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MYRIAN MUNIZ: UMA PEDAGOGA DO TEATRO - Unesp

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tudo isso é muito importante, mas tem uma coisa mais importante de que<br />

isso: sua Escola tem uma alma.” (DIONYSOS, 1989, p.1)<br />

Existia uma “atmosfera única, difícil de definir, que misturava extremo rigor<br />

com amor, profissionalismo com amadorismo, repressão com liberdade,<br />

academicismo com experimentalismo, disciplina e irreverência [...]” (SILVA, 1989,<br />

p.204). A famosa frase "Teatro é duro!", colocada sob o proscênio do pequeno<br />

teatro da escola na Rua Maranhão, chamava a atenção para a necessidade de<br />

dedicação intensa e integral disciplina, tanto do corpo docente como discente. A<br />

disciplina na EAD era levada tão a sério por seu fundador que, segundo Geraldo<br />

Matheus, que foi secretário da escola, o próprio Dr. Alfredo tomava conta desse<br />

assunto. Myrian herdou da EAD essa capacidade de comungar, no seu trabalho<br />

com os alunos-atores, disciplina e descontração, dedicação e diversão,<br />

valorizando os aspectos exteriores do fazer teatral, mas sem nunca esquecer os<br />

aspectos individuais do trabalho de criação do ator.<br />

Havia também uma estreita relação entre a Escola de Arte Dramática e o<br />

Teatro Brasileiro de Comédia, não só na origem de ambos, como já citado<br />

anteriormente, mas também porque muitos dos diretores estrangeiros que foram<br />

convidados para trabalhar no TBC tornavam-se também mestres-encenadores na<br />

EAD. Myrian complementava seu aprendizado indo assistir aos ensaios desses<br />

diretores e foi provavelmente este fato que despertou nela o interesse em tornar-<br />

se diretora.<br />

Enquanto foi aluna da EAD, nenhum professor teve tanta influência na sua<br />

formação como Alberto D’Aversa. Para ela, o diretor foi, ao lado de Flávio<br />

Império, um dos seus grandes mestres.<br />

11 Academia de Arte Dramática de Roma<br />

O Alberto D’Aversa foi um mestre que me ensinou o que era o ator. Ele<br />

tinha feito a escola de Roma 11 e tinha sido diretor lá. Trabalhou com<br />

Vitório Gassman e Ana Magnani, dois grandes atores italianos. Ele me<br />

ensinou como se trabalha com o ator. Comigo mesma. E isso até hoje eu<br />

passo para os meus alunos. (JANUZELLI e JARDIM, 1999/2000)<br />

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