>de</strong>quar os que<br />

melhor favorecem os objetivos organizacionais. Em termos <strong>de</strong> eficácia do mo<strong>de</strong>lo os<br />

83


critérios estabelecidos por Prata (2008) e Nóbrega (2011) para os papéis sugerem o<br />

seguinte:<br />

a) Caso o valor encontrado estiver entre 1,0 e 3,5 (exclusive), o exercício da<br />

competência e do papel seria consi<strong>de</strong>rado como insatisfatório;<br />

b) Caso o valor encontrado estiver entre 3,5 (inclusive) e 4,5 (exclusive), o<br />

exercício da competência e do papel seria classificado como mediano;<br />

c) Caso o valor encontrado estiver entre 4,5 (inclusive) e 7,0, o exercício da<br />

competência e do papel seria tido como satisfatório.<br />

Para o estudo foi acrescido também, a aferição do exercício <strong>de</strong> cada<br />

competência, para que sejam i<strong>de</strong>ntificadas as mais ou menos satisfatórias para o<br />

perfil dos gerentes do estudo.<br />

3.4.2 Instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados<br />

Foram utilizados dois instrumentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados, o primeiro o formulário<br />

DISC ETALENT, <strong>de</strong>senvolvido pela empresa ETALENT e validado cientificamente<br />

em trabalhos compilados no livro <strong>de</strong> Matos e Portela (2006) e na dissertação <strong>de</strong><br />

Matos (2008). Esse primeiro questionário po<strong>de</strong> ser aplicado online ou pessoalmente<br />

em formato físico. Consiste em 24 questões, cada questão com quatro opções. O<br />

candidato <strong>de</strong>ve escolher qual das quatro opções melhor o <strong>de</strong>screve e qual a que<br />

menos lhe representa. O processo leva em média 10 minutos, não <strong>de</strong>vendo superar<br />

<strong>de</strong>zoito minutos. Por escolha da pesquisadora na ocasião do pré-teste com os<br />

gerentes foi escolhida a versão expandida, com a introdução <strong>de</strong> frases completas,<br />

substituindo os tradicionais adjetivos. Esse primeiro levantamento mapeou o perfil<br />

profissional e comportamental dos gerentes. O mo<strong>de</strong>lo está disponibilizado no anexo<br />

B e C.<br />

O segundo instrumento foi um questionário estruturado, composto <strong>de</strong> duas<br />

partes: a primeira contendo questões para coletar as informações sócio-<br />

<strong>de</strong>mográficas a respeito da amostra estudada. A segunda parte, com o propósito <strong>de</strong><br />

realizar a avaliação e mapeamento das competências gerenciais <strong>de</strong>scritas no<br />

mo<strong>de</strong>lo teórico <strong>de</strong> Quinn at al (2003), foi <strong>de</strong>senvolvido pela autora a partir <strong>de</strong> um<br />

estudo referente à teoria e em outros instrumentos já estudados que referenciavam a<br />

mesma teórica com outros enfoques, como norteadores <strong>de</strong> um novo formato.<br />

84


A construção norteou-se em dois eixos: o horizontal (Interno-Externo) e o<br />

vertical (Flexibilida<strong>de</strong>-Controle) e em quatro mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> competências gerenciais:<br />

Relações humanas; Processos internos; Sistemas abertos e Metas racionais. O<br />

constructo foi avaliado através <strong>de</strong> Escala <strong>de</strong> Likert (1-7) aplicado online através do<br />

programa Google Docs. Para melhor visualização po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificado na figura<br />

15 e no questionário do Apêndice A.<br />

Fonte: Elaborado pela autora (2012).<br />

3.5 TRATAMENTO DOS DADOS<br />

Figura 15 - Elaboração do segundo constructo<br />

O primeiro instrumento foi analisado automaticamente pelo programa DISC<br />

ETALENT, que gera dois resultados para cada pesquisado, um perfil estrutural e um<br />

perfil adaptado, conforme exemplo a seguir:<br />

Figura 16 – DISC ETALENT: perfil estruturado e perfil adaptado<br />

Fonte: Elaborado pela autora (2012).<br />

85


A partir <strong>de</strong>sses gráficos foi gerada uma tabela no Microsoft Excell 2010, para<br />

cada pesquisado, com os valores percentuais DISC (Dominância, Influência,<br />

Estabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong>) no perfil estrutural e adaptado e evi<strong>de</strong>nciado o<br />

percentual mais elevado <strong>de</strong> cada perfil e <strong>de</strong> cada pesquisado.<br />

Para o segundo instrumento foi tabulado os valores <strong>de</strong> forma automática,<br />

extraída no programa Google docs, a partir das respostas dos respon<strong>de</strong>ntes. Os<br />

valores são da escala <strong>de</strong> likert <strong>de</strong> 1 a 7. Os dados foram obtidos mediante média<br />

aritmética simples, on<strong>de</strong> cada três questões acerca <strong>de</strong> um papel que compõe um<br />

dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gerencia <strong>de</strong> Quinn dividido por três e encontrado o valor do papel<br />

<strong>de</strong>sse gerente. Já o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gerência foi realizado a partir da média aritmética<br />

entre os dois papeis do mo<strong>de</strong>lo. Isso realizado para cada respon<strong>de</strong>nte. Conforme o<br />

exemplo a seguir:<br />

Quadro 16 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> tabulação do segundo Constructo<br />

Relações Humanas - Processos Internos - Metas Racionais - Sistemas Abertos -<br />

Estabilida<strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong><br />

Dominância Influência<br />

Negoci Inovad<br />

Mentor Facilitador R Monitor Coor<strong>de</strong>nador R Diretor Produtor R ador or R<br />

A.<br />

5,3<br />

Fictício 5,00 5,66 3 6,00 5,66 5,83 6,66 6,66 6,66 6,66 6,66 6,66<br />

Fonte: Elaborado pela autora (2012).<br />

Como o objetivo geral do estudo é saber se existe relação entre Perfil<br />

<strong>Profissional</strong>/Comportamental e O Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das competências <strong>de</strong> Quinn et al<br />

(2003), como já explanado anteriormente o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial Competências <strong>de</strong><br />

Quinn é dividido em quatro:<br />

Mo<strong>de</strong>lo das Relações Humanas;<br />

Mo<strong>de</strong>lo dos Processos Internos;<br />

Mo<strong>de</strong>lo das Metas Racionais e<br />

Mo<strong>de</strong>los dos Sistemas Abertos.<br />

Os Perfis <strong>Profissional</strong>/Comportamental Estrutural e Adaptado DISC ETALENT<br />

também são divididos em quatro categorias:<br />

D – Dominância;<br />

I – Influência;<br />

S – eStabilida<strong>de</strong> e<br />

C – Conformida<strong>de</strong>.<br />

86


Como se nota as variáveis são categóricas (qualitativas) nominais e <strong>de</strong>seja-se<br />

obter a Correlação (grau <strong>de</strong> relação) entre as variáveis em estudo, logo à priori<br />

sugere-se um Teste <strong>de</strong> Hipótese do Tipo Qui-quadrado.<br />

Para a análise dos dados da pesquisa (tabulação e correlações) e para a<br />

construção dos gráficos e tabelas foi utilizado Microsoft Excell 2010 e Software<br />

Estatístico Statistica 7.0.<br />

3.5.1 Teste <strong>de</strong> hipótese Qui-Quadrado<br />

Qui Quadrado é um teste <strong>de</strong> hipóteses que procura encontrar um valor da<br />

dispersão para duas variáveis nominais e avalia a relação existente entre variáveis<br />

qualitativas, não é paramétrico, pois in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos parâmetros populacionais, como<br />

média e variância (KAZMIER 2007).<br />

Compara-se proporções e as possíveis divergências entre as frequências<br />

observadas e esperadas para um certo evento e observa-se se dois grupos se<br />

comportam <strong>de</strong> forma esperada entre as frequências observadas (MALHOTRA,<br />

2012).<br />

Para utilizar o Qui-Quadrado <strong>de</strong>ve-se ter: variáveis in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes; os<br />

elementos <strong>de</strong> cada grupo selecionado aleatoriamente; pertencer a mesma categoria<br />

e amostra relativamente gran<strong>de</strong> (ou usar a correção <strong>de</strong> Yates – explicada em outro<br />

tópico) (KAZMIER 2007).<br />

3.5.2 Como calcular a estatística Qui-Quadrado<br />

sendo:<br />

Para o cálculo do Qui-quadrado Pearson propôs a seguinte fórmula:<br />

<br />

n<br />

2 2<br />

( oi ei)<br />

/ ei<br />

i1<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

i o = frequência observada para cada classe,<br />

i e = frequência esperada para aquela classe.<br />

As frequências observadas são retiradas da amostra pesquisada e as<br />

esperadas calculadas a partir <strong>de</strong>la (CONTI, 2011).<br />

87


3.5.3 Hipóteses testadas<br />

A utilização do Qui-Quadrado é para um teste <strong>de</strong> hipótese que ao mesmo<br />

tempo estabelece uma relação, po<strong>de</strong>ndo ser utilizado como um coeficiente <strong>de</strong><br />

correlação <strong>de</strong> variáveis não paramétricas, on<strong>de</strong> o pesquisador trabalha com duas<br />

hipóteses:<br />

• Hipótese nula (H0): hipótese a ser rejeitada, on<strong>de</strong> as frequências observadas<br />

não são diferentes das frequências esperadas, ou seja, não existe diferença entre as<br />

frequências dos grupos. Portanto, não há relação entre os grupos.<br />

• Hipótese alternativa (H1): hipótese a ser confirmada, on<strong>de</strong> as frequências<br />

observadas são diferentes das frequências esperadas, existindo assim diferença<br />

entre as frequências. Portanto, há relação entre os grupos.<br />

Para o estudo foram estudas as seguintes hipóteses:<br />

a. Hipótese nula (H0): Não existe relação entre o perfil<br />

profissional/comportamental DISC ETALENT – Estrutural e Adaptado – e o<br />

mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003).<br />

b. Hipótese alternativa (H1): Existe relação entre o perfil<br />

profissional/comportamental DISC ETALENT – Estrutural e Adaptado – e o<br />

mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003).<br />

Para que se encontre o valor é preciso dois valores estatísticos <strong>de</strong>nominados<br />

2<br />

calculado e<br />

2<br />

tabelado. Sendo que, o<br />

88<br />

2<br />

calculado é obtido a partir dos dados<br />

pesquisados, consi<strong>de</strong>rando-se os valores observados e os esperados (CONTI,<br />

2011).<br />

Para o<br />

2<br />

tabelado <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do G.L (graus <strong>de</strong> Liberda<strong>de</strong>) estabelecido e do<br />

nível <strong>de</strong> significância adotado.<br />

Para o Teste <strong>de</strong> Hipótese Qui-Quadrado, tem-se:<br />

• Se<br />

• Se<br />

2<br />

2<br />

cal calculado > ou = tab tabelado: Rejeita-se H0.<br />

2<br />

2<br />

cal calculado < tab tabelado: Aceita-se H0.(CONTI, 2011)<br />

3.5.4 Correção <strong>de</strong> Yates (ou correção <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>)<br />

Ao se utilizar o Qui-quadrado ou teste <strong>de</strong><br />

2<br />

, po<strong>de</strong>-se supor amostras<br />

gran<strong>de</strong>s, mas se po<strong>de</strong> em amostras finitas ou assumir números inteiros, mesmo para


amostras fracionadas. Quando se obtém um valor <strong>de</strong><br />

é pequena (menor que 5) a fórmula <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong><br />

maior que o real.<br />

89<br />

2<br />

significativo, mas a amostra<br />

2<br />

po<strong>de</strong>rá produzir um valor<br />

Quando o número <strong>de</strong> observações em cada casela (células) for maior ou igual<br />

a 5 o teste <strong>de</strong><br />

2<br />

po<strong>de</strong> ser usado, caso contrário, <strong>de</strong>ve-se utilizar a correção <strong>de</strong><br />

Yates, para cada classe conforme a fórmula a seguir:<br />

<br />

n<br />

2 2<br />

( oi ei 0.5) / ei<br />

i1<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Apesar <strong>de</strong> o assunto ser controverso, <strong>de</strong> modo geral, usa-se a correção <strong>de</strong><br />

Yates quando:<br />

2011).<br />

• o valor <strong>de</strong> Qui Quadrado obtido é maior que o crítico e;<br />

• o valor <strong>de</strong> N é menor que 40 ou;<br />

• há pelo menos uma classe com número <strong>de</strong> esperados menor que 5(CONTI,<br />

3.5.5 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência<br />

Segundo Conti (2011) Pearson <strong>de</strong>finiu ainda uma medida <strong>de</strong> correlação para<br />

variáveis qualitativa chamada coeficiente <strong>de</strong> contingência, dado por:<br />

C <br />

2<br />

<br />

2<br />

n<br />

Este coeficiente me<strong>de</strong> a relação entre dois conjuntos <strong>de</strong> atributos quando um<br />

ou ambos os conjuntos são medidos em escala nominal.<br />

Consi<strong>de</strong>re uma tabela <strong>de</strong> contingência k x r, que representa as frequências<br />

cruzadas dos escores A (divididos em k categorias) e escores B (divididos em r<br />

categorias). O grau <strong>de</strong> relação entre dois conjuntos <strong>de</strong> atributos é calculado acima,<br />

on<strong>de</strong>:<br />

2<br />

é a estatística Qui-quadrado calculada conforme já visto anteriormente.


