MYRIAN MUNIZ: UMA PEDAGOGA DO TEATRO - Unesp

uma integração entre cantor e ator, onde o cantor também pode representar,
dançar e, se possível tocar um instrumento.” (FOLHA DE S. PAULO, 1978)
Depois dessa primeira e muitíssimo bem sucedida experiência como
diretora de shows (Falso Brilhante ficou quatorze meses em cartaz no Teatro
Bandeirantes em São Paulo), Myrian dirigiu outros shows de música, sempre
alternando com seus trabalhos como atriz. Ela se orgulhava da diversidade que
tinha sua carreira como diretora de espetáculos musicais, conduzindo
cenicamente intérpretes das mais diversas linhas, tais como Itamar Assumpção e
seu rock-reggae, Cida Moreira e a sua musicalidade teatral, além de ter dirigido
também Isaurinha Garcia, Nana Caymmi, Rosinha de Valença, Maricene Costa,
Cláudia Pacheco, Priscila Ermel, Paulinho Nogueira, Diana Pequeno, Jean e
Paulo Garfunkel e Os Trovadores Urbanos. Dirigiu também a ópera O Empresário,
em Indaiatuba, com o auxílio do ator Miguel Magno e do músico e ator Pietro
Maranca, com quem viria, mais tarde, dividir a cena em Pegando Fogo Lá Fora! e
em A História Acabou.
Em outubro de 1976, retornando ao Teatro de Arena, Myrian faz sua estréia
profissional, como diretora de teatro, com Dorotéia Vai à Guerra, de Carlos Alberto
Ratton.No elenco estavam Benedito Corsi e Marlene França e na cenografia, seu
grande parceiro e mestre, Flávio Império. Em matéria publicada no Jornal da
Tarde, no dia da estréia, Myrian comentou que o texto aborda o aspecto neurótico
de um relacionamento entre duas pessoas que, ao mesmo tempo, se amam e se
odeiam, se agridem e se acariciam: “Acho que esse é um aspecto da vida muito
interessante para ser mostrado em teatro”. (JORNAL DA TARDE, 1976)
Depois dessas experiências Myrian passou a ocupar uma posição de
destaque na galeria de diretores do teatro paulista.
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