MYRIAN MUNIZ: UMA PEDAGOGA DO TEATRO - Unesp
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Nos anos 1970, muitas garagens, lojas e galpões foram transformados em<br />
teatro, como o Teatro Vereda, que funcionava na Rua Frederico Steidel, 198, uma<br />
travessa do Largo do Arouche. Nesse teatro, Myrian, em 1970, foi dirigida por<br />
Ademar Guerra em Tom Paine, de Paul Foster, desempenhando vários papéis. O<br />
processo de criação foi uma novidade para ela, pois desde o começo dos ensaios<br />
estavam presentes, trabalhando em conjunto, o diretor, o responsável pela<br />
expressão corporal e pela música, o que resultou em uma grande sintonia entre a<br />
coreografia, a música e o trabalho dos atores.<br />
Em 1973, Myrian, seu marido Sylvio Zilber e seu irmão José Muniz de<br />
Mello, produziram uma nova montagem de Fala Baixo Senão Eu Grito!, de Leilah<br />
Assumpção, com Zecarlos de Andrade no papel do homem que invade o<br />
apartamento de Mariazinha Mendonça de Moraes, uma solteirona cheia de<br />
manias, que sonhava encontrar seu príncipe encantado. A direção ficou a cargo<br />
de Sylvio Zilber e Myrian foi buscar nas hóspedes solteironas do pensionato de<br />
sua mãe a inspiração para construir a personagem – uma mulher carente e infantil<br />
que não permitia que se falasse de sexo perto dela, mas que, de repente, se<br />
mostra forte. A atriz acreditava que o texto tinha alguma semelhança com os<br />
textos de Edward Albee, em especial Quem Tem Medo de Virgínia Woolf? O<br />
espetáculo recebeu uma boa acolhida tanto do público quanto da crítica. Fausto<br />
Fuser ressaltou:<br />
Myrian Muniz, Toquinho, Sylvio<br />
Zilber, Marília Medalha e<br />
Giafrancesco Guarnieri em<br />
cartaz do espetáculo<br />
Tudo de novo.<br />
Fonte:<br />
http://bernardoschmidt.blogspot.<br />
com<br />
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