O p-valor associado ao valor da estatística Qui-quadrado com (r-1) x (k-1)<br />

graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> é a prova <strong>de</strong> significância do coeficiente <strong>de</strong> contingência C.<br />

O coeficiente C se caracteriza por assumir valor zero quando há inexistência<br />

<strong>de</strong> associação, porém nunca será igual à 1. O limite superior do coeficiente é dado<br />

por<br />

k 1<br />

k (quando k = r). ***K é o numero <strong>de</strong> categorias máximo das variáveis.<br />

Coeficiente <strong>de</strong> Contingência para o teste: Perfil Estrutural x Mo<strong>de</strong>lo Gerencial.<br />

No estudo tem-se um C máximo <strong>de</strong><br />

(SIEGEL, 1956).<br />

3.5.6 Teste ANOVA <strong>de</strong> Friedman<br />

90<br />

k 141 0,87 . Baseado em<br />

k 4<br />

O teste <strong>de</strong> Friedman utilizado para comparar os resultados <strong>de</strong> três ou mais<br />

amostras relacionadas, or<strong>de</strong>na os resultados para cada um dos casos e <strong>de</strong>pois<br />

calcula a média das or<strong>de</strong>ns para cada amostra. Se não existem diferenças entre as<br />

amostras, as suas médias das or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong>vem ser similares. A estatística <strong>de</strong>ste teste<br />

tem uma distribuição <strong>de</strong> qui-quadrado (MALHOTRA, 2012).<br />

3.5.7 Resumo <strong>de</strong> mensuração dos construtos<br />

O referencial teórico sobre a temática é bastante escasso, a teoria DISC tem<br />

sido abordada pelas pesquisas com gran<strong>de</strong> ênfase em estudos do comportamento<br />

humano e os estudos <strong>de</strong> Quinn nas abordagens <strong>de</strong> estudos específicos <strong>de</strong><br />

competências gerenciais. Assim os constructos não foram baseados em estudos<br />

prévios organizados <strong>de</strong> outros estudos, mas <strong>de</strong>senvolvidos pela autora como<br />

conforme norteiam o quadro 17:


Quadro 17 - Constructos e suas variáveis <strong>de</strong> mensuração<br />

CONSTRUCTOS E SUAS VARIÁVEIS DE MENSURAÇÃO<br />

CONSTRUTO MENSURAÇÃO<br />

AUTOMÁTICO DO<br />

CONSTRUCTO 1 - DISC ETALENT - ESTRUTURAL<br />

PROGRAMA<br />

DOMINÂNCIA 0%-100%<br />

INFLUÊNCIA 0%-100%<br />

ESTABILIDADE 0%-100%<br />

CONFORMIDADE 0%-100%<br />

AUTOMÁTICO DO<br />

CONSTRUCTO 1 - DISC ETALENT -ADAPTADO<br />

PROGRAMA<br />

DOMINÂNCIA 0%-100%<br />

INFLUÊNCIA 0%-100%<br />

ESTABILIDADE 0%-100%<br />

CONFORMIDADE 0%-100%<br />

CONSTRUCTO 2 -MODELO GERENCIAL DE QUINN ET AL SOFTWARE EXCELL<br />

MODELO DAS RELAÇÕES HUMANAS - PAPEL MENTOR medida: média simples<br />

MODELO DAS RELAÇÕES HUMANAS - PAPEL FACILITADOR medida: média simples<br />

GERENTE MODELO DAS RELAÇÕES HUMANAS - Mentor + Facilitador medida: média simples<br />

MODELO DE PROCESSOS INTERNOS - PAPEL MONITOR medida: média simples<br />

MODELO DE PROCESSOS INTERNOS - PAPEL COORDENADOR medida: média simples<br />

GERENTE MODELO DE PROCESSOS INTERNOS - Monitor<br />

+Coor<strong>de</strong>nador medida: média simples<br />

MODELO DAS METAS RACIONAIS - PAPEL DIRETOR medida: média simples<br />

MODELO DAS METAS RACIONAIS - PAPEL PRODUTOR medida: média simples<br />

GERENTE MODELO DAS METAS RACIONAIS - Diretor + Produtor medida: média simples<br />

MODELO DOS SISTEMAS ABERTOS - PAPEL NEGOCIADOR medida: média simples<br />

MODELO DOS SISTEMAS ABERTOS - PAPEL INOVADOR medida: média simples<br />

GERENTE MODELO DOS SISTEMAS ABERTOS - Negociador + Inovador medida: média simples<br />

CONSTRUCTO 3 - CORRELACIONAR O PERFIL<br />

PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL DISC - ETALENT COM OS<br />

MODELOS GERENCIAIS DE QUINN ET AL<br />

O PERFIL DE DOMINÂNCIA COM O GERENTE MODELO DAS METAS<br />

RACIONAIS<br />

O PERFIL DE INFLUÊNCIA COM GERENTE MODELO DOS SISTEMAS<br />

ABERTOS<br />

O PERFIL DE ESTABILIDADE COM O GERENTE MODELO DAS<br />

RELAÇÕES HUMANAS<br />

O PERFIL DE CONFORMIDADE COM O GERENTE MODELO DE<br />

PROCESSOS INTERNOS<br />

Fonte: Elaborado pela autora (2012).<br />

91<br />

SOFTWARE<br />

STATISTICA<br />

Qui Quadrado e<br />

Coeficiente <strong>de</strong><br />

Contingência <strong>de</strong> Pearson<br />

Qui Quadrado e<br />

Coeficiente <strong>de</strong><br />

Contingência <strong>de</strong> Pearson<br />

Qui Quadrado e<br />

Coeficiente <strong>de</strong><br />

Contingência <strong>de</strong> Pearson<br />

Qui Quadrado e<br />

Coeficiente <strong>de</strong><br />

Contingência <strong>de</strong> Pearson


4 ANÁLISE DOS RESULTADOS<br />

4.1 CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DOS<br />

GERENTES<br />

Os dados referem-se ao perfil socio<strong>de</strong>mográfico dos entrevistados no tocante<br />

ao gênero, ida<strong>de</strong>, estado civil, escolarida<strong>de</strong>, tempo <strong>de</strong> atuação na área, no cargo e<br />

na empresa.<br />

Quanto ao gênero a distribuição <strong>de</strong>u-se <strong>de</strong> acordo com a tabela 11, com um<br />

percentual um pouco mais elevado <strong>de</strong> mulheres nas funções <strong>de</strong> gestão das<br />

imobiliárias.<br />

Tabela 11 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Gênero<br />

GÊNERO FREQUÊNCIA %<br />

FEMININO 36 51,4%<br />

MASCULINO 34 48,6%<br />

TOTAL 70 100,0%<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Situação diferente da encontrada por Gines (2008) na caracterização dos<br />

corretores imobiliários <strong>de</strong> São Paulo, on<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificou que 65% <strong>de</strong>les eram do<br />

gênero masculino, ou seja, que para cada profissional feminino existia dois do<br />

gênero masculino.<br />

Quanto à faixa etária a maior incidência está entre 31 e 40 anos, com 33<br />

gerentes, representando um percentual <strong>de</strong> 47,1% dos gerentes; logo após aparecem<br />

os gerentes com ida<strong>de</strong> entre 26 e 30 anos, com um percentual <strong>de</strong> 18,6%; seguidos<br />

<strong>de</strong> 41 a 50 anos que somados representam 24,3%; 6 gerentes acima <strong>de</strong> 50 anos<br />

que totalizam 9% e apenas 1(um) com até 25 anos.<br />

Esses dados ratificam os estudos <strong>de</strong> Gines (2008) que apresenta que a faixa<br />

etária dos corretores tem sido distribuída <strong>de</strong> forma linear, com corretores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os<br />

20 anos até mais <strong>de</strong> 60 anos. Nesta pesquisa encontram-se gestores com ida<strong>de</strong>s<br />

até 25 e mais <strong>de</strong> 50, apesar <strong>de</strong> uma concentração maior na ida<strong>de</strong> entre 31 e 40<br />

anos, porém para as faixas etárias pesquisadas foram i<strong>de</strong>ntificados gerentes em<br />

todas elas, conforme é possível visualizá-los na tabela 12.<br />

92


Tabela 12 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Ida<strong>de</strong><br />

IDADE FREQUÊNCIA %<br />

ATÉ 25 ANOS 1 1,4%<br />

DE 26 a 30 ANOS 13 18,6%<br />

DE 31 a 35 ANOS 19 27,1%<br />

DE 36 a 40 ANOS 14 20,0%<br />

DE 41 a 45 ANOS 9 12,9%<br />

DE 45 a 50 ANOS 8 11,4%<br />

ACIMA DE 50 ANOS 6 8,6%<br />

TOTAL 70 100,0%<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Quanto ao estado civil da maioria dos gerentes é casado, com 41,4% dos<br />

entrevistados, solteiro e divorciado/separado/<strong>de</strong>squitado aparecem em segundo<br />

lugar com 21,4% cada, seguidos dos que mantém uma união estável com 12,9%,<br />

1(um) é viúvo e 1 (um) relacionou que o estado civil como outro. A tabela 13<br />

apresenta o resultado:<br />

Tabela 13 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Ida<strong>de</strong><br />

ESTADO CIVIL FREQUÊNCIA %<br />

SOLTEIRO 15 21,4%<br />

CASADO 29 41,4%<br />

DIVORCIADO/SEPARADO/DESQUITADO 15 21,4%<br />

VIÚVO 1 1,4%<br />

UNIÃO ESTÁVEL 9 12,9%<br />

OUTRO 1 1,43%<br />

TOTAL 70 100,0%<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Com relação ao nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> 23 dos entrevistados possuem o ensino<br />

superior completo, o que representa 32,9%; com o ensino médio completo e ensino<br />

superior incompleto são 15 gerentes cada, totalizando 42,8% dos pesquisados; com<br />

Pós-graduação completa foram i<strong>de</strong>ntificados 12 gerentes, representando assim<br />

17,14% e ainda cursando pós-graduação, 5 gerentes, 7,1%. Quando se analisa os<br />

resultados <strong>de</strong>sse item geral, po<strong>de</strong>-se inferir que dos 70 gerentes, 40 possuem ensino<br />

superior completo, totalizando 57,14% dos pesquisados.<br />

93


Situação inversa à encontrada por Gines (2008), que i<strong>de</strong>ntificou 60% dos<br />

entrevistados possuía apenas o ensino médio, que é a condição obrigatória para ser<br />

corretor <strong>de</strong> imóveis. Nesse mesmo estudo apenas 5% eram pós-graduados.<br />

Também diferem dos resultados <strong>de</strong> Ribeiro (2004), quando pesquisou<br />

especificamente, os gerentes <strong>de</strong> venda e gerentes imobiliários em Natal e encontrou<br />

os seguintes níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>: 3% com nível médio incompleto; 16,7% com<br />

nível médio completo; 19,7% com nível superior incompleto; 45,4% com nível<br />

superior completo e 15,2% dos entrevistados com pós-graduação.<br />

Nesses 8 (oito) anos, para a função <strong>de</strong> gestão nas empresas pesquisadas<br />

não foram mais i<strong>de</strong>ntificados gestores com ensino médio incompleto, como percebe-<br />

se houve um aumento na pós-graduação, como o dado anterior não faz referência a<br />

pós incompleta, atualmente já são 24,24% <strong>de</strong> gerentes que concluíram ou estão<br />

cursando uma pós. Em relação ao ensino superior completo, os valores<br />

praticamente mantiveram-se os mesmos, na pesquisa <strong>de</strong> Ribeiro (2004) a<br />

totalização dos gerentes com ensino superior completo era <strong>de</strong> 60,6% e hoje o valor<br />

encontrado foi <strong>de</strong> 57,14%.<br />

Para o estudo a tabela 14 <strong>de</strong>monstra o resultado acerca da escolarida<strong>de</strong>:<br />

Tabela 14 - Perfil socio<strong>de</strong>mográfico - Escolarida<strong>de</strong><br />

ESCOLARIDADE FREQUÊNCIA %<br />

ENSINO MÉDIO COMPLETO 15 21,4%<br />

ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO 15 21,4%<br />

ENSINO SUPERIOR COMPLETO 23 32,9%<br />

PÓS GRADUAÇÃO INCOMPLETA 5 7,1%<br />

PÓS GRADUAÇÃO COMPLETA 12 17,14%<br />

TOTAL 70 100,0%<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Os dados referentes ao tempo <strong>de</strong> atuação na área imobiliária quando<br />

analisados, verifica-se que a maior frequência encontrada foi <strong>de</strong> 25 gerentes que<br />

atuam <strong>de</strong> 6 a 10 anos no ramo, seguidos <strong>de</strong> 20 pesquisados <strong>de</strong> 1 a 5 anos, esses<br />

dois grupos representam 64,3% dos entrevistados. Com atuação <strong>de</strong> 16 a 20 anos<br />

foram i<strong>de</strong>ntificados 10 gerentes, entre 11 e 15 anos, que soma 24,3% e, finalmente<br />

com mais <strong>de</strong> 20 anos e com menos <strong>de</strong> 1 ano, 4 respectivamente, perfazendo um<br />

total <strong>de</strong> 11,4%.<br />

94


Ao comparar os resultados do tempo <strong>de</strong> atuação com a ida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>-se<br />

verificar que os 4 gerentes com mais <strong>de</strong> 50 anos, atuam na área há mais <strong>de</strong> 20<br />

anos.<br />

explicitados:<br />

Os dados <strong>de</strong> referência sobre o tempo <strong>de</strong> atuação na área estão abaixo<br />

Tabela 15 - Tempo <strong>de</strong> atuação na área<br />

TEMPO DE ATUAÇÃO NA ÁREA TOTAL %<br />

MENOS DE UM ANO 4 5,7%<br />

DE 1 A 5 ANOS 20 28,6%<br />

DE 6 A 10 ANOS 25 35,7%<br />

DE 11 A 15 ANOS 7 10,0%<br />

DE 16 A 20 ANOS 10 14,3%<br />

MAIS DE 20 ANOS 4 5,7%<br />

TOTAL 70 100,0%<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Devido à similarida<strong>de</strong> dos resultados encontrados para os questionamentos<br />

tempo <strong>de</strong> atuação no cargo/função e tempo <strong>de</strong> atuação na empresa, os dois foram<br />

analisados, concomitantemente. Para atuação no cargo/função e tempo <strong>de</strong> atuação<br />

na empresa o maior resultado encontrado foi <strong>de</strong> 1 a 5 anos com 58,6% e 57,1%<br />

respectivamente, isso significa que para esse grupo, com exceção <strong>de</strong> um gerente,<br />

todos possuem o mesmo tempo <strong>de</strong> atuação no cargo/função e na empresa.<br />

Para o grupo com menos <strong>de</strong> 1 (um) ano e <strong>de</strong> 6 a 10 anos, também se repete,<br />

sendo que neste caso, juntos representam 38,6% e 38,6% do total dos pesquisados.<br />

