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Aristeu Elisandro Machado Lopes - Universidade Estadual de ...

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III Encontro Nacional <strong>de</strong> Estudos da Imagem<br />

03 a 06 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2011 - Londrina - PR<br />

Liberal que fundou o jornal Reforma. A posição verificada aqui não foi isolada, em outros<br />

momentos o periódico veiculou ilustrações que tinham por objetivo criticar i<strong>de</strong>ias novas,<br />

revolucionárias, tanto as republicanas como aquelas propostas por membros liberais. É<br />

possível que Henrique Fleiuss consi<strong>de</strong>rasse todos esses elementos como perigosos para as<br />

bases que sustentavam o Império e, como amigo do Imperador, tentava frear as suas<br />

campanhas com a veiculação <strong>de</strong> imagens contrárias a eles.<br />

A alegoria produzindo “alguma coisa <strong>de</strong> bom” em O Mequetrefe<br />

O primeiro número do periódico O Mequetrefe foi lançado em janeiro <strong>de</strong> 1875. O<br />

jornal foi uma iniciativa <strong>de</strong> Pedro Lima e Eduardo Joaquim Correa; este se tornou o único<br />

proprietário do jornal em 1879 e se manteria nessa condição até sua morte em maio <strong>de</strong> 1891;<br />

a viúva assumiu os negócios do marido, colocando seu cunhado, José Joaquim Correa, no<br />

comando do jornal. O jornal encerrou sua circulação em Janeiro <strong>de</strong> 1893.<br />

Ao longo dos anos <strong>de</strong> sua circulação o periódico contou com um número variado <strong>de</strong><br />

colaboradores, como Olavo Bilac, Artur Azevedo, Henrique <strong>Lopes</strong> <strong>de</strong> Mendonça, Lúcio <strong>de</strong><br />

Mendonça, Raimundo Correia, Filinto <strong>de</strong> Almeida e Lins <strong>de</strong> Albuquerque, este exercendo o<br />

cargo <strong>de</strong> diretor por um <strong>de</strong>terminado tempo. Entre os caricaturistas, passaram pelo periódico<br />

Candido <strong>de</strong> Faria, Antonio Alves do Vale, Joseph Mill, Aluisio Azevedo que mais tar<strong>de</strong><br />

abandonaria os <strong>de</strong>senhos para se <strong>de</strong>dicar a literatura 6 e Pereira Netto (LIMA, 1964, p.116).<br />

Este, se retirou do periódico para substituir Angelo Agostini na Revista Illustrada após seu<br />

afastamento <strong>de</strong>vido a uma viagem para Paris em 1888 (BALABAN, 2005, p.48-51).<br />

O arranjo do jornal no que toca às questões políticas foi evi<strong>de</strong>nciado nos primeiros<br />

números do periódico. A redação afirmava “não somos republicanos... mas também não somos<br />

monarquistas. Em princípios políticos, que se prendam a formas <strong>de</strong> governo, assim como em questões<br />

<strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong>, nem queremos ser vistos, nem cheirados” (O Mequetrefe, 15/04/1875). Na<br />

sequência do texto asseveravam que combatiam o po<strong>de</strong>r pessoal: “combatemos, por exemplo, o<br />

po<strong>de</strong>r pessoal que é um excesso da monarquia constitucional”. Em outras palavras, a batalha era<br />

dirigida ao Imperador Dom Pedro II e aos seus ministros, principalmente o Presi<strong>de</strong>nte do<br />

Conselho <strong>de</strong> Ministros, escolhido pelo Imperador.<br />

Já suas ilustrações se valeram dos símbolos republicanos. O segundo número do<br />

periódico, por exemplo, trazia na primeira página dois homens ajoelhados e com barrete<br />

frígio. O recurso aos símbolos republicanos, contudo, era a melhor maneira para criticar a<br />

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