Já para os gerentes que atuam entre 11 e 15 anos é igual, tanto o tempo <strong>de</strong> atuação<br />

na empresa, quanto no cargo/função. Para o tempo <strong>de</strong> empresa <strong>de</strong> 16 a 20 anos,<br />

não existe nenhum gerente atuando na área <strong>de</strong>ntre os entrevistados.<br />

No estudo <strong>de</strong> Ribeiro (2004) para as funções <strong>de</strong> gerente financeiro e gerente<br />

imobiliário foram mapeados os seguintes resultados: com até 5 anos na função<br />

24,2% dos entrevistados, <strong>de</strong> 6 a 10 anos, 36,4%; <strong>de</strong> 11 a 15 anos, 19,7% e acima<br />

<strong>de</strong> 15 anos, 19,7%.<br />

A tabela 16 expõe o que foi antes <strong>de</strong>scrito:<br />

95


Tabela 16 - Tempo <strong>de</strong> atuação no cargo e tempo <strong>de</strong> atuação na empresa<br />

TEMPO DE ATUAÇÃO<br />

NO CARGO TOTAL %<br />

TEMPO DE ATUAÇÃO NA<br />

EMPRESA TOTAL %<br />

MENOS DE UM ANO 11 15,7% MENOS DE UM ANO 10 14,3%<br />

DE 1 A 5 ANOS 41 58,6% DE 1 A 5 ANOS 40 57,1%<br />

DE 6 A 10 ANOS 16 22,9% DE 6 A 10 ANOS 17 24,3%<br />

DE 11 A 15 ANOS 2 2,9% DE 11 A 15 ANOS 2 2,9%<br />

DE 16 A 20 ANOS 0 0,0% DE 16 A 20 ANOS 1 1,4%<br />

MAIS DE 20 ANOS 0 0,0% MAIS DE 20 ANOS 0 0,0%<br />

TOTAL 70 100,0% TOTAL 70 100,0%<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Resumidamente o perfil socio<strong>de</strong>mográfico dos gerentes <strong>de</strong> imobiliárias <strong>de</strong><br />

Natal é em sua maioria do gênero feminino, com 51,4%; com ida<strong>de</strong> entre 31 e 35<br />

anos, representando 27,1%; em sua maioria são casadas com um percentual <strong>de</strong><br />

41,4% e com nível superior completo, com 32,9%. São atuantes na área entre 6 e<br />

10 anos com um percentual <strong>de</strong> 35,7% e estão no cargo ou função entre 1 e 5 anos,<br />

assim como estão exercendo a função na empresa neste mesmo período, com uma<br />

representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 58,6%.<br />

4.2 PERFIL DO MODELO GERENCIAL BASEADO EM QUINN ET AL (2003)<br />

Nesta seção são i<strong>de</strong>ntificadas e analisadas o mo<strong>de</strong>lo gerencial, o papel e as<br />

competências dos pesquisados baseados no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al.(2003)<br />

Destaca-se que nenhuma das médias, segundo os parâmetros, foram<br />

consi<strong>de</strong>radas insatisfatórias, pelo contrário, todas as médias achadas são elevadas<br />

e equilibradas, com nenhum valor inferior a 5,00 (cinco).<br />

Nesse estudo as competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003) foram pesquisadas<br />

somente na visão do próprio pesquisado, sendo então o auto-reconhecimento <strong>de</strong><br />

suas competências.<br />

Como as médias foram muito próximas realizou-se o teste ANOVA <strong>de</strong><br />

Friedman, estabelecendo as seguintes hipóteses:<br />

H0: As notas obtidas pelos gerentes são iguais para os 8 papeis gerenciais.<br />

96


H1: As notas obtidas pelos gerentes são diferentes para os 8 papeis<br />

gerenciais.<br />

Estabeleceu-se 7 graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> (G.L), pois são 8 papeis gerenciais G.L =<br />

(F-1), realizando um teste com alfa <strong>de</strong> 5% (95% <strong>de</strong> confiança), tem-se um Qui-<br />

Quadrado tabelado ( <br />

=15,507<br />

), para as variáveis foi encontrado um Qui-<br />

2<br />

tab<br />

Quadrado calculado <strong>de</strong> ( =23,49081).<br />

Como se tem um<br />

2<br />

cal<br />

<br />

2 2<br />

tab cal<br />

, logo se recusa a hipótese nula com 95% <strong>de</strong><br />

97<br />

confiança, ou seja, as médias obtidas pelos gerentes são diferentes para os 8 papeis<br />

gerenciais. Implicitamente não foi realizado para as competências e para os<br />

Mo<strong>de</strong>los, pois como as papeis são uma média das competências e os Mo<strong>de</strong>los<br />

gerenciais, uma média dos papeis, elas também seriam confirmadas na hipótese H1.<br />

A tabela 17 <strong>de</strong>monstra o resultado:<br />

Tabela 17 - Teste ANOVA <strong>de</strong> Friedman para os papeis gerenciais<br />

Papel<br />

Gerencial<br />

Média da<br />

Classe<br />

Soma da<br />

Classe<br />

Média D. Padrão<br />

Mentor 4.764286 333.5000 6.123810 0.627269<br />

Facilitador 4.078571 285.5000 5.976190 0.655268<br />

Monitor 3.707143 259.5000 5.890476 0.741504<br />

Coor<strong>de</strong>nador 4.814286 337.0000 6.104762 0.745449<br />

Diretor 4.071429 285.0000 5.928571 0.927124<br />

Produtor 5.128571 359.0000 6.176190 0.719459<br />

Negociador 4.535714 317.5000 6.095238 0.624623<br />

Inovador 4.900000 343.0000 6.147619 0.787658<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

A seguir para melhor compreensão os dados foram analisados por partes.<br />

Inicialmente as competências, seguido dos papeis e <strong>de</strong>pois dos mo<strong>de</strong>los gerenciais.<br />

Foram caracterizadas todas as competências, papeis e mo<strong>de</strong>los, estão evi<strong>de</strong>nciados<br />

na Tabela 18 os maiores valores em negrito e os menores valores em negrito e<br />

itálico para melhor visualização e, na sequência as leituras e/ou análises.


Tabela 18 - Mo<strong>de</strong>los Gerenciais <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003)<br />

MÉDIA MÉDIA MÉDIA<br />

MODELO PAPEL COMPETÊNCIA<br />

Compreensão <strong>de</strong> si e dos outros em<br />

situações vivenciadas no trabalho (você é<br />

capaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r você mesmo e as<br />

COMPETÊNCIAS PAPEL MODELO<br />

Mentor<br />

outras pessoas).<br />

Você possui a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

5,89<br />

6,12<br />

Mo<strong>de</strong>lo das<br />

comunicar eficazmente nas situações<br />

vivenciadas no trabalho. 6,19<br />

Relações<br />

Humanas –<br />

Estimula o <strong>de</strong>sempenho da equipe.<br />

Estimula o crescimento da equipe,<br />

6,30<br />

6,05<br />

RH - S<br />

trabalhando o comprometimento e<br />

compartilhamento dos dados e<br />

Facilitad<br />

or<br />

informações.<br />

As <strong>de</strong>cisões são tomadas com<br />

6,21<br />

5,98<br />

participação dos membros da equipe.<br />

Gerencia da melhor forma os conflitos<br />

5,51<br />

existentes entres os membros da equipe.<br />

Acompanha o <strong>de</strong>senvolvimento individual<br />

dos membros da equipe através do<br />

6,20<br />

monitoramento. 5,43<br />

Monitor<br />

Possui capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciar o<br />

<strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s e trabalhos<br />

5,89<br />

coletivos 6,14<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Processos<br />

Internos –<br />

PI - C<br />

Analiso as informações com pensamento<br />

crítico - possuo senso crítico.<br />

Gerencio projetos (realizando<br />

planejamento e monitoramento)<br />

compreen<strong>de</strong>ndo o impacto para as<br />

6,10<br />

6,00<br />

Coor<strong>de</strong>n<br />

ador<br />

pessoas e para a organização.<br />

Planejo o trabalho a ser realizado <strong>de</strong><br />

forma clara e objetiva.<br />

Tenho consciência <strong>de</strong> que as <strong>de</strong>cisões<br />

que tomo, interferem nos outros setores<br />

5,63<br />

6,23<br />

6,10<br />

ou <strong>de</strong>partamentos da empresa.<br />

Sou capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e comunicar a<br />

visão (os objetivos, metas, missão) da<br />

6,46<br />

empresa <strong>de</strong> forma clara. 6,00<br />

Diretor Estabeleço metas e objetivos para minha<br />

5,93<br />

equipe. 5,86<br />

Mo<strong>de</strong>lo das<br />

Planejo e organizo as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Metas<br />

Racionais –<br />

MR - D<br />

minha equipe.<br />

Estimulo a produtivida<strong>de</strong> no trabalho.<br />

Forneço apoio para a construção <strong>de</strong> um<br />

5,93<br />

6,29<br />

6,05<br />

Produtor ambiente <strong>de</strong> trabalho produtivo.<br />

Gerencio o estresse e o tempo da equipe<br />

através da otimização, observação e<br />

6,49<br />

6,18<br />

orientações.<br />

Construo e mantenho o po<strong>de</strong>r através da<br />

5,76<br />

<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e, dando<br />

oportunida<strong>de</strong>s para os colaboradores que<br />

se <strong>de</strong>stacam. 6,03<br />

Negocia<br />

dor<br />

Negocio acordos e compromissos com a<br />

equipe, observando a satisfação das<br />

6,10<br />

Mo<strong>de</strong>lo dos<br />

necessida<strong>de</strong>s. 6,09<br />

Sistemas<br />

Abertos –<br />

Apresento minhas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> forma clara,<br />

percebendo e acompanhando a<br />

6,12<br />

SSA - I<br />

compreensão das mesmas.<br />

Apresento a equipe como conviver com<br />

as mudanças, e trabalho essas<br />

6,17<br />

Inovador<br />

mudanças <strong>de</strong> forma positiva.<br />

Gerencio <strong>de</strong> forma saudável as<br />

6,01<br />

6,15<br />

mudanças que ocorrem 6,31<br />

Possuo pensamento criativo 6,11<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

98


Inicialmente avaliam-se separadamente as competências dos pesquisados, a<br />

partir da competência, o papel e <strong>de</strong>pois o mo<strong>de</strong>lo gerencial.<br />

A segunda competência do papel <strong>de</strong> Produtor - Forneço apoio para a<br />

construção <strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> trabalho produtivo - foi a <strong>de</strong> maior média encontrada<br />

para os gerentes pesquisados, com um valor <strong>de</strong> 6,49.<br />

Essa competência fornece um ambiente <strong>de</strong> motivação e produção, na busca<br />

por resultados, apoiado pela Teoria Motivacional da Expectância <strong>de</strong> Victor Vroom<br />

(BANOV, 2011; WAGNER III; HOLLENBECK, 2004; BERGAMINI, 2010; AGUIAR,<br />

2009; ROBBINS, 2004; MOTTA; VASCOCELOS, 2006) on<strong>de</strong> a motivação po<strong>de</strong> ser<br />

explicada em função dos objetivos e das escolhas dos indivíduos e <strong>de</strong> suas<br />

expectativas em atingir esses objetivos. Quinn et al (2003) afirmam que a motivação<br />

Vroom (1964), que o colaborador se sente motivado na relação das suas<br />

expectativas ao esforço <strong>de</strong>sempenhado para o trabalho e o resultado obtido. Nessa<br />

mesma linha Quinn et al (2003) baseando-se na Teoria da Expectância aponta<br />

algumas direções para os gerentes com essa competência: vincular o esforço ao<br />

<strong>de</strong>sempenho; ligar <strong>de</strong>sempenho e resultado e compreen<strong>de</strong>r as valências dos<br />

resultados.<br />

No ramo da economia pesquisado, on<strong>de</strong> parte dos colaboradores, são<br />

autônomos (corretores <strong>de</strong> imóveis) e estabelecem com seus gerentes uma relação<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, ou seja, a equipe é remunerada exclusivamente por seu<br />

<strong>de</strong>sempenho, através <strong>de</strong> comissionamento.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al (2003) direciona para excelência <strong>de</strong>ssa competência<br />

evi<strong>de</strong>nciando sobretudo, o contexto singular das organizações e as especificida<strong>de</strong>s<br />

dos pessoas envolvidas, que em gran<strong>de</strong> parte esse ambiente produtivo perpassa por<br />

uma função <strong>de</strong> controle das organizações sobre a informação, conhecimento,<br />

recompensas e po<strong>de</strong>r, mas que não po<strong>de</strong> ser maior do que a compreensão do ser<br />

humano, principalmente nos fatores intrínsecos <strong>de</strong> relevância ao que lhe motiva.<br />

Quanto ao papel gerencial predominante, o papel <strong>de</strong> Produtor, que pertence<br />

ao Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Metas Racionais. Os produtores são motivados,<br />

comprometidos e autônomos. No eixo horizontal para o ambiente externo e o vertical<br />

para o controle, ao mesmo tempo centraliza e integraliza mantendo a consistência<br />

da equipe. A média encontrada foi <strong>de</strong> 6,18 para o papel. Se visto isoladamente<br />

po<strong>de</strong>ria ser consi<strong>de</strong>rado um gerente ineficaz, pois Nóbrega (2011) adaptando o<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Quinn et al (2003) <strong>de</strong>staca que quando apenas o papel <strong>de</strong> produtor<br />

99


obtém <strong>de</strong>staque o perfil é <strong>de</strong> um gerente “workaholics sufocantes”, o que difere, já<br />

que 4 outros papeis também obtiveram uma média acima 6,00 e os outros 3 muito<br />

próximos a 5,90. Assim, não existe esse <strong>de</strong>sequilíbrio que possa apontar os<br />

workaholics sufocantes.<br />

No que diz respeito ao Mo<strong>de</strong>lo Gerencial, o predominante entre os<br />

pesquisados foi o dos Sistemas Abertos com uma média <strong>de</strong> 6,12, formatado no<br />

eixo da abertura e adaptabilida<strong>de</strong> ao meio externo.<br />

A busca <strong>de</strong> inovação contínua e adaptação que levam à aquisição e<br />

manutenção <strong>de</strong> recursos no meio externo, foi possível i<strong>de</strong>ntificar uma gran<strong>de</strong> ênfase<br />

na resolutivida<strong>de</strong> criativa <strong>de</strong> problemas e gerenciamento <strong>de</strong> mudanças. Essa<br />

gerência propicia uma atmosfera inovadora e flexível, necessária à ativida<strong>de</strong> que se<br />

relaciona com diversos públicos, <strong>de</strong>vido à natureza da ativida<strong>de</strong>: ven<strong>de</strong>dores,<br />

compradores, investidores, agentes bancários, colaboradores [...] (QUINN et al,<br />

2003).<br />

Quinn et al (2003) afirmam uma tendência a acreditar que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

sistemas abertos seja o mais a<strong>de</strong>quado para os nossos tempos. Diversas<br />

organizações são perpassadas pela sensação <strong>de</strong> que é preciso reinventar,<br />

re<strong>de</strong>senhar, reestruturar, mas os lí<strong>de</strong>res gerenciais que ficam <strong>de</strong>masiadamente<br />

concentrados na expansão e na mudança po<strong>de</strong>m per<strong>de</strong>r a noção do quanto a<br />

estabilida<strong>de</strong> é necessária e criam uma atmosfera <strong>de</strong> anarquia caótica, on<strong>de</strong> reinam a<br />

incerteza e a confusão.<br />

Quanto aos impactos e as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mudanças para alcançar o<br />

equilíbrio em relação aos outros elementos pesquisados foram atribuídos os<br />

menores valores.<br />

A respeito da competência a menor média encontrada foi 5,43 - Acompanha<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento individual dos membros da equipe através do<br />

monitoramento – Quinn et al (2003) afiançam que os gerentes eficazes precisam<br />

ser capazes <strong>de</strong> monitorar o <strong>de</strong>sempenho individual <strong>de</strong> sua equipe, não só possuir a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciar o <strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s e trabalhos coletivos.<br />

As empresas do setor imobiliário, segundo Ribeiro (2004, p. 9) “normalmente<br />

tem como ativida<strong>de</strong> básica à administração e venda <strong>de</strong> imóveis, colocados à sua<br />

disposição pelo cliente ‘ven<strong>de</strong>dor’ e/ou ‘locador’”. Essas ativida<strong>de</strong>s são realizadas<br />

por corretores <strong>de</strong> imóveis, segundo Gines (2008) exerce a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira<br />

autônoma, po<strong>de</strong>ndo estar ou não, em associação a uma imobiliária, mas sem<br />

100


vínculos empregatícios com a mesma, <strong>de</strong>sta feita é muito importante para os<br />

gerentes o continuum monitoramento e motivação da equipe, dado importante que<br />

<strong>de</strong>ve ser analisado no futuro com muita atenção pelos pesquisados.<br />

O papel gerencial do Monitor, o menor encontrado entre os papeis é aquele<br />

on<strong>de</strong> o gerente <strong>de</strong>ve saber o que se passa na sua unida<strong>de</strong>, organização, <strong>de</strong>terminar<br />

se as pessoas estão cumprindo as regras e averiguar se o setor está fazendo sua<br />

parte, apesar <strong>de</strong> ser a menor média apresentada para os papeis, com 5,89, ainda<br />

assim, está no nível satisfatório para o papel. Neste caso, conforme a leitura <strong>de</strong><br />

Quinn et al (2003) e Nóbrega (2011) apesar do papel apresentar uma média mais<br />

baixa em relação aos outros mo<strong>de</strong>los, o gerente passa a ter um perfil mais eficaz<br />

sendo conceituado <strong>de</strong> Produtores Conceituais.<br />

O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos, com uma média <strong>de</strong> 6,00, está situado no<br />

eixo horizontal que é amparado pelo foco interno, já no vertical pelo extremo<br />

controle, o que sugere ser <strong>de</strong> maior utilida<strong>de</strong> para situações <strong>de</strong> consistência na<br />

produção ou prestação <strong>de</strong> serviço. Complementar ao Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Metas Racionais,<br />

quando não necessite <strong>de</strong> ação imediata e os objetivos estejam bem <strong>de</strong>finidos,<br />

principalmente às tarefas <strong>de</strong> rotina.<br />

Apesar <strong>de</strong> essa média apresentar um resultado numericamente inferior, a<br />

diferença não apresenta um valor significativamente alto.<br />

A seguir são apresentados os resumos dos resultados encontrados para<br />

todos os Mo<strong>de</strong>los Gerenciais <strong>de</strong> Quinn et al (2003), com a maior média encontrada<br />

para o papel e a competência, seguido <strong>de</strong> um quadro resumo.<br />

4.2.1 Mo<strong>de</strong>lo das Relações Humanas<br />

O Gerente do Mo<strong>de</strong>lo das Relações Humanas teve uma média <strong>de</strong> 6,05;<br />

esse mo<strong>de</strong>lo é amparado pelo eixo horizontal voltado para ação e no vertical para a<br />

flexibilida<strong>de</strong>, prioritariamente para as <strong>de</strong>cisões on<strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>de</strong>m menos comando e<br />

<strong>de</strong>cisões pouco autoritárias e em situações que envolvam trabalho coletivo.<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autoconsciência como uma das competências fundamentais a esse<br />

tipo <strong>de</strong> gerência. Possui gran<strong>de</strong> eficácia com o compromisso, coesão e moral, on<strong>de</strong><br />

o envolvimento resulta em compromisso e sua orientação é voltada para equipes.<br />

No Mo<strong>de</strong>lo das Relações Humanas o principal papel i<strong>de</strong>ntificado foi o <strong>de</strong><br />

Mentor com uma média <strong>de</strong> 6,12 e a principal competência foi o <strong>de</strong> estimular o<br />

101


<strong>de</strong>sempenho da equipe, com a média <strong>de</strong> 6,30. A competência <strong>de</strong> estimular o<br />

<strong>de</strong>sempenho da equipe transcorre pela <strong>de</strong>legação eficaz, os gerentes dão-lhes<br />

oportunida<strong>de</strong>s para que possam também <strong>de</strong>senvolver suas habilida<strong>de</strong>s e<br />

competências. Para Quinn et al (2003) a <strong>de</strong>legação envolve três elementos<br />

essenciais: responsabilida<strong>de</strong>, autorida<strong>de</strong> e prestação <strong>de</strong> contas, <strong>de</strong>vendo o gerente<br />

ter consciência que ainda é o responsável pelo processo. Neste caso cabe atenção,<br />

uma vez que a competência <strong>de</strong> acompanhar o <strong>de</strong>senvolvimento individual dos<br />

membros da equipe através do monitoramento foi a menor competência<br />

encontrada para os gerentes.<br />

4.2.2 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos<br />

O mo<strong>de</strong>lo já foi comentado no item <strong>de</strong> menor média encontrada para o<br />

mo<strong>de</strong>lo gerencial.<br />

Para o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos on<strong>de</strong> as médias mais inferiores foram<br />

encontradas, no que tange a competência e ao papel, a maior competência<br />

i<strong>de</strong>ntificada foi: tenho consciência <strong>de</strong> que as <strong>de</strong>cisões que tomo interferem em<br />

outros setores ou <strong>de</strong>partamentos da empresa, com o valor <strong>de</strong> 6,46.<br />

Quinn et al (2003) afirma que a gerência dos Processos Internos no Papel <strong>de</strong><br />

Coor<strong>de</strong>nador não implica que o gerente tome todas as <strong>de</strong>cisões sobre<br />

planejamento, fluxo <strong>de</strong> trabalho ou rotinas, mas que é <strong>de</strong> sua responsabilida<strong>de</strong> que<br />

as pessoas estejam alocadas nas funções corretas, bem como com os recursos<br />

disponíveis para a execução <strong>de</strong>ssa tarefa.<br />

4.2.3 Mo<strong>de</strong>lo das Metas Racionais<br />

O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Metas Racionais é o paradigma <strong>de</strong> eficácia mais antigo, alguns<br />

o consi<strong>de</strong>ram inerentemente bom, mas nos papeis <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo com muito<br />

<strong>de</strong>staque e o efeito na ênfase principal, seja na produtivida<strong>de</strong> exagerada, po<strong>de</strong>ndo<br />

ocasionar elevados níveis <strong>de</strong> estresse. Desse modo, mesclar com outros papeis a<br />

fim <strong>de</strong> equilibrar com os <strong>de</strong>mais, é mais aconselhável para o contexto. É evi<strong>de</strong>nte<br />

que os papeis do quadrante <strong>de</strong> metas racionais <strong>de</strong>vem ser visto e utilizados <strong>de</strong><br />

maneira a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>ntro da organização e que a produtivida<strong>de</strong> e a clareza <strong>de</strong><br />

direção são valores fundamentais na empresa, uma vez que, gran<strong>de</strong> parte da<br />

102


competitivida<strong>de</strong>, passa pela produtivida<strong>de</strong> e o alcance <strong>de</strong> metas e objetivos <strong>de</strong> forma<br />

estratégica.<br />

Embora tenha sido encontrado, isoladamente, no Mo<strong>de</strong>lo das Metas<br />

Racionais, o maior valor médio para a competência e o papel, o mesmo não<br />

aconteceu para o mo<strong>de</strong>lo gerencial, cuja média foi <strong>de</strong> 6,05. Conforme Quinn et al<br />

(2003) as metas racionais são focadas no eixo horizontal para o externo e o vertical<br />

para o controle. Com papeis centralizadores e integralizadores se aplicam bem,<br />

sobretudo em situações com objetivos bem <strong>de</strong>finidos e que se faz necessário manter<br />

a consistência na produção, dando ênfase maior às pressões externas e prazos<br />

curtos, voltado sobremaneira à produtivida<strong>de</strong> e ao lucro em uma atmosfera<br />

econômico-racional.<br />

Os indicadores competência maior e papel predominante foram explicados no<br />

item <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>sempenho.<br />

4.2.4 Mo<strong>de</strong>lo dos Sistemas Abertos<br />

O Mo<strong>de</strong>lo dos Sistemas Abertos que alcançou a maior média isoladamente,<br />

teve como competência predominante entre seus gerentes: Gerencio <strong>de</strong> forma<br />

saudável as mudanças que ocorrem, com a média <strong>de</strong> 6,31.<br />

Nesse mesmo mo<strong>de</strong>lo foi i<strong>de</strong>ntificado como papel predominante gerencial o<br />

Inovador, com uma média <strong>de</strong> 6,15. O papel do gerente inovador envolve o uso da<br />

criativida<strong>de</strong> e o gerenciamento da adaptação ao ambiente externo (QUINN et al,<br />

2003). Muito associado às empresas empreen<strong>de</strong>doras, como nas 21 competências<br />

on<strong>de</strong> a 18º é a adaptabilida<strong>de</strong> (BOYATIZIS apud BITENCOURT, 2001) e nos 10<br />

papeis gerenciais <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dor, que inicia e planeja parte das mudanças<br />

controladas da organização (MINTZBERG, 1986).<br />

A tabela 19 em resumo i<strong>de</strong>ntifica os gerentes pesquisados, para cada mo<strong>de</strong>lo<br />

baseado em Quinn et at (2003) e sua média, o maior valor para o papel do mo<strong>de</strong>lo<br />

gerencial e a competência melhor <strong>de</strong>senvolvida para o papel e, consequentemente<br />

para o mo<strong>de</strong>lo. Os dois mo<strong>de</strong>los principais são voltados para o eixo do ambiente<br />

externo, consi<strong>de</strong>rado o da assertivida<strong>de</strong>.<br />

O principal mo<strong>de</strong>lo é voltado para eixo vertical da flexibilida<strong>de</strong>, o<br />

gerenciamento da mudança, da criativida<strong>de</strong> e do empreendorismo. O papel mais<br />

elevado, assim como a competência foi do Produtor, que fomenta o trabalho com<br />

103


objetivida<strong>de</strong> e alcance <strong>de</strong> metas. Um reflexo muito claro do segmento pesquisado,<br />

que trabalha muito focado em resultados, comissionamento e alcance <strong>de</strong> metas.<br />

MODELO<br />

Mo<strong>de</strong>lo dos<br />

Sistemas<br />

Abertos<br />

Mo<strong>de</strong>lo das<br />

Metas<br />

Racionais<br />

Mo<strong>de</strong>lo das<br />

Relações<br />

Humanas<br />

Mo<strong>de</strong>lo dos<br />

Processos<br />

Internos<br />

Tabela 19 - Resumo dos mo<strong>de</strong>los gerenciais predominantes<br />

MÉDIA<br />

MODELO PAPEL<br />

6,12<br />

6,05<br />

6,05<br />

6,00<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Inovador<br />

MÉDIA<br />

PAPEL COMPETÊNCIA<br />

6,15<br />

Produtor 6,18<br />

Mentor<br />

Coor<strong>de</strong>nador<br />

6,12<br />

6,10<br />

Gerencio <strong>de</strong> forma<br />

saudável as mudanças<br />

104<br />

MÉDIA<br />

COMPETÊNCIA<br />

que ocorrem. 6,31<br />

Forneço apoio para a<br />

construção <strong>de</strong> um<br />

ambiente <strong>de</strong> trabalho<br />

produtivo. 6,49<br />

Estimula o <strong>de</strong>sempenho<br />

da equipe.<br />

Tenho consciência <strong>de</strong><br />

que as <strong>de</strong>cisões que<br />

6,30<br />

tomo, interferem nos<br />

outros setores ou<br />

<strong>de</strong>partamentos da<br />

empresa. 6,46<br />

Para as médias dos papeis i<strong>de</strong>ntificados nos gerentes pesquisados, foi<br />

elaborado o gráfico radar que se segue:<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Gráfico 1 - Papeis gerenciais<br />

Quando todos os papeis estão equilibrados e existe uma média mais baixa<br />

para o papel do monitor, os gerentes são eficazes como “produtores conceituais”, no


caso dos pesquisados todos os papeis estão em equilíbrio, sendo que os papeis <strong>de</strong><br />

diretor e facilitador também estão um pouco abaixo dos outros papeis, mas acima do<br />

papel do monitor. Para que fossem consi<strong>de</strong>rados realmente produtores conceituais,<br />

precisariam trabalhar mais as competências dos papeis <strong>de</strong> facilitador e diretor.<br />

4.3 O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL ESTRUTURAL E<br />

ADAPTADO - PELO INSTRUMENTO DISC ETALENT DOS GERENTES<br />

Nesta parte do trabalho será apresentado o perfil profissional/comportamental<br />

dos gerentes pela ferramenta DISC ETALENT no formato Estrutural e Adaptado,<br />

esse subitem respon<strong>de</strong> ao terceiro e quarto objetivo específico do trabalho.<br />

O relatório ETALENT com base na metodologia DISC, <strong>de</strong>senvolvido por<br />

Marston (1928), foi adaptado por Matos e Portela (2006). Através do acróstico DISC<br />

(Dominância, Influência, eStabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong>) on<strong>de</strong> todas as pessoas<br />

possuem os quatro fatores, variando a intensida<strong>de</strong>, para a composição <strong>de</strong> seus<br />

comportamentos, competências e atitu<strong>de</strong>s.<br />

4.3.1 Perfil Estrutural<br />

Para os pesquisados, os perfis estruturais predominantes encontrados são os<br />

que se seguem na Tabela 20:<br />

Tabela 20 - Perfil profissional/comportamental DISC ETALENT - Estrutural<br />

PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL DISC ETALENT - ESTRUTURAL<br />

FATOR DISC TOTAL %<br />

DOMINÂNCIA 17 24,3%<br />

INFLUÊNCIA 12 17,1%<br />

ESTABILIDADE 28 40,0%<br />

CONFORMIDADE 13 18,6%<br />

TOTAL 70 100,0%<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

O maior número <strong>de</strong> gerentes tem como fator dominante a Estabilida<strong>de</strong><br />

presente em 40,0% dos pesquisados. Matos e Portela (2006) i<strong>de</strong>ntificam através do<br />

DISC ETALENT como sendo uma pessoa organizada; gosta <strong>de</strong> ter tudo que precisa<br />

105


no lugar; sensível e muito voltado para o passado; voltada aos objetivos <strong>de</strong> longo<br />

prazo buscando resultados confiáveis e permanentes, utilizando a persistência para<br />

alcançá-los. Os subfatores presentes são paciência, persistência e consi<strong>de</strong>ração.<br />

Sobre a motivação <strong>de</strong>screve-se que os “Estáveis” precisam sentir-se seguros<br />

<strong>de</strong>ntro da situação e busca essa segurança nos procedimentos e referências<br />

históricas, procurando saber a origem das coisas. Nada <strong>de</strong>ve interferir na sua vida<br />

familiar ou ele po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> qualquer projeto. Precisa <strong>de</strong> tempo para adaptar-se<br />

a essas mudanças. Precisa que lhe digam sempre se está fazendo bem o que lhe<br />

pediram e fica feliz quando seu trabalho e o tempo que <strong>de</strong>dicou a ele são<br />

reconhecidos. Esse temperamento valoriza os prêmios por tempo <strong>de</strong> serviço<br />

(MATOS, 2006).<br />

Po<strong>de</strong>-se notar similarida<strong>de</strong> na Teoria do Reforço <strong>de</strong> Skinner (1945) on<strong>de</strong> o<br />

comportamento é <strong>de</strong>terminado por suas consequências, com reforços positivos<br />

(recompensas, elogios, prestigio, entre outros) e reforço negativo (retirada <strong>de</strong> algo<br />

importante, punições, advertência, etc), os estáveis buscam essas recompensas e<br />

esperam premiação por seus esforços (BANOV, 2011; WAGNER III e<br />

HOLLENBECK, 2004; BERGAMINI, 2010; AGUIAR, 2009; ROBBINS, 2004; MOTTA;<br />

VASCOCELOS, 2006).<br />

O Segundo fator <strong>de</strong> maior frequência foi o <strong>de</strong> Dominância com 24,3%, que<br />

para Matos e Portela (2006), apresentam uma pessoa <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r;<br />

rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão; agilida<strong>de</strong>; iniciativa; competitivo; direto; agressivo; voltado para o<br />

futuro imediato e que tragam lucrativida<strong>de</strong>. Utiliza-se do comando e <strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns para<br />

alcançar os resultados. Não aprecia a repressão, rotina, normas e nem <strong>de</strong> receber<br />

or<strong>de</strong>ns.<br />

Em seu estudo Matos (2008) aponta como motivador para os “dominantes” o<br />

po<strong>de</strong>r e a autorida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> participar <strong>de</strong> uma equipe sem ser o lí<strong>de</strong>r não o <strong>de</strong>ixará<br />

interessado. Necessita <strong>de</strong> resultados palpáveis e mensuráveis do que está<br />

realizando, gosta <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios e ativida<strong>de</strong>s novas, ficando cada vez mais motivado ao<br />

perceber a eficiência nas operações e processo, mantê-lo afastado fará com que<br />

perca o interesse. Também motivado por recompensas e ganhos financeiros.<br />

A motivação do Dominante apresenta similarida<strong>de</strong> na Teoria das<br />

Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> McClelland, se baseando em que, a motivação é objeto <strong>de</strong> três<br />

necessida<strong>de</strong>s: <strong>de</strong> realização, que traduz o <strong>de</strong>sejo da pessoa em atingir objetivos; <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r, isto é, o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> controlar, <strong>de</strong>cidir e <strong>de</strong> influenciar ou ser responsável pelo<br />

106


<strong>de</strong>sempenho dos outros; <strong>de</strong> afiliação, que representa o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> manter relações<br />

pessoais estreitas e <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> (BANOV, 2011; WAGNER III; HOLLENBECK, 2004;<br />

BERGAMINI, 2010; AGUIAR, 2009; ROBBINS, 2004; MOTTA; VASCOCELOS,<br />

2006).<br />

O terceiro fator <strong>de</strong> maior frequência com 18,6% dos pesquisados, foi o da<br />

Conformida<strong>de</strong>, para Matos e Portela (2006), as pessoas mapeadas pelo DISC<br />

ETALENT com esse perfil, são caladas, <strong>de</strong>sconfiadas, que gostam <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes, <strong>de</strong><br />

regras e normas, <strong>de</strong> trabalhar sozinhas. Não expressam seus sentimentos. Analisam<br />

o passado, comparam com o presente e projetam para o futuro Os objetivos são <strong>de</strong><br />

longo prazo, procurando a garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, com planejamento para alcançar<br />

os resultados. Não apreciam o tempo insuficiente, falta <strong>de</strong> objetivo, trabalhar em<br />

grupo e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r dos outros.<br />

Matos (2008) aponta alguns fatores motivacionais para os “Conformes”, a<br />

certeza e a precisão são suas maiores motivações, assim como operações e<br />

procedimentos padrões e rotinização.<br />

As mudanças, só previamente acordadas, isso remete a Teoria da Definição<br />

<strong>de</strong> Objetivos, <strong>de</strong> Edwin Locke e Gary Lathan, on<strong>de</strong> o comportamento é regulado por<br />

valores, metas e objetivos claros e bem <strong>de</strong>finidos (BANOV, 2011; WAGNER III;<br />

HOLLENBECK, 2004; BERGAMINI, 2010; AGUIAR, 2009; ROBBINS, 2004; MOTTA<br />

e VASCOCELOS, 2006).<br />

A menor frequência foi referente ao fator Influência, com 15,7%, on<strong>de</strong> Matos<br />

e Portela (2006) caracterizam como sendo uma pessoa com esse fator <strong>de</strong><br />

predominância, que apresenta um comportamento capaz <strong>de</strong> influenciar e motivar<br />

pessoas. Comunicativo, confiante, intuitivo, otimista, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> convencer,<br />

emotivo e <strong>de</strong>monstra empatia. Utiliza-se da persuasão e da motivação para alcançar<br />

os objetivos. Não gosta <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r a liberda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> trabalhar sozinho, <strong>de</strong> rotina, <strong>de</strong><br />

pren<strong>de</strong>r-se às regras ou <strong>de</strong> não participar.<br />

No que diz respeito à motivação, Matos (2008) evi<strong>de</strong>ncia que esse perfil<br />

precisa sentir que é popular e que todos gostam <strong>de</strong>le. Valoriza também um bom<br />

padrão <strong>de</strong> vida. Precisa que reconheçam publicamente suas habilida<strong>de</strong>s, participar<br />

<strong>de</strong> grupos e conviver com relacionamentos <strong>de</strong>mocráticos.<br />

Po<strong>de</strong>-se remeter a Teoria ERC <strong>de</strong> Al<strong>de</strong>rfer, on<strong>de</strong> existem três grupos <strong>de</strong><br />

necessida<strong>de</strong>s: Existência (E), equivalente às necessida<strong>de</strong>s básicas, fisiológicas e <strong>de</strong><br />

segurança; Relacionamento (R) e Crescimento (C), voltados para a exploração das<br />

107


habilida<strong>de</strong>s e potenciais contidas no indivíduo e um <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> continuar crescendo e<br />

<strong>de</strong>senvolvendo-se como um todo. (BANOV, 2011; WAGNER III; HOLLENBECK,<br />

2004; BERGAMINI, 2010; AGUIAR, 2009; ROBBINS, 2004; MOTTA e<br />

VASCOCELOS, 2006).<br />

O principal fator i<strong>de</strong>ntificado, a Estabilida<strong>de</strong>, é voltado no eixo horizontal para<br />

a passivida<strong>de</strong> e vertical para a abertura, com ênfase nas pessoas. O segundo fator,<br />

a Dominância, no eixo horizontal é voltado para a assertivida<strong>de</strong> e no vertical para o<br />

controle, voltado a metas e a tangibilida<strong>de</strong>.<br />

4.3.2 Perfil Adaptado<br />

Quando é estudado o perfil Adaptado, <strong>de</strong>screve o comportamento que o<br />

gerente está apresentando, consciente ou inconscientemente, as características<br />

utilizadas no ambiente <strong>de</strong> trabalho, como resposta ao que julga ser a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>le.<br />

Foram i<strong>de</strong>ntificadas diferenças significantes a ser analisadas.<br />

Tabela 21 - Perfil profissional/comportamental DISC ETALENT - adaptado<br />

PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL DISC ETALENT - ADAPTADO<br />

FATOR DISC TOTAL %<br />

DOMINÂNCIA 30 42,9%<br />

INFLUÊNCIA 12 17,1%<br />

ESTABILIDADE 7 10,0%<br />

CONFORMIDADE 21 30,0%<br />

TOTAL 70 100,0%<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Houve uma mudança no perfil para a adaptação da função/cargo dos<br />

pesquisados, a concentração maior dos entrevistados passou a ser no Fator <strong>de</strong><br />

Dominância com 42,9% dos pesquisados, seguidos da Conformida<strong>de</strong> com 30,0%<br />

dos gerentes, juntos totalizam 72,9% dos analisados.<br />

Os dois fatores apoiam no eixo vertical do controle. Os gerentes com o fator<br />

<strong>de</strong> dominância maior buscam resultados imediatos que tragam lucrativida<strong>de</strong>,<br />

utilizando do comando e <strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns para obter e alcançar os resultados. Adaptação<br />

necessária à função/cargo <strong>de</strong>sempenhado no setor econômico on<strong>de</strong> exercem seu<br />

trabalho, como já analisado anteriormente, indispensável para o alcance <strong>de</strong><br />

resultados, o que um perfil <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong>, que estruturalmente, a maioria<br />

108


apresentou, é um perfil <strong>de</strong> maior paciência, sensibilida<strong>de</strong> e passivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sta feita,<br />

os gerentes ten<strong>de</strong>m a buscar neste perfil <strong>de</strong> adaptabilida<strong>de</strong>, maior foco, maior<br />

objetivida<strong>de</strong> e assertivida<strong>de</strong>.<br />

Retomando Matos (2008), nenhum dos fatores é melhor ou pior, mas sim<br />

mais a<strong>de</strong>quado a <strong>de</strong>terminadas funções, por isso os gerentes em suas funções,<br />

mudam do estrutural para o adaptado.<br />

4.4 RELAÇÃO ENTRE O PERFIL PROFISSIONAL/COMPORTAMENTAL<br />

ESTRUTURAL E ADAPTADO IDENTIFICADO PELO INSTRUMENTO DISC<br />

ETALENT E O MODELO GERENCIAL DE COMPETÊNCIAS QUINN ET AL (2003)<br />

Neste item analisa-se a existência ou não da relação entre o perfil<br />

profissional/comportamental estrutural e adaptado mapeado pelo DISC ETALENT e<br />

o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003) respon<strong>de</strong>ndo o objetivo<br />

geral da pesquisa.<br />

Como <strong>de</strong>talhado ao longo do referencial e na metodologia os dois estudos<br />

apontaram para o pressuposto teórico da existência <strong>de</strong> relação entre o perfil<br />

profissional/comportamental e o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> competências. Assim <strong>de</strong>sejou-<br />

se testar se o perfil i<strong>de</strong>ntificado pelo questionário DISC ETALENT estrutural e<br />

adaptado tem relação com o mo<strong>de</strong>lo gerencial Quinn et al (2003).<br />

A seguir apresentam-se os seguintes resultados:<br />

4.4.1 Relação entre o perfil profissional/comportamental estrutural i<strong>de</strong>ntificado<br />

pelo instrumento DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong><br />

Quinn et al (2003)<br />

Para estabelecer a existência ou não entre os dois mo<strong>de</strong>los, estabeleceram-<br />

se as seguintes hipóteses:<br />

H0: Não existe relação entre o Perfil profissional/comportamental<br />

Estrutural i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong><br />

Quinn et al (2003).<br />

H1: Existe relação entre o Perfil profissional/comportamental Estrutural<br />

i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Quinn et al<br />

(2003).<br />

109


Ao se testar essa hipótese verificou-se que cada perfil<br />

profissional/comportamental com cada Mo<strong>de</strong>lo Gerencial, para que, além <strong>de</strong> se<br />

estabelecer a relação, o nível <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> da relação, fosse possível também<br />

comprovar o pressuposto teórico estabelecido no referencial.<br />

Para o estudo, o teste em interesse teve um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95%<br />

(alfa=5%), logo se tem uma estatística Qui-Quadrado, tabelada <strong>de</strong> ( =3,325).<br />

Abaixo se tem a tabela com as frequências observadas para todos os grupos<br />

formados pelas variáveis em estudo:<br />

Quadro 18 - Frequências observadas e proporções por grupos - perfil estrutural x mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Observou-se que em algumas células a frequência encontrada foi menor que<br />

5, o que sugere a realização do teste Qui-Quadrado com correção <strong>de</strong> Yates.<br />

Para o teste foi estabelecido um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95% (alfa=5%) e com 9<br />

graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, logo se tem uma estatística Qui-Quadrado tabelada <strong>de</strong><br />

( =3,325).<br />

2<br />

tab<br />

Em seguida a Tabela 25 apresenta os resultados do teste: valor Qui-<br />

Quadrado com correlação <strong>de</strong> Yates calculada ( =64, 6536), assim como os graus<br />

<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> (G.L.) e o valor-p do teste.<br />

Comparando os valores <strong>de</strong> Qui-Quadrado, vê-se que:<br />

2<br />

cal<br />

2<br />

tab<br />

2 2<br />

tab cal<br />

110<br />

, assim<br />

recusa-se a Hipótese Nula com 95% <strong>de</strong> confiança, ou seja, existe relação entre o<br />

perfil profissional/comportamental mapeado pelo questionário Estrutural DISC<br />

ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003).


Quadro 19 - Frequências esperadas para as variáveis - Perfil estrutural x Mo<strong>de</strong>lo Gerencial<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Da totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 12 gerentes cujo perfil profissional/comportamental estrutural<br />

encontrado foi o <strong>de</strong> Influência, 8 apresentaram como mais predominante o mo<strong>de</strong>lo<br />

gerencial dos sistemas abertos – SSA-I. O perfil <strong>de</strong> influência como já referenciado<br />

em Matos e Portela (2006) e Matos (2008) possui em seus subfatores: Sociabilida<strong>de</strong><br />

- cujas características são comunicação, empatia e participação; Entusiasmo - com<br />

características <strong>de</strong> otimismo, fluência verbal e senso <strong>de</strong> urgência e Autoconfiança -<br />

cujas características são flexibilida<strong>de</strong>, persuasão e senso <strong>de</strong> urgência.<br />

Quinn et al (2003) no Mo<strong>de</strong>lo Gerencial dos Sistemas Abertos elenca como<br />

competências <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo: convívio com a mudança; pensamento crítico;<br />

gerenciamento da mudança; constituição e manutenção da base <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r;<br />

negociação <strong>de</strong> acordos e compromissos e apresentação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias.<br />

Entre os pesquisados do Perfil <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong>, que totalizaram 13, em sua<br />

maioria, 11, foram i<strong>de</strong>ntificados no Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Processos Internos – PI – C.<br />

O perfil Conforme possui em seus subfatores: Exatidão - entre as características o<br />

perfeccionismo, a autodisciplina e a precisão; a Conectivida<strong>de</strong> - com a lógica, a<br />

reflexão analítica e o bom senso e a Perceptivida<strong>de</strong> - com o distanciamento,<br />

uniformida<strong>de</strong> e planejamento (MATOS; PORTELA, 2006; MATOS, 2008).<br />

O Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Processos Internos tem como principais<br />

competências: monitoramento do <strong>de</strong>sempenho individual; gerenciamento <strong>de</strong><br />

processos coletivos; análise <strong>de</strong> informações com pensamento crítico; gerenciamento<br />

<strong>de</strong> projetos, planejamento <strong>de</strong> trabalho e gerenciamento multidisciplinar (QUINN et al,<br />

2003).<br />

Para o Perfil <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong>, o total pesquisado foi <strong>de</strong> 28, on<strong>de</strong> 12<br />

apresentaram predominância no Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Relações Humanas – RH-S.<br />

Matos e Portela (2006); Matos (2008) relacionam para o perfil Estável os seguintes<br />

subfatores e suas características: Paciência – comedimento, saber ouvir e<br />

amabilida<strong>de</strong>; Persistência – autocontrole, responsabilida<strong>de</strong> e organização e<br />

111


Consi<strong>de</strong>ração – formalida<strong>de</strong>, confiança e mo<strong>de</strong>ração. Enquanto as competências<br />

i<strong>de</strong>ntificadas neste mo<strong>de</strong>lo segundo Quinn et al (2003) são: compreensão <strong>de</strong> si<br />

próprio e dos outros; comunicação eficaz; <strong>de</strong>senvolvimento dos colaboradores;<br />

constituição <strong>de</strong> equipes; processo <strong>de</strong>cisório participativo e gerenciamento <strong>de</strong><br />

conflitos.<br />

Para o Perfil <strong>de</strong> Dominância foram totalizados 17 pesquisados, <strong>de</strong>stes 14<br />

tiveram como mo<strong>de</strong>lo gerencial predominante ao Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Metas<br />

Racionais – MR-D. Segundo Matos e Portela (2006) e Matos (2008) o Dominante<br />

tem em seus subfatores e características principais: Determinação – firmeza,<br />

assertivida<strong>de</strong> e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões; In<strong>de</strong>pendência – pioneirismo, mobilida<strong>de</strong> e<br />

gosta <strong>de</strong> assumir riscos e Automotivação – iniciativa, energia e competitivida<strong>de</strong>.<br />

As competências i<strong>de</strong>ntificadas neste mo<strong>de</strong>lo segundo Quinn et al (2003) são:<br />

produtivida<strong>de</strong> do trabalho; fomento <strong>de</strong> um ambiente produtivo; gerenciamento do<br />

tempo e do estresse; planejamento e organização; estabelecimento <strong>de</strong> metas e<br />

objetivos e <strong>de</strong>senvolvimento e comunicação <strong>de</strong> uma visão.<br />

Neste resumo observa-se que as relações existentes entre o perfil<br />

comportamental/profissional e mo<strong>de</strong>lo gerencial i<strong>de</strong>ntificado, e se esta relação<br />

existente é fraca, forte ou mo<strong>de</strong>rada? Para respon<strong>de</strong>r a essa indagação,<br />

estabeleceu-se outra medida estatística <strong>de</strong>scrita a seguir:<br />

4.4.1.1 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong> Pearson (Correlação)<br />

Coeficiente <strong>de</strong> Contingência para o teste: Perfil profissional/comportamental<br />

Estrutural DISC ETALENT x Mo<strong>de</strong>lo Gerencial Quinn et al (2003).<br />

O Perfil profissional/comportamental Estrutural DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo<br />

Gerencial Quinn et al (2003) tem um coeficiente <strong>de</strong> contingência <strong>de</strong> 0,69; ou seja, a<br />

correlação entre o perfil profissional/comportamental estrutural e o mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />

é forte.<br />

112


4.4.2 Relação entre o perfil profissional/comportamental adaptado i<strong>de</strong>ntificado<br />

pelo instrumento DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong><br />

Quinn et al (2003)<br />

Para estabelecer a existência ou não entre os dois mo<strong>de</strong>los, estabeleceram-<br />

se as seguintes hipóteses:<br />

H0: Não existe relação entre o Perfil profissional/comportamental<br />

adaptado i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong><br />

Quinn et al (2003).<br />

H1: Existe relação entre o Perfil profissional/comportamental adaptado<br />

i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Quinn et al<br />

(2003).<br />

Para a pesquisa, o foi estabelecido um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95% (alfa=5%),<br />

logo se tem uma estatística Qui-Quadrado tabelada <strong>de</strong> ( =3,325).<br />

A seguir se tem o quadro 20 com as frequências observadas para todos os<br />

grupos formados pelas variáveis em estudo:<br />

Quadro 20 - Frequências observadas e proporções por grupos variáveis Perfil adaptado x Mo<strong>de</strong>lo<br />

gerencial<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Observa-se que em algumas células a frequência encontrada foi menor que 5,<br />

o que sugere a realização do teste Qui-Quadrado com correção <strong>de</strong> Yates.<br />

O teste em interesse teve um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95% (alfa=5%) e com 9<br />

graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, logo se tem uma estatística Qui-Quadrado tabelada <strong>de</strong><br />

( =3,325).<br />

2<br />

tab<br />

No quadro 21 são apresentados os resultados do teste: valor Qui-Quadrado<br />

com correlação <strong>de</strong> Yates calculada ( = 43, 0378), assim como os graus <strong>de</strong><br />

2<br />

cal<br />

liberda<strong>de</strong> (G.L.) e o valor-p do teste. Comparando os valores <strong>de</strong> Qui-Quadrado, vê-<br />

2<br />

tab<br />

113


se que<br />

, assim recusa-se a Hipótese Nula com 95% <strong>de</strong> confiança, ou seja,<br />

2 2<br />

tab cal<br />

existe relação entre o perfil profissional/comportamental traçado pelo Questionário<br />

Adaptado DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003).<br />

Quadro 21 - Frequências esperadas para as variáveis - Perfil adaptado x Mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />

Fonte: Dados da pesquisa (2012).<br />

Em todos os perfis adaptados ocorreram relações com os mo<strong>de</strong>los gerenciais<br />

<strong>de</strong> predominância como no perfil estrutural, com exceção do perfil<br />

profissional/comportamental <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong>, quando utilizado o perfil estrutural se<br />

relacionou com o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Processos Internos – PI – C.<br />

Sendo assim, são necessárias algumas análises para essa relação:<br />

a) No perfil profissional/comportamental i<strong>de</strong>ntificado dos gerentes já foi<br />

evi<strong>de</strong>nciado uma gran<strong>de</strong> mudança no eixo horizontal, on<strong>de</strong> os gerentes, na<br />

essência (perfil estrutural) foram i<strong>de</strong>ntificados para a flexibilida<strong>de</strong> e no<br />

adaptado inverteram o eixo para o controle. Para uma adaptação ao<br />

cargo/função que exercem;<br />

b) O Perfil <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong> é sustentado pelo mesmo eixo<br />

vertical, o da passivida<strong>de</strong>;<br />

c) O mo<strong>de</strong>lo gerencial PI – C e RH – S também são sustentados verticalmente<br />

no mesmo eixo, voltado para o interno.<br />

Assim, mesmo não tendo a relação direta estabelecida, para este único perfil<br />

e mo<strong>de</strong>lo, existem outras relações conforme analisadas acima.<br />

Após as inferências e as observações sobre as relações existentes entre o<br />

perfil comportamental/profissional e mo<strong>de</strong>lo gerencial i<strong>de</strong>ntificado, cabe a pergunta:<br />

se essa relação existente é fraca, forte ou mo<strong>de</strong>rada? Para respon<strong>de</strong>r a esta<br />

questão, se estabelece outra medida estatística que se segue:<br />

114


4.4.2.1 Coeficiente <strong>de</strong> Contingência <strong>de</strong> Pearson (Correlação)<br />

Coeficiente <strong>de</strong> Contingência para o teste: Perfil profissional/comportamental<br />

Estrutural DISC ETALENT x Mo<strong>de</strong>lo Gerencial Quinn et al (2003).<br />

O Perfil profissional/comportamental Adaptado DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo<br />

Gerencial Quinn et al (2003) tem um coeficiente <strong>de</strong> contingência <strong>de</strong> 0,61; ou seja,<br />

mesmo um pouco mais baixa que a correlação entre o Estrutural, a correlação entre<br />

o perfil profissional/comportamental Adaptado e o mo<strong>de</strong>lo gerencial é forte.<br />

4.4.3 Consi<strong>de</strong>rações sobre as relações estabelecidas entre os mo<strong>de</strong>los<br />

Durante o tópico 4.4 e todos os subtópicos <strong>de</strong>sse item respon<strong>de</strong>u-se ao<br />

objetivo geral do trabalho, qual seja: I<strong>de</strong>ntificar a relação existente entre mo<strong>de</strong>lo<br />

gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003) e a elaboração do perfil<br />

profissional/comportamental pelo DISC ETALENT.<br />

Com o estudo i<strong>de</strong>ntificou-se que ficou comprovada que a relação é forte.<br />

Para i<strong>de</strong>ntificar a relação, foram estabelecidas outras relações mais<br />

específicas, inicialmente entre o Perfil profissional/comportamental estrutural pelo<br />

DISC ETALENT com o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gerencial <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003),<br />

on<strong>de</strong> os perfis e os mo<strong>de</strong>los relacionados nos pressupostos teóricos foram<br />

comprovados e a intensida<strong>de</strong> da correlação foi forte com um valor <strong>de</strong> 0,69;<br />

alcançando um valor muito próximo a correlação máxima possível entre as variáveis<br />

que seria <strong>de</strong> 0,87.<br />

No caso da relação entre o Perfil profissional/comportamental adaptado pelo<br />

DISC ETALENT com o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gerencial <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong> Quinn et al (2003),<br />

um dos perfis não se relacionou diretamente com o mo<strong>de</strong>lo do pressuposto teórico,<br />

porém mesmo assim a correlação geral encontrada foi forte com o valor <strong>de</strong> 0,61;<br />

também próxima ao valor máximo <strong>de</strong> 0,87.<br />

Segundo Matos e Portela (2006) e Matos (2008) o perfil estrutural <strong>de</strong>screve o<br />

estilo íntimo, o comportamento quando ela está completamente à vonta<strong>de</strong>, ou<br />

quando está sob pressão, pois limita a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação, ten<strong>de</strong> a<br />

permanecer mais constante ao longo do tempo. Assim, é possível que por ser o<br />

perfil interno, o perfil i<strong>de</strong>ntificado sob pressão, a estrutura pessoal sem a adaptação<br />

115


as exigências naturais, relacione-se <strong>de</strong> forma mais intensa com o mo<strong>de</strong>lo gerencial,<br />

já que “naturalmente” seu talento é um, sem adaptação.<br />

Quando estudado na forma do perfil adaptado, para Matos e Portela (2006) e<br />

Matos (2008) as pessoas geralmente não mantém sempre o mesmo<br />

comportamento, elas se adaptam às circunstâncias e às exigências <strong>de</strong> outros ou <strong>de</strong><br />

suas funções. Descreve que o estilo <strong>de</strong> comportamento que a pessoa consi<strong>de</strong>ra<br />

apropriado no momento presente, essa mudança po<strong>de</strong> ocorrer ao longo da vida, por<br />

eventos importantes, para ajustes a novas funções, cargos, novo emprego ou<br />

mudança <strong>de</strong> residência.<br />

Como foi visto no tópico 4.3 os pesquisados apresentaram uma mudança<br />

significativa no perfil adaptado, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser em sua maioria da Estabilida<strong>de</strong> para<br />

a Dominância, <strong>de</strong>sta forma quando foi mensurada a relação ela foi um pouco abaixo<br />

da estabelecida entre o estrutural. Possivelmente por refletir um momento <strong>de</strong><br />

adaptação dos gerentes as suas funções e não a essência <strong>de</strong> seus<br />

comportamentos.<br />

116


5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES<br />

O estudo teve como objetivo principal i<strong>de</strong>ntificar a relação existente entre o<br />

mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003) e a elaboração do perfil<br />

profissional/comportamental pelo DISC ETALENT.<br />

Além <strong>de</strong> todo alicerce referencial dos teóricos, para o alcance <strong>de</strong>sse objetivo<br />

e dos objetivos específicos foram aplicados dois questionários, sendo um já validado<br />

por estudos anteriores e outro um construto elaborado e validado após um teste<br />

piloto.<br />

Na pesquisa, respon<strong>de</strong>ndo ao objetivo específico <strong>de</strong> elaborar o perfil<br />

socio<strong>de</strong>mográfico dos pesquisados, foi encontrado o seguinte perfil: predominante<br />

do gênero feminino; com ida<strong>de</strong> entre 31 e 35 anos; em sua maioria são casadas e<br />

com nível superior completo. São atuantes na área entre 6 e 10 anos e estão no<br />

cargo ou função entre 1 e 5 anos, assim como estão exercendo a função na<br />

empresa neste mesmo período.<br />

Outro objetivo do estudo foi i<strong>de</strong>ntificar o mo<strong>de</strong>lo gerencial baseado nos<br />

estudos <strong>de</strong> Quinn et al (2003). Os resultados classificaram as competências<br />

predominantes, os papeis e mo<strong>de</strong>los. No que se refere às competências, a maior<br />

média encontrada foi fornecer apoio para a construção <strong>de</strong> um ambiente produtivo e o<br />

papel gerencial mais elevado o <strong>de</strong> Produtor, o que após as análises foi i<strong>de</strong>ntificado<br />

como eficiente para o ramo econômico estudado, o <strong>de</strong> gerentes <strong>de</strong> imobiliárias, já<br />

que a função/cargo <strong>de</strong>manda dos ocupantes a promoção constante <strong>de</strong>sse ambiente<br />

produtivo focado em metas e resultados.<br />

Retomando que muitas das equipes que são gerenciadas, vinculam suas<br />

remunerações, única e exclusivamente nos resultados. Quanto ao Mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />

predominante para o grupo estudado, o <strong>de</strong> maior média constatado foi o Mo<strong>de</strong>lo<br />

Gerencial dos Sistemas Abertos, um mo<strong>de</strong>lo voltado à abertura e a<strong>de</strong>quação rápida<br />

as mudanças, já sugerido em alguns trabalhos como sendo um mo<strong>de</strong>lo mais<br />

a<strong>de</strong>quado para os novos tempos, direcionado às novas organizações.<br />

Já para o objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar o perfil profissional/comportamental pelo DISC<br />

ETALENT foi encontrado que em sua maioria, no perfil estrutural, os gerentes têm<br />

um perfil <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong>, associado à pon<strong>de</strong>ração e ao alto nível <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>. A<br />

paciência, simpatia e lealda<strong>de</strong> se manifestam por exercerem com excelência as<br />

funções <strong>de</strong> apoio e por terem profundo interesse nos sentimentos alheios.<br />

117


Quando foram analisados no perfil adaptado, houve uma mudança<br />

significativa, concentrando-se em sua maioria no perfil <strong>de</strong> Dominância, com esse<br />

perfil, os gerentes se tornam mais ativos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e dinâmicos, passando a<br />

efetivar a li<strong>de</strong>rança, além <strong>de</strong> serem mais objetivos, assertivos, orientados a<br />

resultados e estimulados por <strong>de</strong>safios.<br />

O objetivo geral do estudo foi analisado em partes, inicialmente buscado<br />

estabelecer a relação entre o perfil estrutural e o mo<strong>de</strong>lo gerencial, para essa<br />

relação foi i<strong>de</strong>ntificada como uma forte relação on<strong>de</strong> o perfil da dominância teve<br />

relação com o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Metas Racionais; o perfil da influência com o<br />

Mo<strong>de</strong>lo Gerencial dos Sistemas Abertos; o perfil da estabilida<strong>de</strong> com o Mo<strong>de</strong>lo<br />

Gerencial das Relações Humanas e o perfil da conformida<strong>de</strong> com o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Processos Internos.<br />

No segundo estudo foi estabelecida a relação entre o perfil adaptado e o<br />

mo<strong>de</strong>lo gerencial, para essa análise também foi encontrada uma forte interação,<br />

porém com um valor um pouco mais baixo do que a apresentada com o perfil<br />

estrutural. Todas as relações se mantiveram interagidas, com exceção do Perfil da<br />

Estabilida<strong>de</strong>, que não se relacionou com o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial das Relações<br />

Humanas e sim, com o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Processos Internos.<br />

Conclui-se que os objetivos foram alcançados. Como contribuição esse<br />

estudo oferece para os pesquisados e suas organizações, alguns indicadores que<br />

po<strong>de</strong>rão se aplicados às práticas <strong>de</strong> gestão futura das empresas, já que possibilitou<br />

um esboço aprofundado dos perfis e das competências dos seus gestores. Po<strong>de</strong>ndo<br />

ainda, serem utilizadas para o direcionamento <strong>de</strong> treinamentos, capacitações,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e até <strong>de</strong> novas contratações.<br />

Para a aca<strong>de</strong>mia apresenta um novo olhar, uma nova discussão sobre as<br />

competências e o mo<strong>de</strong>lo gerencial <strong>de</strong> Quinn et al (2003), introduzindo um novo<br />

elemento associado, para que juntos possam somar no <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

equipes.<br />

O estabelecimento <strong>de</strong>ssa relação entre o perfil profissional/comportamental<br />

i<strong>de</strong>ntificado pelo DISC ETALENT e o Mo<strong>de</strong>lo Gerencial <strong>de</strong> competências <strong>de</strong> Quinn et<br />

al (2003), se apresenta como uma nova ferramenta <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

momento <strong>de</strong> uma contratação ou até mesmo quando aplicado em colaboradores já<br />

efetivados, torna mais fácil e eficiente à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> talentos, habilida<strong>de</strong>s e<br />

competências a<strong>de</strong>quadas para os cargos/funções, evitando rotativida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>missões,<br />

118


afastamentos e elementos motivadores <strong>de</strong> estresse. Ao mesmo tempo em que<br />

possibilita a reformulação da equipe com a<strong>de</strong>quações <strong>de</strong> pessoas a cargos e<br />

funções.<br />

Algumas <strong>de</strong>limitações po<strong>de</strong>m ser apontadas no estudo como: ter sido<br />

aplicado em um único setor econômico, com gerentes da mesma área e por se tratar<br />

<strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso, apesar <strong>de</strong> suas contribuições, dos cuidados e tratamentos<br />

estatísticos escolhidos, não se visualiza a generalização dos resultados.<br />

Sugerem-se a partir <strong>de</strong>sse estudo, novas pesquisas, ampliando os setores<br />

econômicos e as regiões para verificar a eficiência do mo<strong>de</strong>lo para outros públicos.<br />

Outra possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudo é a avaliação através da i<strong>de</strong>ntificação dos<br />

gerentes que não obtiveram relação entre o perfil e o mo<strong>de</strong>lo, po<strong>de</strong>ndo ser realizada<br />

uma intervenção para a<strong>de</strong>quação das competências ao perfil e <strong>de</strong>pois um novo<br />

estudo.<br />

É importante ressaltar que as organizações mo<strong>de</strong>rnas precisam não apenas e<br />

somente acumular conhecimento, mas praticar a educação continuada e focar a<br />

atenção na criação, sobretudo nos valores e na gestão <strong>de</strong> seus talentos.<br />

O trabalho ora realizado apresenta consi<strong>de</strong>rações relevantes que po<strong>de</strong>m ser<br />

incorporadas à pauta <strong>de</strong> estudos futuros e pesquisas mais amplas, vez que o<br />

aspecto humano é um processo contínuo <strong>de</strong> mudança, aprendizagem e evolução,<br />

por isso é imprescindível situá-lo nas áreas <strong>de</strong> Administração e da Psicologia porque<br />

são capazes <strong>de</strong> possibilitar uma visão sempre renovada e atual para novas análises<br />

comportamentais.<br />

119<br />

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao<br />

tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana”.<br />

(Carl Gustav Jung)


REFERÊNCIAS<br />

ACEVEDO, Claúdia Rosa; NOHARA, Jouliana Jordan. Monografia no curso <strong>de</strong><br />

administração: guia completo <strong>de</strong> conteúdo e forma. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.<br />

AGUIAR, Maria Aparecida Ferreira <strong>de</strong>. Psicologia Aplicada à Administração: uma<br />

abordagem interdisciplinar. São Paulo: Saraiva, 2009.<br />

ANTONELLO, Cláudia Simone; RUAS, Roberto. Formação gerencial: Pósgraduação<br />

lato sensu e o papel das comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prática. Revista <strong>de</strong><br />

Administração Contemporânea, Curitiba, v. 9, n. 2, jun. 2005. Disponível em:<br />

. Acesso em: 14 abr. 2012.<br />

BAND, Willian. Competências críticas: <strong>de</strong>z novas i<strong>de</strong>ias para revolucionar a<br />

empresa. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1997.<br />

BANOV, Márcia Regina. Psicologia no gerenciamento <strong>de</strong> pessoas. 2. ed. São<br />

Paulo: Atlas, 2011.<br />

BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia Aplicada à Administração <strong>de</strong><br />

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126


ANEXOS<br />

127


ANEXO A – Tipos <strong>de</strong> Instrumentos <strong>de</strong> Pesquisa Existentes<br />

1. ACRE – Teste <strong>de</strong> Atenção Concentrada, Rapi<strong>de</strong>z e Exatidão;<br />

2. Atenção Concentrada;<br />

3. Atenção Concentrada 15;<br />

4. Bateria Burocrática VIG;<br />

5. Bateria CEPA;<br />

6. Bateria <strong>de</strong> Funções Mentais para Motoristas – BFM-1;<br />

7. Bateria <strong>de</strong> Funções Mentais para Motoristas – BFM-2;<br />

8. Bateria <strong>de</strong> Funções Mentais para Motoristas – BFM-3;<br />

9. Bateria <strong>de</strong> Testes <strong>de</strong> Aptidão BTAG;<br />

10. Bateria TSP;<br />

11. BBT;<br />

12. Becasse Atitu<strong>de</strong>s Socioemocionais Crianças Pré-escolares;<br />

13. Becasse Maturida<strong>de</strong> Escolar;<br />

14. Ben<strong>de</strong>r Infantil;<br />

15. BPR-5;<br />

16. BTN – Bateria <strong>de</strong> Testes Neuropsicológicos;<br />

17. Coleção Papel <strong>de</strong> Carta;<br />

18. Como Chefiar?;<br />

19. Cornell In<strong>de</strong>x;<br />

20. Cubos <strong>de</strong> Kohs;<br />

21. D2 – Teste <strong>de</strong> Atenção Concentrada;<br />

22. Destreza Digital;<br />

23. Dezesseis PF;<br />

24. Diagnóstico Organizacional;<br />

25. Diagnóstico Tipológico Organizacional – DTO;<br />

26. Dominós D-48;<br />

27. DTVP-2 – Teste Evolutivo <strong>de</strong> Percepção Visual;<br />

28. Escala <strong>de</strong> Avaliação do Comportamento Infantil para Professor;<br />

29. Escala <strong>de</strong> Déficit <strong>de</strong> Atenção Hiperativida<strong>de</strong>;<br />

30. Escala <strong>de</strong> Inteligência Wechsler para Crianças;<br />

31. Escala <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong> para Escolha <strong>Profissional</strong>;<br />

32. Escala <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong> Mental Columbia;<br />

33. Escala <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Comrey;<br />

34. Escala <strong>de</strong> Preconceito <strong>Profissional</strong> – EPP;<br />

35. Escala <strong>de</strong> Sociabilida<strong>de</strong> e Emotivida<strong>de</strong> – ÉSSE;<br />

36. Escala <strong>de</strong> Stress Infantil – ESI;<br />

37. Escala <strong>de</strong> Transtorno <strong>de</strong> Déficit <strong>de</strong> Atenção e Hiperativida<strong>de</strong>;<br />

38. Escala Fatorial <strong>de</strong> Neuroticismo – EFN;<br />

39. Escala Reduzida <strong>de</strong> Autoconceito – ERA;<br />

40. Escore <strong>de</strong> Deteriorização Desenho Pessoa;<br />

41. Figuras Complexas <strong>de</strong> Rey;<br />

42. IAR – Instrumento <strong>de</strong> Avaliação do Repertório Básico para Alfabetização;<br />

128


43. INV;<br />

44. Inventário Multifásico Minnesota <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> – MMPI;<br />

45. Inventário <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> Tempo – ADT;<br />

46. Inventário <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> – IDATE-C;<br />

47. Inventário <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> – IDATE;<br />

48. Inventário <strong>de</strong> Atitu<strong>de</strong>s para o Trabalho – IAT;<br />

49. Inventário <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Sociais;<br />

50. Inventário <strong>de</strong> Interesses Angelini e Thurstone;<br />

51. Inventário <strong>de</strong> Interesses Profissionais;<br />

52. Inventário <strong>de</strong> Sintomas <strong>de</strong> Stress para Adultos <strong>de</strong> Lipp – ISSL;<br />

53. Inventário e Auto-Análise dos Interesses;<br />

54. Inventário <strong>de</strong> Expectativas e Crenças – IECPA;<br />

55. Inventário Fatorial <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong>;<br />

56. Inventário Ilustrado <strong>de</strong> Interesses – GEIST;<br />

57. Inventário S.T.A.X.I.;<br />

58. Ku<strong>de</strong>r Inventário <strong>de</strong> Interesses Vocacional;<br />

59. Li<strong>de</strong>rança e Po<strong>de</strong>r;<br />

60. LIP – Levantamento <strong>de</strong> Interesses Profissionais;<br />

61. Lista <strong>de</strong> Problemas Pessoais para Adolescentes;<br />

62. Lista <strong>de</strong> Problemas Pessoais para Adultos;<br />

63. Mandala <strong>de</strong> Palavras;<br />

64. Matrizes Progressivas Coloridas;<br />

65. Matrizes Progressivas – Escala Avançada;<br />

66. Matrizes Progressivas – Escala Geral;<br />

67. Medida <strong>de</strong> Fluência Verbal – MFV;<br />

68. Memória-R;<br />

69. MM – Teste as Minhas Mãos;<br />

70. MTB – Série Both <strong>de</strong> Testes Manuais;<br />

71. O Desenho da Figura Humana;<br />

72. O Desenvolvimento do Comportamento da Criança no Primeiro Ano;<br />

73. O Teste das Pirâmi<strong>de</strong>s das Cores;<br />

74. O Teste Gestáltico Ben<strong>de</strong>r para Crianças;<br />

75. Panorama <strong>de</strong> Atitu<strong>de</strong>s dos Pais – PAP;<br />

76. Programação <strong>de</strong> Hábitos e Desempenhos – PHD;<br />

77. Prova <strong>de</strong> Nível Mental;<br />

78. Psicônica Programador Previsor <strong>de</strong> Desempenho;<br />

79. QUATI – Questionário Avaliação Tipológica;<br />

80. Questionário Confi<strong>de</strong>ncial;<br />

81. Questionário <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> Dadahie;<br />

82. Questionário Desi<strong>de</strong>rativo;<br />

83. Questionário do Adolescente R-4;<br />

84. Questionário Íntimo;<br />

85. Questionário Saú<strong>de</strong> Geral Goldberg – QSG;<br />

86. QVI – Questionário Vocacional Interesses;<br />

129


87. R-6 Avaliação <strong>de</strong> Chefia;<br />

88. Reprodução <strong>de</strong> Figuras;<br />

89. Sondagem <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>;<br />

90. Suplemento para o Teste <strong>de</strong> Apercepção Infantil CAT-S;<br />

91. “I”AA – Teste <strong>de</strong> Aptidão Acadêmica;<br />

92. Teste Barcelona;<br />

93. Teste Caracterológico;<br />

94. Teste Coletivo Inteligência Adultos – CIA;<br />

95. Teste <strong>de</strong> Compreensão Técnico-Mecânica;<br />

96. Teste D-70;<br />

97. Teste das Cores;<br />

98. Teste das Dinâmicas Profissionais – TDP;<br />

99. Teste das Fábulas;<br />

100. Teste das Pirâmi<strong>de</strong>s Coloridas;<br />

101. Teste <strong>de</strong> Agradabilida<strong>de</strong> Básica;<br />

102. Teste <strong>de</strong> Apercepção Infantil CAT-A;<br />

103. Teste <strong>de</strong> Apercepção Infantil CAT-H<br />

104. Teste <strong>de</strong> Apercepção para Idosos<br />

A) Instrumentos <strong>de</strong> Inteligência<br />

1. Escala <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong> Mental. Columbia (Irving Lorge, Lucile Blue, Bessie<br />

Burgemeister, Casa do Psicólogo, 1993).<br />

2. Escala Wechsler <strong>de</strong> Avaliação da Inteligência para Crianças. WISC (David<br />

Wechsler, EPA, 1964).<br />

3. O Desenho da Figura Humana. DFH (Solange Muglia Wechsler, Livro Pleno,<br />

sem data).<br />

4. D-70 (Editions du Centre <strong>de</strong> Psychologie Appliqueé, Casa do Psicólogo, 1988).<br />

5. D-48 (Pierre Pichot, CEPA, sem data).<br />

6. Teste Barcelona (Técnicos do ISOP, CEPA, sem data).<br />

7. Teste <strong>de</strong> Matrizes Progressivas. Escala geral (J. Raven, CEPA, 1977).<br />

8. Teste <strong>de</strong> Matrizes Progressivas. Escalas avançada (J. Raven, CEPA, sem data).<br />

9. Matrizes Progressivas Coloridas (J. C. Raven, J. Raven, J. H. Court, CETEPP,<br />

1988).<br />

10. Teste <strong>de</strong> Inteligência Não-verbal – G-38 (Efraim, Rojas Boccalandro, Vetor,<br />

1979).<br />

11. Teste Coletivo <strong>de</strong> Inteligência para Adultos. CIA forma I (David Wechsler,<br />

CEPA, sem data).<br />

12. Teste Não-verbal <strong>de</strong> inteligência – G36 (Efraim Rojas Boccalandro, Vetor, 1966).<br />

13. Prova <strong>de</strong> Nível Mental (Jacyr <strong>Maia</strong>, CEPA, sem data).<br />

14. Teste Equicultural <strong>de</strong> Inteligência escalas 2 e 3 (R. B. Cattell, A. K. S. Cattell,<br />

CEPA, sem data).<br />

15. Teste Não-verbal <strong>de</strong> Inteligência – R1 (Rynaldo <strong>de</strong> Oliveira, Vetor, sem data).<br />

16. Teste <strong>de</strong> Inteligência Não Verbal. INV (Pierre Weil, Eva Nick, CEPA, sem data).<br />

130


17. Teste dos Relógios (Fábio <strong>de</strong> Vasconcellos Souza, Suzy Vijan<strong>de</strong> Cambrais,<br />

Vetor, sem data).<br />

18. Teste <strong>de</strong> Capacida<strong>de</strong>s Intelectuais (Carlos Del Nero, Vetor, 1982).<br />

19. Teste <strong>de</strong> Sondagem Intelectual (J. A. Cunha, M. J. B. Moraes, N. S. R. Rocha, L.<br />

Werba, R. Valle, J. E. B.Moraes, J. C. Salermo, L. Costa, CEPA, sem data).<br />

20. Teste Verbal <strong>de</strong> Inteligência – V-47 (Efraim Rojas Boccalandro, Vetor, 1978 )<br />

21. Cubos <strong>de</strong> Kohs (CEPA, sem data).<br />

22. Bateria <strong>de</strong> provas <strong>de</strong> Raciocínio. BPR-5 (R. Primi, Leandro S. Almeida, Casa do<br />

Psicólogo, 1998).<br />

B) Instrumentos <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong><br />

1. Cornell In<strong>de</strong>x (Wei<strong>de</strong>r, Wolf, Brodman, Mittelman e Wechsler, CEPA, sem data).<br />

2. 16 PF - 5ª edição (Cattell, Cattell e Cattell, CEPA, 1999).<br />

3. Escala <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Comrey (Comrey, Vetor, 1997).<br />

4. Inventário Fatorial <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong>- IFP (Edwards, Casa do Psicólogo, 1997).<br />

5. Inventário Multifásico Minesota <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong>- MMPI (Hathaway e<br />

McKinley, CEPA, sem data).<br />

6. Pirâmi<strong>de</strong>s Coloridas <strong>de</strong> Pfister (Heiss e Hiltmann, CEPA, 1976).<br />

7. Psicodiagnóstico Miocinético- PMK (Mira y López, Vetor, 1987).<br />

8. Questionário <strong>de</strong> Avaliação Tipológica. QUATI (Zacharias, Vetor, 1994).<br />

9. Questionário <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> Dadahie (Andra<strong>de</strong>, Moraes e Wen<strong>de</strong>l, CEPA, sem<br />

data).<br />

10. Teste <strong>de</strong> Rorschach (Rorschach, Manole, 1997).<br />

11. Teste Caracterológico- TCO (Minicucci, Vetor, 1996).<br />

12. Testes das Cores (Braga, CEPA, 1978).<br />

13. Teste das Fábulas (Düss, CETEPP, 1993).<br />

14. Teste das Pirâmi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cores (Heiss e Hal<strong>de</strong>r, Vetor, 1971).<br />

15. Teste <strong>de</strong> Apercepção Infantil-CAT A (Bellak e Bellak, Mestre Jou, 1981).<br />

16. Teste <strong>de</strong> Apercepção Infantil-CAT H (Bellak e Bellak, Psy, 1992).<br />

17. Teste <strong>de</strong> Apercepção para idosos- SAT (Bellak e Bellak, Psy, 1992).<br />

18. Teste <strong>de</strong> Apercepção Temática- TAT (Murray, Mestre Jou, 1973).<br />

19. Teste Palográfico (Milá, Vetor, 1976).<br />

20. Teste Projetivo Ômega- TPO (Villas Boas Filho, CEPA, 1967).<br />

21. Teste <strong>de</strong> Wartegg (Wartegg, Casa do Psicólogo, 1993).<br />

131


ANEXO B<br />

132


133


134


135


136


137


138


139


140


141


ANEXO C<br />

142


ANEXO D<br />

143


144


145


APÊNDICES<br />

146


APÊNDICE A - Analisando as Competências Gerenciais (Mo<strong>de</strong>lo QUINN at al<br />

elaborado pela autora)<br />

Em relação ao perfil sócio <strong>de</strong>mográfico, responda as questões que se seguem:<br />

Gênero *<br />

Feminino<br />

Masculino<br />

Faixa Etária *<br />

até 25 anos<br />

<strong>de</strong> 26 a 30 anos<br />

<strong>de</strong> 31 a 35 anos<br />

<strong>de</strong> 36 a 40 anos<br />

<strong>de</strong> 41 a 45 anos<br />

<strong>de</strong> 46 a 50 anos<br />

mais <strong>de</strong> 50 anos<br />

Estado Civil *<br />

Solteiro<br />

Casado<br />

Desquitado/divorciado/separado<br />

Viúvo<br />

União estável<br />

Outro<br />

Escolarida<strong>de</strong> *<br />

Ensino médio incompleto<br />

Ensino médio completo<br />

Ensino superior incompleto<br />

Ensino superior completo<br />

Pós graduação incompleta<br />

Pós graduação completa<br />

Cargo/Função *<br />

147


Tempo <strong>de</strong> atuação na área *<br />

Menos <strong>de</strong> um ano<br />

<strong>de</strong> 1 a 5 anos<br />

<strong>de</strong> 6 a 10 anos<br />

<strong>de</strong> 11 a 15 anos<br />

<strong>de</strong> 15 a 20 anos<br />

mais <strong>de</strong> 20 anos<br />

Tempo <strong>de</strong> atuação no cargo *<br />

Menos <strong>de</strong> um ano<br />

<strong>de</strong> 1 a 5 anos<br />

<strong>de</strong> 6 a 10 anos<br />

<strong>de</strong> 11 a 15 anos<br />

<strong>de</strong> 15 a 20 anos<br />

mais <strong>de</strong> 20 anos<br />

Tempo <strong>de</strong> atuação na empresa *<br />

Menos <strong>de</strong> um ano<br />

<strong>de</strong> 1 a 5 anos<br />

<strong>de</strong> 6 a 10 anos<br />

<strong>de</strong> 11 a 15 anos<br />

<strong>de</strong> 15 a 20 anos<br />

mais <strong>de</strong> 20 anos<br />

Em relação às Competências Gerenciais, responda as questões que se seguem:<br />

01 - Compreensão <strong>de</strong> si e dos outros em situações vivenciadas no trabalho (você é capaz<br />

<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r você mesmo e as outras pessoas?) *Utilize a escala <strong>de</strong> 1 a 7 ( sendo 1<br />

para nunca e 7 para sempre)<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

148


02 - Acompanha o <strong>de</strong>senvolvimento individual dos membros da equipe através do<br />

monitoramento? *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

03 - Sou capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e comunicar a visão (os objetivos, metas, missão) da<br />

empresa <strong>de</strong> forma clara. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

04 - Construo e mantenho o po<strong>de</strong>r através da <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e, dando<br />

oportunida<strong>de</strong>s para os colaboradores que se <strong>de</strong>stacam. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

05 -Você possui a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se comunicar eficazmente nas situações vivenciadas no<br />

trabalho? *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

06 - Possui capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciar o <strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s e trabalhos coletivos? *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

07 - Estabeleço metas e objetivos para minha equipe. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

149


08 - Negocio acordos e compromissos com a equipe, observando a satisfação das<br />

necessida<strong>de</strong>s. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

09 - Estimula o <strong>de</strong>sempenho da equipe? *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

10 - Analiso as informações com pensamento crítico - possuo senso crítico. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

11 - Planejo e organizo as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> minha equipe. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

12 - Apresento minhas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> forma clara, percebendo e acompanhando a compreensão<br />

das mesmas. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

13 - Estimula o crescimento da equipe, trabalhando o comprometimento e compartilhamento<br />

dos dados e informações? *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

150


14 - Gerencio projetos ( realizando planejamento e monitoramento) compreen<strong>de</strong>ndo o<br />

impacto para as pessoas e para a organização. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

15 - Estimulo a produtivida<strong>de</strong> no trabalho. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

16 - Apresento a equipe como conviver com as mudanças, e trabalho essas mudanças <strong>de</strong><br />

forma positiva. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

17 - As <strong>de</strong>cisões são tomadas com participação dos membros da equipe? *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

18 - Planejo o trabalho a ser realizado <strong>de</strong> forma clara e objetiva. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

19 - Forneço apoio para a construção <strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> trabalho produtivo. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

20 - Gerencio <strong>de</strong> forma saudável as mudanças que ocorrem. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

151


21 - Gerencia da melhor forma os conflitos existentes entres os membros da equipe? *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

22 - Tenho consciência <strong>de</strong> que as <strong>de</strong>cisões que tomo, interferem nos outros setores ou<br />

<strong>de</strong>partamentos da empresa. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

23 -Gerencio o estresse e o tempo da equipe através da otimização, observação e<br />

orientações. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

24 - Possuo pensamento criativo. *<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

Des<strong>de</strong> já muito obrigada por respon<strong>de</strong>r o questionário! Para o retorno pessoal do resultado<br />

encontrado na pesquisa, é necessário <strong>de</strong>ixar nome, email e telefone. Seu anonimato será<br />

preservado no resultado geral da pesquisa. *<br />

152

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